Uma quadrilha, estabelecida em São Paulo (mas com ramificações em todo o País), está sacando recursos do FTGS inativo de trabalhadores baianos – especialmente em Vitória da Conquista, sudoeste do estado, utilizando senhas “clonadas”. Pelo menos 20 pessoas de Conquista teriam sido lesadas, com saques indevidos por bandidos na agência da CEF 10402306 SP.
Uma fonte da polícia confirmou a suspeita de que uma rede criminosa estaria por trás da divulgação desses dados. Um dos bandidos admitiu, ao ser preso, ter recebido material pelo WhatsApp. A opção de compartilhar as informações de correntistas pelo aplicativo se daria em função de a tecnologia do app ser criptografada. Dessa forma, nem mesmo com determinações judiciais as autoridades conseguem acessar conteúdo armazenado nos servidores do aplicativo.
A Caixa Econômica Federal tem recebido queixas sobre a fraude, mas o superintendente regional da instituição, Marcos Vinícius, prefere ignorar as denúncias, alegando que a CEF não envia E-mails, nem mensagens em aplicativos solicitando senhas.
Em entrevista à TV Cabrália, direto de Itabuna, ele prefere creditar ao trabalhador as “falha na linha de defesa”, supondo que “o próprio trabalhador cai na fraude” ao ser interpelado pelos bandidos, que entram em contato solicitando dados para aplicar os golpes. “Não há linha de defesa que detecte isso”, concluiu.
Na mira da PF
saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) está na mira da
Polícia Federal. Após as prisões de criminosos no Distrito Federal, em São
Paulo e em Minas Gerais, a corporação quer saber como os bandidos tiveram
acesso às informações das vítimas. Informações preliminares, apuradas com
os últimos suspeitos detidos, indicam que os dados podem estar sendo
vendidos no mercado paralelo, inclusive por meio do WhatsApp.
fase inicial, não é descartado o envolvimento de servidores da Caixa Econômica
Federal (CEF) no repasse de informações às quadrilhas que têm agido no
país. A Caixa disse que não poderia informar detalhes
sobre como os dados foram vazados. A instituição financeira afirmou
que todos os detalhes foram passados à Polícia Federal. A corporação,
por sua vez, não se manifestou.
nos últimos dias. No sábado (10), por exemplo, três pessoas foram presas pela
Polícia Militar do Distrito Federal após efetuaram saques com dados
roubados. Um dos bandidos havia trabalhado em uma casa lotérica de São
Sebastião e furtou dados e senhas de clientes. Apenas em uma agência do Núcleo
Bandeirante, foram oito saques. Os outros dois detidos tinham acabado de
levar dinheiro de uma filial da Caixa em Águas Claras.
prenderam dois homens que tinham acabado de fazer saques do FGTS em uma
agência da Caixa de Taguatinga. Eles foram detidos em flagrante pouco
depois, quando tentavam repetir a fraude em Águas Claras.
dupla não informou como teve acesso à documentação de clientes do banco.
Entretanto, em uma revista feita no carro dos suspeitos, os militares
encontraram R$ 3,7 mil; recibos com número de PIS; nomes e datas de nascimento
de contribuintes — dados necessários para o saque de contas inativas do
FGTS.
iniciado investigações para verificar a totalidade de contas que tiveram seus
dados violados pelos presos, o montante do prejuízo causado, se há conexão
entre os envolvidos e quais o os meios utilizados para a obtenção dos dados
pessoais dos verdadeiros titulares das contas inativas.
em flagrante permanecerão à disposição da Justiça Federal no sistema prisional
estadual paulista. Eles responderão pelo crime de furto qualificado por meio de
fraude, com penas de 2 a 8 anos de reclusão.
por meio de nota, que “os vigilantes das agências de todo o país foram
preparados para identificar atitudes suspeitas nos saques do FGTS”. A
CEF disse também que orienta os trabalhadores a encontrar informações
seguras e atualizadas no site do banco, em seus perfis oficiais nas redes
sociais e por meio do telefone 0800-726-0207.