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Identificado motorista que atropelou e matou pintor conquistense em São Paulo

Gilmar Mata pedalava em ciclovia pouco antes de ser atropelado
Jussara Novaes (SUDOESTE DIGITAL) – A polícia de São Paulo identificou como sendo Mário Prestes o motorista que atropelou e matou o pintor Gilmar Barbosa da Mata. Natural de Vitória da Conquista, Gilmar foi arrastado por mais de 2 km em um acesso para a Marginal Tietê na tarde de quarta-feira (30), foi fotografado no percurso pouco antes de morrer. Ele deixou a Bahia na década de 1990.

A imagem foi feita pelo amigo Lusimar Rodrigues na Marginal Pinheiros com o celular. Gilmar completaria 46 anos nesta sexta-feira (1º). Ele usava pela primeira vez a bicicleta para fazer o percurso entre sua casa, em Osasco, e o Real Parque, na Zona Sul de São Paulo.

Ele foi atropelado na Avenida das Nações Unidas, em Osasco. O ciclista se segurou no capô do carro por cerca de dois quilômetros, soltando-se apenas na região do Cebolão, viaduto que dá acesso à Marginal Tietê. Barbosa não resistiu aos ferimentos e morreu.

O caso foi registrado como homicídio doloso (quando há intenção de matar). A polícia já sabe o modelo e a cor do carro. A câmera de um posto de combustíveis poderá ajudar na investigação. Testemunhas prestaram depoimento e não souberam informar a placa do veículo.

O amigo Lusimar Rodrigues afirmou que o Gilmar empurrava a bicicleta no momento do atropelamento. Disse ainda que ele não teria morrido caso o motorista tivesse parado para prestar socorro.

Gilmar deixa mulher e dois filhos. A cunhada do ciclista, Dioná da Mata, afirmou que a família pede que o caso não fique impune. “A gente quer justiça”, diz.

Polícia Civil deflagra Operação Pedra Afiada contra traficantes e homicidas em Itambé


ITAMBÉ – A Polícia Civil da Bahia, por meio na 21ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior, DT de Itapetinga e DT de Itambé, com o apoio de Policiais Militares da 8a CIPM e Guarda Municipal de Itambé, deflagrou nesta quinta-feira, 31, a Operação pedra Afiada. A ação teve o objetivo de reduzir o tráfico de drogas, principal causa dos homicídios.

Para tanto, a Polícia Civil representou à Justiça pela decretação de mandados de busca e apreensão em residências de integrantes de grupos criminosos. Pedra Afiada é a denominação em tupi-guarani para Itambé.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão, sendo apreendidos 20 pinos de crack, 10 pinos de cocaína, 03 pés de maconha e farto material utilizando para embalar entorpecentes. Foram conduzidos seis pessoas à DT de Itambé, dos quais foi autuado em flagrante Jorge Floriano Santos, vulgo IAN, por tráfico de drogas e confeccionado um BOC contra um adolescente infrator, bem como um adolescente infrator foi conduzido por envolvimento em um homicídio.

Caatiba é a cidade que mais encolhe no Brasil, diz IBGE; município fica no Sudoeste da Bahia

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A população diminuiu em 1 entre cada 4 municípios O IBGE destacou que quase ¼ (25%) dos municípios tiveram suas populações reduzidas entre 2016 e 2017.
Jussara Novaes (SUDOESTE DIGITAL) – Os quatro municípios que apresentaram a maior redução da população entre 2016 e 2017 foram Caatiba (-21,93%), na Bahia, Altamira do Maranhão (-20,96%) e Brejo da Areia (-16,74%), ambos no Maranhão, e Itanagra (-16,27%), também na Bahia. 
Estes quatro municípios, no entanto, sofreram alteração de limites com municípios vizinhos. O IBGE destacou que “os remanejamentos populacionais, devido a alteração de limites. Sobre Caatiba, a principal atividade econômica é a pecuária, onde se destaca a criação de gado bovino, produção de queijo, requeijão e manteiga. A agricultura é bastante diversificada, onde são trabalhadas as culturas de: banana, mandioca, cacau, cana, feijão, milho, café e além de outros. 
DESLOCAMENTO
Esta tendência ocorreu, principalmente, no grupo de municípios com até 20 mil habitantes (32,5% ou 1.236 municípios). “Há uma tendência de deslocamento das pessoas que moram em pequenos municípios para cidades maiores em busca de melhores condições de vida e melhor acesso à educação e ao emprego”, explicou a pesquisadora da Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE, Izabel Marri.
HISTÓRIA
Primitivamente, a região de Caatiba era habitada pelos índios Imborés e Mongoiós. O povoamento começou em fins do século XIX por aventureiros a procura de terras férteis para a agricultura e pecuária.
Em 1899, fugindo da seca, Francisco Viana de Castro foi para Caatiba, sendo um dos pioneiros do povoamento da região. Devemos também destacar a figura de Galdino Félis Barreto (residiu em frente à praça Clériston Andrade e faleceu em 1981, com quase cem anos de idade), um dos primeiros homens a desmatar essa região. Ele veio descendo de Vitória da Conquista à procura de novas terras para plantar.
O território de Caatiba pertencia à cidade de Vitória da Conquista, sendo criado o distrito de Matas de São Paulo em 7 de outubro de 1937. Depois, pelo Decreto Estadual 141, de 31 de dezembro de 1943, passou a se chamar Caatiba. Foi desmembrado do município de Vitória da Conquista pela Lei 1 401, de 1º de Abril de 1961.
Caatiba possui o distrito-sede e o de São José do Colônia. O distrito de São José do Colônia pertencia ao município de Itambé. O distrito de Icaraí do Ranulfo pertencia a Caatiba, sendo atualmente pertencente ao município de Nova Canaã. Criado legalmente em 13 de maio de 1982 através da lei sugerida pelo deputado Naomar Alcântara, o distrito de Icaraí do Ranulfo surgiu de uma pequena propriedade de Manoel Antônio dos Santos, que a vendeu em 1938 para Ranulfo Requião. Este muito contribuiu para o desenvolvimento da região de Icaraí. Pela lei 12.565 de 10 de janeiro de 2012 o distrito de Icaraí passou a pertencer a Nova Canaã.
Pertence a este município as seguintes comunidades: Rio de Areia, Serra Pelada, e outras que são como povoados próximos a área urbana da cidade Caatiba, nestes povoados existem fazendas, escolas, unidades básicas de saúde (UBS), cachoeiras, rios, montanhas e muita floresta.

Governo exuma ossada que pode ser de guerrilheiro baiano morto na ditadura

Retirada de ossada atribuída a João Leonardo da Silva Rocha, morto na ditadura militar
Imagem: Eugênia Augusta Gonzaga/Divulgação
VITÓRIA DA CONQUISTA, BA (FOLHAPRESS) – Uma ossada exumada do cemitério de Palmas do Monte Alto (BA) nesta quarta-feira (30) é suspeita de ser do desaparecido político João Leonardo da Silva Rocha, assassinado durante o regime militar. Ele foi um dos 15 presos trocados pela libertação do embaixador americano no Brasil Charles Burke Elbrick, em 1969.
O material coletado passará por análise de peritos da Secretaria Nacional de Segurança Pública, braço do Ministério da Justiça. Em caso de apresentar condições de preservação, passará por comparação genética com o DNA de Maria Anália da Silva Rocha (falecida) e de Mário Rocha, 79, respectivamente, mãe e irmão de João Leonardo.
Nascido em Salvador, João Leonardo da Silva Rocha foi morto numa emboscada da Polícia Militar em 4 de novembro de 1975 numa fazenda do município do interior baiano. Apontado à época como perigoso pistoleiro, foi enterrado com o nome falso de José Eduardo da Costa Lourenço, adotado por ele como disfarce quando chegou à cidade.
Em São Paulo, onde era bancário, João Leonardo teve atuação de destaque na militância política de extrema-esquerda. Ele foi preso em 1969 pelo regime militar, antes de ser libertado em troca do embaixador -junto a ele, estava também José Dirceu, que mais tarde seria ministro do governo Lula.
O embaixador foi sequestrado por guerrilheiros do MR-8 (Movimento Revolucionário Oito de Outubro) e da ALN (Aliança Libertadora Nacional), da qual João Leonardo fazia parte.
Em liberdade, o baiano foi para Cuba e ajudou a criar o Molipo (Movimento de Libertação Popular), organização revolucionária guerrilheira. Voltou na clandestinidade para o Brasil, em 1971, indo primeiro para Pernambuco e depois Bahia, onde foi morto em circunstâncias não esclarecidas.
“Encontramos ossos da perna lateralmente onde estavam os restos mortais de outro cadáver. O material está em mau estado de conservação, devido ao tempo decorrido e à exposição ao solo durante anos”, disse o coordenador científico da CEDMP (Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos), Samuel Ferreira.
Ligada ao Ministério dos Direitos Humanos, a CEDMP é responsável pelas investigações sobre o assassinato de João Leonardo, cujo reconhecimento como uma das vítimas da ditadura militar se deu com base na lei 9.140/1995. Os primeiros resultados sobre os exames devem ser divulgados em três meses.
A presidente da CEDMP, procuradora federal Eugênia Augusta Gonzaga, disse que deseja com esse trabalho, “esclarecer a morte de João Leonardo, dar à família o direito de sepultar seus mortos e registrar na história que ele foi mais uma vítima do regime da ditadura militar no Brasil”.
As buscas, que ocorreram em data mundial simbólica -30 de agosto é considerado pela ONU (Organização das Nações Unidas) como o Dia Internacional dos Desaparecidos Forçados- está sendo acompanhada pelo irmão da vítima, Mário Rocha, 79, e pelo jornalista Celso Horta, 69, que está escrevendo um livro sobre o Molipo, em que boa parte é dedicado à narrativa da vida de João Leonardo.
BAIXAS
Dos 22 guerrilheiros do Molipo que entraram no Brasil, 17 foram assassinados.
“João Leonardo foi último desses. Ele foi para o norte de Pernambuco com o objetivo de montar um núcleo de guerrilha. Comprou um sítio e ficou vivendo durante três anos nesse lugar”, contou Horta.
“Só que à medida que a organização dele foi tendo baixas, acabou ficando parado lá naquele lugar, sem fazer nenhuma ação, sem participar do movimento, tentando sobreviver ali naquele local. Até que ele percebeu que estava sendo vigiado e fugiu para a Bahia.”
A família de João Leonardo só soube da morte dele em 1978. “Estava aguardando que ele voltasse de Cuba quando tivesse a anistia aos exilados políticos [cujo movimento já existia, mas só veio a virar lei em 1979]. Fiquei sabendo da morte por meio do advogado Luiz Eduardo Greenhalgh”, disse o irmão Mário Rocha.
“O último contato que tive com ele foi quando da libertação relacionada ao embaixador americano. Ele não quis falar muito sobre o assunto, com medo de envolver a família na luta que ele estava envolvido. Conversamos num hotel, ele ficou com medo de alguém estar escutando a nossa conversa. Pediu que tomássemos cuidado”, afirma o irmão.
Sobre as buscas aos restos mortais, afirmou que “estamos fazendo isto por questão de história, de registro, para que não fiquem impunes, para que todos saibam o que aconteceu de verdade. A história tem de relatar isto para as próximas gerações”.
Texto: MÁRIO BITTENCOURT

ITAPETINGA: Movimento LGBT discute ações de combate à violência e à discriminação; reunião ocorreu com o prefeito e o secretário de Cultura da cidade

Luciano Dí Maria (esq.) conversou com o prefeito de Itapetinga (camisa xadrez) e com o secretário de Cultura (dir.)
Imagem: Acervo/Movimento LGBT
O Movimento LGBT de Itapetinga se reuniu, nesta quarta-feira, 30, com o prefeito da cidade, Rodrigo Hagge (PMDB) e o secretário de Cultura, Darwin Nunes, para avaliar propostas de implementação de ações de combate a violência e a discriminação.

Na reunião histórica, segundo o próprio movimento, discutiu-se a possibilidade de implantação de ações de combate a violência e a discriminação contra as populações minoritárias. Também foi discutida a possibilidade da realização da V Semana da Diversidade de Itapetinga, que contará com Seminários, sessão na Câmara de Vereadores  e culminando com a Parada do Orgulho de ser LGBTQI (a sigla abrange os queers, pessoas que não se veem como sendo exclusivamente do gênero masculino ou feminino, e intersexuais, ou hermafroditas).

O coordenador do Movimento LGBTQI de Itapetinga, Luciano Dí Maria, relatou que o prefeito foi muito solícito e aberto às propostas apresentadas pelo movimento, que são ações no âmbito da saúde, educação e assistência social. “O Movimento LGBT já está atuante no município desde o ano de 2011, mas sempre com muita dificuldade, sem apoio institucionais e realizando esporadicamente ações que minimizem a violência e a dor entre essa parcela da população”, destacou.

Dí maria lembrou que a cidade de Vitória da Conquista já conta com um centro de referência para a população LGBTQI. “O grupo tem por objetivo fomentar, orientar juridicamente e psicologicamente os e as sujeitas vitimas destas violências ou que tem seus direitos negados”, finalizou.

Fonte: Ascom/Movimento LGBTQI

Polícia baiana anuncia operações após prisão de contador que recebia abono de funcionários fictícios

Material encontrado com o contador (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
A prisão de contador Luciano Andrade dos Santos, conhecido como Luciano Contador, de 38 anos, foi preso no município de Amargosa, a cerca de 240 quilômetros de Salvador, suspeito de inserir trabalhadores inexistentes nos registros de clientes para poder sacar benefícios vai desencadear uma operação em toda a Bahia para tentar localizar outros indícios de fraude similar.


Os trabalhos serão concentrados em municípios de grande porte, com desdobramentos pelas cidades limítrofes. A informação da prisão foi divulgada pela Polícia Civil, que afirmou ter descoberto a fraude após seis meses de investigação.

De acordo com o delegado Adilson Bezerra de Freitas, titular da DT/Amargosa, o contador, preso na segunda-feira (28), fazia anotações falsas nas empresas, que contratavam o escritório de contabilidade no qual trabalhava, inserindo funcionários fictícios e, a partir de dados constantes nas carteiras de trabalho e numeração do PIS, ele fazia saques do abono salarial e outros benefícios.

O delegado disse que a investigação descobriu que, por meio de apenas uma empresa familiar, que não possuía empregados, Luciano contratou fraudulentamente 164 funcionários, conseguindo sacar depois de alguns meses o abono salarial de todos eles.

Luciano ganhava um salário mínimo no escritório de contabilidade, mas ostentava uma vida incompatível com a de alguém que detivesse tal remuneração, segundo a polícia. “Estamos investigando denúncias de que ele também comercializaria drogas ilícitas”, acrescentou o delegado.

Nas buscas feitas na residência dele, os policiais apreenderam 10 munições para arma calibre ponto 38, 31 carteiras de trabalho, 70 cartões Cidadão, dezenas de cartões do Bolsa Família e da Caixa, CPFs, IPVAs e mais de 400 cópias de documentos de pessoas diversas e anotações do esquema criminoso. Um pássaro “azulão, da fauna silvestre e em processo de extinção, também foi apreendido.

O delegado Adilson Freitas explicou que, inicialmente, Luciano Contador responderá pelos crimes de posse de munição, estelionato, falsidade documental e crime ambiental, permanecendo custodiado na carceragem da DT/Amargosa, à disposição da Justiça. Uma cópia do procedimento será encaminhado à Polícia Federal. O investigador ainda disse que a polícia agora investiga se mais pessoas participaram do esquema. (G1/Bahia)

Cavalgada promove integração regional e estimula reflorestamento ambiental na região de Itapetinga

ITAPETINGA – A “II Cavalgada Saia do Zap e Venha Campear Conosco”, patrocinada pela Pratigi Alimentos, acontecerá no dia 2 setembro. Cerca de 70  participantes irão fazer um percurso de 58 km, cujo trajeto liga a região de Itabaí, município de MacaranI a Itapetinga, no sudoeste da Bahia.
A campeada foi criada  por amigos produtores rurais que possuem propriedades nas circunvizinhanças da cidade de Itapetinga, na Bahia. “O objetivo da cavalgada é a integração entre os apreciadores da atividade rural, bem como o  conhecimento das fazendas e das diversas microrregiões”, destaca o empresário Esmeraldo Moreira Lima Júnior, organizador do evento.

Além disso, segundo Esmeraldo Júnior, estimula-se o fomento e o desenvolvimento da criação de animais apropriados e de materiais relacionados à atividade equestre. “Enfim, a promoção da nossa cultura rural”, enfatiza 
A Campeada é uma oportunidade que os participantes têm de trocar experiências, uma vez que o público é composto por médicos,  advogados,  veterinários, zootecnistas,  comerciantes, mas todos unidos pelo propósito do fortalecimento das tradições e pela paixão por cavalos. 

O evento também revela o compromisso com o meio ambiente mantido pelos participantes.  Este ano, durante o trajeto, os integrantes da campeada irão plantar diversos tipos de árvore, cujas mudas nativas da região foram doadas por moradores e fazendeiros de várias cidades vizinhas. 
“O comprometimento com o reflorestamento dialoga diretamente com a responsabilidade ambiental presente na filosofia da Pratigi. Além disso, estar presente nesta cavalgada é também uma oportunidade de fortalecer a marca Pratigi na área, divulgando ainda mais os nossos produtos entre os criadores de cavalos dessas cidades que participam do evento”, afirma Otaviano Filho, representante da Pratigi Alimentos na região. 
Inscrições com Esmeraldo Júnior (77) 9 9927 7471.

BAHIA: Cantora e namorado morrem em grave acidente após veículo bater e explodiar; médico também morreu na tragédia

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A cantora de forró, Gislane Mello e o namorado dela, Reinaldo Mosquera, além do médico Reginaldo Cotrim, morreram carbonizados após o veículo que que viajavam, um Toyota RAV4, bater de frente com um caminhão na noite de segunda-feira (28,) entre Caetité e Brumado na BR- 030. Lane Mello, nome artístico da cantora, era vocalista da
Banda Sabor do Nordeste do cantor Dio do Acordeon e morava em Guanambi.

O acidente ocorreu nas proximidades do distrito de Ibitira, quando um veículo Toyota chocou frontalmente com um caminhão. Os veículos pegaram fogo após a colisão fazendo
com que as vítimas fossem carbonizadas.

Os dois ocupantes do caminhão tiveram ferimentos leves e foram socorridos pelo SAMU. Nesta manhã o músico Dio do Acordeon participou a vivo do 96 Notícias 1ª Edição, numa rádio de Guanambi, e falou sobre
como família está se sentindo abalada.
A perícia técnica permanece na busca de identificação dos corpos.

BAHIA: Vereador é preso pela PRF com veículo roubado em Itabuna

Imagem: Nucom/PRF

Jussara Novaes (Sudoeste Digital) – A Polícia Rodoviária Federal (PRF) recuperou, na madrugada de hoje (29), um veículo roubado que era conduzido por Roque Borges do Nascimento, 51 anos, (foto), vereador pelo PSDB da cidade de Buerarema, sul da Bahia.

O vereador foi procurado, mas preferiu não s pronunciar. O advogado dele disse que vai comprovar a inocência do cliente.

VEREADORES PREOCUPADO COM O HOSPITAL DE BUERAREMA
Imagem: Macuco News/acervo

Segundo informações do Núcleo de Comunicação da PRF, a equipe policial realizava fiscalização na BR 101 quando, por volta das 0h31, abordou um veículo GM/Celta no KM 508 da rodovia.

Resultado de imagem para Roque Borges do Nascimento
Imagem: Redes sociais/acervo

Durante a fiscalização, os policiais realizaram análise detalhada do automóvel, sendo encontradas duas numerações de chassi diferentes, ambas com sinais de adulteração. Diante das inconsistências, a equipe continuou a fiscalização e descobriu que aquele Celta havia sido roubado na cidade de Serra/ES no dia 25/11/2010.

As placas utilizadas na ocasião da abordagem eram “clonadas” de um outro automóvel de características semelhantes. Questionado pelos policiais, o vereador alegou que o carro foi emprestado a ele por outra pessoa. Ele vai responder em liberdade por crime de receptação. (Com informações do Nucom/PRF)

BAHIA: Procuradores participam de atividade de exumação de desparecido político

Imagem: Vilson Nunes

Diligências para exumação de restos mortais que podem pertencer a João Leonardo da Silva Rocha vão ocorrer entre 28 e 31/8 em Palmas do Monte Alto (BA)

Na próxima semana, entre os dias 28 e 31 de agosto, a procuradora regional da República Eugênia Augusta Gonzaga e o procurador da República em Guanambi/BA Carlos Vitor de Oliveira Pires participarão de diligências para a exumação de restos mortais que podem pertencer ao desaparecido político João Leonardo da Silva Rocha, na cidade de Palmas do Monte Alto (BA).
O procurador Carlos Vitor é responsável por inquérito que apura as circunstâncias da morte do militante político e Eugênia Gonzaga é a atual presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) que, com o apoio da Secretaria Especial de Direitos Humanos, será o órgão responsável pela diligência.
A CEMDP foi instituída em 1995, como uma das primeiras e principais conquistas dos familiares de mortos e desaparecidos políticos no Brasil em sua luta por medidas de justiça de transição. Criada pela Lei nº 9.140, de 04 de dezembro de 1995, é órgão não governamental, mas com poderes de Estado, composta de forma pluralista, com sua estrutura vinculada à Secretaria Especial de Direitos Humanos, hoje Secretaria Nacional de Cidadania, do Ministério dos Direitos Humanos.
A CEMDP tem dupla função: a) proceder ao reconhecimento oficial de pessoas que foram mortas – ou restaram desaparecidas – em virtude de suas atividades políticas como vítimas de graves lesões a direitos humanos perpetradas por agentes da repressão; b) envidar esforços para a localização dos corpos dessas vítimas que não foram entregues às famílias para sepultamento.
Nesse sentido, a CEMDP está organizando a referida diligência de campo para exumar restos mortais que podem pertencer ao desaparecido politico João Leonardo da Silva Rocha.
A diligência será realizada entre os dias 28 de agosto a 1º de setembro na cidade de Palmas do Monte Alto (BA), por equipe multidisciplinar de peritos coordenada por. Samuel Ferreira, médico perito cedido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública para colaborar com os trabalhos da CEDMP.

História – O reconhecimento de João Leonardo como uma das vítimas da ditadura brasileira (1964/1985) se deu com base na Lei n. 9.140/1995. João Leonardo foi um dos militantes contrários à ditadura militar que mais se destacou no período. Em setembro de 1969, já se encontrava preso em razão de sua militância política e, com o sequestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, ele foi um dos 15 presos políticos libertados e enviados para o México, oficialmente banidos do país. Foi registrado nesse período o último contato de Mario Rocha Filho com seu irmão João Leonardo no hotel Del Bosque.
O então militante da MOLIPO retornou ao Brasil em 1971, sendo que o governo militar de então procedia a uma especial caçada aos militantes que, mesmo banidos, teimavam em regressar ao território nacional. João Leonardo tentou permanecer no país de maneira clandestina, estabelecendo-se numa pequena localidade rural de Pernambuco, São Vicente, distrito de Itapetim, sertão do Pajeú, quase na divisa com a Paraíba. Raspou totalmente a cabeça e era conhecido como Zé Careca. Mesmo assim, passou a desconfiar que poderia ser identificado naquele local.. Fugiu então para o interior da Bahia, onde terminou sendo localizado e morto em 4 de novembro de 1975, em um choque com agentes da Polícia Militar, no município de Palmas do Monte Alto.. Foi enterrado no cemitério do mesmo município sob o olhar da comunidade que, atônita, foi informada que ali havia sido morto um perigoso pistoleiro.
Com o passar dos anos, a população soube que ali foi morto um militante político da resistência brasileira à ditadura do período de 1964 a 1985. Dessa forma, aqueles que presenciaram o seu enterro passaram a dar informações sobre a localização de sua sepultura. Inclusive, uma das pessoas que sepultou um familiar no mesmo local relatou ter visto parte de um corpo com botas que lembravam aquelas que João Leonardo usava quando foi assassinado.
O seu caso também foi objeto de investigação pela Comissão Nacional da Verdade, instituída pela Lei no 12.528/2011, a qual, em seu relatório final (página 1802 e seguintes) recomendou “a continuidade das investigações sobre as circunstâncias do caso, para a localização de seus restos mortais”. Ela produziu um “Mapa fotográfico com a indicação da possível área de sepultamento de João Leonardo da Silva Rocha” (Arquivo CNV, 00092.003368/2014-51), o qual, após ser complementado por equipe enviada pela CEMDP neste ano de 2017 ao local, será utilizado na diligência de exumação.
De acordo com a complementação feita pela CEMDP, em colaboração com a Prefeitura local e o Ministério Público Federal em Guanambi (BA), o local foi georreferenciado, isolado, constatando-se que a área de principal interesse possui em torno de 25 (vinte e cinco) metros quadrados e abriga ao menos 05 (cinco) sepulturas.
Os familiares titulares dessas sepulturas que foram localizados pela equipe da CEMDP autorizaram a diligência, solicitando que as condições originais das sepulturas sejam restabelecidas, bem como que o fato da diligência seja ali registrado para a posteridade. A percepção da equipe técnica que teve contato com tais pessoas é a de que compreendem a importância da diligência e se orgulham de estarem colaborando para desvendar e registrar esse notável fato histórico.
A vida de João Leonardo já foi registrada em documentário feito pela TV Record, que reconstituiu o cerco e sua execução, bem com uma fala dele quando saiu da prisão, em 1969. Intelectuais interessados, como Ana Corbusier e Celso Horta, possuem vasto material sobre a pessoa e o militante João Leonardo. Celso está para lançar um livro sobre João Leonardo, o qual contará inclusive com um texto feito pelo próprio militante político, que era o esboço de uma Constituição da Humanidade. Celso Horte e o irmão de João Leonardo, Mário Rocha, também participarão da diligência, que também conta com o apoio da procuradoria da República em Vitória da Conquista/BA.

Cronograma da atividade:
– 28/08/2017: chegada da equipe à cidade de Palmas do Monte Alto, por volta de 17:00. Às 19:00 horas, a equipe, em conjunto com as autoridades locais, realizarão um ato público de abertura dos trabalhos da semana, colocando-e à disposição para sugestões e esclarecimentos de dúvidas, no auditório do Colégio Elisa Teixeira;
– 29, 30 e 31/08: realização dos trabalhos de campo, no cemitério, momento em que os técnicos e peritos trabalharão em área previamente isolada, sem acesso direto das demais pessoas, as quais devem evitar adentrar ao cemitério em grandes grupos;
– 30/08, a partir das 16:00 horas, a equipe e os procuradores receberão no cemitério, no local dos trabalhos, as autoridades, familiares e demais pessoas interessadas, momento em que poderá ser constatada a reposição das sepulturas, ou o que faltar para a sua reposição ao estado original e a CEMDP procederá à apresentação de Relatório parcial das atividades, bem como ao descerramento de placa de registro dos trabalhos.
(Com informações: Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos do Ministério dos Direitos Humanos)