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DTE de Conquista é destaque nacional no combate ao tráfico de drogas

Imagem: DTE/acervo
A grande apreensão de drogas – seguida da posterior destruição, além da prisão em flagrante de traficantes que aterrorizavam comunidades inteiras na sede e na zona rural, a Delegacia de Tráfico e Entorpecentes (DTE) de Vitória da Conquista, a 509 km de Salvador, tem representado na Justiça por diversas prisões preventivas de bandidos ligados a facções criminosas na região.

Dentre as ações mais recentes da DTE, sob o comando do delegado Neuberto Costa, estão as prisões em flagrante delito dos irmãos Júlio César, de 26 anos, e Rômuno Giuseppi Narici Pinto, de 25 (foto acima). A dupla é suspeita de crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Os trabalhos da DTE são destaques na mídia nacional.

Os investigadores da DTE, após investigações, efetuaram uma busca na casa dos autores, localizada no Bairro Urbis I, onde encontraram uma grande quantidade de maconha em tabletes grandes prensados e pedaços cortados da droga e cocaína em pó pura, para comercialização.

Os policiais também apreenderam uma balança de precisão, dinheiro do tráfico e embalagens usadas no comércio ilícito das drogas.

Caça aos líderes do tráfico

O delegado também representou pela prisão preventiva dos traficantes Willians Alves de Souza Filho, vulgo Nem Bomba, e de Diogo Oliveira Campos , vulgo Kiko. Eles são apontados como  líderes do tráfico em Conquista. As prisões foram decretadas pela Justiça. 

Eles são apontados como  líderes do tráfico em Conquista
Os dois criminosos estão sendo procurados pela polícia,  pois segundo as investigações comandam o tráfico na cidade,  sendo apontados como autores intelectuais de vários homicídios relacionados à disputa dos pontos de venda de substâncias entorpecentes neste Município.

Neuberto informou que a polícia já representou pela prisão preventiva dos referidos traficantes em vários inquéritos policiais instaurados na DTE. Qualquer informação sobre o paradeiro dos criminosos poderá ser comunicada através do disque denúncia da Delegacia especializada de Tóxicos e Entorpecentes de Vitória da Conquista,  pelos números  (77) 98817- 1481 ( Wathsaap)  / (77) 3425 – 8341.



Em fevereiro a polícia incinerou cerca de 100 Kg de drogas, distribuída em dezenas de tabletes de cocaína, maconha e crack, além de centenas de comprimidos de Ecstasy, que se encontravam apreendidos na DTE de Vitória da Conquista.

A destruição das drogas contou com a presença do representante do Ministério Público da comarca. “Todas as apreensões resultaram em inquéritos policiais instaurados na DTE e todos os traficantes identificados estão sendo indiciados pelos crimes descritos, com prisões preventivas representadas à justiça”, destacou.
Preso na praça

Já nesta semana os policiais prenderam em flagrante delito Paulo David Galvão Lima, de 24 anos (acima), acusado de tráfico de drogas. Após investigações os agentes efetuaram buscas na casa do acusado, localizada no Bairro Alto Maron, próximo à Praça Gerson Sales, onde encontraram maconha e cocaína, embaladas para comercialização, além de uma balança de precisão, dinheiro do tráfico e embalagens usadas no comércio ilícito das drogas.
O acusado já possui antecedentes policiais por tráfico de drogas em Goiás, sendo conduzido e interrogado na Delegacia especializada, onde confessou o crime de tráfico e confirmou que fracionava a cocaína em “petecas” da droga e vendia por R$ 40,00 cada para vários usuários em Vitória da Conquista.



ARTIGO: A realidade das ciências policiais aplicadas no âmbito da Polícia Federal

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Por 
I – O estudo das ciências policiais
O estudo das ciências policiais tem sido fomentado em universidades no mundo a fora, há muito tempo. O professor e historiador de ciências policiais Eliomar Pereira assim sintetiza suas pesquisas:
“A origem da Ciência Policial se encontra na obra de Johann Heirinch Gottlob von Justi (1717-1771), especialmente em seus ‘Elementos Gerais de Polícia (1755)[1]‘, ( ) situa-se histórica e geograficamente no Estado germânico do século XVIII, no qual se desenvolve a doutrina cameralista[2]. (…) Na América Latina, tem-se considerado Enrique Fentanes como pioneiro da Ciência Policial, ao sistematizá-la em seu ‘Tratado de Ciencia de la Policía’ (1972)”.
Para Fentanes (apud Pereira, 2015, p. 60), “a Ciência da Polícia tem como objeto o estudo sistemático e metódico da polícia como Instituição e com estrutura”, ou seja, como nos explica Pereira[3], a denominação de ciência implica afirmar que “o estudo da polícia assume a qualidade de conhecimento científico considerado como um sistema de conhecimentos”, uma ciência cujo objeto é a polícia, como instituição e estrutura.
Álvaro Lazzarini[4] (apud Nassaro, 2009[5]), cuida do tema de “Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública” como: “conjunto sistemático e objetivo dos fenômenos que interessam à atividade policial para o regular exercício do poder de polícia, balizado pelos princípios jurídicos das Ciências do Direito e afins, como também pelas modernas técnicas da Ciência da Administração Pública, com a finalidade de realizar o bem comum”.
Célio Egídio da Silva[6], citado por NASSARO (2009), traz um conceito muito próximo à realidade policial, sem se afastar da dogmática e da pesquisa acadêmica e conciliando a atividade de policiamento ostensivo e a de polícia judiciária:
“Ciência na área das humanidades que verifica, analisa, pesquisa e desenvolve uma metalinguagem da “praxis” policial que envolve as atividades de polícia ostensiva e investigativa, em seu sentido restrito. Em sentido amplo, a conceituação abrange também as atividades de ordem e segurança pública, esta sim, na plenitude da atividade estatal de polícia que busca a melhor convivência social e democrática. É uma velha, mas neófita, ciência, pois o conglomerado de conhecimentos acumulados em quase dois séculos de existência das corporações policiais trazem à tona uma seara de conhecimento a ser pesquisada e traduzida à luz da ciência policial, autônoma e tendo as demais como ciências afins”.
Sem dúvida, “o desafio que hoje se apresenta é a organização do conjunto desses conhecimentos, em formato sistêmico e a delimitação dos [seus] contornos[7]”.
E é por essa razão que várias iniciativas de aplicação de metodologia de pesquisa, de ensino policial e de fomento às pesquisas de ciências policiais (observatórios e grupos de pesquisa) têm sido implementadas, por diversas academias de polícia, com o fim de capacitação, profissionalização e humanização da atividade policial.
II – Instrumentos de fomento às pesquisas de ciências policiais
No Brasil, e no âmbito da Polícia Federal, as pesquisas acadêmicas da Diretoria de Gestão de Pessoal, por sua Academia Nacional de Polícia (ANP), levaram à realização, no mês de julho de 2010, do I Seminário Internacional sobre Ciências Policiais e Política Criminal, em Brasília, sob os auspícios da ANP e do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna, de Portugal, com o fim de consolidar a ideia de uma ciência policial.
Nas palavras de Santos e Barbosa (2010)[8], que moderaram os debates e destacaram os principais pontos dos painéis:
“As atividades do I Seminário Internacional sobre Ciências Policiais e Política Criminal, constituem os primeiros passos de longo caminho que será percorrido para se conseguir consolidar a ideia de uma Ciência Policial no Brasil, com campo de projeção próprio, mas com perspectivas diferentes, porém convergentes no sentido da importância de ter, por um lado, o ente Polícia como objeto de uma ciência e, por outro, uma Polícia que fomente a dialética, o diálogo que lhe permita figurar no centro do processo de construção de realidade democrática e justa”.
A ideia tomou corpo com a edição da Revista Brasileira de Ciências Policiais(RBCP)[9] e a edição de uma pós-graduação pela Coordenação da Escola Superior de Polícia da ANP (CESP/ANP) sobre “Ciências Policiais e Investigação Criminal”.
No ano de 2017, a especialização mencionada foi aberta, por convite institucional, às polícias Civis do DF, GO e MG, e trouxe disciplinas como Teoria das Ciências Policiais; Criminologia; Direitos Humanos, Polícia e Sociedade; Crime organizado e corrupção; Investigação Criminal; Inteligência Policial aplicada; Análise Criminal; Uso Diferenciado da Força; Atividade pericial criminal nas ciências policiais; Identificação humana nas ciências policiais; Metodologia de Pesquisa e Metodologia do Ensino Superior, todas com parte da carga horária destinada a leituras, pesquisas, debates, oficinas, sem prejuízo de exposições orais e associando-se o conhecimento dogmático ao prático policial.
O programa de pós-graduação foi precedido de edital, dirigido, de forma integradora, universal e democrática, a todos os cargos policiais e direcionado à formação acadêmica do policial como pesquisador e docente. O foco em pesquisas em ciências policiais foi destacado desde o início, quando o candidato foi instado a apresentar o seu pré-projeto de pesquisa como requisito de seleção, que foi muito concorrida.
Na justificativa para implementação do programa de pós-graduação e introdutória para os alunos, constante na página web do curso[10], constaram as linhas diretrizes não apenas do certame, mas também da especialização que se desenhara, do objeto e importância de estudo das ciências policiais:
“Estabelecer a área de conhecimento das ciências policiais é fundamentar a prática profissional policial em conhecimentos que possam ser avaliados, criticados e passar pelo escrutínio de outros profissionais, da academia e de pesquisadores.
Não se consegue desenvolver uma área de conhecimentos se não houver fomento a pesquisas nesta área e não estiverem bem delineados seus espaços dentro da comunidade científica. As ciências policiais, para se afirmarem, enfrentam alguns desafios, pois elas englobam inúmeras outras áreas de conhecimento em suas atividades.
As Ciências Policiais envolvem investigação de soluções para aspectos como: (i) debate sobre o papel da polícia e sua história; (ii) análise do uso progressivo da força e a sociologia da polícia; (iii) análise de criminologia e da política; (iv) polícia judiciária e Estado democrático; (v) estudos teórico-científicos sobre a natureza, método e lógica da investigação e a busca da verdade; (vi) estudos e fundamento de uma teoria da investigação e outros temas que as envolvem tais como: teoria do crime e tipos penais, teoria das provas criminais, direitos fundamentais etc.”
Outro instrumento de fomento às pesquisas em ciências policiais é a RBCP (ISSN 2178-0013), que veiculou inúmeros artigos sobre ciências policiais, com autores nacionais e estrangeiros, publicidade semestral e comissão editorial com expertos de universidades brasileiras e no exterior, sendo objeto de leitura obrigatória quando se trata de temática de ciências policiais, investigação criminal, atuação da Polícia Federal, direitos humanos, segurança pública, combate ao crime organizado, corrupção e desvio de recursos públicos, com uma vasta gama de debates modernos, em evidência nos concursos públicos atuais.
III – Instituições de ensino superior autorizadas pelo Ministério da Educação, no âmbito das ciências policiais
A ANP é uma das escolas de governo, que foram criadas com a finalidade de promover a formação, o aperfeiçoamento e a profissionalização de servidores públicos. As escolas de governo, entre as quais estão as academias policiais, se inserem no contexto de política governamental de implantação, a execução e a avaliação de políticas públicas, com foco na formação de servidores públicos em inúmeras áreas técnicas, bem como de direitos humanos, ética e cidadania.
Em consulta ao sistema e-MEC[11], com as palavras chaves “ciências policiais”, foram encontradas seis instituições de ensino superior credenciadas pelo MEC e que ministram curso de especialização sobre essa temática, no DF, GO, MS e SP, entre elas o Instituto Superior de Ciências Policiais (ICSP) da Polícia Militar de Brasília e a Academia Nacional de Polícia, da Polícia Federal (ANP/PF).
Em relação ao credenciamento do Instituto Superior de Ciências Policiais, o Conselho Nacional de Educação do Ministério da Educação (CNE/MEC), no Parecer CNE/CES 68/2013[12], registrou que as ciências policiais “devem ser inscritas no universo das ciências desenvolvidas no Brasil”:
“Um outro aspecto, este, sim, merecedor da reflexão deste Conselho, consta do Parecer nº. 1.295, de 11 de novembro de 2011, do antigo Conselho Federal de Educação, que reconheceu as ‘Ciências Militares no rol das ciências estudadas no Brasil, resguardando-se os aspectos bélicos, exclusivos das Forças Armadas.’ Por analogia, penso que as Ciências Policiais devem ser inscritas no universo das ciências desenvolvidas no Brasil”.
Ao tempo do credenciamento do ICSP, texto de Fábio Evangelista[13] para a página da PM-DF na internet enalteceu o depoimento de um dos avaliadores do MEC e a capacitação policial:
“Durante a avaliação realizada pelo MEC, profissionais da educação acompanharam o processo. Entre eles, o professor do departamento de Ciências Jurídicas da Universidade Federal de Rondônia, Vinício Carrilho. ‘Quem imaginaria encontrar um soldado com mestrado em filosofia? Custei um pouco para crer, mas na PMDF encontrei. Na academia de polícia, convivem lado a lado a autoridade e o saber. A Polícia Militar do DF é inteligente, uma referência nacional’, afirmou Carrilho”.
Em São Paulo, a Lei Complementar 1.036/2008[14], definiu que o sistema de ensino da Polícia Militar manterá, além de cursos sequenciais, de graduação e formação, os seguintes programas de educação superior:
“a) curso de especialização no sentido lato, destinado a ampliar os conhecimentos técnico-profissionais que exijam práticas específicas, habilitando ou aperfeiçoando a formação do policial militar para o exercício de suas funções nas respectivas áreas de atuação;
b) programa de mestrado profissional no sentido estrito, direcionado para a continuidade da formação científica, acadêmica e profissional, e destinado a graduar o Oficial Intermediário, capacitando-o à pesquisa científica, à análise, ao planejamento e ao desenvolvimento, em alto nível, da atividade profissional de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, de bombeiro e de execução das atividades de defesa civil;
c) programa de doutorado no sentido estrito, direcionado para a continuidade da formação científica, acadêmica e profissional, e destinado a graduar o Oficial Superior para as funções de administração estratégica, direção e comando nas áreas específicas de polícia ostensiva, preservação da ordem pública, de bombeiro e de execução das atividades de defesa civil, bem como o assessoramento governamental em segurança pública”.
Inúmeros debates importantes e atuais são trazidos à baila no seio das academias de polícia, o que destaca a imprescindibilidade curricular de disciplinas como Direitos Humanos, Sociologia e Criminologia, que enalteçam a construção de um raciocínio crítico e que possibilite à sociedade e aos profissionais de segurança pública discussões profícuas sobre temas candentes como os meios de investigação e resolução de crimes, acertos e desacertos da política criminal, a legitimidade do sistema penal e a atuação policial como um todo, assuntos que são reiteradamente veiculados em seminários de ciências policiais.
Por fim, à medida em que se consolida o ensino policial, as ciências policiais e as boas práticas, deve-se buscar a simultânea modernização das estruturas acadêmicas. Muitas das longas aulas teóricas e de textos normativos poderiam ser substituídos por videoaulas em plataforma educacional a distância, sem necessidade de pagamento de passagens aéreas e diárias para um enfadonho ensino de leis, atos normativos e tratados internacionais. Em contrapartida, importantes cursos de aperfeiçoamento profissional para progressão de classe e para se atingir o nível mais alto da carreira (a classe especial) não deveriam ser jamais a distância, mas, sim, presencial, para debates e oficinas que (re)discutam o papel da polícia na sociedade, experiências, questões de gestão e estratégicas, bem como para que se desfaça o mantra de que a polícia “enxuga gelo” e que aumentar o efetivo policial e recursos materiais e logísticos seria apenas “dar mais do mesmo”.
Enfim, o ensino é um pilar sem o qual nenhuma instituição, policial ou não, sobrevive e evolui, portanto, as instituições devem respeitar e investir o quanto puderem nessa área; que é a única capaz de verdadeiramente transformar não apenas o perfil do profissional, mas o do exercício de toda a atividade desempenhada.

[1] PEREIRA, Eliomar da Silva. Introdução às Ciências Policiais: a Polícia entre Ciência e Política. São Paulo: Almedina, 2015, p. 49.
[2] Idem, p. 50.
[3] Ibidem.
[4] Revista A Força Policial, PMESP, n. 58, 2008. São Paulo.
[5] NASSARO, Adilson Luís Franco. Ciências Policiais de Segurança e ordem pública. 2.nov.2009. Disponível em: http://ciencias-policiais.blogspot.com.br/2009/11/ciencias-policiais-de-seguranca-e-ordem.html. Acesso em 3.mar.2018.
[6] SILVA, Célio Egídio da. A Autonomia das Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública, CAO-II-09, PMESP, 2009.
[7] NASSARO, idem.
[8] SANTOS, Célio Jacinto dos; BARBOSA, Emerson da Silva. Polícia Federal e as ciências policiais. In Migalhas. Disponível em: http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI115725,101048-Policia+Federal+e+as+ciencias+policiais. Acesso em 3.mar.2018.
[9] https://periodicos.pf.gov.br/index.php/RBCP/issue/archive. Acesso em 3.mar.2018.
[10] https://ead.dpf.gov.br. Acesso em 3.mar.2018.
[11] E-MEC. Cadastro e-MEC de Instituições e Cursos de Educação Superior, base de dados oficial e única de informações relativas às Instituições de Educação Superior – IES e cursos de graduação do Sistema Federal de Ensino. Disponível em: http://emec.mec.gov.br/emec/nova#simples. Acesso em 3.mar.2018.
[12] Relator José Eustáquio Romão (e-MEC 201100815), aprovado em 13/3/2013 (Portaria 716, publicada no DOU 1, de 9/8/2013).
[13] EVANGELISTA, Fábio. MEC Credencia Instituto Superior de Ciências Policiais da PMDF. 20 ago.2013. Disponível em: http://www.pmdf.df.gov.br/site/index.php/noticias/destaques/978-mec-credencia-instituto-superior-de-ciencias-policiais-da-pmdf. Acesso em 4.mar.2018.
[14]http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei.complementar/2008/lei.complementar-1036-11.01.2008.html
 é delegado da Polícia Federal, mestre em Direito pela Universidade Católica de Brasília, especialista em segurança pública e defesa social e professor da Academia Nacional de Polícia. Foi assessor de ministro do Superior Tribunal de Justiça e da Secretaria da Segurança Pública do Distrito Federal.
Texto originalmente publicado em: Revista Consultor Jurídico, 6 de março de 2018

Nova loja da Le Biscuit em Conquista vai gerar cerca de 100 vagas de empregos

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Imagens: Blog do Anderson
A Le Biscuit instala a sua segunda loja em Vitória da Conquista. As estruturas estão sendo construídas na avenida Lauro de Freitas, próximo ao Terminal Urbano. As informações são do Blog do Anderson, que esteve no local observando o andamento das obras. A empresa anuncia que vai gerar até cem vagas de empregos diretos. Atualmente a Le Biscuit atua no Shopping Conquista Sul. 
A Le Biscuit é uma rede de lojas de departamento que vende itens de artigos de decoração, pintura, brinquedos, materiais escolares, papelaria e armarinho, festa, utilidades para o lar, dentre outros, estando entre as maiores no Brasil no setor. Há quatro anos, a Le Biscuit expandiu seus negócios e agora comercializa também celulares, tablet e smartphones, além de eletrodomésticos e portáteis.

PRF divulga Balanço de enfrentamento ao crime 2017

Depois dos Balanços de acidentes de trânsito e de infrações, a PRF na Bahia divulga hoje (6) os resultados obtidos em 2017 no Enfrentamento à Criminalidade. Nesse quesito, conforme documento em anexo, destacam-se as apreensões de bebidas, de anfetaminas e de cocaína; o crescimento no número de munições apreendidas; o número de carros roubados recuperados; as ações contra os crimes ambientais, entre outros.
Imagem: Sudoeste Digital/acervo
Durante as fiscalizações no ano de 2017, a PRF apreendeu, em todo o estado, 9.617 unidades de mercadorias oriundas de contrabando ou de descaminho, ou seja, produtos cuja comercialização é proibida no Brasil ou então cujos impostos não foram devidamente recolhidos.
Entre os produtos mais comuns se destacam os cosméticos, agrotóxicos, eletrônicos, medicamentos e vestuário. O número obtido é 10,79% maior do que o atingido em 2016, ano em que 8.680 unidades de produtos nessas condições foram apreendidos.

Ainda no quesito contrabando/descaminho, foram apreendidos 29.760 litros de bebidas, 114.175 pacotes de cigarros e 1.000 litros de combustível. No ano anterior, foram 15.840 litros de bebidas, 177.887 pacotes de cigarros e 1.000 litros de combustíveis.

Armas de fogo
e munições

A PRF na Bahia apreendeu, ainda no ano de 2017, 114 armas de fogo que seriam utilizadas em assaltos a veículos de carga, de passeio e estabelecimentos às margens da rodovia, ou ainda estavam sendo transportadas para grandes cidades da região. Esse trabalho, de caráter preventivo, contribuiu para que outros crimes fossem evitados e vidas fossem
salvas.

Além das armas, o número de munições apreendidas nas rodovias federais também foi expressivo em 2017: no total, 2.156 unidades dos mais variados calibres. Na comparação com 2016, ano em que foram apreendidas 1.339, houve um crescimento de 61% nas apreensões.
Crimes Ambientais
A PRF na Bahia é destaque nacional no enfrentamento aos crimes ambientais, principalmente no resgate de animais silvestres em cativeiros irregulares. No ano passado, dos 7.758 animais silvestres resgatados pela PRF no Brasil inteiro, 2.467 foram na Bahia, o que representa 31,8% do total.
Fraudes Veiculares
Outra vertente do combate ao crime na qual a PRF na Bahia tem demonstrado excelentes resultados é a recuperação de veículos roubados. Com um filosofia de busca, construção e difusão de conhecimento na identificação veicular, a Regional tem hoje boa parte do seu efetivo capacitado para realizar o enfrentamento às diversas fraudes veiculares. 
O resultado disso é que em 2017 foram 618 veículos recuperados, a maioria deles formada por carros, motos, caminhonetes e caminhões que circulavam com placas clonadas de veículos similares com situação regular.
O uso de documentos falsos foi combatido com ênfase durante o ano passado. Esse tipo de crime é praticado quase sempre paralelamente a outros, como roubo de carros, contrabando e descaminho, sonegação fiscal, entre outros.
Além disso, pessoas inabilitadas lançam mão de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH) falsas para burlarem a fiscalização, uma atitude criminosa que põe em rico a segurança viária. Já outros, fugitivos da Justiça, tentam por meio de identidades falsas seguir impunes.
Entre CNHs, Carteiras de Identidade, Certificados de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV), Notas Fiscais, entre outros, foram 231 documentos falsos apreendidos na Bahia em 2017 pela PRF.
Tráfico de drogas
Como nos demais anos, as apreensões de drogas ilícitas pela PRF na Bahia alcançaram quantidades importantes em 2017. Novamente, a maconha, droga mais consumida no país, foi também a que teve maior volume de apreensões, seguida da cocaína e do crack. Porém, o ano passado foram registradas ocorrências de drogas com menor circulação como o ecstasy e o LSD.
Assaltos a ônibus
Dados divulgados desde 2011 pela Associação das Empresas de Transporte Coletivo Rodoviário do Estado da Bahia (ABEMTRO) vêm demonstrando que a fiscalização mais intensa nos ônibus e o combate aos crimes correlatos têm reduzido progressivamente os assaltos a coletivos nas rodovias. Desde 2011, as ocorrências têm sofrido reduções constantes, saindo de 108 em 2011 para 41 no ano passado.
Pessoas detidas

As ações da PRF nos crimes citados acima e em mais tantos outros combatidos
diariamente resultaram na detenção de 1.744 pessoas em 2017. No ano anterior, 2016, o número foi de 1.529, crescimento de 14%.

Obras para represamento do Rio Catolé não têm licenças ambientais

Obras para represamento do Rio Catolé, em Barra do Choça (BA), por não observarem legislação ambiental, não obtiveram licença e só receberão recursos federais após regularização da documentação necessária.

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O Tribunal de Contas da União (TCU) analisou representação formulada pela Procuradoria da República em Vitória da Conquista (BA) sobre possíveis irregularidades na contratação das obras de represamento do Rio Catolé, no município de Barra do Choça. Por não observarem legislação ambiental, as obras não obtiveram licença e só receberão recursos federais após regularização da documentação necessária, apurou a reportagem do Sudoeste Digital.

As obras serão custeadas via termo de compromisso entre o governo da Bahia, por meio da Empresa Baiana de Águas e Saneamento S/A (Embasa), e a União, representada pelo Ministério das Cidades. O valor total é de R$ 141 milhões, dos quais R$14 milhões são do governo da Bahia. O restante é proveniente de recursos federais.
A licitação já ocorreu, mas a assinatura do contrato encontra-se suspensa por meio de decisão liminar, até que sejam obtidas as licenças ambientais e atendidas as condições correspondentes. A representação apontou descumprimento da legislação ambiental, com ausência de licença prévia e não atendimento às limitações legais sobre restrições à retirada de vegetação primária do Bioma Mata Atlântica.
Além dos problemas indicados na representação, o TCU identificou que o edital não era claro em relação ao limite admitido para alterações contratuais e não previa recomposição do equilíbrio econômico-financeiro quando fossem reconhecidas as reais propriedades do material a ser escavado. No orçamento básico havia, ainda, previsão de utilização de areia proveniente de jazidas comerciais, em detrimento da utilização de matérias-primas existentes no local.
O Tribunal determinou que a Embasa, em até 60 dias após a emissão das licenças ambientais e antes da assinatura do contrato, analise o impacto causado pela falta desses documentos. O objetivo da medida é que a Embasa confirme se a emissão intempestiva do licenciamento ambiental não prejudicou as obras licitadas.
A empresa deverá, ainda, fazer modificações no contrato a respeito do limite percentual de aditivos e da inclusão de cláusula de concordância do contratado com a adequação do projeto que integrou o edital de licitação.
O TCU também determinou à Caixa Econômica Federal que não libere os recursos federais para a execução das obras enquanto não forem apresentadas as licenças ambientais.
O relator do processo é o ministro Bruno Dantas. 

OUTRO LADO


Durante o Papo Correria dessa terça-feira (6) o governador Rui Costa fez questão de tranquilizar a população de Vitória da Conquista, Belo Campo e Tremedal, que serão beneficiadas com esse equipamento que será erguido em Barra do Choça. “O TCU não barrou. É porque como é ano eleitoral as pessoas que torcem contra a Bahia só ficam distribuindo notícias falsas ou notícias ruins. Todos estão lembrados que há meses atrás nós conseguimos uma decisão do juiz federal dando autorização para o Estado assinar o contrato e paralelo ao prazo que a empresa tem para fazer o projeto, a empresa vencedora da licitação. Nós estamos concluindo conforme o desejo do Ministério Público o licenciamento ambiental. O que o TCU fez nada mais foi do que reafirmar a mesma decisão do juiz, ou seja, o contrato pode ter andamento, agora para início da obra, da execução da obra, é precisa ter a conclusão do licenciamento ambiental. Ou seja, é a mesma decisão do juiz federal, então não tem nenhum problema com a obra da Barragem do Rio Catolé”, disse o governador. Segundo Rui, “o licenciamento está andando de vento em popa e nos próximos dias nós teremos a conclusão de todo o licenciamento”. “Com o licenciamento em mãos será dada cópia ao juiz federal e será dado cópia ao TCU e, portanto, não há qualquer problema com a obra e graças a Deus nós vamos em breve iniciar fisicamente essa obra”,complementou. “Essa obra vai resolver pelos próximos cinquenta anos o abastecimento de água da terceira maior cidade da Bahia que é Vitória da Conquista”, completou. (Com informações adicionais do Blog do Anderson).

Justiça Federal condena assaltante por morte de policial militar na Bahia

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Sentença determina 28 anos de prisão por crime de latrocínio ocorrido durante assalto à agência dos Correios no município de São José da Vitória (BA)
A pedido do Ministério Público Federal (MPF) em Ilhéus (BA), a Justiça Federal de Itabuna (BA) condenou Uillian da Silva Guimarães a 28 anos e três meses de prisão por crime de latrocínio, cometido em maio de 2015. O réu e mais dois assaltantes (já falecidos) mataram o policial militar Denisson Rodrigues Sampaio durante assalto à agência dos Correios de São José da Vitória (BA), município localizado a 465 km da capital baiana.
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Bandido que atirou em PM durante assalto aos Correios de São José da Vitória
Em 21 de maio de 2015 os criminosos adentraram à agência dos Correios no município, renderam funcionários e clientes e fizeram o gerente e o vigilante da agência de reféns. Durante a ação, o segurança conseguiu acionar um alarme silencioso, o que provocou a chegada de uma viatura da Polícia Militar. Quando o policial Denisson Sampaio entrou na agência, foi baleado por Uillian, que, em seguida, subtraiu a arma do policial, efetuou mais alguns disparos para se certificar da sua morte, e os três fugiram.

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O PM morreu após ser atingido por tiro na cabeça durante tentativa de assalto.
Na denúncia, ajuizada em maio de 2017 pelo Procurador da República Tiago Rabelo, o MPF requereu a prisão preventiva de Uillian Guimarães, que foi concedida pela Justiça, e a sua condenação. Ainda segundo a denúncia, Guimarães já responde a outras duas ações penais por roubo qualificado apenas na Subseção Judiciária de Itabuna, e, em 2016, chegou a fugir do presídio de Eunápolis (BA), onde estava preso pela prática de outro crime de roubo, mas foi posteriormente localizado e se encontra preso desde então.

A sentença, proferida no último dia 15, condenou Uillian da Silva Guimarães pelo crime previsto no art. 157, § 3º, do Código Penal, negando-lhe o direito de recorrer em liberdade. Além da pena prisão (28 anos e três meses), foi determinado o pagamento de 118 dias/multa, no valor de 1/30 do salário mínimo vigente à época por cada dia de multa.

Número para consulta processual na Justiça Federal – 2569-42.2015.4.01.3311 – Subseção Judiciária de Itabuna
Assessoria de Comunicação
Ministério Público Federal na Bahia

MISTÉRIO – Empresário reaparece, mas polícia continua investigando o caso

Resultado de imagem para George Cardozo CoutoApesar de ter sido localizado, o empresário conquistense George Cardozo Couto, de 42 anos, deve ser ouvido pela polícia para detalhar as circunstâncias em que o caso se desenrolou. George estava desaparecido desde o final da tarde da sexta-feira (2) e foi localizado, segundo familiares, em Patos de Minas, interior mineiro, nesta segunda-feira (5). A família não comenta sobre o fato, apenas sobre a localização. Assim que retornar a Conquista, o empresário deve prestar esclarecimentos ao delegado plantonista, no Disep, informou uma fonte. No dia em que saiu de casa, George teria deixado o celular sobre uma mesa. Depois, foi visto num posto de combustíveis, em frente a estação rodoviária de Conquista e, mais tarde, passando pelo pedágio na BR-116, no distrito de Veredinha. A polícia não informa as linhas de investigação.

Teste: Volkswagen Virtus Highline 200 TSI, mania de grandeza

A versão sedã do Polo agora tem nome próprio e muito (mas muito) espaço para passageiros e bagagem. Uma pena o Virtus ser exagerado até no preço.

O histórico da Volkswagen no segmento de sedãs intermediários – entre os compactos e os médios – é dúbio. A geração anterior do Polo brasileiro (lançada em 2002 e extinta em 2014) ganhou fama de ótimo carro, mas nunca vendeu tanto quanto o esperado.
No caso do sedã, uma das razões foi o fato de que ele tinha os mesmos 246 cm entre os eixos do hatch. Ou seja: custava quase tanto quanto um sedã médio, mas oferecia menos espaço, apesar do refinamento e da fartura de equipamentos.
Ainda que a duras penas, a Volkswagen parece ter aprendido a lição.
Para começar, adotou uma estratégia diferente da Fiat ao esticar o seu hatch. Em vez de manter o entre-eixos e adaptar portas traseiras, teto e porta-malas, engenheiros e designers alemães e brasileiros se valeram da modularidade da plataforma MQB e alteraram também o entre-eixos (de 256 cm para 265 cm).
Com 448 cm de comprimento, 175 cm de largura e 147 cm de altura, o Virtus impressiona pelo porte quando comparado a rivais veteranos, como Hyundai HB20S (423 x 168 x 147 cm) e Prisma (428 x 170 x 147 cm), e novos como o recém-lançado Fiat Cronos (436 x 172 x 151 cm).
O teste foi feito com a versão topo de linha, Highline, de R$ 79.990. Com o preço oficial, vem à tona o primeiro ponto fraco: ele revela um valor R$ 10.800 mais alto do que o Polo Highline – e ambos têm basicamente o mesmo conteúdo.
Na versão Comfortline, a diferença cai para ainda salgados R$ 8.300 e para aceitáveis R$ 5.000 na configuração de entrada, 1.6 com câmbio manual. O Cronos, por seu lado, terá diferenças de preços menores – cerca de R$ 4 mil a mais que o hatch.
Se você se encantou pelo Virtus das fotos, vale o aviso: completo, com pintura metálica, painel digital, rodas aro 17, couro, tela de 8 polegadas e outros itens menores, o preço chega a R$ 87.040.
Versão Preço
Virtus 1.6 manual R$ 59.990
Virtus Comfortline 1.0 automático R$ 73.490
Virtus Highline 1.0 automático R$ 79.990
As versões Highline e Comfortline (R$ 73.490) são equipados com o motor 1.0 TSI de três cilindros, numa configuração um pouco diferente da que equipa Up! e Golf por aqui – são 128 cavalos com etanol, contra 125 cv do Golf e 105 cv do Up!. O câmbio é sempre automático de seis marchas.
Motor 1.0 TSI do Virtus é mais potente que o do Up! e Golf (Christian Castanho/Quatro Rodas)
Com medidas generosas, o Virtus é um carro de presença. E, especialmente na versão Highline completa, o interior também é de encher os olhos. Assim como no Polo, o acabamento tem materiais simples, mas construção elogiável.
No centro do painel do Virtus, tela incorporada e suporte para celular  (Christian Castanho/Quatro Rodas)
O motorista tem a seu dispor volante, banco e retrovisores com grande amplitude e facilidade de ajuste, o que permite o uso compartilhado por pessoas de estaturas bem diferentes. Mas conforto de verdade tem quem viaja no banco traseiro.
Couro é opcional nos dois modelos (Christian Castanho/Quatro Rodas)
Ainda que os dianteiros estejam totalmente recuados, as pernas não são espremidas. O espaço para cabeça e na altura dos ombros e cotovelos também é bom. Melhor que isso, só se o assoalho fosse plano na região central, como no Honda City – que também briga entre os sedãs compactos e que acaba de receber um facelift.
Espaço interno traseiro é um dos pontos fortes do Virtus (Christian Castanho/Quatro Rodas)
O porta-malas, com 521 litros, está entre os maiores do segmento. Bastante ampla, a boca do compartimento facilita a acomodação de objetos volumosos. Se estiver equipado com a prancha (opcional), que permite a elevação do fundo, melhor ainda.
Porta-malas tem 521 litros, assoalho móvel (opcional) e porta-objetos laterais (Christian Castanho/Quatro Rodas)
Ao volante, a sensação de solidez estrutural típica dos VW se repete. A novidade é a maciez da suspensão, já notada no Polo, muito embora a melhor distribuição de massa do sedã tenha atenuado a forte tendência de saídas de frente.
Ar-condicionado é digital e de duas zonas (Christian Castanho/Quatro Rodas)
O motor 1.0 TSI, com até 128 cv e 20,4 mkgf a 2.000 rpm, é bem adequado para o porte do carro. Os números de pista corroboram: sempre com gasolina, o Virtus acelerou de 0 a 100 km/h em 10,1 s, mais rápido que o Polo com o mesmo conjunto mecânico (10,6 s).
As retomadas também foram levemente mais rápidas, enquanto o consumo diminuiu – o rodoviário foi de 17,6 km/l, bem melhor que os 14,3 km/l do hatch.
Perfil lembra o Jetta de nova geração (Christian Castanho/Quatro Rodas)
Nas frenagens, os discos sólidos no eixo traseiro (Cronos, Etios, Prisma e HB20 possuem tambores) garantiram marcas ótimas na frenagem de 120 km/h a 0 (60,6 m), mas apenas medianas em velocidades mais baixas (18,7 m a partir de 60 km/h e 28,7 m a partir dos 80 km/h).
Feitas as apresentações dos mais novos sedãs compactos, fica a pergunta: qual das versões topo de linha é a melhor, Cronos Precision 1.8 ou Virtus Highline 1.0 TSI?

MPF firma TAC com município de Iuiú (BA) para que R$ 8,4 milhões do Fundeb sejam aplicados na educação

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Em caso de descumprimento do acordo, homologado em 27 de fevereiro a partir de ação MPF, o prefeito deverá pagar multa de R$ 1.000,00 por dia
 
O Ministério Público Federal (MPF) em Guanambi (BA) firmou, no último dia 27 de fevereiro, termo de ajustamento de conduta (TAC) com o município baiano de Iuiú, distante 800km de Salvador. No documento, o prefeito, Reinaldo Barbosa de Góes, se compromete a aplicar o valor total de R$ 8.416.631,72 – recebido em complementação aos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb; antigo Fundef) – exclusivamente na manutenção e no desenvolvimento da educação básica pública.

O acordo foi estabelecido a partir de uma ação, ajuizada em abril de 2017 pelo MPF em Guanambi, que buscava garantir que o município de Iuiú aplicasse os recursos complementares do Fundeb, repassados pela União, exclusivamente na área da educação básica. O TAC atende aos objetivos da ação que, por esse motivo, tornou-se extinta desde a homologação do acordo pela Justiça Federal em 27 de fevereiro.

A partir da assinatura do termo, o município deve: em dez dias, abrir conta específica no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica Federal sob a rubrica “Precatório Fundef/Fundeb” e informar seus dados (banco, agência e conta) à Justiça e ao MPF; cumprir o plano de aplicação dos valores dos precatórios do Fundeb apresentado na ação extinta; dar publicidade a esse plano no seu âmbito interno, devendo remeter cópia à Câmara de Vereadores, ao Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb, ao Conselho Municipal de Educação e à entidade local da classe dos profissionais do magistério, além de manter cópia disponível para consulta a qualquer cidadão na Secretaria Municipal de Educação; apresentar ao MPF, em vinte dias, os comprovantes do envio do plano aos órgãos e entidades referidos no dispositivo anterior; dentre outras obrigações.
Segundo o TAC, o município fica, ainda, vedado de: utilizar os recursos para custeio de despesas não consideradas como de manutenção e desenvolvimento da educação básica; ratear, dividir ou repartir a verba entre profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na rede pública com o objetivo de atingir o patamar mínimo de 60% (previsto no art. 22 da Lei 11.494/07 – Lei que regulamenta o Fundeb); efetuar saque de valores em espécie e transferências bancárias para outras contas de sua titularidade, obrigando-se a apenas realizar transferências para prestadores ou fornecedores devidamente identificados; e emitir cheques, observados os ditames legais alusivos à execução ordinária de despesas.
Em caso de descumprimento do acordo, o prefeito deverá pagar multa de R$ 1.000,00 por dia, podendo, ainda, ser responsabilizado nas áreas penal e civil. Caso os recursos sejam utilizados em finalidades diversas de educação, o gestor deverá ressarcir o erário com recursos próprios.
Confira a íntegra da ação e do TAC.

Assessoria de Comunicação
Ministério Público Federal na Bahia

Artigo CCAS: O mito da água gasta pelo agronegócio


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Por Ciro Antonio RosolemVice-Presidente de Estudos do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) e Professor Titular da Faculdade de Ciências Agrícolas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FCA/Unesp Botucatu).
É consenso que o suprimento de alimentos precisa ser aumentado nos próximos anos, se possível com redução de custos. É preciso atender os mais de 800 milhões de seres humanos com alimentação deficiente e o crescimento da população.
Também é verdade que o potencial de expansão da agricultura é limitado. Limitado pela falta de terras agricultáveis em algumas regiões do mundo, ou pelas restrições ambientais, como, por exemplo, no Brasil. Por falar em Brasil, é daqui que se espera o atendimento de, pelo menos, 20% do aumento da demanda. Enfim, se estima que 75% do crescimento na produção de alimentos precisarão vir de terras já em uso.
Mas, como fazer isso? Além do desenvolvimento de variedades de plantas mais eficientes, do bom uso de técnicas de manejo de solo e de culturas, de pragas e doenças, etc., a expansão da irrigação é fundamental. Mas, como assim? Há notícias de que o setor agrícola tem sido o grande vilão, tirando água das cidades! Vamos ainda piorar isso? Uma notícia no jornal dá conta de que o agronegócio consome 83% da já escassa água doce, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA).
Bom, mas o que é água consumida? Modernamente, se separa a água GASTA da água USADA. São coisas muito diferentes. Volta e meia, “especialistas” publicam, por exemplo, que se gasta 5 mil litros de água para produzir 1 kg de milho, ou 1.800 litros para cada kg de soja. Uma picanha de 1,2 kg, do nosso churrasco, gastaria 12 mil de água para ser produzida. Haja água!
Todas as plantas, inclusive as florestas e a grama do jardim, precisam de água para sobreviver. Elas transpiram, e respiram. Para respirarem precisam de orifícios para a entrada de ar, chamados estômatos. Ocorre que, para os estômatos ficarem abertos, é necessária água, que e é evaporada – a transpiração das plantas. Esta é água USADA. Por quê? Porque ela chega com a chuva, ou vem através da irrigação e se infiltra no solo. A parte que não é usada pela planta volta para as nascentes, filtradas pelo solo. A parte absorvida pelas plantas é, na maior parte, transpirada. Para onde? Para a atmosfera, vira nuvem, vira chuva, novamente. Não foi gasta, foi usada.
A água que usamos nas cidades, a mesma que vem dos rios ou dos poços, serve para o banho, na cozinha, nas indústrias, acaba sendo sujada, ou contaminada, com detergentes, com coliformes fecais, etc. Depois retorna aos rios, tratada ou não. Não retorna para as minas, não é reutilizada. É gasta.
Então, meus amigos, para colocar de um modo simplista, o agronegócio USA água, a cidade GASTA água. É ignorância ou má fé chamar o uso da água pelas plantas de água gasta.
Bom, e como fica aquele negócio da Agência Nacional de Águas? Os números são fabricados? Não. Ocorre que quando o agricultor irriga e usa a água, a quantidade é medida da mesma forma que a água que é gasta nas cidades. A Agência não leva em conta que aquela água volta, limpa na maioria das vezes, para a natureza. A medida feita pela ANA serve para fins de cobrança, apenas isto, não deve ser utilizada para outros fins como para a construção de divulgação de mitos.
Sobre o CCAS
O Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) é uma organização da Sociedade Civil, criada em 15 de abril de 2011, com domicilio, sede e foro no município de São Paulo-SP, com o objetivo precípuo de discutir temas relacionados à sustentabilidade da agricultura e se posicionar, de maneira clara, sobre o assunto.
O CCAS é uma entidade privada, de natureza associativa, sem fins econômicos, pautando suas ações na imparcialidade, ética e transparência, sempre valorizando o conhecimento científico.
Os associados do CCAS são profissionais de diferentes formações e áreas de atuação, tanto na área pública quanto privada, que comungam o objetivo comum de pugnar pela sustentabilidade da agricultura brasileira. São profissionais que se destacam por suas atividades técnico-científicas e que se dispõem a apresentar fatos concretos, lastreados em verdades científicas, para comprovar a sustentabilidade das atividades agrícolas.
A agricultura, apesar da sua importância fundamental para o país e para cada cidadão, tem sua reputação e imagem em construção, alternando percepções positivas e negativas, não condizentes com a realidade. É preciso que professores, pesquisadores e especialistas no tema apresentem e discutam suas teses, estudos e opiniões, para melhor informação da sociedade. É importante que todo o conhecimento acumulado nas Universidades e Instituições de Pesquisa seja colocado à disposição da população, para que a realidade da agricultura, em especial seu caráter de sustentabilidade, transpareça. Mais informações no website: http://agriculturasustentavel.org.br/. Acompanhe também o CCAS no Facebook:http://www.facebook.com/agriculturasustentavel.

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