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PRF de Conquista divulga balanço da Operação Semana Santa

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Foto: Agência A Tarde
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou o resultado da Operação Semana Santa 2017, realizada no período da meia-noite  do dia 13 até às 23:59h desse domingo,  16 de abril, pela Delegacia de Vitória da Conquista.
Durante a Operação, os PRFs fiscalizaram 1.078 veículos e 1.077 pessoas.  Do total de veículos, 11 foram recolhidos por algum tipo de irregularidade.  Um total de 205 pessoas foram sensibilizadas sobre a importância da direção defensiva e do respeito às leis de trânsito em abordagens educativas.
A PRF intensificou a fiscalização quanto ao uso de bebida alcoólica na direção de veículos automotores. Este ano, durante a operação Semana Santa 2017, foram realizados 531 testes de etilômetro (bafômetro) resultando em  três notificações de alcoolemia.
Visando reduzir o número de acidentes, a fiscalização de excesso de velocidade também foi intensificada sendo extraídas 266 imagens de radar. Uma pessoa foi presa por apresentação de documento falso(CRLV). Ocorreram 07 acidentes com uma vítima grave. Não houve mortes.

Fonte: PRF

Polícia Rodoviária Estadual realiza operação de captura de animais nas rodovias da região

Polícia Rodoviária realiza operação de captura de animais nas rodovias da região de Brumado
Foto: Divulgação/PRF

Devido ao feriado prolongado e ao aumento do tráfego nas estradas, a Companhia Independente de Policiamento Rodoviário realizou mais uma operação de captura de animais nas rodovias que interligam os municípios de Vitória da Conquista, Anagé, Maetinga, Jânio Quadros, Aracatu, Brumado e Sussuarana. Segundo a Polícia Rodoviária, foram retirados das margens das rodovias 8 equinos e 4 asininos, proporcionando mais segurança aos condutores que trafegam pela região.

72 detentos foram beneficiados com saída temporária em Conquista; Veja a relação completa

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Por Jussara Novais (Especial para o Sudoeste Digital) – Um total de 72 detentos dos presídios de Vitória da Conquista, a 509 km de Salvador, foram beneficiados com a saída temporária de Semana Santa. Todos ganharam a liberdade provisória nessa quinta-feira, 13, com a obrigação de retornar no próximo dia 19. O benefício é para quem é do regime semiaberto e já cumpriu 1/6 da pena com histórico de bom comportamento.

Aos que cumprirem as regras do chamado “saidão”, o mesmo benefício será renovado, estando já está garantido para os seguintes períodos: de 1º a 7 de julho (Independência da Bahia), de 3 a 9 de setembro (Independência do Brasil), de 29 de outubro a 4 de novembro (Finados) e de 23 a 29 de dezembro (Natal).

Dados da justiça mostram que cerca de 95% dos beneficiados com indulto retornam aos presídios. 


VEJA A LISTA DOS BENEFICIADOS E AS REGRAS A SEREM CUMPRIDAS



SAIBA MAIS

Quem tem direito à saída temporária?


Tem direito à saída temporária o preso que cumpre pena em regime semiaberto, que até a data da saída tenha cumprido um sexto da pena total se for primário, ou um quarto se for reincidente. Tem que ter boa conduta carcerária, pois o juiz, antes de conceder a saída temporária, consulta os Diretores do Presídio.

A quem deve ser pedida a saída temporária?

O próprio Diretor geral do Presídio encaminha ao juiz a relação dos presos que têm direito à saída temporária. Mas se o nome do preso não estiver na relação, o pedido pode ser feito pelo seu advogado, diretamente ao Juiz.

O preso pode sair para visitar sua família?

Sim, com exceção dos presos do regime fechado, a Lei de Execução prevê saída temporária para visitar a família, que pode ser concedida cinco vezes ao ano. Cada saída poderá durar até sete dias corridos.

É possível pedir saída temporária para estudar?

Sim, exceto os presos do regime fechado; a Lei de Execução Penal prevê a saída temporária para frequentar curso supletivo profissionalizante, segundo grau ou faculdade. O curso deve ser na comarca onde o sentenciado cumpre pena.
Nesse caso, o preso sairá todo dia somente o tempo necessário para assistir às aulas, até terminar o curso, condicionando ao bom aproveitamento, sob pena de revogação.

As faltas disciplinares prejudicam a saída temporária?


Qualquer falta disciplinar prejudica a saída temporária.
O preso que praticou falta leve ou média só poderá ter saída temporária após a reabilitação da conduta. A conduta estará reabilitada em 30 ou 60 dias, de acordo com o Regimento Interno do Presídio.
Praticada falta grave, o preso do semiaberto perde o direito à saída temporária, e além da punição administrativa (isolamento celular ou restrição de direitos), será regredido ao regime fechado.

É permitido atraso no retorno das saídas temporárias?


Não. O preso perde o direito à saída temporária caso retorne fora do horário, injustificadamente. Caso não tenha condições de retornar no horário determinado, o preso deverá avisar imediatamente o diretor-geral do Presídio, por telefone, quanto às dificuldades para retornar, e quando apresentar-se no Presídio deverá levar junto dados e documentos que provem o motivo do atraso, como, por exemplo, atestado médico (se estiver doente).

E se o preso ficar doente durante a saída temporária, o que fazer?


Se a doença impedir a locomoção até o Presídio, ou estiver internado em hospital, o sentenciado, ou alguém da família, deverá por precaução avisar a Direção do Presídio do ocorrido, e ao retornar deverá apresentar à Direção os atestados médicos que provem a impossibilidade de locomover-se ou comprovante de internação.

Há garantia de o Juiz aceitar o atestado de doença para justificar o atraso do preso, sem regredi-lo ao regime fechado?

Não. Se a doença não impedir a locomoção, não poderá o preso chegar atrasado com a desculpa de que estava se tratando. Se pode locomover-se, deverá apresentar-se no Presídio no dia e horário determinados e solicitar atendimento médico, que deverá ser providenciado pela Direção do estabelecimento penal.

E se o preso estiver em outro município, longe do presídio, e não encontrar passagem para retornar? O que fazer?

A melhor providência, nesses casos, é entrar em contato, quando possível, com o diretor do Presídio, esclarecendo as dificuldades. Mas só isso não basta. Para que não haja dúvidas quanto às suas intenções, é melhor o preso apresentar-se ao delegado de Polícia ou ao Juiz da cidade, pois estas autoridades poderão recolhê-lo no presídio local e providenciar a remoção, ou então colher as declarações do preso com a finalidade de preservar seu direito, como, por exemplo, em um Boletim de Ocorrência.

Na saída temporária, o preso pode frequentar bares, boates, embriagar-se, ou seja, agir como se estivesse em liberdade?

Não, o preso que está em saída temporária deverá manter o mesmo comportamento que tem dentro do Presídio ou no trabalho externo. Não se pode esquecer que o preso é beneficiado com a saída temporária para estudar ou visitar a família sob certas condições.
Assim, o preso em saída temporária não pode frequentar bares, boates, embriagar-se, envolver-se em brigas, andar armado, ou praticar qualquer outro ato que seja falta grave, como, por exemplo, a prática de delitos.
O preso que tem saída temporária para estudar deverá sair para a aula e ao seu término retornar, e não fazer nada além disso.
Do mesmo modo, o preso que tem saída para visitar a família deve limitar-se a sair do Presídio e recolher-se no domicílio de sua família, e dele sair somente para atividades indispensáveis, como para trabalhar, procurar atendimento médico etc.

Fonte: Assessoria Jurídica do Sudoeste Digital

Estelionatários aplicam golpes usando nome da SEFAZ em Vitória da Conquista

A Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz-Ba) alerta sobre golpes que estão sendo aplicados no município de Vitória da Conquista por estelionatários que se passam por agentes do fisco para vender falsas mercadorias, supostamente apreendidas, a preços muito abaixo do praticado no mercado. Entre janeiro e abril deste ano foram registrados três casos.
A polícia já foi acionada e está investigando, informa o diretor de Administração Tributária Sul (DAT-Sul), Zelington Coqueiro. Ele ressalta que as mercadorias apreendidas pela Sefaz só podem ser comercializadas mediante leilão, com data e local previamente estabelecidos, não havendo, portanto, nenhuma possibilidade de negociação direta.

Todos os três golpes foram aplicados dentro do SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão) de Vitória da Conquista, que fica localizado no térreo do prédio da Secretaria da Fazenda. Os bandidos se apresentaram como agentes do fisco oferecendo a comerciantes locais a venda de uma suposta carga apreendida, a um preço tentador. O diretor alerta que ofertas como essas devem ser denunciadas de imediato. “Vale lembrar que, caso aceite a proposta, além de sair no prejuízo, o empresário também estará agindo de forma ilegal”.
Colaborou: Nildo Freitas

Estelionatários aplicam golpes usando nome da SEFAZ em Vitória da Conquista

A Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz-Ba) alerta sobre golpes que estão sendo aplicados no município de Vitória da Conquista por estelionatários que se passam por agentes do fisco para vender falsas mercadorias, supostamente apreendidas, a preços muito abaixo do praticado no mercado. Entre janeiro e abril deste ano foram registrados três casos.
A polícia já foi acionada e está investigando, informa o diretor de Administração Tributária Sul (DAT-Sul), Zelington Coqueiro. Ele ressalta que as mercadorias apreendidas pela Sefaz só podem ser comercializadas mediante leilão, com data e local previamente estabelecidos, não havendo, portanto, nenhuma possibilidade de negociação direta.

Todos os três golpes foram aplicados dentro do SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão) de Vitória da Conquista, que fica localizado no térreo do prédio da Secretaria da Fazenda. Os bandidos se apresentaram como agentes do fisco oferecendo a comerciantes locais a venda de uma suposta carga apreendida, a um preço tentador. O diretor alerta que ofertas como essas devem ser denunciadas de imediato. “Vale lembrar que, caso aceite a proposta, além de sair no prejuízo, o empresário também estará agindo de forma ilegal”.
Colaborou: Nildo Freitas

Prefeitura de Conquista conclui pré-cadastramento de carroceiros

Os carroceiros foram considerados aptos a participar do curso que acontece de 24 a 28 de abril

Foto: Secom/PMVC

A Prefeitura concluiu nessa quarta-feira, 12, as duas etapas do mutirão para o pré-cadastramento dos carroceiros que trabalham no município. Ao final da tarde, a equipe confirmou o comparecimento de 98 carroceiros – que, somados aos 167 que já haviam se pré-cadastrado no dia 7, totalizam 265 pessoas que, agora, estão aptas a participar do curso que ocorrerá entre os dias 24 e 28 de abril.

O conteúdo do curso, com carga de 25 horas, incluirá regras de circulação no trânsito, seguridade social, proteção aos animais, despejo e reciclagem de material transportado. As aulas serão ministradas das 13h30 às 17h30, no mesmo local – a antiga Secretaria Municipal de Trabalho, Renda e Desenvolvimento Econômico (avenida Bartolomeu de Gusmão, nº 744, Jurema – ao lado da Farmácia da Família).
Para obterem o certificado, os carroceiros deverão, obrigatoriamente, ter contabilizado 100% da carga horária de aulas. O certificado é indispensável para que eles sejam cadastrados, tendo assim o direito à licença para condução e ao posterior emplacamento de suas carroças.
Os carroceiros que ainda não fizeram o pré-cadastramento, deverão fazê-lo na sede da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, situada à rua Friburgo, nº 109, no bairro Petrópolis. Para mais informações, entrar em contato pelos telefones: (77) 3429-7356 e 3429-7376.
Atenção para dois aspectos:
  1. Toda e qualquer pessoa que for conduzir a carroça precisará estar licenciada. Portanto, se numa família há três ou mais indivíduos que façam esse serviço, todos eles deverão participar do curso.
  2. Quem ainda não fez o pré-cadastramento, só terá até o dia 21 para fazê-lo na Secretaria de Mobilidade Urbana.
‘Cumprindo a lei’ – Todas essas medidas pretendem levar à aplicação da Lei Municipal nº 1.485/2008, que estabelece regras para a regulamentação do tráfego de veículos de tração animal na cidade. Entre outras coisas, a lei proíbe o trânsito desses veículos na avenida Lauro de Freitas, na rua Francisco Santos e na praça Barão do Rio Branco. Estabelece ainda que os condutores devam ter mais de 18 anos e que não excedam o limite de peso nem a carga máxima de trabalho que os animais podem suportar. Outra exigência é que os condutores coloquem bolsões coletores nos animais, a fim de evitar que as ruas fiquem sujas.
“Espero que mude para melhor”, observou o carroceiro Adilon Santos, 65 anos, que fez seu pré-cadastramento nesta quarta-feira. “Vai melhorar para a gente, que vai trabalhar tudo certinho. Nós temos que cumprir a lei, não é?”.
Com informações da Secom/PMVC

Grupamento Aéreo da Policia Militar realizou a conclusão do II CORPAS

424f0784-41c4-431e-ab11-41dbbb0064c0Hoje, dia 13/04, quinta-feira, às 9h, no auditório do Grupamento Aéreo da Polícia Militar da Bahia o GRAER, foi realizada a Solenidade de Conclusão do II CORPAS presidida pelo Exm.° Sr. Cel PM Cmt Geral da PMBA.A 8CIPM se fez presente ao evento através de três policiais militares pertencentes a seus quadros que concluíram o Curso de Operação de Aeronaves não tripuladas (DRONE).ab273e01-8e26-4fc2-b9c3-ba3e1d9454c6Com a conclusão de mais está etapa, a Unidade se habilita institucionalmente, para operar em sua área de responsabilidade esse tipo de equipamento. O Drone Phanton 3, recentemente adquirido pela companhia, através de recursos disponibilizados pelo poder judiciário será utilizado nas operações de inteligência e nos grandes eventos populares da região do médio sudoeste.

BRASIL – 554 mil garotas de 10 a 17 anos já são casadas; O casamento precoce é mais comum do que você imagina

Catingueiras magricelas e peladas, sol forte, uma cabrita, um bode e algumas galinhas são quase tudo que Ivonete Santos da Silva, 14 anos, vê ao longo do dia por semanas a fio. Mãe de Rayslani, 1 ano, ela dorme cedo. 

A casa de taipa onde vive, no sítio Lagoa Nova, em Inhapi (AL), a 289 quilômetros da capital, Maceió, não tem lâmpadas nem TV. Ivonete juntou-se aos 12 anos com Sislânio Silvério, 21, seu primo. Deixou a escola sem aprender a unir as letras: “Era aperreio demais, tudo acontecia na hora do almoço, tinha que fazer comida, me arrumar, sair para estudar”. Nascida a filha, a atenção na família se redobrou. Não se arrepende. “Só quando estou bem estressada, limpando a casa, e a menina acorda chorando, penso: ‘Meu Deus, o que eu fiz?’ ” Ainda assim, considera que está melhor do que no tempo em que vivia na casa materna e dividia com a irmã a lida com os meninos pequenos. “Um dia, saí calada, o povo estava todo lá pra dentro. Fui embora com Sislânio.”

Ele trabalha na roça. Quando tem roça. Há cinco anos, o sertão enfrenta uma seca bruta; a terra está tão dura que é impossível plantar. Na única panela, no fogãozinho de barro, há feijão. Ivonete não faz planos, não pronuncia desejos – pelo menos a estranhos que invadem sua rotina –, mas responde como se sente: “Não sei direito. Sou um pouco mulher, pequena demais, meio criança também”. Quando fecha os olhos, do que se lembra? “De mim desenhando pé de maçã, árvore de morango.” Mesmo que morangos amadureçam a não mais que 30 centímetros do chão, era esse seu deleite na sala de aula. Queria ser professora, acha que não dá mais tempo. “Espero que minha filha case bem tarde, só com 17 anos, e não engane a escola para aprender tudo direitinho”, diz.

Um desavisado imaginaria Ivonete como fato isolado no Nordeste. Não é. O Brasil ocupa o quarto lugar no mundo em número absoluto de crianças casadas. As esposas de 10 a 14 anos são 65 709; delas, 2,6 mil firmaram compromisso em cartório e/ou igreja. No grupo de 15 a 17 anos são 488 381.

Os dados fazem parte do estudo sobre casamento infantil publicado em setembro passado pelo Instituto Promundo, que promove as relações de gênero não-violentas. O levantamento se concentra no Pará e no Maranhão, mas reflete a realidade nacional. “O fenômeno é rural e urbano, está nas capitais, nos rincões, não tem geografia específica”, explica a especialista em gênero e segurança humana Alice Taylor, uma das autoras. E já está tão naturalizado que nem se nota a lei.

O sexo com menores de 14, mesmo que consensual, é crime. Uma união só pode ser oficializada a partir dos 18, com exceção aberta pelo Código Civil para as grávidas de 16 em diante, com autorização dos pais. Aqui, não há políticas públicas que reduzam os números e protejam as garotas dos prejuízos ao antecipar esse passo de adulto.

“O assunto é tabu para o governo e a sociedade”, afirma a assistente social Neilza Buarque Costa, assessora da Visão Mundial, ONG internacional que há 40 anos atua no país em defesa da infância. “A menina perde direitos. Não brinca, não estuda. Torna-se vulnerável à violência doméstica, não decide a própria vida sexual, engravida cedo, está mais sujeita à morte materna e a perder o bebê.” Para Neilza, a relação marital precoce tende a perpetuar o ciclo de pobreza, com a garota tendo menos chances de desenvolver uma carreira e, futuramente, conduzir as filhas para uma escolaridade maior. “Do total de alunas que largam o colégio entre 10 e 17 anos, 75% estão casadas ou grávidas”, lembra.

Victor Moriyama/Revista CLAUDIA
Das sete garotas entrevistadas, apenas Ana Clara dos Santos, 16 anos, estuda. Cursa o 8º ano em Canapi (AL) a um custo alto: “Minha mãe não deixa meu filho, de 4 meses, morar comigo. Acha que não consigo cuidar dele e estudar. Só vou me sentir adulta quando ele vier para mim. Mas ela se apegou, não vai entregar o bebê”, diz. Ana, casada há dois anos, teve um parto atribulado.

A 100 metros de casa, ocorreu uma troca de tiros, e ela passou mal. Chamaram o parteiro às pressas, Michel nasceu de madrugada. “Tomo pílula, não quero mais filhos.” Embora em seus sonhos surja sempre uma Ana solteira, de saia curta e saltão, segue casada por gostar de Jaílson Oliveira, 18 anos, e “também porque casamento, filho… essas coisas não têm volta”.

Os motivos da união precoce, segundo o estudo: gravidez; desejo da família de controlar a sexualidade da filha, impor limites às atitudes “de risco” e garantir estabilidade financeira. Por vontade própria, a menina casa para se livrar do mando dos pais, da violência doméstica. Às vezes, aceita um idoso por status; e ele quer uma esposa atraente, que possa dominar e moldar a seu gosto.

Ilda Lopes Witiuk, doutora em serviço social e professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, orienta alunos que atendem na Maternidade Alto Maracanã, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, onde 40% das parturientes são menores. A cidade tem um dos maiores índices de casamento infantil do estado. Ilda cita uma garota de 13 anos que voltou ao hospital com seu bebê, a quem tratava como uma boneca. Sentia-se importante como esposa e contou que suas irmãs “se prostituíam”. Ela se gabava de ter sido “salva” pelo parceiro. “Quando esse marido chegou, eu me assustei”, diz Ilda. “Era um pastor de mais de 50 anos.” Ela crê que casar cedo seja uma opção determinada pelo meio. “Filhas de mulheres que engravidaram muito jovens não assimilam outro projeto que não seja casar”, considera.

“A escola, na periferia, não mostra uma saída possível e o estudo não representa um valor.” A conclusão: “Está oficializada a violência contra as meninas no casamento, com o consentimento dos pais e do Estado”, assegura. Para o cientista social Renato Alves, do Projeto Infância Saudável, ligado ao Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo, o Estado deve tomar medidas, facilitar o acesso à contracepção, à educação sexual. As famílias e as garotas precisam de apoio para atingir maior autonomia econômica e social. “Tudo é importante. Porém, a melhor maneira de prevenir é ter sonhos. E as meninas não sonham mais.”

O relato da alagoana Susi (seu nome foi trocado para preservá-la), 15 anos, ilustra a observação de Renato. “No sábado, meu marido joga futebol e no domingo ‘corre boi’ (competição que envolve vaqueiros e animais). Já eu, ainda não descobri do que gosto. Antes, me via de branco, de noiva, na igreja. Ilusão para quê? Deixei a escola porque meu marido tem ciúme e não quer que eu cresça.
Aqui, as pessoas não sonham alto nem pensam num emprego para depois casar.

E quem estuda, como uma prima que se formou, não acha onde trabalhar.” Ela terminava a entrevista quando o marido chegou de moto, fazendo um barulhão – ele sabia onde a esposa se reunia com a nossa equipe. Sem desligar o motor, berrou: “Que demora é essa, da febre do rato, mulher?” Ali, febre do rato quer dizer, coisa ruim, errada. “ ‘Bora’ pra casa.” Mais que depressa, em indisfarçável pânico, ela subiu, calada, na garupa. O homem acelerou, seus gritos continuaram embaixo do poeirão que levantou. Sumiram na estrada.

Joyce Pinheiro, 15 anos, pelo contrário, tem em Brendon Cordeiro, 20, um aliado. No bairro Ana Terra, de Colombo, em dois cômodos e um banheiro, o casal se vê preso à novidade que revirou a vida deles: as gêmeas Kauany Vitória e Karyne Manuele, de 15 dias. O marido está sem trabalho; troca os bebês, dá banho, olha à noite para Joyce cochilar. Foi o terceiro namorado dela. “Conheci Brendon e ele logo me falou que desejava ter filhos. Eu também. Parei de tomar pílula e em três meses engravidei”, relata. Aos 12 anos, ela começara a sair à noite com as amigas. “Meninas solteiras têm má fama. Os boatos não demoraram: ‘Ela vai virar galinha e ficar barriguda’. Isso me incomodou, decidi ter minha família.”

A mãe das gêmeas acha a maternidade um caminho natural: “Das 20 e poucas que estudavam comigo, 16 estão casadas ou são solteiras com filhos”. Joyce não vai mais à balada porque acha perigoso para uma menina ficar por aí. Ultimamente anda atarefada, mas pouco antes de engravidar brincava de Barbie com a sobrinha. Hoje, já demonstra preocupação de mulher casada há milênios: “Engordei e fiquei com estrias. Agora Brendon pode me trocar por uma magrinha”. Os bebês choram pouco. “Só para mamar ou quando sentem cólica”, diz. “O problema não é cuidar, mas, sim, pensar que elas logo farão escolhas. Dá medo: e se decidirem ter filhos cedo?”

Não é o futuro da cria que preocupa Monique Barbosa, 15, mas o próprio destino. Ela ama Maria Clara, 8 meses, fruto da relação com Dener Wilker Lima, 20 anos, a quem se juntou há dois anos, em Colombo. Monique carrega culpa por ter insistido com o rapaz para viverem juntos. Era para ser um romance. A descoberta da gestação no quinto mês disparou o alarme. “Eu não queria, ele não queria, ninguém queria.”

O vacilo foi esquecer a pílula. “Pensei: ‘Perdi a minha vida. Tinha tudo pela frente, ia ser policial’.” Antes, fazia curso de cabeleireira de manhã, ia para a escola à tarde e esperava a mãe buscá-la. Está, agora, enredada na agenda sem fim, lavando, passando, cozinhando para o marido e a filha. “Não sobra tempo para conversa”, diz. “E ele também não é de diálogo.” Outro entrave para a sua juventude é a possessividade do parceiro. “Facebook, vestido curto, roda de amigas… tudo dá encrenca. A vontade é de desistir. Mãe, porém, arruma paciência. Não era isso que eu imaginava, mas aceito.”

Para Jamille Henrique, 15 anos, mulher tem uma árida sina. “Todas apanham. Não acho bom, mas é o que acontece”, diz. “Meu pai chega bêbado em casa e briga com os filhos. Ele bate em minha mãe. Quando eu morava lá, cuidava dos meus oito irmãos para ela trabalhar de doméstica.” Jamille se alimenta e dorme melhor na casa da sogra, no Sítio Albino, em Canapi, seu endereço desde que aceitou uma aliança de Marcelo Lino da Silva, 22 anos. Foi um alívio deixar a violência para trás.

Os dias estão mais leves. Ela, porém, não desanuviou o semblante. Parece desconfiada, tateando o espaço recém-conquistado. Era virgem quando recebeu dele o presente, em 2014. Como todas as meninas desta reportagem, não se casou no cartório. Nunca tinha ouvido falar em pílulas; a primeira, ganhou da cunhada. “Tenho vontade de trabalhar como doméstica, mas ainda não falei com o marido”, conta. “Marcelo é engraçado, imita pessoas e me ensina muitas coisas. Gosto de brincar com ele. O sexo é bom.” Jamille se orgulha do marido, que vai longe, de carro de boi, buscar água para o consumo deles. Ela se sente mais menina que casada; por isso, adiará a maternidade o quanto puder.

Ilda nota que as garotas sabem que um descuido com a pílula pode dar em gravidez. “No entanto, acham que nunca acontecerá com elas”, explica. Foi assim com a paulistana Thainá Darri, 17 anos. “Ainda não caiu a ficha”, diz ela, dois dias após o resultado do exame. “Planejava um filho aos 26 anos.” Seu perfil difere da maioria. Líder em Heliópolis, uma das maiores favelas do país, ela é feminista, conselheira de meio ambiente e, desde os 14, atua na União de Núcleos e Associações dos Moradores de Heliópolis e Região (Unas). Até dezembro, quando concluiu o ensino médio, trabalhava na ONG como arte-educadora. O desejo de fazer faculdade de ciências sociais foi protelado. “Preciso priorizar o bebê.”

A despeito da biografia de líder, seu histórico de casada coincide com o das demais. Juntou-se com Pedro dos Santos, 21 anos, há quase dois, porque estava cansada das exigências da mãe, que, segundo Thainá, tem obsessão por limpeza. “Eu queria o meu canto e privacidade”, afirma. O pai aceitou, a mãe avisou: “Se você for, não volte”. Pedro e Thainá compraram uma cama de solteiro, alugaram um barraquinho e seguiram. Com o salário de ambos – ele é vendedor – mudaram para uma casinha maior e já dormem em cama de casal. Mas ela ainda é uma menina e terminou um contrato de trabalho. “Meu lado emocional não está preparado para tanta coisa. Já marquei um psicólogo para administrar as mudanças na minha vida e acomodar nela o papel de mãe.” É muita clareza para tão pouca idade.

Por Patrícia Zaidan



CONQUISTA – Cobrador da Cidade Verde que estava “desaparecido” surge nas redes sociais

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O cobrador da Viação Cidade Verde, Murilo Henrique Gomes, reapareceu nas redes sociais depois de ter sido declarado “desaparecido” há mais de uma semana, por amigos e familiares. Nesse período Murilo não deu notícias, até que nessa quinta-feira, usou o Facebook para se justificar. Segundo ele, teve que fazer uma viagem e não teve como manter contato. Nas redes sociais havia apelos dramáticos, como “Murilo, preciso falar com você” e “divulguem, por favor”, seguidos de fotos do cobrador.

O que mais intrigou a família é que o telefone celular dele está desligado, razão pela qual as mensagem nas redes sociais não eram visualizadas ou respondidas. 

Outro desaparecido: Conquistense que foi à SP a negócios está quase 30 dias sem dar notícias





A família de Jackson Oliveira dos Santos, de 48 anos, informou que está desde março sem notícias de seu paradeiro.


Morador do Bairro Miro Cairo, Jackson foi para São Paulo por volta do dia 20 de março, resolver alguns negócios pessoais. Já no dia 24 daquele mês, ele entrou em contato dizendo que estava comprando a passagem de retorno à Vitória da Conquista. 


Aquela foi a última vez que a família teve notícias. Já se passaram mais de 20 dias e nenhuma nova informação sobre ele foi obtida. 


Aflitos, parentes de Jackson pedem notícias sobre seu paradeiro. A Polícia já teria sido informada. O telefone para contato é o (77) 98886-6107. Pedimos não repassarem trotes, respeitando o momento delicado da família.



(Blog do Marcelo)