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Itabuna será citada como cidade receptora de drogas na novela da Globo “A Força do Querer”

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No capítulo de hoje da novela “A Força do Querer”, apresentada em horário nobre
da TV Globo, a atração vai citar o nome da cidade de Itabuna como receptora de
drogas. SIGA O LINK E ASSISTA A CHAMADA.

Na cena, a Policial Militar Jeiza, interpretada pela atriz Paola Oliveira, diz:
Recebi uma informação da nossa inteligência, que a droga já saiu do Tocantins e
chega amanhã em Itabuna. De acordo com o Mapa da Violência 2016, Itabuna é a
13ª cidade mais violenta do Brasil. A cidade tem 81,2 homicídios por arma de fogo
para cada habitante.

Por Karla Menezes

EDITORIAL – Prefeitura de Conquista “rasga” Constituição no caso dos hippies; Ministério Público não tem poder de executar sem decisão judicial

No afã de atender a um capricho da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), presidida por Sheila Andrade, filha da vice-prefeita do município, Irma Lemos, a Prefeitura tomou partido contra os hippies que ocupam a Praça 9 de Novembro, determinando, de forma déspota e ditatorial a imediata saída dos mesmos. Como escudo para encobrir a ilegalidade, até mesmo força policial foi acionada.

Como não há alegação plausível e consistente para a expulsão sumária dos artesãos, a gestão municipal preferiu atribuir a ordem ao Ministério Público. Agindo assim, a Prefeitura se blinda de um eventual pedido de suspeição da promotora Guiomar Miranda, já que o esposo dela, o advogado Eracton Sérgio Pinto Melo, é membro da Procuradoria Geral do Município. A nomeação foi publicada em 10 de janeiro deste ano, no Diário Oficial do Município.

Em vez de agir com isenção, a assessoria da Prefeitura tem o fito de confundir a opinião pública e jornalistas incautos, que tudo aceita sem contestação. Pelo menos é o que fica evidente numa nota oficial distribuída à imprensa sobre o caso.

“A Prefeitura de Vitória da Conquista, em cumprimento à determinação do Ministério Público do Estado da Bahia, esteve na manhã desta terça, 16, na Praça Nove de Novembro para a retirada dos hippies que ocupam o espaço para comercialização de artesanatos.” 

Qualquer estudante inicial de direito sabe que nenhum promotor pode determinar nada, mas apenas recorrer ao Judiciário, requerendo a desocupação, com um rosário de alegações que podem ou não ser acatadas pelo juiz.

Mais adiante a nota oficial faz estremecer as estruturas do Direito. Não é pra menos, tão burlescas,
pueris e risíveis que as alegações são justificadas:

“As sugestões foram apresentadas de forma emergencial, pois a determinação do Ministério Público estipulou um prazo para a desocupação, não cabendo recurso. A Administração Municipal esclarece, uma vez mais, que não trata-se de uma medida adotada pelo Governo, e sim do cumprimento de uma ordem do MP-BA”.

Somente com a decisão judicial firmada, podendo ser em caráter liminar, é que a ordem de desocupação pode ser cumprida. Caso contrário, estarão “rasgando” a Constituição Federal e ferindo de morte o Estado Democrático de Direito, que assegura a qualquer cidadão o direito ao contraditório.

É preciso informar que as recomendações do Ministério Público não possuem força judicial. Ainda que fosse, nenhuma decisão é tão soberana a ponto de ferir o princípio do contraditório e da ampla defesa, previstos na Carta Magna.

CDL de Conquista aciona Ministério Público e polícia contra hippies




A Prefeitura de Vitória da Conquista, através da Secretaria de Serviços Públicos, para atender recomendação da Promotoria de Justiça e Cidadania do Ministério Público, está nesse momento providenciando, a retirada de hippies instalados na Praça 9 de Novembro.


A medida foi tomada depois que a Câmara de Dirigentes Lojistas – CDL entrou com uma ação na justiça, através de um pedido feito pelos logistas que disseram estar sendo prejudicados com a presença dos artesãos de ruas no local.


A Policia Militar se encontra também no local para que tudo ocorra dentro de um clima de paz, e que a decisão da justiça seja cumprida. Um dos artesãos indignado com a decisão decretou greve de fome, afim de sensibilizar as autoridades para essa medida que eles não aceitam, pelo fato de estarem no local há tanto tempo e de não causarem nenhum problema a sociedade.


Fonte: Blog do Nildo Freitas

Servidores ocupam Prefeitura de Conquista e anunciam greve geral

Foto: Redes sociais
Os servidores municipais de Vitória da Conquista, a 509 km de Salvador entraram em estado de greve, com decisão de greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira, 22. O anúncio foi feito após assembleia na manhã desta terça-feira, 16, na Câmara de Vereadores. 
Segundo o sindicato, a greve se justifica diante da proposta apresentada pela prefeitura de reajuste zero para os servidores. No final da manhã um grupo de manifestantes fizeram um “apitaço” nas dependências da Prefeitura.
A Prefeitura, por meio de nota no site oficial, disse que “o governo apresentou aos dois sindicatos os índices financeiros. Já o secretário de Administração, Gildásio Carvalho, em entrevista concedida ao site da Prefeitura, declarou o seguinte: “Estamos preocupados com a manutenção do limite prudencial de 51,3%, no sentido de garantir que outros serviços a serem ofertados à população sejam mantidos.”
Por fim, informou que “o governo está trabalhando com a hipótese da reforma administrativa, já agora no segundo semestre, que desenhará um novo cenário de carreira e de adequação do servidor”.

I Forró ‘Vibe’ Universitária traz Rony Barbosa, Cainã Araújo e Fulor do Cangaço

Estudantes universitários ganham festa “exclusiva” abrindo os festejos juninos 2017

Os festejos juninos, certamente os mais esperados de todos os anos, já dão os primeiros sinais com o anúncio de festas em toda região sudoeste, formando uma agenda que deixa o amante do forró indeciso diante de tantas possibilidades.

O calendário vai ficar pequeno para tanta festa prevista e entre elas está o I Forró ‘Vibe’ Universitária, festa que vai reunir pratas da casa de alto nível, representantes do genuíno forró, numa noite que promete, no próximo dia 20, na conceituada Villa Music.

Rony Barbosa, Cainã Araújo e Fulor do Cangaço vão garantir a festa voltada para a comunidade acadêmica, criando um ambiente para os milhares de estudantes das faculdades, universidades e cursinhos de Vitória da Conquista, que certamente esperam uma boa oportunidade para amenizar o ritmo acelerado exigido para cumprir as exigências dos cursos, como a preparação para a temível semana de provas, que tira o sossego de tanta gente.

Nesta “vibe” então, semana que praticamente antecede o recesso, os estudantes terão a oportunidade de se encontrar para um bom arrastapé e estravasar antes da tensão e até mesmo encontrar os professores que também são convidados da festa, conforme garante a organização. “A festa é para todos, estudantes, professores e quem curte um bom forró”, afirmou Rony Barbosa, uma das atrações da noite.

Além de Rony Barbosa, um dos grande nomes do forró tradicional da região e o grupo feminino Fulor do Cangaço, cujo repertório é genuinamente forrozeiro, o I Forró Vibe Universitária apresenta Cainã Araújo, que lança no dia da festa seu primeiro CD, Coração Matuto, uma produção autoral de muito bom gosto, que poderá ser apreciado pelos amantes do bom forró.

Evento: I Forró Vibe Universitário 
Local: Villa Music 
Data: 20 de maio 
Horário: 22:00 
Ingressos: R$30,00 (individual) R$50,00 (Casadinha) 
Local de Venda: Banca Central
FTC (Amandoce)
Fainor (Dom Churron)
Maurício de Nassau (Cantina – Aline)



Por Maurício Sena

Polícia investiga ameaças a engenheiro desaparecido em Conquista

Um engenheiro agrônomo de 24 anos está desaparecido há 5 dias na cidade de de Vitória da Conquista. Segundo familiares, na manhã do sábado (13), uma pessoa ainda não identificada acessou o perfil do jovem em uma rede social e entrou em contato com a mulher dele. 
O indivíduo fez ameaças por meio de mensagens. Em seguida, a família procurou a delegacia da cidade e registrou ocorrência, mas ainda não há informações sobre o paradeiro do jovem. O teor das ameças não foi divulgado pela família.
Idione Silva Brito foi visto pela última vez na quarta-feira (10), ao entrar em uma caminhonete preta, em uma estrada de barro que liga o centro do município ao distrito de Pedra Branca. A família do jovem está preocupada e busca por informações sobre o paradeiro dele.
“Um menino educado, quieto. Só do trabalho para dentro de casa. Ele não tem inimigo nenhum. Não é um menino de farra, de festa. Ninguém sabe o que foi que fizeram com meu filho que aconteceu isso. Todo mundo desesperado. Não sabe o que faz. Pelo amor de Deus, quero meu filho de volta”, disse Eumirides Silva, mãe do jovem.
Conforme a família, Idione Silva viajava de moto com o irmão, quando recebeu uma ligação e parou na estrada. Em seguida, uma caminhonete chegou no local e ele entrou pela porta traseira do veículo. O irmão do jovem, que aguardava com ele, não desconfiou e seguiu a viagem de moto para Pedra Branca. Depois disso, o engenheiro não foi mais visto.
“Se viu meu filho, pelo amor de Deus, mande meu filho de volta para mim, porque estou com muita saudade. Estou com saudade do meu filho demais”, pediu Manoel de Oliveira, pai de Idione. 
Com informações do G1 Bahia

Tema de concurso de redação da TV Sudoeste é idêntico ao realizado em 2016 no Sul da Bahia; Organizadores explicam o motivo

FACULDADE DE ILHÉUS OFERECE AULÃO DE REDAÇÃO NESTE SÁBADO

O tema do concurso de redação “Da janela vejo o mundo. Ler abre horizontes” – Projeto Lápis na Mão, da TV Sudoeste, é idêntico ao da 7ª edição, concluída em 22 de setembro do ano passado e promovida pela TV Santa Cruz, em Itabuna.

VEJA CARTAZ PUBLICADO EM 2016

Nenhum texto alternativo automático disponível.

Com isso, a estrutura dos textos finalistas em 2016 pode ser encontrada nas redes sociais, antecipando-se – em mais de um ano – aos objetivos da banca que vai analisar o trabalho elaborado pelos participantes desta edição em Vitória da Conquista. Até o cartaz é idêntico ao da edição realizada no Sul da Bahia.

A imagem pode conter: texto

Existe, ainda, a possibilidade de acesso a conteúdo premiado, que pode passar despercebido pelo crivo da banca examinadora conquistense. O regulamento não prevê desclassificação por plágio,desmerecendo o ineditismo dos participantes.

Não é difícil encontrar pedidos com o tema da redação VEJA AQUI ou cópias das últimas redações classificatórias na sede da Faculdade de Ilhéus, instituição patrocinadora do evento em Itabuna. O projeto recebe inscrições de alunos dos ensinos fundamental e médio, de escolar públicas de Vitória da Conquista.

A TV Sudoeste foi procurada e, por meio de nota ao Sudoeste Digital, se manifestou da seguinte forma:

“A TV Sudoeste bem como a TV Santa Cruz fazem parte do mesmo Grupo de Televisão e os projetos são compartilhados entre si. Quanto a correções são com equipes diferentes, aqui temos o Curso de Letras da UESB responsável por esse trabalho, além disso, temos acesso aos trabalhos ganhadores do Concurso da TV Santa Cruz para assegurar que não haja esse tipo de situação.”

A ação tem por objetivo incentivar os estudantes do 8º e 9º ano do Ensino Fundamental e do 1º ao 3º do Ensino Médio ao desenvolvimento de práticas de leitura e de escrita com criatividade, estimulando o debate do tema do projeto no ambiente escolar.

“A descoberta põe em xeque a lisura do concurso, já que o mesmo tema já apresentado também pode gerar plágios em redações e prejudicar quem realmente se esforça na produção intelectual do seu trabalho”, protesta um estudante do ensino médio, que prefere o anonimato.

Os alunos vencedores serão premiados conforme colocação, com notebook, tablet, smartphone e certificados. As escolas dos alunos vencedores também serão premiadas, conforme colocação, com desktop, impressora e certificados.

Babá baiana relata racismo e humilhação após abordagem em loja da PBKids em SP

Noelia Vicente dos Santos, 48, babá que relata racismo em loja de shopping em São Paulo

Assim que adentrou a loja de brinquedos em um
conhecido shopping na zona oeste de São Paulo, a
babá Noelia Vicente dos Santos, 48, baiana de Maracás (sudoeste da Bahia) teve mais uma
vez na vida a sensação incômoda de estar sendo
observada com desconfiança, como se fosse fazer
algo errado ali. Isso devido à sua pele negra. Não
estava enganada.

Já fora do shopping Eldorado, depois de procurar
sem sucesso um presente para a filha bebê de uma amiga, Noelia foi abordada
por um segurança da PBKids. Na porta do elevador, ele pediu que ela
informasse onde havia colocado um boneco que tinha retirado de uma
prateleira.

“Gostei de um boneco de joaninha, que fazia um barulhinho. Peguei e andei
com ele pela loja, mas desisti de comprar porque achei caro, R$ 40. Devolvi
em uma estante qualquer e fui embora”, diz a babá, que há 18 anos deixou a
baiana Maracás para trabalhar “em casa de família” na capital paulista.

Noelia afirma que ficou menos de meia hora dentro da loja e que, ao notar
que um segurança a “vigiava” com os olhos, resolveu criar uma empatia com
ele para evitar mais constrangimentos.

“Perguntei se ele sabia onde eu encontraria uma boneca qualquer. Ele foi
atencioso e chamou uma vendedora. Senti que tinha algo estranho naquele
olhar, coisa que as pessoas negras sempre passam. Para evitar mais um
constrangimento na minha vida, tirei o cartão de crédito e fiquei com ele mão.”

Após sair da loja, por volta das 16h30, foi abordada pelo mesmo segurança
que a observara nas dependências da PBKids. “Ele perguntou, sem
agressividade, onde eu havia colocado o brinquedo. Fiquei surpresa, mas
disse que tinha devolvido à prateleira. Ele retrucou que não tinham
encontrado e me pediu para voltar à loja e indicar onde estava.”

Babá narra momentos de pânico e humilhação após ter sido abordada por segurança

Em nota, a PBKids negou qualquer postura preconceituosa da empresa e de
seus colaboradores, diz que apura o caso e “lamentou profundamente” o
ocorrido com Noelia.

Muito nervosa, chorando e observada por clientes e funcionários da loja, a
babá diz que não conseguia se concentrar para lembrar onde havia colocado o
boneco.

“Liguei para o meu marido em pânico, pedindo ajuda. Estava me sentindo
humilhada, arrasada. Foi aí que o segurança piorou tudo falando ‘e aí, cadê?’.
Joguei tudo que havia na minha bolsa no chão e gritei que não era ladra, que
aquilo era preconceito.”
Depois de alguns minutos, ainda pressionada pelo segurança, segundo o
relato da babá, ela pediu um tempo para respirar e se acalmar.
Foi então que lembrou­se exatamente de onde tinha deixado a joaninha, em
uma prateleira perto da saída.

“Estava lá, à vista de qualquer um. O segurança pediu desculpas e escondeu o
crachá. Logo veio a gerente e também me pediu desculpas, mas disse que não
tinha nada mais o que fazer. Não senti nela um acolhimento, parecia algo
corriqueiro. Foi a maior humilhação da minha vida. Por causa de R$ 40.”

JUSTIÇA 

“Nonô”, apelido da babá que já trabalhou para personalidades como Rita Lee
e Fernanda Young, prepara agora uma ação por danos morais. Ela será
representada pela advogada Heloisa Bloisi.

“Já fiz o que a Nonô fez em lojas centenas de vezes e nunca fui abordada. É
normal, mas é normal porque sou branca? O reparo não resolve a questão, mas pode representar algum alívio de que houve justiça”, diz a defensora.
O boletim de ocorrência a respeito do caso, ocorrido no último dia 4, será
refeito nesta sexta­feira (12), por isso não é possível dizer ainda se haverá
encaminhamento de investigação pela polícia por injúria racial, cuja pena máxima é de três anos e multa.

“Fui à delegacia de Pinheiros [14º DP] no mesmo dia. Depois de duas horas
de espera, fui orientada a fazer a denúncia pela internet. Fiz, mas foi
devolvido alegando inconsistência de dados. Vou novamente com a
advogada.”

Moradora do Grajaú, na zona sul, a babá afirma que resolveu se expor e entrar
na Justiça para tentar “mudar o mundo”. Mas admite que ficou vários dias
perdida, confusa, sem entender porque tinha passado pela situação.
“Não posso ser barrada nos lugares por causa da minha cor, e os negros não
podem ficar acuados por irem onde bem entenderem. Se a gente não se
expuser, não fizer algo, nada muda. Tem preconceito sim. Tem preconceito o
tempo todo, em todo lugar.”

OUTRO LADO 

A PBKids, uma das maiores empresas varejistas do ramo de brinquedos do país, informou por meio de nota que está apurando o fato relatado pela babá
Noelia Vicente dos Santos e que considera o caso “inusitado”, descartando
qualquer possibilidade de ter havido preconceito racial.
A rede informou que adota políticas afirmativas e, inclusive, comercializa
produtos que evocam a diversidade, lamentando “profundamente que a
senhora Noelia tenha se sentido constrangida” em uma das lojas.

Na nota, a PBKids declarou que não tolera qualquer tipo de discriminação em
suas lojas, “não só racial, mas de gênero, idade, credo e ideias”.

“Estimulamos a diversidade no quadro de colaboradores onde mais de 45%
são negros ou pardos. Inclusive, o funcionário mencionado no caso é um
senhor pardo com 64 anos e há 17 anos trabalhando na PBKids.”

Ainda segundo a nota, “o respeito às pessoas faz parte do nosso DNA e, em
mais de 20 anos de existência, não tivemos nenhum caso de discriminação de
clientes ou colaboradores na PBKids”.

E continua: “Até em nossa linha de produtos defendemos a diversidade racial.
Em dezembro passado, lançamos, em parceria com o Baobá ­Fundo para
Equidade Racial­ e a Estrela, a nova coleção exclusiva de bonecas negras
Adunni, que em nígero­congolês Yorubá, significa ‘a doçura chegou ao lar'”.

Por fim, o texto informa que, “de forma alguma”, o ocorrido tem relação com
preconceito racial, “pois isso é algo que não faz parte da nossa cultura
empresarial e dos nossos valores”.

Texto: Jairo Marques
Fonte e fotos: Folha de São Paulo

Artesãos prometem resistir após ordem de desocupação em praça de Conquista

“Eles querem o que? Que meu filho precise de comida? E, se precisar, eu vou fazer o que? Meter arma na mão e entrar para o crime. Aí eles dão valor a nós”.

Os artesãos de rua que há vários anos ocupam o chão da praça 9 de novembro para comerciar seus produtos receberam com um misto de surpresa e indignação a notificação da Secretaria de Serviços Públicos para desocuparem em 72 horas a área, com a opção de ocuparem uma de duas áreas oferecidas, a Praça Sá Barreto e a calçada do Mercado Municipal do Bairro Brasil.
Representando o conjunto dos artesãos, o artista de rua Carlos Augusto Junior afirmou ao Diário Conquistense que a ordem é resistir à decisão. Não vamos sair daqui. Vamos ficar na resistência. E se vier polícia não vai bater em nós porque não somos vagabundos. Temos um modo diferente de viver e eles acham que somos errados porque não pagamos impostos”.
Na visão do artesão, a atitude foi arbitrária. “Eu trabalho nesta praça há dez anos. É uma história que tenho nesta praça. Ele chega aqui e me dá um papel, não conversam com a gente, não procuram saber o melhor ambiente para nós, querem nos colocar lá encima, onde não tem movimento nenhum, perto da boca de tráfico, de fumo. A gente já é malvisto, acho que não tem nada a ver colocar a gente perto daqueles ‘cheira thinner’”.
Segundo Carlos Augusto, com esta postura, o governo, a CDL e o Ministério Público acabam levando os artesãos à marginalidade. “Existe uma lei federal que protege o artista de rua, isenta de imposto, e eles vêm com essa lei de posturas municipais, atropelando a lei federal. Isso tá errado. “Não sou hippie, sou artesão de rua. Esse negócio de hippie é para marginalizar a gente. Porque os hippies eram os drogados, os promíscuos e nós não somos”
“Aqui tem pai de família, aqui não tem vagabundo. Eu mesmo tenho três cabeças para cuidar, aluguel, esposa, luz, água, comida, e tiro tudo do trabalho de minhas mãos. Em vou sustentar meus filhos como? Estão querendo nos jogar na marginalidade. Porque eu não sei trabalhar mais para ninguém. Vivo da arte. Pago pensão. Eles querem o que? Que meu filho precise de comida? E, se precisar, eu vou fazer o que? Meter arma na mão e entrar para o crime. Aí eles dão valor a nós”.

Postado originalmente em Diário Conquistense / Fábio Sena

Delegado Roberto Júnior assume coordenação regional da 21ª Coorpin

Foto: Arquivo/Itapetinga na Mídia
O delegado Roberto Júnior, de 42 anos, é o novo Coordenador Regional de Polícia. A nomeação saiu no dia Diário Oficial do Estado desta sexta-feira, 12, por ato do governador Rui Costa. Ele vai substituir a delegada Rosilene Moreira Correia, que ocupava o cargo.
A 21ª Coorpin (Coordenadoria Regional de Polícia) engloba treze cidades, tendo como sede Itapetinga.
Para o lugar de Roberto Júnior, que ocupava a titularidade da Delegacia Territorial de Itapetinga, está de volta o delegado Irineu Andrade.
Fonte: Itapetinga na Mídia