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BAHIA – Justiça afasta 4 PMs suspeitos de forjar informações sobre suposto acidente

Suposto acidente ocorreu em 24 de maio, em São Desidério (Foto: Blog do Sigi Vilares)

A Justiça da cidade de São Desidério, no oeste da Bahia, afastou dos postos de trabalho quatro policiais militares que, segundo investigações da Polícia Civil, forjaram informações e local de um suposto acidente entre um carro, onde estavam dois policiais, e uma moto, que aconteceu no município, em 24 de maio. Segundo o delegado Carlos Ferro, que investiga o caso, o pedido da medida cautelar foi feito para evitar o contato dos PMs envolvidos no caso com as testemunhas, e concedido pela Justiça em 30 de junho. 


Segundo o delegado Carlos Ferro, as investigações apontaram que dois PMs estavam em um carro, fora de serviço, em deslocamento para São Desidério. O policial que dirigia o carro foi ultrapassado por uma moto e, depois, fez uma nova ultrapassagem na moto. O motociclista tornou a ultrapassar o carro dos policiais que, posteriormente, foi ultrapassado pela moto novamente. 


Ainda de acordo com o delegado, o PM que dirigia o carro não gostou, e quando o motociclista diminuiu a velocidade para passar por um quebra-molas, o PM atingiu ele com o veículo. Com isso, houve uma briga de trânsito na qual o motociclista foi alvejado com tiros nas costas. 


A vítima sobreviveu aos tiros, mas não há informações sobre o estado de saúde dele. Os dois PMs que estavam no carro foram ajudados por outros dois policiais militares a forjar as informações do caso, apontam as investigações. 


No documento preenchido pelos policiais militares, eles dizem que o motociclista estava em perseguição aos dois policiais a paisana, na estrada que liga Barreiras a São Desidério, e que o motociclista foi encontrado com uma faca. 


O Coronel Salomão, comandante do Comando de Policiamento da Região Oeste (CPRO/PM), disse que cumpriu a decisão da Justiça e que pediu o remanejamento dos quatro policiais militares de São Desidério para A 85ª CIA da PM em Luís Eduardo Magalhães.

SAIBA COMO RECEBER O VALOR INVESTIDO – Justiça do Acre condena Telexfree a devolver dinheiro a investidores e pagar indenização de R$ 3 milhões

Telexfree foi condenada a devolver dinheiro de divulgadores (Foto: Divulgação/Telexfree)
A Justiça do Acre publicou nesta quinta-feira (6) a sentença da ação civil pública contra a empresa Ympactus Comercial S/A, conhecida popularmente como Telexfree. A decisão da juíza de Direito Thais Khalil determina que a empresa devolva o dinheiro de todas as pessoas que investiram no sistema de pirâmide. O documento também proíbe a Telexfree a fazer novos contratos sob pena de multa de R$ 100 mil por cada um deles.
A sentença é definitiva e não cabe mais recurso, segundo a juíza. Thais também determinou a anulação de todos os contratos firmados entre os divulgadores e diz que a empresa já entrou com o processo de liquidação.
O advogado Roberto Duarte, que representa a Telexfree, disse que a empresa tinha a oportunidade de continuar recorrendo aos tribunais superiores, mas entendeu que o melhor seria cumprir a sentença e devolver o dinheiro aos divulgadores. Segundo ele, a empresa defendia a devolução desde 2013.
“A empresa abriu mão dos seus direitos de recorrer e ela mesmo pediu que a sentença fosse liquidada, ou seja cumprida”, afirma.
Os investidores podem pedir o pagamento na cidade de origem, não sendo necessário buscar a 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco. A Telexfree também deve pagar indenização de R$ 3 milhões por danos extrapatrimoniais coletivos.
“Nada foi pago ainda porque até agora a decisão não era definitiva. Muita gente procura a Vara de onde saiu a decisão, mas não precisa. Esses trâmites de liquidação pode ser feito em qualquer lugar”, ressalta.
O valor devolvido aos divulgadores deve passar por reajuste monetário. As pessoas que recompraram pacotes Voice Over Internet Protocol (do Voip), sistema de telefonia pela internet vendido pela Telexfree, também devem ter os valores restituídos. Porém, a empresa deve deduzir quaisquer bonificações que tenham recebidos, inclusive, em casos de recompra de contas recebidas por anúncios postados.
“Cada pessoa que investiu precisa pedir individualmente para apurar o valor que ela tem para receber. A pessoa tem que considerar o que ela pagou para entrar no negócio e diminuir desse valor o que ela recebeu enquanto estava lá. Então, se a pessoa pagou R$ 1 mil e lucrou R$ 100 ela vai ter direito a R$ 900. Ou seja, se ela recebeu mais do que ela pagou ela não tem nada a receber”, explica.

VÍDEO – Caminhão desgovernado esmaga veículos e pessoas na BR 116, em Conquista; uma morte foi confirmada

Uma mulher está entre as vítimas de um grave acidente ocorrido na manhã desta sexta-feira, 7, na na Avenida Presidente Dutra, BR-116, trecho urbano de Vitória da Conquista, a 509 Km de Salvador.

Segundo testemunhas, um caminhão desgovernado atingiu pelo menos 12 veículos e várias pessoas, nas proximidades do Cemitério da Saudade, zona leste da cidade. Vítimas ficaram presas às ferragens.

Informações dão conta de uma pessoa morta no local: Lucivândia Marinho da Silva, 42 anos (foto), natural de Poções. Ela estava em um Fiat Uno com outras 3 pessoas. No total, 13 pessoas ficaram feridas.

Equipes do Samu 192, Corpo de Bombeiros e Polícia Rodoviária Federal se deslocaram para o local. Os feridos foram encaminhados aos hospitais São Vicente, Regional de Base, Unimec, IBR, Samur e para a Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas (UPA).

Assaltante que estava de ‘Saidão’ do presídio de Jequié é morto em confronto com a PM

Assaltante que estava de



O assaltante morto em confronto com a PM, na manhã dessa quarta-feira (05), em Ibirataia, estava de ‘Saidão’ do Conjunto Penal de Jequié, e deveria retornar hoje à unidade prisional. Lucas das Flores Santos, 23, apelidado de “Cabelo”, natural de Salvador, estava cumprindo pena por tráfico de droga. Ele foi um dos 60 beneficiados semana passada com o Saidão da Independência da Bahia. ‘Cabelo’ tinha sido preso em 2015 na cidade de Itiruçu, no sudoeste da Bahia. Na manhã dessa terça-feira, ele e um adolescente de 13 anos de idade, morador de Jequié, assaltaram a loja de eletro eletrônicos Del Rey e roubaram diversos aparelhos celulares e tabletes avaliados em torno de 10 mil reais. A Polícia Militar foi acionada e realizou perseguição contra a dupla que usava uma motocicleta roubada no dia anterior em Ipiaú (ver aqui). Segundo a PM, Lucas teria disparado contra a guarnição e houve revide. Ainda segundo a polícia, o menor se rendeu assim que teve início ao tiroteio. Lucas foi baleado e não resistiu aos ferimentos e morreu à caminho do hospital de Ibirataia.

O adolescente confessou aos policiais a participação de mais dois homens no assalto. Segundo publicou o Blog Ocorrência Policial, Luís Carlos Jesus Costa, de 34 anos que, foi preso acusado de dar apoio à dupla logo após o roubo da motocicleta em Ipiaú. O menor também indicou a participação de Gilvan Menezes Rolemberg, de 34 nos, conhecido como “Van Seco”. Ele teria agido como o ‘olheiro’ juntamente com outro rapaz que não teve o nome divulgado para não atrapalhar as investigações. Segundo informou a PM, o assalto foi encomendado por um presidiário de Ibirataia que está no “Saidão”. O menor infrator e os dois homens ficaram à disposição das autoridades policiais na delegacia de Ibirataia. 
(Giro Ipiaú)

VÍDEO – Ladrão que agia em Conquista é preso em flagrante quando roubava hotel em Poções

“Foi um erro que cometi, mas que vou parar com isso”, essa foi a primeira frase dita por Mateus Santos Silva, ao ser entrevistado pelo Blitz Conquista, na noite dessa quarta, 05. Mateus é apontado como sendo o ladrão de hotéis. Ele foi capturado logo após ter furtado um televisor de um apartamento de hotel na cidade de Poções, localizada a 69 quilômetros de Vitória da Conquista. A polícia foi acionada por funcionários do hotel, que desconfiaram da atitude de Mateus. O suspeito saiu do apartamento com um grande volume na mão e não entregou a chave na portaria. Ainda com o aparelho nos braços, Mateus foi capturado pela guarnição. Aí não teve como negar a prática criminosa. A polícia encontrou com o suspeito a chave de outro hotel da cidade de Conquista. Ao entrar em contato com o estabelecimento, ficou confirmado que Mateus teria cometido o mesmo crime na capital do Sudoeste. Mateus, que natural de Itabuna, alegou que furtar por necessidade. Segundo ele, para sustentar o vício das drogas e e tem um filho doente. O suspeito ainda alegou que teria abandonado a faculdade há um ano, já no sexto semestre de psicologia. Ele disse estar arrependido. Mas não teve jeito, mesmo com muitos argumentos, Mateus foi autuado em flagrante pelo crime de furto.
Fonte: Blitz Conquista

Dez mil demitidos por causa de WhatsApp no trabalho

Sarah Rosado, psicóloga.
Sarah Rosado, psicóloga. Foto: Dayana Souza
O uso do aplicativo do WhatsApp tem ganhado cada vez adeptos. Mas quando os acessos a essa ferramenta ocorrem no trabalho recomenda-se bom senso. Do contrário, há risco de demissões como ocorreu com cerca de 10 mil profissionais no Espírito Santo.
Essas demissões ocorreram no período de um ano, com base nos dados dos trabalhadores dispensados que constam no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Desse total, a psicóloga e especialista em pessoas e carreiras Gisélia Curry estimou que 5% dos desligamentos ocorrem por excessos ou por falar mal da empresa ou dos chefes no WhatsApp. Ela disse que também acontecem as demissões por causa das redes sociais.
Ela enfatizou que grande parte dessas demissões ocorre de forma velada, ou seja, o funcionário muitas vezes não é comunicado que esse foi o motivo do desligamento.
“O WhatsApp é uma realidade que não tem volta e virou uma ferramenta de comunicação até mesmo nas empresas. O problema é que ela requer cuidado, pois há várias situações em que ele tem destruído a imagem de profissionais.”
Ela explicou que antes era comum falar mal da empresa nos corredores, mas hoje eles utilizam o WhatsApp, em que tudo fica registrado. “E quando os chefes ficam sabendo, há uma quebra da confiança e o empregador não vai querer ficar com aquele funcionário.”
Um dos casos, segundo ela, é o de um funcionário que enviou as mensagens para um grupo falando mal da empresa sem perceber que enviava para o grupo errado.
Além de falar mal, Gisélia reforçou que há demissões pelo uso em excesso, o que gera uma queda na produtividade do funcionário.
Outro caso, retratado pela psicóloga e Coach da Suprema Soluções em Pessoas Sarah Rosado foi de uma jovem de 23 anos que trabalhava em uma empresa como editora de conteúdos. Ela estava no período de experiência e quando ia completar três meses, foi demitida.
Nessa empresa não era proibido o uso do aplicativo, mas o problema é que essa profissional não focava no trabalho e, com isso, não obteve o rendimento esperado.
E Sarah fez um alerta: “As pessoas acham que ao serem selecionadas estão contratadas e que não serão mais avaliadas. Pura ilusão! Por isso, recomendo bom senso quando o assunto é WhatsApp ou redes sociais no trabalho.”
reportagem de Eliane Proscholdt e Francine Spinassé, no jornal A Tribuna

PR protocola ação no STF pela regulamentação da venda de armas

PR protocola ação no STF pela regulamentação da venda de armas
O PR apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação para obrigar os poderes Legislativo e Executivo a criar novas regras que facilitem a compra de armas pelos cidadãos brasileiros. Segundo informações do portal G1, a ação foi protocolada na última quinta-feira (29) e será discutido nesta quarta-feira (4) entre a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, e os deputados José Rocha (PR-BA) e Magda Mofatto (PR-GO).  O partido argumenta após o referendo de 2005, a aquisição ficou mais difícil por causa de um “critério subjetivo” usado pela Polícia Federal. A PF exige comprovação de bons antecedentes, capacidade técnica, aptidão psicológica, além de que o interessado prove “efetiva necessidade, expondo fatos e circunstâncias que justifiquem o pedido”. O PR afirma que, na maior parte dos casos, a PF nega conceder a autorização, com argumentos “vagos e evasivos”. O partido aponta ainda que o Congresso e o governo tem desrespeitado a escolha da população pela continuidade da venda de armas, já que a aquisição não foi regulamentada de forma adequada. “Como se vê, portanto, é que devem ser tomadas medidas urgentes para dar efetividade ao que foi decidido no referendo de 2005 e, assim, evitar que o direito dos cidadãos de comprar, portar e possuir armas de fogo seja usurpado em decorrência da omissão legislativa e pela arbitrariedade dos servidores públicos que negam, indevidamente, os pedidos daqueles”, afirma o PR, na ação. 

Viabahia terá de pagar R$ 100 mil em indenizações por danos em casas

Moradores mostram rachaduras que dizem ter sido causadas por obras em rodovia na Bahia

Acionada na Justiça por quase 300 pessoas que se dizem prejudicadas por causa
de rachaduras em suas casas, supostamente causadas pelas obras de duplicação
de uma rodovia federal na Bahia, a concessionária Viabahia foi condenada nesta
semana a pagar quase R$ 100 mil em indenizações e danos morais.

O valor é referente ao julgamento das três primeiras ações, cujas sentenças foram
dadas na segunda-feira (3) pelo juiz Nunisvaldo dos Santos, do Juizado Especial
Cível de Santo Estevão, município de 53 mil habitantes, localizado a 148 km de
Salvador. Outras sentenças sobre ações do mesmo tipo devem ser divulgadas nos
próximos dias.
Controlada pelas empresas Isolux e Engevix, a Viabahia informou que
recorrerá das decisões e reclamou da falta de perícia técnica que comprove a culpa
dela nos danos causados aos imóveis.

Nas decisões, cujo teor é idêntico, mudando apenas o autor da ação e os valores a
serem pagos, o juiz Nunisvaldo dos Santos afirma que “a necessidade de perícia
técnica, por si só, não tem o condão de tornar a causa complexa, desde que outras
provas sejam suficientes para formar o convencimento do julgador”.
A Viabahia possui desde 2009 a concessão, por 25 anos, das BRs 116 (Feira de
Santana-divisa Bahia/Minas Gerais) e 324 (Feira de Santana-Salvador) e das
rodovias estaduais 526 e 528, que ligam a BR-324 à Base Naval de Aratu, na
Grande Salvador.
São, ao todo, 680 km de rodovias sob concessão. Há sete praças de pedágio: duas
na BR-324, onde são cobrados R$ 2,50 na passagem de automóveis; e cinco na
BR-116, com tarifa de R$ 4,50 para carros.

Inspeção judicial 

As obras de duplicação, iniciadas em 2010, foram realizadas em um trecho de 64
km (incluindo a parte de Santo Estevão, feitas de 2013 a 2016), restando 12 km
para a conclusão.
Outros locais da pista serão duplicados à medida que o fluxo superar mais de 6.500
veículos/dia, conforme previsto no contrato de concessão entre a Viabahia e a
ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

O trecho da BR-116 que falta ser duplicado em sua totalidade vai de Feira de
Santana à ponte sobre o rio Paraguaçu, que fica próximo a Santo Estevão. A ponte
também está sendo duplicada, com 70% de obras realizadas.

A previsão de entrega das obras deste trecho é para o final de 2017, declarou a
Viabahia, que firmou com o governo federal o compromisso de investir cerca de R$
2 bilhões para duplicar todo o trecho concedido –a concessionária diz já ter gasto
mais de R$ 1,7 bilhão em obras de infraestrutura.
Nunisvaldo dos Santos, que realizou no final do mês passado inspeção no local,
entendeu que os danos causados à residência foram causados pelas obras na BR-
116.

Ele escreveu nas decisões, que “por ocasião das obras, várias máquinas
‘pesadas’, utilizadas para compactar o solo, causaram um tremor tão grande nas
imediações que o imóvel da parte autora foi bastante atingido e danificado,
comprometendo seriamente sua estrutura e colocando a vida dos que ali habitam
em iminente risco, haja vista a real probabilidade de desabamento”.

Os argumentos da Viabahia nos autos do processo não foram “suficientes para
desconstituir o direito da parte autora [da ação]”, afirmou o juiz na sentença.
“Ademais”, assinalou o magistrado, “o fato de eventual construção se encontrar na
faixa de domínio da rodovia, não exime a responsabilidade da acionada no caso de
causar prejuízos a terceiros, ainda mais quando se trata de imóveis habitados por vários anos, sem nenhuma impugnação ou embargo do poder público”.

Em nota, a Viabahia informou que “respeita a decisão judicial e irá acionar
os recursos legais para obter a reforma da decisão em instância superior”.

Acordos extrajudiciais 

A maioria dos imóveis prejudicados está a uma distância que varia de 30 a 100
metros da BR-116, próximo a Santo Estevão, onde a Viabahia é criticada por
realizar acordos extrajudiciais e negociar valores irrisórios como forma de
indenização para quem teve danos.
A reportagem teve acesso a contratos em que a empresa pagou valores entre R$ 5.000 a
R$ 12 mil. Nestes contratos, nos quais a empresa assume a culpa nos prejuízos às
casas, conforme entendeu a Justiça, havia cláusulas de sigilo válidas por cinco
anos.
A reportagem questionou à concessionária se ela ingressou com ações de
reintegração de posse contra as famílias cujas casas estariam dentro desta faixa de
domínio ou se elas foram legalmente indenizadas, mas a Viabahia não respondeu.

O juiz Nunisvaldo dos Santos considerou a cláusula uma “evidente má-fé” da
Viabahia e escreveu que “nos causa espécie o fato de que a cláusula de sigilo
coincide com o prazo prescricional de todas as outras vítimas, as quais, quase que
em sua totalidade, são compostas por pessoas financeiramente hipossuficientes [de
baixa renda], semianalfabetas e de pouca informação”.
O advogado Nirvan Dantas, que atua na defesa dos moradores prejudicados,
afirmou que “a situação da maioria das famílias é de calamidade, de gente que não
tem mais onde morar”.
“Estamos dando suporte em todos esses casos e vamos tomar as providências
necessárias. Consideramos como irregulares todos os acordos extrajudiciais feitos
com essas pessoas que nem sequer têm instrução para saber o que estão
assinando”, afirmou o advogado.

Casa derrubada 

Pai de cinco filhos com idades entre dois e nove anos, o pintor desempregado Ary
de Souza Pinheiros, 32, é uma das pessoas que fizeram esses acordos com a
Viabahia, “mas fiz isso para não ficar de mãos vazias, pois a empresa derrubou
minha casa”, ele disse.
Após mais de dez anos trabalhando em São Paulo, juntando dinheiro, Ary tinha
voltado para Santo Estevão, onde começou a construir uma casa, na comunidade
de Cabeça da Vaca, a 30 metros da BR-116 e a 5 km da cidade.
“Gastei cerca de R$ 30 mil para construir, já estava para mudar. Não me avisaram
que derrubariam a casa, que só faltava pintar”, contou.

Parte dos R$ 5.000 que ele
recebeu da Viabahia foi usado para contratar um advogado e entrar com a ação de indenização.
Nas comunidades que margeiam a BR-116, batizada pela Viabahia de “Rodovia
Santos Dumont”, o que não faltam são pessoas reclamando do medo de verem
suas casas desabarem e da desvalorização imobiliária.
“Eu construí uma casa de 14 m x 17 m, toda na laje, e a dividi em três partes: um
depósito para material de construção, um cômodo comercial e uma residência. Há
oito meses que ninguém quer alugar nada aqui”, declarou o pedreiro Antonio Wilson
da Silva Nascimento, 43, cujo imóvel ele avalia em R$ 120 mil.

“Comecei alugando a parte comercial, onde funcionava um salão de beleza, por R$
350, caiu para R$ 120 e hoje ninguém quer mais.”
Na casa, o problema pior é na laje, onde, segundo disse Nascimento, prepostos da
Viabahia colocaram borra de asfalto nas rachaduras para ver se solucionava o
problema. “Piorou e eu perdi a laje”, lamentou.
Nascimento, após tentativas de negociações com a Via Bahia, diz que assinou
contrato extrajudicial de R$ 12 mil. “Eu assinei sem ler, pois tenho pouca instrução,
depois que vim ver que tinha a cláusula de sigilo, o que não achei certo”, afirmou.
Na comunidade de Posto São Caetano, a 6 km de Santo Estevão, o agente de
endemias Deneval Borges dos Santos, 41, conta que a casa do pai dele, Manoel
Senhorinho, está fechada, por conta de medo de desabamento.
Ele falou que ainda vai ingressar na Justiça contra a Viabahia: “As rachaduras
começaram a aparecer desde o início das obras de duplicação. Ninguém quer mais
ficar na casa, o último morador saiu há seis meses”.

Outras condenações 

A Viabahia enfrenta também problemas com a Justiça Federal nos 100 km da BR-
324 que separam Feira de Santana de Salvador.
Em 2012, a concessionária foi acionada pelo MPF (Ministério Público Federal) junto
com a ANTT, autarquia federal responsável por fiscalizar o cumprimento do contrato
de concessão.
O motivo foi a falta de realização de serviços diversos por parte da Viabahia, já no
caso da ANTT a justificativa foi a ausência de fiscalização. Em 2013, numa decisão
liminar (temporária), a concessionária foi multada em R$ 50 mil por dia de atraso na
instalação dos equipamentos, porém recorreu.

A sentença em primeira instância só foi dada em janeiro deste ano, quando a
Justiça Federal determinou a colocação de equipamentos de detecção e
sensoriamento de pista, sensoriamento meteorológico, circuito fechado de TV,
detectores de altura, sistema de controle de velocidade e de pesagem nos postos
fixos e a instalação de balanças móveis.
A concessionária recorreu, mas em 4 de maio de 2017 a Justiça Federal negou o
pedido de embargo de declaração.

A ANTT deverá fiscalizar a instalação e impor
eventuais sanções à Viabahia para garantir o cumprimento do contrato.
A Viabahia disse que “já estão instalados e operando os seguintes equipamentos:
detecção e sensoriamento da pista; painéis de mensagens variáveis, fixos e móveis;
estações meteorológicas automáticas; circuito fechado de TV; detectores de altura e
sistema de controle de velocidade”.
Não foi informado quando serão instaladas as balanças de pesagem, essenciais
para controlar o excesso de carga trafegando na rodovia.

A concessionária enfrenta problemas também com a arrecadação por meio dos
pedágios, conforme o relatório de demonstrativo financeiro de 31 de dezembro de
2016.
“Fechamos o ano de 2016 com resultado negativo de R$ 28 mil e com leve queda
no tráfego mensal de veículos, mesmo com um aumento na arrecadação total por
conta do reajuste anual da tarifa de pedágio previsto em contrato”, registra o
documento.
Ganha destaque no relatório a redução de em 12,5% no número de vítimas fatais e
8% de feridos nas rodovias sob concessão, comparando janeiro a setembro de
2015, em relação ao mesmo período de 2016.

A pesquisa de 2016 da CNT (Confederação Nacional dos Transportes) sobre
rodovias apontou que, no estado geral, as BRs 116 e 324, administradas pela
Viabahia, estão, respectivamente em estado geral “bom” e “regular”.

Outro lado 

Sobre as obras de duplicação, a Viabahia afirma que as realiza “com métodos
construtivos orientados pelas normas técnicas vigentes, com profissionais
experientes e equipamentos adequados e calibrados para o tipo de serviço
executado em obras desta natureza no Brasil”.

“A concessionária reitera que realizou vistorias cautelares aos imóveis da região,
com a elaboração de laudos periciais para atestar o baixo impacto nas redondezas
das obras. Foi constatado que há residências antigas e que sofrem com a ação do
tempo, além de serem construídas sem muitas vezes seguir um padrão de
engenharia e estrutura adequados e exigidos por lei.”
Sobre a demolição de casas, afirmou que “com base no contrato de concessão,
possui a obrigação de manter livre a faixa de domínio que é a área da União que
compreende as faixas de tráfego e uma faixa de terra adicional de segurança”.

Questionada sobre a fiscalização das obras de duplicação, a ANTT
declarou que “as ações de fiscalização são realizadas por especialistas em
regulação e técnicos em regulação, sendo voltadas para a verificação do
cumprimento, pelos agentes privados, dos encargos previstos nos respectivos
contratos de concessão, em especial nos Programas de Exploração das Rodovias”.

“As fiscalizações são realizadas em conformidade e na periodicidade prevista no
Plano Anual de Fiscalização aprovado pela Diretoria Colegiada. Quando
constatadas inconformidades durante a fiscalização, os servidores públicos da
ANTT notificam a concessionária tempestivamente de acordo com os marcos
regulatórios e as legislações vigentes.”
A ANTT informou que, “pela não realização dos serviços a que se refere a ação do
MPF, a agência já havia instaurado Processos Administrativos Simplificados para
apuração de responsabilidades e aplicação de penalidades”.

Texto e fotos: Mário Bittencourt 
Colaboração para o UOL, em Vitória da Conquista (BA)
 

Apesar de protesto da OAB, TJ-BA aprova desativação de 34 comarcas judiciais

Apesar de protesto da OAB, TJ-BA aprova desativação de 34 comarcas judiciais
Após quase três horas de discussão, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) decidiu, por unanimidade, aprovar a desativação de 34 comarcas judiciais baianas. A proposta foi apresentada pela presidente da Corte, a desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, após um “criterioso estudo” do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que constatou uma distribuição processual inferior à média estabelecida, além da despesa com comarcas que sequer possuem um juiz. A vice-presidente da Ordem dos Advogados – Seção Bahia (OAB-BA), Ana Patrícia Dantas Leão, foi autorizada a falar após discussão e tentou adiar a votação do projeto de resolução de lei. Entre as justificativas apresentadas está o fato de que a OAB-BA recebeu o relatório na segunda (3) e esses dois dias não foram tempo suficiente para analisar o processo – argumento que foi refutado pela maioria, já que os desembargadores também tiveram acesso ao documento na mesma data. “Não é que exista prejuízo [em adiar a votação], é que não existe justificativa”, ressalta Maria do Socorro. A desembargadora afirma que a própria presidente do Superior Tribunal Federal (STF), ministra Carmen Lúcia, pediu brevidade na resolução da matéria. “Não haveria porque [adiar], inclusive a própria OAB teve todas as oportunidades”, completa Maria do Socorro ao lembrar que a Ordem acompanhou todo o processo mesmo não tendo competência para decidir. Ao clamar por “nenhuma comarca a menos no Estado da Bahia”, a representante da OAB-BA alegou ainda que o avanço do processo eletrônico não justifica a desativação. “A constituição prevê que cada município possua uma comarca”, pontua Ana Patrícia. “A OAB-BA entende que é possível um projeto de reestruturação do Poder Judiciário da Bahia e reclama que o setor apresente como solução única à extinção”, protesta. No entanto, o desembargador Roberto Maynart Frank apresentou relatório favorável à desativação e foi seguido pelos demais magistrados. Algumas das comarcas desativadas são dos municípios de Brejões, Macaúbas, Itiruçu, Maraú, Palmeiras, Presidente Dutra, Serra Preta, Boquira, Jaguaripe, Nova Fátima, Mucugê, Wanderley, Paratinga, Jeriquiriçá, Conceição de Feira, Baixa Grande, Pau Brasil, Santa Luzia e Ibicuí.

por Ailma Teixeira/ Bahia Notícias

Adolescente que desapareceu em Poções pode estar na Paraíba; polícia investiga sumiço

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Paloma Campos de Amorim, 16 anos, está desaparecida desde a tarde de ontem, terça-feira (04). Ela saiu de sua residência, localizada na região do Mundo Novo, zona rural de Poções, e disse que iria para o Colégio Estadual Roberto Santos, mas não retornou. Há suspeita de que Paloma tenha viajado para a Paraíba, pois segundo amigas da garota, a mesma já havia avisado da viagem por mensagens via Whatsapp. Qualquer informação sobre Paloma, você pode entrar em contato através dos números: 77 99818 5966 (falar com a família); 77 3431-3832 (falar com a polícia).

Blog do Jeferson Almeida.