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CONQUISTA – Semana Justiça pela Paz em Casa: Prioridade para júris de feminicídio

Nos últimos três anos, a Justiça brasileira julgou ao menos 995 casos de feminicídio ou de tentativa de homicídio de mulheres cometidos em âmbito familiar. 

Os casos foram parar nos Tribunais de Júri de todo o País durante as Semanas Justiça pela Paz em Casa, criadas para dar andamento aos processos relacionados à violência doméstica contra mulheres.

A Semana Justiça pela Paz em Casa é realizada três vezes por ano: em março, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher; em agosto, por ocasião do aniversário da promulgação da Lei Maria da Penha; e em novembro, durante a Semana Internacional de Combate à Violência de Gênero, criada pela ONU.
Na Vara do Júri de Vitória da Conquista, na Bahia, a Semana Justiça pela Paz em Casa deverá julgar dezenas de crimes contra mulheres, entre eles os qualificados como feminicídios. Segundo o juiz titular Reno Viana, a violência de gênero na cidade baiana é uma das mais altas do País.
A percepção é confirmada por números da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia, segundo os quais mais de 1.000 inquéritos são instaurados por ano naquele município para apuração de condutas violentas contra mulheres. 
No ano passado, a Bahia assistiu o assassinato de 59 mulheres acima de 18 anos, por seus companheiros ou ex-parceiros. Somente em janeiro de 2018, foram três mortes, 21 tentativas de homicídio e 1.213 casos de lesão corporal. Os casos de violência contra mulheres só ficam abaixo dos relacionados ao tráfico de drogas.
Durante as semanas de mutirão, os servidores do Tribunal de Júri de Vitória da Conquista tentam pautar o maior número de casos para serem julgados. Mas o acúmulo de trabalho devido ao excesso de funções (na cidade, o Tribunal de Júri acumula as funções de Vara de Execução Penal) não permite que os casos sejam tratados com atenção exclusiva. 
A próxima edição da Semana Justiça pela Paz em Casa ocorrerá entre os dias 20 e 24 de agosto em todo o país e deverá manter os esforços nos julgamentos dos Tribunais de Júri, para que os processos de feminicídio sejam pautados e julgados. A orientação foi dada pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, em encontros com os presidentes dos tribunais.

“Temos um acúmulo enorme de trabalho a ser feito e o [Tribunal de] Júri não é uma audiência tão simples, pois precisa de uma série de dados e procedimentos prévios. Ainda há muito por fazer”, disse a ministra. 
Tramitam no Judiciário brasileiro cerca de 900 mil processos por crimes enquadrados na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006). O ano de 2018 começou com mais de 10 mil processos de feminicídio tramitando na Justiça, segundo estudo “O Poder Judiciário na Aplicação da Lei Maria da Penha – 2018”, elaborado pelo CNJ, com base em informações prestadas pelos tribunais de Justiça.
Machismo e preconceito
Em Belo Horizonte (MG), quatro varas especializadas em violência doméstica analisam os casos encaminhados pela polícia. Nessa fase, o juiz busca provas de materialidade e indício de autoria. Se os requisitos forem encontrados, o processo é encaminhado ao 1º Tribunal de Júri, para continuidade da apuração até o julgamento. O juiz Walter Zwicker Esbaille Júnior, titular do 1º Tribunal da capital mineira, pautou dois casos de feminicídio para a XI Semana.
Há dois anos à frente do Júri, o magistrado diz que a Semana Justiça pela Paz em Casa ajudou a dar prioridade a esses casos. Para ele, quando ocorre um mutirão, é possível perceber as mudanças culturais de maneira mais clara. “As pessoas passaram a enxergar a mulher como vítima. Antigamente, elas eram julgadas também como causadoras da própria morte, seja pelas roupas que usavam ou como se comportavam. Esse é um preconceito que perdeu força e eu percebo isso nos julgamentos”, diz Walter Esbaille Júnior.
Dar andamento de urgência ao julgamento desses crimes coloca em prática a Lei Maria da Penha, que estabeleceu como crime hediondo os homicídios cometidos por parceiros. Até então, eles eram tratados como crimes de menor potencial ofensivo, sob alegação de legítima defesa da honra ou crime passional. Seus autores não perdiam o status de réu primário e, na maioria das vezes, a punição era o pagamento de cestas básicas.
Feminicídio
Com a qualificação de crime hediondo, o feminicídio não só tem preferência legal em relação ao julgamento, como as penas variam de 12 a 30 anos de prisão, sem direito a indulto, nem graça (indulto individual) ou anistia.
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“Nos deparamos com dificuldades operacionais, relacionados ao número pequeno de servidores frente ao de processos. Não conseguimos organizar os casos como gostaríamos. Temos, por exemplo, ainda processos bem antigos no acervo. Recentemente, identificamos e pautamos uma sessão de júri de um caso de violência sexual ocorrido em 2004. Levou 14 anos para o autor ser condenado”, diz Reno Viana, que considera a campanha fundamental para tirar esses processos da invisibilidade do acervo geral. 
Violência contra a mulher
A violência contra a mulher pode se manifestar em diversas formas, como assédio sexual, agressão moral, patrimonial, física, tentativa de homicídio e feminicídio. Combater a violência doméstica contra a mulher tem sido uma das prioridades do Poder Judiciário e, o cumprimento da Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340, de 2006), um de seus maiores desafios. (Regina Bandeira | Agência CNJ de Notícias)

HISTÓRIA ESTRANHA – Advogado que estava desaparecido há cerca de uma semana é encontrado em hotel em Conquista

Advogado Fernando Melo foi encontrado em hotel na cidade de Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia (Foto: Arquivo Pessoal)
O advogado de 23 anos que mora em Eunápolis, no extremo sul da Bahia, e que estava desaparecido há cerca de uma semana, foi encontrado por familiares na tarde desta terça-feira (17), hospedado em um hotel na cidade de Vitória da Conquista, na região sudoeste do estado. A história que ele contou é, no mínimo, estranha.

De acordo com a mãe de Fernando Melo, Karen Daniela, o jovem disse para a família que tinha viajado para Vitória da Conquista para estudar para um concurso.

Conforme a mãe do advogado, o celular dele está quebrado e, por isso, ele não entrou em contato com a família durante a semana. A mãe de Fernando Melo também disse que ele não viu nenhuma notícia sobre a procura da família.

O rapaz mora sozinho em Eunápolis, há cerca de quatro meses, e não tem o hábito de ficar muito tempo sem se comunicar com a família.

Na tarde de segunda-feira (16), familiares do advogado receberam uma ligação com pista de que ele esteve em UPA de Vitória da Conquista. A mãe de Fernando Melo disse que ele esteve no local e foi diagnosticado com uma insolação, mas que já está recuperado.

OPINIÃO – O drama da 3ª maior cidade da Bahia com o seu transporte público.


A conta chegou antes mesmo do tempo. Bastou pouco mais de um ano e meio de brincadeiras e aventuras com a complexa engrenagem que é o transporte público de qualquer cidade e para Vitória da Conquista não seria diferente.

Nossa cidade experimenta, perplexa, o derretimento acelerado do transporte, um de seus quatro serviços públicos essenciais à rotina diária da cidade, ao lado da saúde, segurança e educação.

Verdadeiro calvário foi imposto a 40 mil passageiros que diariamente dependem da Viação Vitória, uma das empresas de ônibus desta cidade, e com eles outras mais de 500 famílias que vivem dos salários dos funcionários que fazem heroicamente a empresa funcionar.

Herzem Gusmão, que tinha solução para tudo em gestão pública quando radialista no Programa Resenha Geral, tão logo “empoderado” a prefeito iniciou uma perigosa aventura com este bem público.

Confundiu um patrimônio do povo como se dele fosse um brinquedo particular ou instrumento de sua máquina de demonstração autoritária, força onde sequer a Novo Horizonte ficou de fora.

“Talentoso” no jogo das palavras, em rádios e blogs passou encenar situações, semelhante a um pêndulo, alienante, oscilando de um lado ao outro. Ora vitimizando a Viação Vitória, ora descriminalizando os clandestinos e ferozmente criminalizando a Viação Cidade Verde.

Com isto, correram entre os dedos do prefeito quase dois anos de sua gestão, do nada para lugar algum. Gastou dinheiro público, precioso tempo transformando o transporte coletivo  em seu parque de diversões.

Em suas horas de folguedo, até sua caneta ele fez questão de exaltar em rádio, reafirmando seu “empoderamento” que  faria o que bem desejasse com o transporte público. E fez o que fez…e a fatura chegou.

O prefeito se esqueceu de algumas lógicas. A principal delas: a matemática. A do equilíbrio financeiro do complexo sistema de transporte público.

Como modernizar uma atividade complexa e que exige elevadas somas milionárias como é o transporte coletivo quando Herzem  mesmo fomentou a clandestinidade – vanzeiros e automóveis -vetores destrutivos do sistema?

Como Herzem  pensou se passar por uma espécie de entidade redentora que salvaria a Viaçao Vitória se ele mesmo movimentou uma espécie de máquina de demolição do sistema?  Mais de 600 clandestinos.

E como achou que tiraria da ilegalidade os clandestinos quando ele mesmo quadruplicou o número de clandestinos, colocando-os muito mais em dificuldades financeiras e jurídicas?

Para completar a insanidade ou a irresponsabilidade ele quer tirar justamente a Viação Cidade Verde, que a trancos e barrancos é a responsável em dar uma esperança ao transporte público de Vitória da Conquista.

Enfim, assistimos os efeitos da “desonestidade intelectual” e das “mentiras cognitivas” muito bem colocadas no relatório que foi para o Ministério Público. O prefeito precisa acordar. A população não continuará calada.

PREVENÇÃO – MPT lança campanha televisiva de prevenção ao assédio moral na Bahia

O alerta à população sobre a ilegalidade de práticas abusivas nas relações de trabalho é o principal objetivo da campanha do Ministério Público do Trabalho (MPT) de prevenção ao assédio moral lançada durante o último fim de semana.



O filme de 30 segundos será exibido durante os próximos três meses nas emissoras de televisão abertas da Bahia em diversos horários. A campanha foi custeada com recursos de acordo judicial fechado com a Heineken, empresa que assumiu o controle da antiga Schicariol, empresa onde aconteceu o caso de assédio moral organizacional e que por isso vinha sendo processada pelo MPT desde 2011.

O procurador Marcelo Brandão, responsável pela ação civil pública, informou que o acordo prevê uma série de medidas de prevenção ao assédio moral na empresa em todas as suas unidades do estado da Bahia e o ressarcimento à sociedade sob a forma da produção e veiculação da campanha. “O tema assédio moral ainda é desconhecido de muitas pessoas e nessa ação encontramos uma forma de fazer com que o dano moral coletivo devido pela empresa pudesse ser revertido em uma campanha de esclarecimento, com o objetivo de prevenir essa prática nas relações de trabalho”, afirmou.
No filme, um homem deitado é atormentado por pesadelos sob a forma da voz de seu chefe com frases como “acorda, rei do fracasso”. Depois, enquanto ele se veste para ir trabalhar, a locução informa que “ameaças e constrangimentos que se repetem são assédio moral. A lei está a seu lado. Se você é vítima de assédio moral, procure o RH de sua empresa, seu sindicato ou o Ministério Público do Trabalho e denuncie”. Além das emissoras de TV, o vídeo também está sendo veiculado em redes sociais e poderá ser utilizado em outros estados.
O acordo foi homologado na 1ª Vara do Trabalho de Salvador, onde a ação estava sendo julgada. O juiz titular da Vara, Rodolfo Pamplona, já havia julgado a ação procedente, mas a empresa recorreu da decisão, que já previa a realização da campanha publicitária. Para que a ação fosse encerrada, o MPT e a Heineken do Brasil, que assumiu o controle da empresa após ela passa a se chamar Brasil Kirin, chegaram a um acordo com as especificações da campanha, desenvolvida por uma agência contratada pela empresa sob a supervisão do MPT. (Ascom/MPT)
Confira o vídeo na página do MPT na Bahia no Facebook: https://www.facebook.com/556539881075332/videos/1951209548275018/

ACP nº0000188-44.2011.5.05.0001

CAIXA PRETA – Prefeitura de Conquista lacra 74 ônibus da Viação Vitória; reportagem investigativa abre “caixa preta” da empresa


Jussara Novaes (Sudoeste Digital) – Somente após um grave acidente envolvendo dois ônibus da Viação Vitória, no último domingo (15) é que a Prefeitura de Conquista resolveu “agir”, 24 horas depois, e lacrar, até o momento, 74 veículos da empresa que não se adequavam á condições mínimas de segurança. Apenas 8 estão em circulação.

O que parece uma preocupação do município com vidas humanas é, na verdade, uma tentativa de camuflar problemas antigos envolvendo a Vitória, mas que sempre foram ignorados pela fiscalização.

As principais irregularidades encontradas foram pneus carecas, sinalização deficiente, tacógrafo em mau estado, entre outros. Os veículos só serão liberados, segundo a fiscalização, após nova vistoria, quando a empresa fizer a manutenção dos itens de segurança que se encontram em estado irregular.

Em nota, a Prefeitura informou que agentes de transporte e o coordenador de Transporte Público, Jackson Apolinário Yoshiura, foram à sede da Viação Vitória para realizar “inspeção surpresa” nos veículos da empresa. Ainda em nota a Prefeitura esclarece que “prioriza a segurança da população, bem como reconhece o direito a padrões adequados de qualidade no oferecimento do serviço de transporte coletivo”.

Não é o que parece. Ao longo dos meses a Viação Vitória se envolveu em vários acidentes, sem que nenhuma providência enérgica fosse adotada pela Prefeitura. E não foi por falta de aviso. Em maio deste ano o Sudoeste Digital denunciou as péssimas condições dos ônibus da Vitória.

Dias depois o feixe de molas do ônibus da Viação Vitória, da linha D-38, que faz o itinerário para o bairro Alto Maron, um dos mais populosos de Conquista, se soltou em pleno Terminal Urbano, expondo publicamente o sucateamento da frota da empresa. O incidente aconteceu dia 5 de maio, em pleno horário de pico.

No dia seguinte, usuários gravaram um vídeo mostrando outro ônibus da mesma empresa trafegando por vários quilômetros com as portas traseiras abertas. A empresa é reincidente em outros problemas mecânicos.

Em 22 de março deste mesmo ano um ônibus lotado soltou duas as rodas traseiras quando chegava ao terminal, se arrastando por alguns metros antes de parar.

Em nota á época, a empresa fez “mea-culpa” (frase latina que, em português, pode ser traduzida como “minha culpa”, ou “minha falha”) e disse, em nota, ter constatado que, “por falta de aperto, as porcas dos parafusos dos pneus se soltaram e a roda saiu”, transferindo parte da culpa para o borracheiro responsável pelo turno da noite.

Mesmo com todos esses problemas, além de veículos quebrados em vias públicas, nenhuma fiscalização de grande porte foi feita.

Com o agravamento da situação no último domingo, o que resultou no editorial “Roleta Russa: Uma ‘brincadeira mortal’ imposta aos passageiros do transporte público”  a Prefeitura tentou amenizar a situação gravíssima, convocando uma força-tarefa e dando publicidade à ação desta terça-feira, visando se respaldar juridicamente.

Eis aí a razão dessa “roleta russa” no transporte coletivo, onde arma mais perigosa talvez nem seja um veículo desgovernado, mas uma certa caneta a quem o prefeito tanto se vangloria de ostentar em suas mãos.

A arma está nas mãos da cumplicidade. Roleta Russa. É o que o prefeito Herzem Gusmão vem praticando à custa de vidas alheias. E o pior, com a vida  do povo que ele representa, ou diz representar. Existe aí a figura jurídica da prevaricação, ao faltar ao cumprimento do dever por interesse ou má-fé. Dolo Eventual ou Culpa Consciente?


O último acidente, falta de freios no Bairro Alto Maron, parte elevada da cidade, é mais um de uma série e revela que todos correm riscos, mesmo aqueles que não andam de ônibus. Uma tragédia anunciada, que bem poderia ser evitada, mas nada se tem feito para coibir esses atos criminosos contra a vida humana.


E a munição da arma para este macabro esporte do prefeito tem sido a Viação Vitória, uma das empresas de transporte público de Vitória da Conquista. Vidas dentro e fora dos ônibus dessa empresa são usadas tal qual personagens descartáveis de “jogos mortais” praticados pelo Executivo.

REPORTAGEM INVESTIGATIVA 


Fiscalização na Viação Vitória é jogo de cena:
Problemas continuarão a existir nos ônibus

O fato é que exige uma lógica, e esta provou outra vez que a prefeitura não fiscaliza de fato a frota da Viação Vitória. Hoje, novamente a prefeitura repete o jogo de cena, lacrando mais de 70 ônibus. Que a população saiba que tudo não passa de teatro. Senão, vejamos. Para que a apreensão resulte em efeitos verdadeiros a empresa teria que estar preparada da seguinte maneira:

A – Ter várias rampas de manutenção (onde o mecânico fica embaixo do ônibus).A empresa tem apenas três dessas valas;

3 – Ter um contingente de mecânicos e eletricistas para estes veículos lacrados;

4 – Estar com o almoxarifado lotado de peças e acessórios para suprir a demanda exigida por estes veículos lacrados.

Esta é, basicamente, a lógica que jamais irá acontecer. Em três dias todos estes mesmos veículos estarão circulando normalmente e vidas e patrimônios novamente em risco.


Uma frota de ônibus não se conserta de uma hora a outra É fruto de vigilância 365 dias no ano. É consequência de investimentos dia e noite em cada ônibus.

A reportagem apurou que as manutenções necessárias para que a frota retida volte a circular com segurança plena não serão realizadas. “Será apenas um movimento para justificar a quase tragédia de domingo”, confidenciou uma fonte ligada ao setor de fiscalização do transporte público.

Foi apurado ainda que a Viação Vitória teria que investir, no mínimo, cerca de R$5 mil por carro somente para este rápido pente-fino nos itens de segurança e, assim, atender a este emergencial.  “Se não tem recursos para pagar a folha de pagamento, imagina a frota”, lembra uma fonte.

Outro fator é o da logística. A empresa não dispõe de valas ou rampas de manutenção necessárias para acolher estes ônibus interditados. Outro agravante: teria que dispor de um “batalhão” de mecânicos, moleiros  e eletrificas para se dedicarem aos veículos e, por fim, de um almoxarifado “sortido” de componentes, peças e acessórios. “De modo que, nesta lógica, pouco ou nada ocorrerá”.

Manutenção em transporte público é fruto de um zelo 365 dias ao ano Logo, não funciona assim, com um “lacrou e em uma semana está tudo certo”.

A empresa de ônibus tem que ter caixa e provisionamento na ordem de R$2 mil de fluxo para manutenção por ônibus mês ou quase R$2 milhões ao ano. Isto considerando uma frota dentro da idade média do contrato de concessão (mínimo de 3 e máximo de 4). A Viação Vitória possui mais de 30% frota acima de 10 anos e a idade média da frota com 8 anos. Impossível levar adiante com a cidade tomada por mais de 600 veículos clandestinos, entre vans e carros de passeio.

“Ou investe esta grana mensalmente em cada ônibus, ou se promove política de renovação de frota. Esta última é a mais saudável para o passageiro e o meio ambiente. Gastar absurdos com manutenção de carro velho é colocar o suado dinheiro do passageiro em local errado. Como o trocadilho: gastar sal bom com carne podre”, aconselha a fonte.

ROLETA RUSSA – Prefeitura lacra 45 ônibus da Viação Vitória; frota sucateada ameaça passageiros e pedestres


Fiscais da Prefeitura de Vitória da Conquista, ligados à Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), lacraram 45 ônibus da Viação Vitória na manhã desta terça-feira (17), 24 horas após um dos veículos da empresa ter se envolvido em um acidente de grandes proporções no Bairro Alto Maron, zona leste da cidade. A contagem continua em atualização e, provavelmente, toda frota de 80 ônibus deverá ser lacrada até o final do dia.
Em editorial nessa segunda-feira (16), o Sudoeste Digital já chamava à atenção para a cumplicidade e prevaricação da Prefeitura para com a Viação Vitória, o que poderia resultar em mais acidentes, com riscos de lesões graves e até mortes. Com o título Uma “brincadeira mortal” imposta aos passageiros do transporte público o artigo alcançou recorde em acessos e comentários, a maioria criticando a omissão da Prefeitura. LEIA O NOSSO EDITORIAL

A intervenção na frota da Viação Vitória expõe a gravidade do problema pelo qual a empresa passa. Com mais de 90% dos veículos sem manutenção preventiva, em processo de pré-falência, sucessivos atrasos salariais e dívidas que, somente com o município, ultrapassam R$37 milhões, ainda assim a Vitória continua dando as cartas no transporte público.

Diante da interdição, somente os ônibus da Viação Cidade Verde continuam circulando normalmente. A empresa atua em itinerários programados, conforme licitação. Com a lacuna deixada pela Vitória, a Prefeitura não buscou alternativa, como a solicitação à direção da Cidade Verdade para cobrir as linhas da Vitória.

Em meio ao caos, mais de 600 veículos clandestinos, entre vans e carros de passeio, invadem os itinerários descobertos pela Vitória e até os regulares, transportando ilegalmente centenas de pessoas. Em descumprimento á recomendação da promotora de Justiça, Lucimeire Carvalho, a Prefeitura ainda não procedeu a fiscalização e apreensão desses veículos.

Sobre o fato que motivou a interdição nos veículos da empresa, deixando mais de 60 mil usuários sem transporte em diversos itinerários, numa fria e chuvosa manhã desta terça-feira, o titular da Semob, Ivan Cordeiro, declarou que a operação visa garantir a segurança dos passageiros. “A fiscalização continua durante todo o dia”, completou.

O incidente no Alto Maron ocorreu domingo, quando o ônibus que faz a linha para o bairro desceu de ré, atingiu um carro de passeio e só parou após bater em outro ônibus da mesma empresa. A Viação Vitória ainda não se posicionou sobre a interdição da frota.

CONQUISTA – Câmara mantém funcionamento normal durante o recesso parlamentar

Imagem Câmara mantém funcionamento normal durante o recesso parlamentar
Entre os dias 01 de julho a 01 de agosto de 2018, a Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC) estará em recesso parlamentar. Durante esse período somente as sessões ordinárias e audiências públicas não acontecem. No entanto, as atividades administrativas da Câmara e o funcionamento dos gabinetes dos vereadores continuam funcionando normalmente. 

O que o vereador faz durante o recesso? Ao longo do ano todo, os vereadores passam a maior parte da semana trabalhando na CMVC, elaborando projetos de leis para a comunidade,  fiscalizando os atos do poder executivo, promovendo debates importantes através das audiências públicas, entre outras atividades. 
Com o recesso parlamentar, os vereadores aproveitam o tempo para trabalhar junto às suas bases eleitorais. É nesse período que eles podem visitar os bairros da cidade e os distritos da zona rural, aproximando-se mais das necessidades da população que eles representam. Além disso, os vereadores continuam realizando atendimentos em seus gabinetes. 
O projeto foi apresentando pelo Executivo no dia 29 de junho, em caráter de urgência. Foram necessárias quatro sessões para finalizar a matéria. De acordo a Lei Orgânica do Município, cabe à Câmara, com a sanção do Prefeito, legislar sobre matérias como o Orçamento Anual, Plano Plurianual, Diretrizes Orçamentárias, bem como autorização de abertura de créditos suplementares e especiais.
Comissões  – A CMVC conta com treze Comissões Permanentes, que tem como finalidade propor debates e discussões dentro de seus campos temáticos e de fiscalizar os atos do Poder Público. Cada Comissão é composta por três vereadores. No período do recesso parlamentar, as atividades das Comissões também continuam sendo executadas, os vereadores realizam visitas de fiscalização aos órgãos públicos e continuam atentos às solicitações da população. (Ascom/CMVC)

SEMINÁRIO – Debates sobre saúde e democracia acontecem dia 18, na UFBa, em Conquista; confira a programação

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A Universidade Federal da Bahia (Campus Anísio Teixeira), em parceria com a ASSUFBA-Sindicato, convidam você a participar do “Seminário Saúde e Democracia”, a ser realizado no próximo dia 18 de julho (quarta-feira), às 14 horas, em nosso auditório (pavilhão de aulas).
      
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Debateremos o “SUS na atualidade: Desafios e Perspectivas” com a deputada federal Alice Portugal, com o deputado estadual Fabrício Falcão e com o professor e pesquisador Luís Rogério (UFBA); e “A formação EAD na Saúde”, com Alice Portugal.

Alice é autora do PL nº 7121/2017, que proíbe a autorização e o reconhecimento dos cursos de graduação ministrados à distância na área de saúde. Inscrições gratuitas, com emissão de certificado de 4h.

Atividades:
14:00 – Mesa redonda “O SUS na atualidade: Desafios e Perspectivas”

Debatedores: Deputada Federal Alice Portugal, Deputado Estadual Fabrício Falcão e o Professor e Pesquisador Luís Rogério (UFBA)

15:30 – Palestra “A formação EAD na Saúde”, com a Deputada Alice Portugal.

Local: Universidade Federal da Bahia (UFBA) – Campus Anísio Teixeira, Rua Rio de Contas 58, Quadra 17, Lote 58
Candeias – Vitória da Conquista – BA.
Data: 18 de Julho
Horário: 14h às 18h
Realização: UFBA IMS/CAT/ASSUFBA

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SAÚDE PÚBLICA – Estado e município de Bom Jesus da Serra têm menos de 24 horas pra cumprir ação judicial

A Justiça determinou que o município de Bom Jesus da Serra, sudoeste baiano e o Estado da Bahia providenciem, em menos de 24 horas, uma cirurgia de cateterismo, para a Lília Barreto da Silva, 31 anos, residente e domiciliada naquele município.



Visto que após sofrer infarto do miocárdio e ter dado entrada no hospital da cidade, em 26 de junho e só no dia 07 deste mês ter sido transferida para o Hospital Geral de Vitória da Conquista, a paciente, que precisa realizar a devida cirurgia de cateterismo com urgência, não teve até a presente data o tratamento feito.

Por conta da angústia, a família não teve outra saída se não buscar amparo na Justiça para que as autoridades possam cumprir com a obrigação de realizar a cirurgia o mais rápido possível.
Os advogados da paciente, Guiomar Antunes e Thadeu Oliveira Pereira, ajuizaram a ação com pedido de uma liminar, deferida de imediato pelo juiz plantonista, que deu prazo de 24 horas para que a decisão seja cumprida.
Caso não seja cumprida foi concedido ainda multa diária pelo não cumprimento. Segundo a advogada Guiomar Antunes, o conhecimento jurídico deve servir para ajudar as pessoas que padecem pelas arbitrariedades, “principalmente na área da saúde, esta tão a desejar em nossas vidas”.

NOTA DA SESAB

ROLETA RUSSA – Uma “brincadeira mortal” imposta aos passageiros do transporte público

Por pouco não tivemos um domingo sangrento em Vitória da Conquista. E não estamos falando nas recorrentes chacinas do tráfico de drogas, mas de uma droga de tráfico… Tráfico de influência, que expõe cotidianamente milhares de pessoas ao perigo, ao permitirem à Viação Vitória uma série de desmandos. E, domingo, aconteceu mais um desses.

Ao abrirmos a reportagem, um misto de impotência e de medo no assalta: “Ônibus da Viação Vitória sem freios põe em risco patrimônios e vidas”. Eis aí a razão dessa roleta russa no transporte coletivo, onde arma mais perigosa talvez nem seja um veículo desgovernado, mas uma certa caneta a quem o prefeito tanto se vangloria de ostentar em suas mãos.

A arma está nas mãos da cumplicidade. Roleta Russa. É o que o prefeito Herzem Gusmão vem praticando à custa de vidas alheias. E o pior, com a vida  do povo que ele representa, ou diz representar. Existe aí a figura jurídica da prevaricação, ao faltar ao cumprimento do dever por interesse ou má-fé. Dolo Eventual ou Culpa Consciente?

O último acidente, falta de freios no Bairro Alto Maron, parte elevada da cidade, é mais um de uma série e revela que todos correm riscos, mesmo aqueles que não andam de ônibus. Uma tragédia anunciada, que bem poderia ser evitada, mas nada se tem feito para coibir esses atos criminosos contra a vida humana.

E a munição da arma para este macabro esporte do prefeito tem sido a Viação Vitória, uma das empresas de transporte público de Vitória da Conquista. Vidas dentro e fora dos ônibus dessa empresa são usadas tal qual personagens descartáveis de “jogos mortais” praticados pelo Executivo.

Dono da concessão pública, ou revestido da personalidade pública denominada de PODER CONCEDENTE, é responsabilidade intransferível do prefeito agir em favor do interesse da coletividade. Na contramão ele busca toda sorte de argumentos públicos para manter a empresa em circulação.

Talentoso em desculpas e divagações, tem incorrido em uma espécie sofisticada de “desonestidade intelectual” ou com “mentiras cognitivas” para justificar suas omissões.  Traduzindo os termos científicos, são elaborados subterfúgios responsabilizando sempre alguém ou até mesmo o judiciário.

Barra de direção quebrada, janelas que caem, carros que se incendiam, rodas que se soltam, pontas de eixo que quebram não são suficientes para o prefeito agir. Sem contar as desobediências da letra A à Z do contrato de concessão atropeladas pela Viação Vitória.

Funcionários em condições sub-humanas de trabalho a bordo desses decadentes ônibus. Famílias que passam dificuldades para manter a dieta da família porque os funcionários dessa empresa trabalham sem receber seus direitos e salários.

Por outro lado vimos o mesmo prefeito dedicado e ávido  em banir a Viação Cidade Verde, que é o oposto de tudo. Um prefeito desejoso em licitar o sistema de transporte público por completo, ao contrário de agir sobre a clandestinidade que assola a cidade e destrói o mesmo transporte público que ele vislumbra licitar. São mais de 600 clandestinos atuando no transporte de passageiros, entre vans e carros de passeio.

A soma de tudo é intrigante O que a Viação Vitória faz para gozar de tanta complacência que a Viação Cidade Verde não faz? A mesma pergunta cabe aos clandestinos que circulam livremente. Enfim, quem autoriza esta roleta russa assume o risco de matar.

O QUE DIZ A PREFEITURA

“A Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista, por meio da Secretaria de Mobilidade Urbana, esclarece que, na manhã desse domingo (15), foi informada que um veículo da Viação Vitória havia quebrado na Avenida São Geraldo, próximo à Avenida Presidente Vargas. A equipe da Coordenação de Trânsito chegou rapidamente ao local e isolou o perímetro. Enquanto os funcionários da Viação Vitória trabalhavam no reparo do ônibus, o veículo desceu a avenida e se chocou com um carro de passeio e, em seguida, com outro ônibus da mesma empresa. A Secretaria informa ainda que adotou todas as medidas devidas, como a imediata notificação e autuação da Viação Vitória.”