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MPF denuncia secretário de Saúde da Bahia e secretário executivo do Ministério da Saúde

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Eles devem responder por crime de perigo para a vida e descumprimento de liminar para fornecimento de medicamentos análogos de insulina
O Ministério Público Federal denunciou o secretário de Saúde da Bahia, Flávio Vilas Boas Pinto, e o secretário executivo do Ministério da Saúde, Antônio Carlos Figueiredo Nardi, por não atenderem liminar da Justiça Federal em relação a ações que viabilizassem a distribuição de análogos de insulina no interior do estado da Bahia. Os denunciados ainda não se pronunciaram a respeito da ação.
Os diabéticos residentes no interior do estado tinham que se deslocar até Salvador para se submeterem a uma perícia médica prévia, além de terem que buscar mensalmente as insulinas na capital baiana. Mesmo após sucessivas intimações para efetivação da medida liminar, passados mais de cinco anos, a União e o Estado da Bahia não cumpriram a decisão integralmente. O estado alega ausência de repasse pela União, e esta, por sua vez, sustentou a ausência de informações essenciais para efetivação do repasse.
A medida é relacionada a Ação Civil Pública nº 0024027-6.2012.4.01.3300 interposta pelo MPF contra o Estado da Bahia e União, em 2012, visando à implantação de protocolo clínico e o fornecimento de insulina de ação basal ultrarrápida aos pacientes com diabetes mellitus na Bahia. Em agosto de 2012, a Justiça Federal expediu medida liminar determinando a implantação do protocolo pelo estado e o repasse dos recursos para aquisição dos medicamentos pela União.
Uso de análogos de insulina – De acordo com a denúncia, verificou-se que as insulinas regular e NPF são insuficientes para o controle glicêmico de alguns pacientes, sendo necessário que o Sistema Único de Saúde (SUS) contemple o fornecimento dos análogos de insulina de ação basal e ultrarrápida – glargina (Lantus), determir (Levemir), asparte (Novorapid), lispro (Humalog) e glulisina (Apidra). “A imprescindibilidade dos análogos de insulina para ampla variedade de portadores de diabetes mellitus é, inclusive, evidenciada por relatórios médicos colacionados pelo Parquet Estadual”, destaca o procurador regional da República Ronaldo Albo.
A partir de audiência pública realizada em Criciúma (SC) que contou com participação do presidente da Associação Catarinense de Medicina e endocrinologista pediátrico, Genoir Simoni, o MPF coletou informações de que o tratamento inadequado do diabetes mellitus acarreta uma séria de complicações. Segundo ele, entre as principais estão: o infarto agudo do miocárdio, o derrame, o AVC, as lesões de grandes vasos periféricos, a mionecrose diabética (degeneração progressiva do organismo), a retinopatia, a perda progressiva da visão, a nefropatia levando à insuficiência renal – sendo uma das principaiscausas de hemodiálise no Brasil –, perda da sensibilidade periférica, a dificuldade de esvaziamento gástrico, impotência sexual, sensibilidade diminuída dos órgãos internos e cardiomiopatia.
Concentração do atendimento – Apesar de estabelecer o protocolo, o estado da Bahia concentrou o fornecimento da insulina no Centro de Diabetes e Endocrinologia do Estado da Bahia (Cedeba) em Salvador, sem o devido alcance aos usuários residentes no interior do estado, restringindo, sobremodo, o fornecimento dos análogos de insulina, em afronta à determinação judicial. O estado sustentou o cumprimento da decisão liminar, alegando que instituiu o protocolo técnico e que os medicamentos estavam sendo distribuídos através do Cedeba aos pacientes cadastrados.
Segundo o MPF, as ordens judiciais foram afrontosamente descumpridas, menosprezadas e ignoradas sistematicamente pelo secretário estadual de Saúde, tendo em vista que, após duas intimações pessoais, o acusado manteve o protocolo clínico divergente do que lhe fora determinado e deixou de fornecer os dados requisitados pelo Ministério da Saúde para mensuração dos repasses a serem efetivados, comprometendo a entrega de medicamentos tanto no Cedeba quanto no interior baiano.
Do mesmo modo, o secretário executivo do Ministério da Saúde, Antônio Carlos Figueiredo Nardi, manteve-se inerte após lhe serem entregues pessoalmente dois ofícios, solicitando informações sobre o cumprimento da medida liminar. Assim, verifica-se que a União não realizou a compra de medicamentos ou o repasse determinado em decisão liminar, bem como que o agente responsável foi inegavelmente cientificado da tutela antecipada concedida.
Para o MPF, o Estado da Bahia dissimulou o cumprimento da liminar concedida ao instituir o Protocolo Técnico para a dispensação de análogos de insulina basal e ultrarrápida, em desacordo com aquele criado pelo Cedeba. O MPF chegou a noticiar a continuidade do descumprimento da liminar em oito ocasiões, inclusive no Cedeba, sendo que na oitava houve o falecimento de um paciente logo após interrupção do fornecimento das insulinas Lantus e Novorapid.
O juízo reconheceu o desajuste do protocolo implantado pelo estado, determinando o cumprimento integral da decisão liminar e a comprovação do fornecimento dos medicamentos também no interior do Estado, no prazo de dez dias. Apesar das intimações ocorridas em abril e maio de 2014, o Estado da Bahia também manteve-se inerte.
Segundo o procurador, os denunciados praticaram os crimes previstos nos artigos 132 do Código Penal (perigo para a vida ou a saúde de outrem) e 330 (desobedecer a ordem legal) . O crime de perigo para a vida ou saúde foi observado 195 vezes, pois deixaram de fornecer ou retardaram o fornecimento de medicamentos indispensáveis ao tratamento de diabetes mellitus.
A denúncia aguarda recebimento pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). 
Número da denúncia para pesquisa processual: 0000688-98.2017.4.01.0000
Fonte: Assessoria de Comunicação Social/Ministério Público Federal/ Procuradoria Regional da República – 1ª Região

ITAMBÉ – Cãozinho faz plantão na porta de hospital por idosa doente

Um caso inusitado e, ao mesmo tempo emocionante, está acontecendo no Hospital de Itambé, município baiano a pouco mais de 550 km de Salvador. Segundo informa o Blog Itambé Agora, o cãozinho da raça Pinscher está desde as primeiras horas desta quinta-feira (10), na porta do Hospital São Sebastião, em Itambé, por conta de sua dona, a idosa Laura Botelho, de 83 anos, que está internada por conta de uma virose. Familiares de Dona Laura já levaram o cãozinho para casa, mas, ele pulou a janela e voltou para o plantão.

O cachorrinho pertencia ao filho da idosa. No primeiro carinho que ganhou da Dona Laura, o cachorrinho se mudou em definitivo para a casa da idosa, que mora sozinha na Rua Gercino Coelho, se tornando o seu companheiro fiel. .

A fidelidade do cãozinho comoveu até os funcionários do hospital. O pequeno cão fica na porta do lado de fora e, sempre acha um jeitinho de entrar e ficar chorando ao lado da porta onde se encontra a sua dona.
A noite, o cãozinho foi recolhido pela filha da dona Laura, mas, com certeza nas primeiras horas do dia seguinte, ele estará no mesmo lugar esperado a saída da Dona Laura, que, provavelmente deverá ficar por mais uns dias no hospital se recuperando.
Fonte e fotos: Itambé Agora

EXCLUSIVO – Detentos de Conquista não terão saída temporária do “Dia dos Pais”

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Foto: Redes sociais


Jussara Novais (Especial para o Sudoeste Digital– Ao contrário do postado nas redes sociais, nenhum detento dos presídios de Vitória da Conquista, a 509 km de Salvador, será beneficiado com o próximo “saidão” do Dia dos Pais. O mesmo ocorreu no Dia das Mães, cujo saidão foi igualmente suspenso. A informação foi confirmação pela direção dos conjuntos penais à reportagem do Sudoeste Digital.

O benefício é concedido para quem é do regime semiaberto e já cumpriu 1/6 da pena com histórico de bom comportamento, mas a Vara de Execuções Penais não encaminhou informação à direção das unidades, o que mantém todos os 59 detentos – potencialmente habilitados – sem esse benefício.

De qualquer forma, os próximos “saidões” já estão garantidos para os seguintes períodos: de 3 a 9 de setembro (Independência do Brasil), de 29 de outubro a 4 de novembro (Finados) e de 23 a 29 de dezembro (Natal).

O total de beneficiados com o “saidão”, na Semana Santa, foi de 72 detentos, mas 12 deles não retornaram e um dos indultados (Luciano Machado Almeida, 36 anos, o “Jacaré”) foi morto a tiros em Itapetinga. Dados da justiça mostram que, historicamente, cerca de 95% dos beneficiados com indulto retornam aos presídios. 


SAIBA MAIS

Quem tem direito à saída temporária?


Tem direito à saída temporária o preso que cumpre pena em regime semiaberto, que até a data da saída tenha cumprido um sexto da pena total se for primário, ou um quarto se for reincidente. Tem que ter boa conduta carcerária, pois o juiz, antes de conceder a saída temporária, consulta os Diretores do Presídio.

A quem deve ser pedida a saída temporária?

O próprio Diretor geral do Presídio encaminha ao juiz a relação dos presos que têm direito à saída temporária. Mas se o nome do preso não estiver na relação, o pedido pode ser feito pelo seu advogado, diretamente ao Juiz.

O preso pode sair para visitar sua família?

Sim, com exceção dos presos do regime fechado, a Lei de Execução prevê saída temporária para visitar a família, que pode ser concedida cinco vezes ao ano. Cada saída poderá durar até sete dias corridos.

É possível pedir saída temporária para estudar?

Sim, exceto os presos do regime fechado; a Lei de Execução Penal prevê a saída temporária para frequentar curso supletivo profissionalizante, segundo grau ou faculdade. O curso deve ser na comarca onde o sentenciado cumpre pena.
Nesse caso, o preso sairá todo dia somente o tempo necessário para assistir às aulas, até terminar o curso, condicionando ao bom aproveitamento, sob pena de revogação.

As faltas disciplinares prejudicam a saída temporária?

Qualquer falta disciplinar prejudica a saída temporária.
O preso que praticou falta leve ou média só poderá ter saída temporária após a reabilitação da conduta. A conduta estará reabilitada em 30 ou 60 dias, de acordo com o Regimento Interno do Presídio.
Praticada falta grave, o preso do semiaberto perde o direito à saída temporária, e além da punição administrativa (isolamento celular ou restrição de direitos), será regredido ao regime fechado.

É permitido atraso no retorno das saídas temporárias?

Não. O preso perde o direito à saída temporária caso retorne fora do horário, injustificadamente. Caso não tenha condições de retornar no horário determinado, o preso deverá avisar imediatamente o diretor-geral do Presídio, por telefone, quanto às dificuldades para retornar, e quando apresentar-se no Presídio deverá levar junto dados e documentos que provem o motivo do atraso, como, por exemplo, atestado médico (se estiver doente).

E se o preso ficar doente durante a saída temporária, o que fazer?

Se a doença impedir a locomoção até o Presídio, ou estiver internado em hospital, o sentenciado, ou alguém da família, deverá por precaução avisar a Direção do Presídio do ocorrido, e ao retornar deverá apresentar à Direção os atestados médicos que provem a impossibilidade de locomover-se ou comprovante de internação.

Há garantia de o Juiz aceitar o atestado de doença para justificar o atraso do preso, sem regredi-lo ao regime fechado?

Não. Se a doença não impedir a locomoção, não poderá o preso chegar atrasado com a desculpa de que estava se tratando. Se pode locomover-se, deverá apresentar-se no Presídio no dia e horário determinados e solicitar atendimento médico, que deverá ser providenciado pela Direção do estabelecimento penal.

E se o preso estiver em outro município, longe do presídio, e não encontrar passagem para retornar? O que fazer?

A melhor providência, nesses casos, é entrar em contato, quando possível, com o diretor do Presídio, esclarecendo as dificuldades. Mas só isso não basta. Para que não haja dúvidas quanto às suas intenções, é melhor o preso apresentar-se ao delegado de Polícia ou ao Juiz da cidade, pois estas autoridades poderão recolhê-lo no presídio local e providenciar a remoção, ou então colher as declarações do preso com a finalidade de preservar seu direito, como, por exemplo, em um Boletim de Ocorrência.

Na saída temporária, o preso pode frequentar bares, boates, embriagar-se, ou seja, agir como se estivesse em liberdade?

Não, o preso que está em saída temporária deverá manter o mesmo comportamento que tem dentro do Presídio ou no trabalho externo. Não se pode esquecer que o preso é beneficiado com a saída temporária para estudar ou visitar a família sob certas condições.
Assim, o preso em saída temporária não pode frequentar bares, boates, embriagar-se, envolver-se em brigas, andar armado, ou praticar qualquer outro ato que seja falta grave, como, por exemplo, a prática de delitos.
O preso que tem saída temporária para estudar deverá sair para a aula e ao seu término retornar, e não fazer nada além disso.
Do mesmo modo, o preso que tem saída para visitar a família deve limitar-se a sair do Presídio e recolher-se no domicílio de sua família, e dele sair somente para atividades indispensáveis, como para trabalhar, procurar atendimento médico etc.

Fonte: Assessoria Jurídica do Sudoeste Digital

CONQUISTA – Polícia Civil “estoura” fábrica de “Bad Boy” e prende principal fornecedor da droga; José William Moraes vendia a substância em festas e porta de escolas

Uma operação da Polícia Civil de Conquista, através da equipe da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE),  resultou na apreensão de grande quantidade da substância entorpecente conhecida como “Loló” ou “Bad Boy”,  pronta para comercialização,  além de insumos para fabricação da droga.
O “estouro” da fábrica aconteceu na manhã desta quinta-feira, 10,  no Bairro Patagônia, zona oeste da cidade e resultou, ainda, na prisão em flagrante de José William Sousa Moraes, de 32 anos (foto), apontado pela polícia como um dos maiores fornecedores da droga para  adolescentes que estudam em diversos colégios de Vitória da Conquista.

Ele também abastecia festas de jovens. “Em razão de ser uma droga barata, se tornou popular, porém mortal e extremamente nociva à saúde, pois pode inclusive causar  parada cardíaca no usuário”, destacou o delegado Neuberto Costa. 
O acusado foi conduzido e interrogado na DTE,  onde confessou o crime. Ele disse que fabricava a droga no local há mais de seis meses, utilizando como principal substância o antirrespingo de solda, solvente em spray, vendido em casas comerciais. Essa  substância também é conhecida como “respingo mortal “, em razão do risco de  morte em caso de inalação.

Os investigadores da DTE encontraram e apreenderam dezenas de vasilhames grandes contendo a droga, pronta para venda, muitas  embalagens e insumos para fabricação em grande escala no local.
Segundo as investigações da DTE. Na operação policial ainda foi apreendido um veículo Ford / Fiesta usado pelo autor e dinheiro oriundo do comércio ilícito da droga.

Jussara Novaes (Sudoeste Digital), com informações e fotos da DTE/DRACO – Vitória da Conquista

Reportagem do Sudoeste Digital sobre jogos ilegais é pauta do Fantástico; saiba antes aqui

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Uma
equipe da Rede Globo, liderada pelo jornalista baiano José Raimundo (Rede
Bahia) vai mostrar no Fantástico desse domingo, 13, como uma
Zebra no
Brasileirão causou prejuízos milionários a casas de apostas ilegais. A
investigação, inicialmente feita pela jornalista
Jussara Novaes, do Sudoeste
Digital
, será o ponto de partida para a reportagem da Rede Globo.

Para entender o caso, conforme apurado pela
jornalista, com informações do também jornalista Mateus Simoni, a
quarta-feira, 12 de julho, primeiro
dia de jogos da 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, terminou com o Whatsapp
inundado de áudios da mais pura alegria.

Afinidades
futebolísticas nada tiveram a ver com isso. As vozes não comemoravam
especificamente a vitória do Corinthians sobre o Palmeiras, no Allianz Parque,
ou o 1 a 0 do Botafogo para cima do Fluminense. Comemoravam a mais mundana das
conquistas: dinheiro. “Prepara o churrasco aí, o biscoito na sexta-feira.
Ganhamos R$ 32 mil!”, dizia um deles.

Aquela
quarta-feira foi um dia excepcional no mundo das probabilidades. Houve seis
jogos, com seis vitórias dos visitantes: Santos, Bahia, Botafogo, Corinthians,
Cruzeiro e Vasco da Gama ficaram com os três pontos.

Azar
dos mandantes, e azar maior ainda das casas de apostas informais – e ilegais –
do Nordeste, onde esta prática é mais difundida do que em outros centros do
país. O incrível sexteto de vitórias na estrada garantiu prêmios que pagavam de
1.000 a 2.200 vezes o valor investido para quem se arriscou na aposta casada,
quando você combina dois ou mais resultados em busca de uma cotação maior. Isso
significa o seguinte: apostou R$ 10? Levou até R$ 22 mil.

Pirâmide

INVESTIGAÇÃO NA BAHIA
Os
apostadores mais prejudicados na Bahia estão espalhados pelas regiões de
Itapetinga, Itororó, Potiraguá e Itabuna – neste último onde funcionava a D9, que
teve bens apreendidos após investigação da Polícia Civil, no último dia 4. A operação
visava prender envolvidos no esquema criminoso, que também utilizava apostas
ilegais para obtenção de lucro indevido.
Eles usavam o
futebol como chamariz para o velho esquema de pirâmide. Diferente do que ocorre
nas bancas de apostas em outras regiões do Nordeste, o grupo agia na cidade de
Itabuna e vendia pela internet uma cota para atrair novas vítimas, com a
promessa de dinheiro rápido assistindo a jogos de futebol e apostando ao vivo
em partidas em um ambiente virtual — no que se convencionou chamar de trading
esportivo.
Segundo a
polícia baiana, o esquema criminoso movimentou cerca de R$ 200 milhões. Os
envolvidos, que ainda não foram presos, vão responder pelos crimes de
estelionato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e pichardismo (crime contra a economia popular, cometido por empresas
que, falsamente, prometem devolver, após certo tempo, o dinheiro de mercadorias
que o cliente comprou)
. Ninguém foi preso até o momento.
Funcionava assim: o grupo, batizado de D9 clube, informava em
vídeos virais em seu site e nas redes sociais que o percentual de lucro obtido
com as realizações das apostas de seus clientes poderia render 33% sobre o
valor investido, caso fosse efetuado um pagamento semanal durante um ano.
Ao final do
ciclo, o valor principal investido poderia ser sacado pelo usuário. Acontece
que, como é matematicamente impossível manter 100% de acertos por tanto tempo,
boa parte dos lucros eram obtidos pelas cotas pagas por novas vítimas do
esquema.
A divulgação
dos resultados da 13ª rodada deixou milhares de apostadores empolgados com a
possibilidade de faturar uma renda extra, muitas vezes bem maior do que seus
salários. A sensação era de ter ganhado na loteria, com prêmios citados na casa
dos cinco dígitos.

Mas esse
sentimento durou pouco tempo. Os proprietários de sites e bancas ilegais de
apostas esportivas logo admitiram que não havia outra solução senão fechar as
portas, diante da impossibilidade de pagar tantos prêmios milionários. No
entanto, como a atividade é ilegal, e os administradores das bancas não
aparecem, por razões óbvias. Sobrou para os cambistas a missão de tentar, em
vão, aplacar a irritação dos vencedores.



Em vídeo gravado, supostamente fora do Brasil, dono da D9 diz que foi vítima de “extorsão”

“A verdade virá à tona. Tentaram me extorquir, mas não deu certo. Foram tentar pelas vias legais”. Este é o desabafo de Danilo Santana, dono da D9, empresa investigada há seis meses, pela Polícia Civil de Itabuna. Tida como pirâmide financeira, a D9 foi, inclusive, alvo de uma operação batizada de Gizé. A ação, realizada semana passada, culminou com o cumprimento de mandados de busca e apreensão.
Danilo publicou um vídeo, no qual afirma ter sido “vítima” de extorsão. Entretanto, ele não revela quem teria tentado “prejudicá-lo”. O homem também negou ter recebido ordem de prisão.
Segundo a investigação, a empresa causou prejuízos calculados em, aproximadamente, R$ 200 milhões. Muitos investidores chegaram a procurar a delegacia para prestar queixa contra a D9, alegando que não conseguiram sacar o valor prometido nos investimentos.
Sempre usado o termo “algumas pessoas”, Danilo fala que “usaram” a operação de forma tendenciosa. O fato de não apontar ninguém em suas declarações pode ser um indicativo de que o empresário esteja tentando colocar “panos quentes”, para aliviar o escândalo e não perder mais investidores.
Danilo garante que não está no Brasil, “por questão de proteção”. Segundo ele, estão acontecendo “algumas coisas” arbitrárias, porém não disse quais coisas seriam essas, deixando, mais uma vez, um rastro de dúvidas, quanto à sua credibilidade. “Eu acredito no Brasil e em minha cidade, Itabuna”.
Confira a íntegra do vídeo a seguir.

Colaborou: Verdinho Itabuna

Apostas no esporte (foto: Getty)
PREJUÍZO MILIONÁRIO
“Pessoal, não adianta me ligar, me pressionar, mandar mensagem. Já
entrei em contato com o dono da banca e ele falou que é impossível pagar. O
prejuízo é milionário. Não vai ter condição de pagar. E vocês sabem que é jogo
ilegal. Não adianta ir à Justiça, não adianta fazer nada. Fechou a tampa do
caixão, não vai ter condição de pagar”, diz um cambista em uma mensagem de voz.
Em outro áudio, um cambista estima um prejuízo de no mínimo R$ 2
milhões.
E não adianta
reclamar: de acordo com o advogado especialista em direito do consumidor e
professor da Faculdade Baiana de Direito, Aurisvaldo Melo, os apostadores que
não receberam o dinheiro não têm a quem recorrer. Com isso, o apostador amarga
também o prejuízo de não poder ir à Justiça com ações que pleiteiam o pagamento
dos prêmios ilegais.
“Quem atua assim está no âmbito da ilicitude e, portanto, não
possui nenhuma proteção jurídica. Nessa medida, o eventual ganhador de um jogo
dessa natureza não pode se valer do Judiciário para exigir o pagamento de
quantia que tenha conquistado numa atividade dessa natureza. Não há
jurisprudência favorecendo esse eventual ganhador, até porque, se assim fosse,
aplicaríamos o mesmo para o jogo do bicho. Quem atua assim sabe que está
atuando por sua própria conta e risco”, alerta Melo.

Legislação arcaica e necessidade de atualização

Este
mercado informal estabelece-se em bancas físicas nas ruas do Nordeste e por
meio de vendedores ambulantes, que promovem páginas hospedadas no Brasil. Após
acessar o site ou consultar a banca, o apostador escolhe em quais jogos quer
investir, tendo ao seu dispor um cardápio variado de opções: do simples
resultado ao número de gols ou até escanteios.

Com
um bilhete gerado, o “cliente” dirige-se até um cambista, que fica responsável
por validar a aposta e receber o dinheiro. Boa parte dessas bancas também atua
no jogo do bicho – outra prática proibida pela legislação brasileira. A
modalidade é mais facilmente encontrada em cidades do interior ou em bairros
periféricos das capitais.

As
bancas ficam à frente de pequenas lojas ou dentro de mercadinhos, onde é
possível comprar leite, salgadinho, refrigerantes ou apostar no milhar do jogo
do bicho. “A gente começou tem pouco tempo”, afirma à reportagem o dono de um
estabelecimento, que pediu anonimato.

“Já
teve gente que ganhou R$ 2 mil aqui nesta banca, mas a gente sabe que não pode
aparecer muito. É arriscado. Posso perder toda a loja. Eu só vendo porque não
tem jeito. Só vendo porque tem quem compre”.

Há, porém, um
problema muito maior por trás destas apostas. Por serem ilegais, as bancas por
si só já se enquadram em uma contravenção penal. A legislação do Brasil proíbe
o funcionamento de cassinos, considerados como “jogos de azar”, sejam eles
físicos ou virtuais.

Também é
vedado o exercício de apostas em eventos esportivos como jogos de futebol, com
a exceção de jogos patrocinados pelo próprio governo brasileiro, como a Loteca
ou a Timemania.
Segundo o mestre em Direito Penal e professor universitário,
Cristiano Lázaro, a legislação brasileira não acompanhou a modernização da
sociedade. “As leis penais surgem na ideia de coibir condutas que podem lesar a
sociedade em determinado tempo e momento histórico”.
Contudo, em
relação a essas leis, elas não estão de acordo com a sociedade atual. Para ele,
a prática chega a ser “tolerada” em algumas cidades baianas. “Na Bahia, não há
muitos casos desses”, afirma Lázaro, que ressalta que as práticas não possuem o
mesmo rigor para se punir em comparação com outros crimes de patrimônio, como
roubo e furto.
Colaborou:
Matheus
Simoni

“Oh, papa-capim”: Dinho Kapp se filia a partido politico e ‘sonha’ com cargo de deputado


Conhecido por dar vida ao bordão “oh papa-capim dos meus sonhos”, o auxiliar de pedreiro Cláudio dos Santos Nogueira filiou-se ao
Partido Social Democrático (PSD) de Alagoas, nessa terça-feira (8). Popularmente chamado de Dinho Kapp, ele pretende disputar uma
vaga na Assembleia Legislativa daquele estado.
A filiação do sucesso da internet foi divulgada pelo presidente estadual da legenda, Maykon Beltrão, nas redes sociais.

“Hoje recebi a visita
de Cláudio dos Santos Nogueira, o fenômeno @dinhokapp_oficial, mais conhecido como o famoso ‘Papa-Capim’ das Alagoas. Na sede do
PSD, em Maceió, Dinho abonou sua ficha de filiação ao partido visando o pleito eleitoral de 2018”, diz o dirigente em uma publicação.

Morador do bairro de Benedito Bentes, em Maceió, Dinho ganhou fama há cerca de quatro meses. Em entrevista recente, ele relatou que
tudo começou de maneira espontânea, sem a pretensão de fazer sucesso na internet. Hoje ele tem o bordão viralizado e grava comerciais
para diversas empresas de Alagoas. A renda, segundo Cláudio, tem servido para pagar o tratamento da sua esposa diagnosticada com
câncer.

PARAMIRIM – Filho de ferreiro fabrica “Ferrari” no quintal de casa

Um ditado popular, muito antigo, diz que filho de peixe peixinho é. Está carimbado. Paramirim agora tem mais uma atração automobilística a curtir. Não se trata de uma Hilux nem tão pouco de um Maybach Landaulet, últimos modelos, mas de uma Ferrari de verdade, ou melhor quase de verdade.

No final da década de 80, o ferreiro José Félix dos Santos, mais conhecido por Zé de Chico, criou um produto híbrido que ficou conhecido na cidade como o avião de Zé de Chico Ferreiro. Isto mesmo, um teco-teco, com motor de Volkswagen para dois ocupantes. Um fuscão alado, que após algum tempo foi vendido para um certo cidadão de Bom Jesus da Lapa, que ainda o tem no rol de seus pertences, com muita exclusividade, certamente.

Agora chegou a vez do filho fazer algo mais extraordinário ainda, uma Ferrari de fundo de quintal, daquelas de dar água na boca em qualquer colecionador, não só pela aparência, mas sobretudo pelos meios percorridos para construí-la.

Nesse último domingo (O6), ainda em fase de teste, chegou o dia da vermelhinha desfilar por alguns instantes pelas ruas de Paramirim, atraindo a atenção dos observadores que perplexos, de longe gritavam: ” olhe lá uma Ferrari, cara!” Nesse embalo, aos poucos a cidade vai tomando conhecimento da invenção e o seu Idealizador se tornando famoso no campo da criatividade, para orgulho nosso, é claro.

Geovane Félix Ramos Santos, mais conhecido por Geo é o nome do Enzo Anselmo Paramirinhense. Trabalha de auxiliar de cabeleireiro no Salão Moda Jovem, tem 23 anos, casado, Virginiano, profissão serralheiro como o pai, principal característica psicológica humildade acima de tudo.

É meu irmão! Não fique aí pensando que Geo é dono de uma só invenção. O cara é fera mesmo, como bem prova outras ” máquinas ” por ele criadas ou adaptadas. Mato gigante com motor de fusca e assim por diante. Tudo isso sem muita badalação, usando a chamada tecnologia da escassez e a força do seu gênio inventivo para ajustar e adaptar o que for preciso, inclusive peças e acessórios já transformados em sucata ou por ele próprio moldadas.

Para quem entende de veículos, sabe que a Ferrari é um dos carros mais caros do mundo, tem diversos modelos, conforto, segurança e estabilidade não lhe faltam. Sua fábrica localiza-se na cidade italiana de Maramello, província de Modena, fundada em 18 de fevereiro de 1898 pelo engenheiro Enzo Anselmo Ferrari. Cada veículo desta marca custa em média R$ 1,5 milhão.

Não pensem, entretanto, os senhores, que Geovane é um milionário nessa área. Sua invenção lhe custou, fora mão de obra, menos de dez mil reais. O revestimento interno e estofados ficaram por conta de uma capotaria também de fundo de quintal, sendo o jogo de rodas aros 17 construído na sua improvisada oficina. Tudo na Ferrari de Geo é um pouco de cada coisa. Lataria de ônibus, motor de moto, caixa de marcha de Gol e volante de Fusca. O resto, ora o resto, é só curtição, diz o jovem serralheiro, feliz da vida.


(Publicado originalmente e integralmente em Paramirim Eventos)

PRF apreende 475 mil carteiras de cigarros contrabandeados; motorista tentou fugir

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu, por volta das 10h50, um total de 950 caixas de cigarros contendo aproximadamente 475 mil carteiras da marca GIFT, de fabricação Paraguaia, durante abordagem a um motorista que tentou fugir da fiscalização, no Posto Benito Gama, em Vitória da Conquista, a 509 km de Salvador.

De acordo com a PRF, o veículo seguia em sentido BR-116 Norte e passou direto pelo posto da Secretaria de Fazenda (SEFAZ), situado no KM 836, sem a devida parada. O motorista foi seguido por uma equipe até o posto da PRF, quando foi parado e fiscalizado.

Imagens: PRF

No decorrer das atividades policiais, ainda foram apreendidos R$526, quatro aparelhos celulares, 7 lacres do Detran e 4 placas de identificação. Diante das informações obtidas, segundo a PRF, foram constatados, a princípio, os seguintes delitos: contrabando e adulteração de sinal identificador de veículo automotor. Uma pessoa, de identidade não informada, foi presa e conduzida à Polícia Federal.


Sudoeste Digital, com informações da PRF

Polícia prende três suspeitos de envolvimento em chacina na região de Lençóis


Três pessoas foram presas e outras duas são procuradas pela polícia por envolvimento na morte de seis moradores de uma área remanescente de quilombo na zona rural de Lençóis, na Chapada Diamantina. O crime ocorreu na noite do último domingo (6), no Território Quilombola de Iúna, cujo processo de regularização fundiária foi iniciado em 2010 pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A Polícia Civil informou nesta quarta-feira (9) que a chacina está relacionada com a disputa pelo controle da venda de drogas na região. As prisões foram efetuadas por policiais da 13ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), de Seabra.

Segundo as investigações, uma das vítimas, Gildásio Bispo das Neves, o Leixão, 51 anos, controlava o tráfico na localidade de Iúna, povoado quilombola, e era o principal alvo da ação criminosa. As investigações indicam que Leixão foi executado, com outros cinco comparsas, por ordem de Léo Careca, por estar comercializando drogas para um rival de Léo, conhecido pelo apelido de Naninho, oriundo da região de Irecê.

Léo Careca e Álef são procurados pela polícia (Fotos: Divulgação)

Além de Leixão, foram mortos, por cinco homens usando máscaras e roupas pretas, Adeilton Brito de Souza, o Boga, 22, Cosme do Rosário da Conceição, 49, Marcos Pereira da Silva, 31, Valdir Pereira Silva, 28, e um sexto homem ainda não identificado oficialmente pela Polícia Civil. Na operação, foram presos Indira Luanda Ferreira Barbosa, 44, conhecida como Indira Professora, Ana Paula Gomes Santos, a Ana Paula de Birau, 35, e Gilvan Santos de Jesus, 26. O trio, segundo a Polícia Civil, integra a quadrilha liderada pelo traficante Leonardo da Silva Moraes, o Leo Careca, 29, que está sendo procurado. Na casa de Indira, que é responsável pela contabilidade da quadrilha, a polícia apreendeu pés de maconha e porções da droga já embaladas para venda. Ana Paula e Gilvan, que atuam como olheiros e vendem drogas, também estavam no local, em Tanquinho de Lençóis. Todos foram conduzidos à delegacia e autuados em flagrante por tráfico. Um inquérito foi instaurado e está em andamento para prender o restante da quadrilha. (Correio)

SEQUESTRO DE CIGANOS – Modalidade criminosa aterroriza Sul e Sudoeste da Bahia

Imagem: Acervo/Redes sociais



Jussara Novaes (Sudoeste Digital) – pelo menos seis sequestros de ciganos foram registrados nos últimos dias entre o Sul e o Sudoeste da Bahia. Como as vítimas costumam ostentar joias, carros e muito dinheiro, tornaram-se alvos dos sequestradores.


Para evitar novos sequestros, os ciganos passaram a adotar hábitos pouco usuais entre eles, como se fechar em casas com familiares, instalar sistema de vigilância e excluir perfis em redes sociais com fotos de veículos e cordões de ouro. Também estão adquirindo mais armas para um eventual confronto.


A mais recente ocorrência foi contra o cigano Iranildo Queiroz (foto), conhecido também como Ira. Ele foi sequestrado quando estava em um ferro-velho, no bairro Iguape, zona norte de Ilhéus.

Segundo testemunhas, os criminosos, ao se aproximarem, mandou que todos se deitassem. Em seguida colocaram o cigano dentro do carro e fugiram. Segundo informações, Iranildo é morador de Itabuna, mas possui propriedades em Ilhéus.

Até o momento os criminosos não mantiveram contato com a família e não há informações sobre o paradeiro da vítima. O carro usado no sequestro – um Fiat Toro, de cor branca, foi abandonado na BA-030 Morro do Celular, próximo à praia do Cassange, na península de Maraú.  Lá, os bandidos trocaram o veículo por outro – um Palio – e seguiram viagem. 

A polícia está no encalço dos sequestradores. Nas imediações do Povoado de Saquaíra, em Barra Grande, houve uma intensa perseguição, seguida de troca de tiros entre bandidos e polícia.  A operação envolve homens da Polícia Militar de Maraú, Itacaré e Ilhéus. 

A Polícia continua no encalço dos sequestradores e da vítima. Nesta manhã de quarta-feira (9) um veículo pálio prata, de placa NZF-1958, licenciado de Salvador, utilizado pelos criminosos foi encontrado atolado na praia dos Arandis, na Penísula de Maraú. 

A Polícia acredita que os criminosos abandonaram o veículo e seguiram a pé. Dentro do carro nada foi encontrado. Outros três sequestros de ciganos do Sul da Bahia também estariam em andamento, mas a polícia não informa sobre as investigações.

CIGANA LIBERTADA

Na última quarta-feira, 2, a cigana Suzana Rebouças, 35 anos, foi sequestrada por quatro homens armados na manhã desta quarta-feira, 2, no Residencial Vila Marina, fundos do Assaí, em Vitória da Conquista. 
Suzana foi sequestrada na manhã desta quarta-feira, em Conquista
Imagem: Acervo/ Redes sociais

Na manhã dessa terça-feira, 8, ela foi libertada do cativeiro em que estava, após o pagamento de um resgate, em Salvador. Um primo dela, de prenome Odair, também foi vítima desse mesmo tipo de crime há 5 meses. 


Ele foi deixado pelos sequestradores próximo ao município de Feira de Santana, após os bandidos exigirem R$80 mil em resgate. A exemplo do sequestro de Suzana, a família não informa se o valor exigido pela libertação de Aldair foi pago. Também pode ter sido a mesma quadrilha que há dois meses tentou sequestrar um primo dela, no Bairro Candeias, sem sucesso. (Colaborou: Verdinho Itabuna).