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SUDOESTE DA BAHIA – Quadrilha que explodiu Bradesco, liderada por advogado, é condenada pela Justiça

Maiquinique (Da Sucursal Sudoeste Digital) – Flávio Santos da Fonte, capturado pelo Draco na manhã de terça-feira (28/11) foi condenado a 15 anos de prisão juntamente com seus comparsas, incluindo o advogado Matheus Silveira Porto, este condenado a 17 anos de prisão. De acordo com a polícia, alguns dos condenados estão foragidos e outros respondem em liberdade, à exceção de Flávio que foi capturado e tinha contra si um mandado de prisão expedido pela justiça criminal de São Paulo e foi flagrado fazendo uso de documento falso.
Eles foram presos durante uma operação conjunta das Polícias Civil e Militar, numa quinta-feira, 2 de outubro de 2014, um dia após explodirem caixas eletrônicos de uma agência bancária na cidade de Maiquinique, distante 580 km de Salvador. 
Os paulistas Flávio Santos de Fonte, João Willian dos Santos e Diogo Anjos Santos, os irmãos Renato, Edson e Roberto Melo Santos, de Itapetinga, Fábio Martinho de Jesus, de Iguaí, Mariclécio Marques da Silva, natural de Irecê, foram capturados numa fazenda pertencente ao advogado Matheus Silveira Porto, que também integra a quadrilha.
Um mandado de busca e apreensão foi cumprido pelo delegado Irineu Andrade, titular da DT/Maiquinique, na propriedade do advogado, onde foram apreendidos R$ 19 mil, em dinheiro, um veículo New Beatle, de placa JRM-9448, um Fiat Palio, de placa DRK-1881, uma carabina calibre 44, municiada, 100 munições para calibre 22, 50 munições para calibre 45,  sete munições para calibre 12 e dez celulares.
Quadrilha foi presa após explosão de caixa eletrônico na cidade de Maiquinique - Foto: Ascom | Polícia Civil
Em outro imóvel indicado pela quadrilha, na cidade vizinha de Iguaí, o delegado Roberto Leal, e equipes da Polícia Militar apreenderam mais R$ 13 mil em dinheiro, duas bananas de dinamite gelatinosas, oito espoletas para detonação, uma pistola ponto 40, duas pistolas calibre 380, uma espingarda calibre 12, um revólver calibre 38, quatro coletes antibalísticos, munições para diversos calibres e toucas “ninjas”.
Segundo informou a delegada do caso à época, Rosilene Correia, mais R$ 26 mil abandonados pelos ladrões no interior da agência, foram recuperados pela polícia e devolvidos à gerência do banco.
Todos foram autuados em flagrante por furto qualificado, formação de quadrilha e posse ilegal de arma de uso permitido e de uso restrito e por posse de explosivos. A maior parte da quadrilha tem antecedentes criminais por homicídio, roubo e formação de quadrilha.

A ação que resultou na prisão da quadrilha contou com investigadores da 21ª Coorpin/Itapetinga, DT/Maiquinique, DT/Iguaí, Garcif/Conquista e CIPE/Sudoeste e CAESG/PM. 

Fazenda flagrada com trabalho escravo na Bahia paga rescisão; valor total é de R$45 mil segundo o MPT


Os 19 trabalhadores resgatados em situação análoga à de escravos esta semana no sudoeste da Bahia vão dos dos donos da fazenda Vitória, no município de Ribeirão do Largo, entraram em contato com membros da força-tarefa da Comissão Estadual para a Erradicação do Trabalho Escravo da Bahia que fez o resgate, informando da intenção de quitar os cerca de R$45 mil devidos aos lavradores. Eles estão no Fórum Desembargador Mármore Neto, no município de Itambé, para fazer o pagamento e em seguida se reunir com o procurador do MPT e com a auditora da Secretaria de Inspeção do Trabalho que acompanham o caso. 

O atendimento social já está sendo prestado às vítimas, que foram cadastradas depois de serem retiradas no local em que estavam alojados em condições degradantes e trabalhando sem qualquer tipo de proteção contra defensivos agrícolas. O representante do Governo do Estado que integra a força-tarefa, Admar Júnior, conseguiu junto à Secretaria Municipal de Assistência Social, que fosse feito um atendimento direcionado ao grupo, além do fornecimento de cestas básicas. Cada um deles foi orientado e cadastrado para que sejam acompanhados daqui em diante.



O valor das rescisões foi calculado pelos auditores-fiscais do trabalho que integram a força-tarefa a partir de informações como data de início do trabalho e valor da diária pago. As rescisões contemplam o valor dos dias trabalhados e não pagos, as férias e o décimo terceiro proporcionais, além do aviso prévio. “É direito desses trabalhadores receber imediatamente as verbas rescisórias. Mas nós também vamos autuar os empregadores por uma série de irregularidades, com aplicação de multa administrativa”, informou a auditora Lidiane Barros. A fazenda está em nome de Rodrigo Filadelfo Lobo, mas é seu pai, Gilvandro Froes Marques Lobo, quem administra as atividades no local.



Além do valor das rescisões, o MPT quer que a fazenda arque com uma indenização por danos morais para cada uma das vítimas e uma indenização a ser paga à sociedade por danos morais coletivos. “Vamos buscar o entendimento com os proprietários da fazenda, mostrando todas as irregularidades encontradas e a gravidade dessas irregularidades. Dessa forma, acreditamos que o empregador se convença a honrar os compromissos financeiros, evitando que tenhamos que levar este caso para a Justiça do Trabalho”, afirmou o procurador Ilan Fonseca, que também integra a força-tarefa.



A força-tarefa é composta por representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho do Brasil (MTB) e da Secretaria da Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Estado (SJCDH), com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os agentes públicos chegaram à propriedade de difícil acesso no fim da manhã de segunda-feira para apurar denúncia de trabalho escravo e encontrou uma situação de degradância da condição humana de 19 homens, que trabalhavam na roçagem de terreno e no manejo de gado. Desses, só um tinha carteira de trabalho assinada.



Os trabalhadores dormiam em casas sem energia, água encanada, banheiros e sem acesso a água potável. Além disso, trabalhavam sem qualquer tipo de proteção como luvas, máscaras para aplicação de defensivos agrícolas, que eram armazenados o mesmo local em que dormiam. As camas também eram improvisadas, feitas pelos próprios trabalhadores, que levavam de casa colchões e roupas de cama. A alimentação e o local para as refeições também não eram garantidos.


STF proíbe em todo o país produção, venda e uso de materiais com amianto

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (29), por 7 votos a 2, proibir, em todo o país, a produção, a comercialização e o uso do amianto tipo crisotila, usado, principalmente, para fabricação de telhas e caixas d´água.

Vários estados já proíbem a comercialização deste produto – também conhecido como “asbesto branco” – apontando riscos à saúde de operários que trabalham na produção de materiais que contêm esse tipo de amianto.

Nesta quarta-feira, os ministros entenderam que o artigo da lei federal que permitia o uso da do amianto crisotila na construção civil é inconstitucional. Os magistrados concluíram ainda que essa decisão deve ser seguida por todas as instâncias do Judiciário.
Pelo entendimento do Supremo, o Congresso não poderá mais aprovar nenhuma lei para autorizar o uso deste material. Além disso, os estados também não poderão editar leis que permitam a utilização do amianto.

Nesta quarta-feira, o STF julgou duas ações de entidades ligadas à construção civil que questionavam uma lei do Rio de Janeiro que proíbe a produção de materiais com amianto no estado.
A relatora da ação, ministra Rosa Weber, recomendou a rejeição do pedido de inconstitucionalidade da legislação estadual fluminense apresentado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria (CNTI).

A magistrada argumentou, por outro lado, que “inconstitucional” é a legislação federal que regulamenta a extração, a comercialização e o uso da crisotila.

Como o Supremo já havia tomado essa mesma decisão em agosto, ao analisar uma ação contra uma lei do estado de São Paulo, os ministros entenderam que seria preciso discutir o alcance do entendimento da Corte.Na sessão desta tarde, os ministros decidiram declarar inconstitucional não apenas a lei, mas a matéria, ou seja, o Supremo entende que o amianto deve ser vedado porque fere o direito à saúde e ao meio ambiente. Segundo a maioria, sem essa declaração, recursos repetitivos poderiam chegar à Corte, demandando novas análises a cada ação.

“A cada vez mais o mundo pede mais eficiência, e aqui nós estamos caminhando para dar uma jurisdição constitucional de modo que promova, não a repetição de temas que já foram tratados, mas uma acolhida que me parece extremamente coerente com o que se propõe o controle de constitucionalidade”, afirmou a ministra Cármen Lúcia.

Em agosto, a Corte declarou pela primeira vez a inconstitucionalidade da lei federal, mas os ministros não souberam responder se a decisão proibia o amianto no país. Isso porque o STF tomou essa decisão de forma “incidental”, que ocorre quando esse não é o pedido principal da causa.

Já em um outro julgamento anterior, o Supremo não havia obtido o quórum necessário, de seis ministros, para derrubar a lei. Com isso, nos estados onde o amianto não estava proibido, restou um vácuo jurídico na falta da regulamentação nacional.

Na sessão desta tarde, a inconstitucionalidade também ocorreu de forma incidental, mas na proclamação do resultado, os ministros deixaram claro que se trata de entendimento aplicável a todos os demais casos.
Votaram para proibir o amianto crisotila os ministros Edson Fachin, Luiz Fux, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Celso de Mello e a presidente, Cármen Lúcia. Alexandre de Moraes e Marco Aurélio entenderam que a lei federal é constitucional. O ministro Luis Roberto Barroso não votou em nenhuma das ações porque estava impedido.

Em seu voto, o decano Celso de Mello reforçou que a decisão declara a “inconstitucionalidade da própria matéria, em ordem a, prevalecendo o entendimento de que a utilização do amianto tipo crisotila, de que essa utilização ofende postulados constitucionais, por isso não pode ser objeto de normas autorizativas”, concluiu.


Os males do amianto ao organismo

A exposição ao amianto causa principalmente asbestose, placas pleurais, câncer de pulmão e mesotelioma. Todas têm longo período de latência, ou seja, podem levar até 45 anos para se manifestarem.
As placas pleurais são formadas pelo espessamento de parte da pleura — membrana que reveste o pulmão — e podem evoluir para asbestose ou câncer de pulmão.
A asbestose também é conhecida como pulmão de pedra, aspecto resultante das tentativas de cicatrização do tecido pulmonar provocada pela inalação do pó de amianto. O paciente perde progressivamente a elasticidade dos pulmões e a capacidade respiratória, o que dificulta a realização de atividades físicas e até de tarefas simples, como andar, quando a doença está em fase avançada. Não há medicamentos específicos para o tratamento. Parte dos pacientes com asbestose desenvolve câncer de pulmão — o risco aumenta quando o exposto ao amianto também foi fumante. Há tratamento, dependendo da extensão do câncer.
O mesotelioma é um tipo raro de câncer de pulmão, maligno, que atinge a pleura. Pode aparecer até 40 anos depois da exposição ao amianto, mas, uma vez instalado, é muito agressivo. Cerca de 80% dos pacientes morrem até 12 meses depois do diagnóstico. 

Desativada há 50 anos, mina de amianto oferece riscos à população no sudoeste da Bahia


A Jazida de São Félix desativada há 50 anos na cidade Bom Jesus da Serra, no sudoeste da Bahia, ainda oferece riscos à população. O local foi explorado pela empresa Sama, do grupo Eternit, durante 30 anos, atraindo trabalhadores, que acabaram sofrendo com os efeitos do amianto à saúde.

Grande parte do terreno onde a mina era explorada, com 700 hectares de área, continua contaminada pelo minério. A escavação foi tão profunda no local que atingiu o lençol freático e formou um rio.

“Nós temos aqui milhões de toneladas de detritos de amianto. Você pode pegar qualquer resíduo de pedra e encontrar fibra. A fibra, por ser minúscula, transparente e oca, flutua com facilidade e prejudica toda a comunidade do entorno”, diz o sociólogo Jânio Oliveira.

O amianto é uma substância extraída de rochas compostas de silicatos hidratos de magnésio, altamente cancerígena. O minério é utilizado em produtos como caixas d’água, telhas onduladas, tubulações, discos de embreagens, mangueiras e papelões.

O grupo Eternit disse, em nota, que a atividade desenvolvida pela Sama era regulamentada e foi encerrada de acordo com a legislação vigente na época.
O ex-minerador Juvenal da Silva trabalhava martelando as pedras para colocar a dinamite. Naquela época, ele não sabia dos riscos do amianto para a saúde e diz que usava poucos equipamentos de segurança. 

“Muito fraquinho, só uma tampazinha, mas muito pouca. Quando a gente chegava em casa, de noite, ‘escarregava’ [sic] um bolo de barro, que saía do pulmão da gente”, conta.

O ex-minerador e agora agricultor José Teixeira perdeu o pai, que ficou doente depois de trabalhar na mina. “Ele não tinha respiração, não aguentava andar e foi secando”, lembra.

Com a instalação da jazida, a Sama ergueu uma vila onde morava metade dos 400 funcionários na cidade. O local abrigou uma escola, sala de cinema e até uma pista de pouso. Atualmente, a vila está abandonada. (Com informações do G1)

MISTÉRIO – Jogador contratado pelo Vitória da Conquista diz que foi vítima de sequestro, mas queixa não foi registrada

Romário defendeu o Londrina na temporada passada (Foto: Reprodução/RPC)
O lateral-direito Romário sofreu um sequestro relâmpago na Região Metropolitana de Salvador. Segundo informações do representante do atleta, Edmundo Alison, o episódio ocorreu na manhã da última terça-feira. O jogador estava na estrada CIA-Aeroporto, a caminho de Camaçari, quando foi abordado por três homens armados. O trio o obrigou a dirigir até o interior do estado. Romário foi encontrado na manhã desta quarta-feira, em uma região de Euclides da Cunha, município localizado a mais de 300 quilômetros da capital baiana.
– Graças a Deus, conseguimos localizar ele em Euclides da Cunha. Ontem pela manhã Romário estava passando pelo CIA, na região depois do pedágio, indo para Camaçari. Ele reduziu para passar por um quebra-molas e foi abordado por três elementos. Parece que só queriam fugir de uma área para outra. Não fizeram nada com ele. Ficou de posse com os caras até agora de manhã, quando o combustível do carro acabou. Ele está bem. Abandonaram ele em uma estrada, ele nem sabia onde estava. Foi caminhando até o centro da cidade e descobriu onde estava – contou Edmundo Alison ao GloboEsporte.com.
Revelado pelo Vitória, Romário defendeu o Londrina na temporada passada e tem um acordo para defender o Vitória da Conquista em 2018. O representante do lateral disse que conversou com o presidente do Bode, Ederlane Amorim, que não se opôs a um possível atraso na apresentação, que está marcada para quinta-feira.
– A mãe dele [Romário] está comigo. Tive uma conversa com Ederlane, que é um cara bem sensato. Ele não está preocupado com essa questão. Mas vou manter ele informado. Não sei sobre a apresentação. Depende do estado físico e psicológico dele. Estava motivado, alegre. Ontem tinha uma celebração para festejar o retorno. Ficamos sem querer alarmar sobre o desaparecimento. Mas as coisas foram se prolongando, desde ontem à noite quando não teve uma posição, a partir de 23h, meia-noite… Buscamos um levantamento para saber o que ocorreu. Hoje tivemos na delegacia em busca de apoio. Graças a Deus, terminou tudo bem – declarou.
O GloboEsporte.com entrou em contato com a delegacia territorial de Euclides da Cunha, mas o caso não havia sido registrado na unidade policial.

CONQUISTA – Estelionatário utilizou 20 cheques de Herzem Gusmão para aplicar golpes na praça

Resultado de imagem para herzem gusmaoCerca de 20 cheques de uma conta-corrente do prefeito de Vitória da Conquista, Herzem Gusmão (PMDB), foram retirados ilegalmente do Banco do Brasil. Pelo menos 20 folhas teriam sido emitidas a comerciantes pela cidade. O Banco do Brasil, instituição financeira responsável pela conta-corrente, detectou a fraude e sustou os cheques de numeração 850001 a 850020.
O prefeito disse que tentou fazer Boletim de Ocorrência na tarde desta quarta-feira (29), mas o sistema do Distrito Integrado de Segurança Pública (Disep) estava fora do ar. Assim que o sistema retornar, a queixa-crime será formalizada e Herzem destacou que adotará todas as medidas administrativas e judiciais possíveis. 
Fonte: Blog da Resenha Geral

Operação Gelo desarticula esquema de comércio irregular de cerveja na Bahia e Espírito Santo

Uma operação para desarticular um esquema de sonegação fiscal a partir do comércio irregular de cervejas foi deflagrada na manhã de hoje, dia 29, pelos Ministérios Públicos do Estado da Bahia e do Espírito Santo, por meio dos Grupos de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO/BA e GAECO Norte/ES), durante a Operação Gelo. Estão sendo cumpridos em cinco municípios dos dois estados 23 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão e 15 mandados de condução coercitiva expedidos pela 3ª Vara Criminal de Linhares a pedido do MPES. Na Bahia, a operação acontece em Itagimirim e Teixeira de Freitas, com a participação de cinco promotores de Justiça e 26 policiais do Estado. 

Participaram da operação a Secretaria de Estado da Fazenda do Espírito Santo (Sefaz-ES), o Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar ao MPES (NI-AMMP), o 12º Batalhão da Polícia Militar do Espírito Santo e a Polícia Militar do Estado da Bahia, por meio da Companhia de Ações Especiais da Mata Atlântica (Caema). 

Prefeito de Itapetinga é acusado de nepotismo por nomear parentes de secretários municipais

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Jussara Novaes (Com informações do Ministério Público) – O prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge Costa (PMDB) foi acusado em ação civil pública, ajuizada no último dia 24 pelo Ministério Público estadual, de cometer ato de improbidade administrativa ao manter nos quadros da Prefeitura parentes dos secretários municipais de Desenvolvimento Social, Eliene Portela Brito Paiva, e de Meio Ambiente, Rogério Neres Alves, e de outros servidores que são parentes entre si. Os acusados ainda não se pronunciaram.
Autor da ação por improbidade, o promotor Gean Carlos Leão também ajuizou, no dia 26 de outubro, ação civil pública que solicita determinação judicial para exoneração de todos servidores que se encontrem em situação de nepotismo e também a anulação da nomeação de Laécio Alves Sobrinho, filho de Rogério Alves, do cargo de Diretor da Ouvidoria Municipal, e de Lívia Pires Lima e Silva do cargo de Chefe de Divisão de Promoção Social. Ela é esposa do coordenador Municipal de Trânsito (Comutran), Cláudio Silva. Também conforme as ações, o filho da secretária de Desenvolvimento Social, Gabriel Portela de Brito da Silva, e os cunhados dela, Jilmar Almeida dos Santos e Juliana Alves da Silva, foram contratados por tempo determinado e tiveram os contratos rescindidos somente após esgotado o prazo de vigência contratual.
Segundo o promotor, o prefeito abriu “a porteira da Administração Pública para os seus protegidos ou cabos eleitorais, levando para o Executivo familiares dos seus secretários municipais ou de ocupantes de cargos de chefia, direção ou assessoramento, em escancarado aparelhamento da máquina estatal”. Ele destacou que as ações foram ajuizadas após o prefeito não atender a duas recomendações expedidas pelo MP contra práticas de nepotismo, orientando a exoneração de todos os ocupantes de cargos comissionados, função de confiança ou gratificada com parentesco até o terceiro grau com o prefeito, vice-prefeito, secretários municipais, titulares de cargos de direção, chefia ou assessoramento, além da rescisão de servidores contratados por tempo determinado nestas mesmas condições.
Redator: 
George Brito (DRT-BA 2927) Cecom/MP

Mãe de menino de 13 anos que beijou namorado em festa com tema ‘Pabllo Vittar’ rebate críticas

Mãe de menino de 13 anos que beijou namorado em festa com tema ‘Pabllo Vittar’ rebate críticas
Após a polêmica envolvendo uma festa de aniversário em que um menino de supostamente 12 anos beija seu namorado de 14, a mãe do garoto resolveu se pronunciar. Na última quarta-feira (22), em seu perfil do Facebook, a mulher agradeceu a todos que estavam apoiando seu filho, rebateu as críticas e esclareceu a história.


Em 1º lugar, meu filho tem 13 anos. Em 2º, se ele quer ser [homossexual] problema dele. Tem criança matando, roubando e ninguém faz nada. E em 3º lugar, comentários homofóbicos e preconceituosos vou fazer boletim de ocorrência”, escreveu.


A mulher ainda pediu que as pessoas parassem de compartilhar o vídeo para não prejudicar seu filho e ainda falou sobre a música de palavras de cunho sexual que foi cantada na festa.


Só mais uma coisa, na hora do parabéns todos aniversários do Brasil todo mundo fala esses palavrões, a diferença é que esse foi filmado e jogado na rede. Os outros do Brasil ficam escondidos”, disparou.

RIBEIRÃO DO LARGO – Operação resgata 19 pessoas mantidas como escravos em fazenda

Dezenove trabalhadores rurais que eram mantidos em condição semelhante à de escravos foram resgatados nessa segunda-feira (27) da Fazenda Vitória, no
município de Ribeirão do Largo, no sudoeste da Bahia. A força-tarefa responsável pela operação foi realizada pela Comissão Estadual para a Erradicação do
Trabalho Escravo da Bahia, com a participação de representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do
Trabalho do Brasil (MTB) e da Secretaria da Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Estado (SJCDH), com o apoio da Polícia Rodoviária Federal
(PRF). 
Com o resgate, as vítimas receberão seguro-desemprego e a rescisão do contrato de trabalho, além se suporte da rede de assistência social.
A equipe chegou à propriedade de difícil acesso no fim da manhã para apurar denúncia de trabalho escravo e encontrou uma situação de degradância da condição
humana de 19 homens, que trabalhavam na roçagem de terreno e no manejo de gado. 
Desses, só um tinha carteira de trabalho assinada, o vaqueiro da fazenda, e
todos dormiam em casas sem energia, água encanada, banheiros e sem acesso a água potável. Além disso, trabalhavam sem qualquer tipo de proteção como luvas,
máscaras para aplicação de defensivos agrícolas, que eram armazenados o mesmo local em que dormiam. As camas também eram improvisadas, feitas pelos
próprios trabalhadores, que levavam de casa colchões e roupas de cama. A alimentação e o local para as refeições também não eram garantidos. 
Um dos trabalhadores, responsável pelo recrutamento e pagamento dos empregados, mantinha uma pequena venda, fornecendo produtos alimentícios e de higiene,
além de medicamentos para dores musculares, muito consumidos pelos lavradores. Esses produtos eram adquiridos e descontados do pagamento. 
“O que vimos
nessa fazenda é um amplo conjunto de irregularidades que, somadas, configuram claramente a submissão desses trabalhadores à condição de escravos
contemporâneos. Por isso, retiramos eles da propriedade e iniciamos imediatamente os procedimentos para a garantia de apoio financeiro e social enquanto tentamos
junto ao proprietário obter o pagamento das rescisões de contrato de trabalho e a indenização tanto de cada trabalhador quanto da sociedade, por danos morais”,
explicou o procurador do MPT Ilan Fonseca, que integrou a operação. 
SEGURO-DESEMPREGO E RESCISÃO 
Os trabalhadores foram retirados imediatamente da propriedade e levados até a cidade de Itambé, onde foram entrevistados individualmente no prédio da prefeitura,
requisitado pelo MPT. Eles relataram as condições de alojamento, alimentação e remuneração a que eram submetidos e informaram datas de início de trabalho na
fazenda. Em seguida retornaram para suas casas, todas em Itambé. Na manhã seguinte, terça-feira (28/11), os resgatados foram atendidos na sede do Fórum de
Itambé para regularização de documentos e para receber as guias que darão direito a receber seguro-desemprego por três meses. Os dados colhidos durante as
entrevistas serviram também para que os integrantes da força-tarefa fizessem os cálculos trabalhistas e indicassem quanto cada um dos resgatados tem a receber. O
valor total das rescisões é superior a R$40 mil, mas o MPT ainda vai cobrar o pagamento de danos morais coletivos e cada trabalhador poderá lutar para receber
danos morais individuais.
Gilvandro Froes Marques Lobo e seu filho Rodrigo Filadelfo Lobo serão responsabilizados por todas as irregularidades encontradas. Apesar de a fazenda estar em
nome do filho, era o pai, Gilvandro, conhecido como Lobinho, quem contratava e fiscalizava o trabalho na fazenda. Ele chegou a telefonar para o responsável pelo
gerenciamento da frente de trabalho na segunda-feira à noite para se informar da operação, mas depois não atendeu mais as ligações dos membros da força-tarefa.
Os autos de infração por cada uma das irregularidades e as notificações para audiências em que será apresentada a possibilidade de solução administrativa, sem
necessidade de uma ação judicial, serão encaminhadas para os dois. “A minha carteira é assinada por rodrigo Lobo, mas quem comandava o trabalho na fazenda era
o senhor Lobinho (Gilvandro)”, afirmou em depoimento o vaqueiro Ademilton Dias, o único com carteira assinada entre todos. 
ESCORPIÕES E AGROTÓXICOS 
Ao chegar às duas casas que serviam de alojamento para os trabalhadores temporários responsáveis pela roçagem e para o vaqueiro da fazenda, a força-tarefa
identificou graves descumprimentos de normas básicas de higiene e saúde. Alguns estavam com marcas de picada de escorpião e de aranha. Outra grave situação
encontrada foi a aplicação de veneno ao mesmo tempo em que as áreas eram roçadas. Os dois responsáveis por borrifar o defensivo também não usavam máscaras,
luvas ou qualquer outra proteção. E como o líquido era borrifado próximo ao local onde os demais cortavam o mato, todos ficavam expostos aos produtos. Vários
deles se queixaram de dores de cabeça e respiratórias constantes.
“Estamos aqui para dar o suporte social necessário para esses trabalhadores, cadastrando cada um e estabelecendo contatos com o município para que dê todo o
suporte a eles”, informou Admar Fontes Júnior, assessor da Secretaria da Justiça do Estado. Ele também providenciou documentos que alguns dos resgatados não
tinham e que eram fundamentais para o recebimento dos benefícios, como identidade e CPF. A Secretaria Municipal de Assistência Social também foi acionada e
fará atendimento especial para os resgatados durante toda a quarta-feira (29/11). As carteiras de trabalho dos que não tinham foram emitidas pelos auditores-fiscais
do trabalho que acompanharam a operação. 
AUTOS DE INFRAÇÃO 
“Nossa maior preocupação neste momento é garantir o suporte aos trabalhadores resgatados, que estão tendo o seu contrato de trabalho rescindido apenas com a
garantia do recebimento do seguro-desemprego. Temos que reunir todos os elementos necessários para que eles recebam os valores devidos pelos donos da fazenda”,
afirmou a auditora do trabalho Lidiane Barros, que também integrou a operação. Ele ainda está finalizando o relatório da inspeção, mas informou que serão
expedidos mais de dez autos de infração para a fazenda. As 19 guias para seguro-desemprego também foram expedidas imediatamente.
A dificuldade de acesso à fazenda chamou a atenção dos integrantes da força-tarefa da Coetrae. O policial rodoviário federal Marcus França, que comandou a
unidade da PRF responsável pela segurança da equipe durante a operação, relatou que “foi necessário fazer um levantamento por GPS, com coordenadas, para
chegar ao local, a partir de uma estrada vicinal acessada através da BA-634. De lá, os veículos da força-tarefa passaram por sete cancelas e diversos mata-burros até
chegar à sede da Fazenda Vitória”. Da sede da fazenda à frente de trabalho, foram mais de três quilômetros percorridos a pé num terreno íngreme. Os trabalhadores
contaram, inclusive, que levavam cerca de uma hora entre o local onde dormiam e a frente de trabalho. No retorno, já transportando os resgatados em carrocerias de
picapes, já que nem ônibus nem vans acessam o local, o grupo chegou a utilizar uma balsa para cruzar o rio e chegar à BA-263, que dá acesso a Itambé. 

Carro não pode ser apreendido em blitz por causa de IPVA atrasado, dizem tributaristas

Resultado de imagem para blitz em salvadorÉ inconstitucional apreender carro em blitz porque o motorista está com o IPVA atrasado. Essa é a opinião de tributaristas consultados pela revista Consultor Jurídico, que ressaltam a arbitrariedade da prática adotada em muitos estados brasileiros.
O tema voltou à tona neste ano no Rio Grande do Sul, com operações do tipo sendo feitas pela Secretaria Estadual da Fazenda em Porto Alegre e na cidade de Gravataí. A entidade calcula em R$ 342 milhões a cifra resultante da inadimplência no pagamento do IPVA.
Segundo os especialistas, a inconstitucionalidade está no fato de que nenhum tributo poder ser cobrado de forma coercitiva. “O Estado tem outros meios de cobrança previstos em lei para exigir o imposto atrasado. Deve ser ofertado ao proprietário do veículo discutir a cobrança do imposto citado sem ser privado do seu direito de propriedade”, explica Rafael Korff Wagner, vice-presidente do Instituto de Estudos Tributários e sócio da Lippert Advogados.
O especialista em Direito Tributário Guilherme Thompson, do Nelson Wilians e Advogados Associados, também ressalta que multas e impostos em atraso devem ser cobrados por outros meios. “A utilização da apreensão do veículo como método de cobrança configura uso abusivo de poder de polícia, pelo ente público, com reflexos sobre a violação do devido processo legal, bem como violação ao princípio constitucional do não confisco.”  
Para o advogado Igor Mauler Santiago, do Sacha Calmon – Misabel Derzi, a melhor forma de cobrar esse tributo é a execução fiscal. “No máximo, o protesto da CDA — que considero descabido. Mas nunca a apreensão de bens regularmente detidos pelo contribuinte […] É o mesmo que expulsar de casa o cidadão em atraso com o IPTU.”
Ações na Justiça
O debate já chegou aos tribunais. Em 2014, a seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil propôs ação civil pública pedindo que fossem suspensas as operações intituladas Blitz do IPVA, organizadas pelo Fisco estadual.
A juíza de Direito Maria Verônica Moreira Ramiro, da 11ª Vara da Fazenda Pública, acolheu o pedido da OAB-BA. A partir dessa decisão, o governo do estado da Bahia teve que cobrar o imposto utilizando meios previstos na legislação, abstendo-se de apreender os automóveis dos contribuintes baianos em razão do não pagamento do IPVA, sob pena de multa de R$ 50 mil por operação de blitz.
Essa decisão, porém, não impede que o motorista pego em flagrante receba uma multa de R$ 191,53 e sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação, decorrente da falta do Certificado de Registro e de Licenciamento de Veículo (CRLV), documento gerado apenas para quem está com o imposto em dia.