Notícias Recentes

CASO “DR. ORCIONE” | Defesa aterroriza vítimas e expõe vida pessoal para intimidar denunciantes


A defesa do ginecologista Orcione Ferreira Guimarães Junior, acusado de assediar pelo menos 24 mulheres durante atendimento em seu consultório (entenda o caso AQUI AQUI), convocou coletiva de imprensa para que seu cliente apresentasse sua versão mas, em vez disso, leu apenas uma carta supostamente escrita por ele e, de quebra, usou os meios de comunicação para aterrorizar as denunciantes.

Diante disso, um grupo de pessoas, representando o Movimento Social de Mulheres, Coletivo de Mulheres do Campo, mandato da Vereadora Nildma Ribeiro e a professora Dra. Monalisa Nascimento dos Santos Barros, lançou um manifesto em repúdio aos ataques da defesa. O viés intimidatório também tenta cercear o acesso à informação e, de certa forma, ameça a liberdade de imprensa.

LEIA O MANIFESTO NA ÍNTEGRA LOGO APÓS O TEXTO

Na coletiva, a advogada do médico, Palova Amisses Parreiras (imagem acima), informou que uma liminar da 1ª Vara do Sistema dos Juizados da Comarca de Vitória da Conquista determinou a exclusão do perfil “@diganaovca”, que deu início à série de denúncias contra seu cliente. 

Ainda na coletiva, na manhã desta sexta-feira (17), a defensora sustentou que “uma das incentivadoras das denúncias é esposa de um médico que estaria sendo prejudicado com a perda de pacientes para o ginecologista Orcione Júnior.

Ela não informou o nome dos acusados, mas informou que já fez a interpelação judicial da suposta caluniadora. “Ontem eu notifiquei a esposa de um dono de uma clínica, de um médico dono de uma clínica. É o que posso falar por enquanto, porque ela não se manifestou ainda”, afirmou Palova Amisses.

Para justificar os motivos das denúncias, a advogada alegou que “os atendimentos da clínica do marido dela decaíram em número significativo depois que o Doutor Orcione foi credenciado pelo certo Plano de Saúde grande que existe aqui em Vitória da Conquista. E ela, essa pessoa, normalmente se vocês procurarem vocês vão achar, aparece no Instagram incentivando ‘denunciem mesmo, vocês têm que denunciar, se você não se lembrar de fato você pode criar um fato que depois ele se confirma’. É o que ela está dizendo”.

O ginecologista se manifestou por meio de uma carta, dizendo ser “inocente e que está sendo vítima de uma “covardia”. A carta foi lida pela advogada: “Eu sou ginecologista que trabalha colocando a mão na mulher. A gente faz os exames de útero, exame vaginal, exame de prevenção de câncer, tocando as áreas da mama e fazer isto [essas acusações] com profissional de ginecologia, é uma covardia”, relatou o médico. Palova Amisses Parreiras, que diz que as alegações das mulheres contra seu cliente são “indevidas, mentirosas e não comprovadas”.
As denúncias contra Orcione começaram a surgir na última sexta-feira (10), depois que um perfil foi criado no Instagram por uma pessoa, que não se identificou, e relatou um caso de abuso por parte do médico, que atende nas redes pública e privada da cidade.

Depois desse primeiro relato, várias outras vítimas denunciaram ter passado pela mesma situação. Mais de 20 mulheres relataram à OAB ter sido vítimas. Nove delas também já procuraram a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) para prestar depoimento sobre os casos. Os crimes teriam ocorrido entre 2018 e 2019.

Na carta, o médico afirma que tem 15 anos de profissão e que acredita que pode estar sendo vítima de armação.

“Quero dizer que nós vamos identificar a página criminosa e punir esses criminosos. Mas por que 24 pacientes denunciaram? A resposta é o seguinte: é porque existe algum outro profissional que provavelmente não quer aparecer na denúncia e que tenta me prejudicar. Eu tenho 15 anos de formado, já atendi mais de 15 mil mulheres. Dentro da página criminosa, tem mais de sete mil mulheres, mas elas foram instigadas. Esses relatos são relatos falsos”, afirmou.

Defesa


A advogada Palova Amisses apontou durante a entrevista coletiva nesta sexta que não há provas sobre as denúncias contra o cliente. Ela ainda apresentou uma liminar expedida pela 1ª Vaga do Sistema de Juizados da Comarca de Vitória da Conquista, após ação movida pela defesa, que determina a remoção do perfil no Instagram usado para denunciar o médico e o fornecimento de informações acerca da identidade do criador.

“A acusações são indevidas, mentirosas e não comprovadas com relação a atuação do médico Orcione Ferreira Júnior. Desde o início, não estamos conseguindo detectar verossimilhança entre o que as senhoras estão dizendo e aquilo que está sendo comprovado. Inicialmente, se diz que o blog foi criado depois de muito meditar, de muito pensar, semanas e semanas. Quando a gente pega a data da criação do blog e a data da consulta na qual teria havido o abuso, não tem 24 horas entre um e outra. Então, a falha começa aí”, afirmou a advogada aos jornalistas.

Palova disse que detectou “contradições” nos relatos e que uma das mulheres que se disseram vítimas teria se apresentado à OAB dizendo ser advogada, mas sem ter registro na Ordem.

“Eu estive ontem [quinta-feira, dia 16] com o nosso presidente da subseção da OAB de Vitória da Conquista, e ele nos disse que as pacientes procuraram por ele usando, inicialmente, uma falsidade ideológica, porque dentro da OAB existem inserções, uma delas é a OAB Mulher, criada especialmente para proteger as mulheres advogadas que tivessem sofrido algum agavo. E a pessoa que se intitula vítima e advogada não é advogada. Ela fez o curso de direito, é bacharel, mas não conseguiu passar na prova da OAB. Então, ela iniciou com um blog, um Instagram, com informações falsas e perante a autoridade da OAB também com uma informação falsa”, destacou.

A advogada disse que a defesa conhece a identidade de duas das pessoas que fizeram denúncias e confirmou que o médico prestou atendimento a essas pessoas, mas que, até o momento, não teve acesso aos inquéritos policiais abertos.

“Localizamos apenas dois atendimentos que se confirmam, realmente que houve atendimento. Uma por reiterada infecções ligadas a doenças sexualmente transmissíveis e outra por aborto provocado. Eu não tenho cópia dos inquéritos ainda. Aquelas falas na OAB são informais. O que vale são os depoimentos nas delegacias. Tanto assim que você tem 26 na sala da OAB e nove na delegacia”, disse.

Palova disse que a defesa foi até a polícia e que se dispôs a entregar todas as informações que forem necessárias. Na coletiva, apresentou documentos do Conselho Regional de Medicina da Bahia e de uma clínica de Vitória da Conquista informando que nunca receberam denúncia relacionadas ao médico.

A advogada também disse que tem o registro de conversas entre o médico e as pacientes. Afirmou que o cliente vai conseguir provar que é inocente e que, ao contrário de boatos que circulam na cidade, ele não planeja fugir. “Não temos razão para fugir e não há expedição de mandado de prisão e nem previsão de que isso aconteça”, destacou.

A defesa informou disse que, se as acusações não forem confirmadas, todas as pessoas que fizeram denúncias serão processadas e poderão responder por calúnia, injúria, difamação e poderão pagar indenização.

MANIFESTO

PELO DIREITO DAS VÍTIMAS 
“E se fosse sua mãe, filha ou mulher? O que vc faria”
Repercute em Vitória da Conquista a denúncia de 24 mulheres contra um médico ginecologista que teria molestado as pacientes com estímulos sexuais durante as consultas médicas.

Tudo começou numa página no Instagram onde uma das vítimas denunciou o médico e logo duas dezenas de outras mulheres de diferentes origens e profissões que não se conheciam passaram a subscrever a denúncia contra o médico.

O curioso desse fato é  que as vítimas estão  tratadas como criminosas e o médico como vítima, e agora a defesa do médico tenta desqualificar as mulheres chegando ao limite de expor suas vidas pessoais e questionar seus costumes e valores.  Claramente uma tática da defesa para  minimizar o possível crime cometido pelo profissional.

Este assunto ganha contornos muito graves e deve ser apurado com rigor. Até porque se em poucos dias, 24 vítimas se manifestaram, quantas dezenas ou até mesmo centenas estão escondidas e com medo da eventual represália que os advogados do médico vociferam na imprensa local buscando minimizar a gravidade dos fatos.

Os relatos de cada mulher é emocionante e causa indignação, um profissional usa de sua prerrogativa para apalpar, acariciar, insinuar e até mesmo molestar a genitália de mulheres que buscavam ali apenas um tratamento médico, ultrapassa todos os limites do bom senso.

Cabe ao poder público a preocupação com os pacientes e qual tipo de moléstia eles foram submetidos. 

O fato em questão Demonstra ainda a ausência de mecanismos de controle e a ouvidoria para pacientes. As clínicas o SUS e o próprio CRM precisam instituir canais  especializados para que o paciente possa se manifestar, pois fica claro, neste caso que havia uma demanda reprimida que não encontrou canais de expressão adequados.

Se estas mulheres foram realmente molestadas, e tudo indica que sim, o médico deve ser suspenso de suas atividades, sob pena de cometer o mesmo  crime com outras mulheres. No entanto existe uma tentativa clara de abafar os fatos e inverter a culpa.

Demonstra ainda o machismo enraizado, quando cidadãs que denunciam um crime tentam ser colocadas como culpadas e não tem sua denúncia devidamente apurada, sendo ameaçadas em público caso mantenham suas denúncias.

O assunto precisa ser apurado rapidamente e  com rigor pelos órgãos competentes sob pena que mulheres  vítimas de abusos, sejam consideradas culpadas pelo único crime de ser mulher.

Vitória da Conquista,  17/05/2019
Movimento Social de Mulheres 
Coletivo de Mulheres do Campo
Mandato da Vereadora Nildma Ribeiro
Profa. Dra. Monalisa Nascimento dos Santos Barros



Relatos das mulheres
“Quando eu deitei, ele me examinou, ele fez o toque, com os dedos. Foi quando ele disse que de fato tinha características de um aborto espontâneo. Nesse momento, ele tirou as luvas, jogou no lixo, e começou a massagear os meus seios”. O depoimento é de uma das mulheres que acusam um médico ginecologista de abusos na cidade de Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia, e relata ter sido vítima do médico ao procurar emergência após ter sofrido um aborto espontâneo.
Mais de 20 mulheres relataram à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ter sido vítimas do médico Orcione Júnior durante consultas. Nove delas, até esta quinta-feira (16), também já procuraram a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) para prestar depoimento sobre os casos.
A mulher que diz ter sido abusada após sofrer o aborto não quis se identificar. Ela foi uma das que levaram o caso ao conhecimento da Polícia Civil e afirma que ficou traumatizada após o ocorrido. “Naquele momento eu já sabia que aquilo não era procedimento de uma pessoa que tava ali por outros motivos, não tinha por que tocar nos seios. E aí ele, ele começou a acariciar meu corpo todo”, relatou, bastante emocionada.
Caso está sendo investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher de Vitória da Conquista — Foto: Reprodução/TV Sudoeste Caso está sendo investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher de Vitória da Conquista — Foto: Reprodução/TV Sudoeste
Caso está sendo investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher de Vitória da Conquista — Foto: Reprodução/TV Sudoeste
A mulher disse que já tinha ido uma vez no médico e que, na ocasião, foi assediada por ele. Afirma que ficou em choque e que só voltou uma segunda vez no mesmo profissional por conta da situação emergencial.
“Eu não conseguia raciocinar e entender que eu estava abortando de um filho que eu não tinha certeza que eu estava esperando, e que ao mesmo tempo eu estava sendo abusada. Eu estava em choque. Eu só queria sair dali”, completou a vítima.
Outra mulher que denunciou o médico à Polícia Civil informou, também sob anonimato, que era a primeira vez que tinha ido em um ginecologista e que ficou confusa inicialmente com as atitudes do médico.
“Ele fez exame nos meus seios e depois, ainda de pé, ele introduziu os dedos em mim e me olhava. A única reação que eu tive foi desviar o olhar e esperar que aquilo acabasse, mas sem entender se aquilo fazia parte ou não do procedimento. Porque na hora, você está ali, você está vulnerável, passa um milhão de coisas na sua cabeça, mas você não consegue discernir se aquilo é normal no procedimento ou não”.
As mulheres contam que não tiveram coragem de denunciar na época dos crimes por medo e vergonha. Mas, quando as denúncias surgiram na internet, elas afirmam que se sentiram encorajadas.
“O sentimento de revolta é muito grande, e eu acho que o que dói mais é a descrença de algumas pessoas por acreditarem que a gente está fazendo isso para querer aparecer, para querer ganhar mídia. Essa coisa da culpabilização da vítima é bastante complicado”, destacou.
Caso
As denúncias começaram a surgir na última sexta-feira (10), depois que um perfil foi criado no Instagram por uma pessoa, que não se identificou, que relatou um caso de abuso por parte do médico Orcione Júnior, que atende nas redes pública e privada da cidade.
Depois desse primeiro relato, várias outras vítimas denunciaram ter passado pela mesma situação. Os crimes teriam ocorrido no consultório do médico, entre 2018 e 2019.
Na última segunda-feira (13), as mulheres procuraram a OAB solicitando uma audiência com representantes do órgão.
“Vinte e quatro mulheres procuraram a OAB com a narrativa, repetindo o que estava nas redes sociais, e pedindo que a OAB tomasse providência. A OAB formalizou esse pedido, todas elas assinaram e, a partir desse momento, a OAB oficiou a autoridade policial, que foi a Delegacia da Mulher, através da doutora Decimária Gonçalves, pedindo providências”, disse a presidente da Comissão Mulher Advogada da OAB, Luciana Santos Silva.
“Temos notícia que o inquérito já foi instaurado. Então, já estão investigando e algumas mulheres, inclusive, já foram ouvidas. Pelo que a gente leu, sobretudo nas redes sociais e com as falas de algumas mulheres lá na OAB, a gente pode vislumbrar, sem dar tanta certeza, porque ainda tem uma investigação em curso, o crime de importunação sexual mediante fraude”, completou.
A delegada Decimária Gonçalves, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Vitória da Conquista, informou que, ainda na segunda-feira, foi aberta uma Investigação Pública Incondicionada, que não necessita de depoimento de vítima, porque na ocasião nenhuma mulher ainda tinha comparecido à unidade para relatar o caso.
Após a conclusão das investigações, a Polícia Civil informou que enviará o caso ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) para que as providências sejam tomadas.
O MP-BA informou, na quarta, que já está acompanhando o caso e aguarda a conclusão do inquérito por parte da Polícia Civil para decidir, com base nos autos, se vai ou não oferecer denúncia contra o suspeito. || Com informações do Blog do Anderson, Correio 24 Horas e G1.

AGENDE AÍ | Show Canto de Paz – É hoje, música de qualidade!



Show Canto de Paz – É hoje, música de qualidade!


Dia 17/05 – Sexta feira
Local: Centro de Cultura
Horário: 20h

Valor do ingresso: Inteira (60$) Meia (30$ para estudantes com a carteira da Une, funcionários públicos, professores, idosos e deficientes).

Artistas: Xangai, Café com Blues, Jackson Costa, Alisson Menezes, Banda pé de vento, Janio Arapiranga, Gutemberg Vieira, Ana Marques, Yuri e Sibelle, Tales e Jadia, Gelasney Brito e Rita Phiton.

DH EM AÇÃO | DELEGACIA DE HOMICÍDIOS ELUCIDA MAIS UM ASSASSINATO

No dia 08 de setembro de 2018, a cidade de Vitória da Conquista ficou estarrecida com o assassinato de JOÃO HENRIQUE SILVA LINS.
Restou apurado que a vítima foi traiçoeiramente assassinada pelo amigo de infância MARCUS VINÍCIUS DE JESUS SANTOS,  vulgarmente conhecido como “Pescoço”, indivíduo que se encontrava em gozo do benefício da saída temporária, pois cumpria pena no Presídio Nilton Gonçalves pelo crime de roubo. PESCOÇO utilizou-se do benefício, concedido durante o feriado da independência, para assassinar o jovem. A Delegacia de Homicídios de Vitória da Conquista representou pela Prisão Preventiva de Marcus Vinicius, vulgo Pescoço, e este será encaminhado ao Conjunto Penal de Vitória da Conquista, onde retornará a cumprir sua pena em regime fechado.

Fonte: DH/VCA

CONQUISTA | Distrito Industrial ganha mais atrativo

A ideia da “força tarefa” é deixar o distrito mais atrativo e rentável, bem como aumentar a oferta de emprego na região - Foto: Ascom/SDE
A parceria estabelecida entre a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) e a Associação das Indústrias de Vitória da Conquista (AINVIC), nessa quarta-feira (15), reforça a política de atração de investimentos para o interior da Bahia.

O secretário em exercício e chefe de Gabinete da SDE, Luiz Gugé, afirma que a ideia da “força tarefa” é deixar o distrito industrial de Vitória da Conquista mais atrativo e rentável, bem como aumentar a oferta de emprego na região. Participaram da reunião representantes da Coelba, da Viabahia e das secretarias estaduais da Segurança Pública, da Infraestrutura e da Fazenda.

A ideia da “força tarefa”, segundo o gestor da SDE é deixar o distrito mais atrativo e rentável, bem como aumentar a oferta de emprego na região. “Temos uma parceria muita boa com a Ainvic e a intenção do governo é dar celeridade à resolução das demandas das indústrias de Vitória da Conquista. Colocamos todos os órgãos à mesa e dialogamos para encontrar a melhor maneira de solucionar os problemas e alavancar o desenvolvimento do interior. Este é um modelo que deveremos adotar com os demais distritos industriais, em todo o Estado”, relatou.

A AINVIC assumiu a gestão do distrito industrial de Conquista em 2017, após assinatura de Acordo de Cooperação com a extinta Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (SUDIC). Desde então, conforme seus dirigentes, tem planejando um pacote de investimentos para alavancar a atividade industrial do local.

PRF EM AÇÃO | Policiais de Conquista interceptam carga com 540 kg de maconha

       
Sudoeste Digital (Conteúdo) – Uma abordagem de policiais rodoviários rodoviários a uma carreta, por volta das 15h40 no Km 798 da BR 116, proximidades do entrocamento de Jose Gonçalves, resultou em uma das maiores apreensões de droga nos últimos meses.

Em um intervalo de 6 dias a PRF na Bahia apreendeu aproximadamente 3 toneladas de maconha.

De acordo com a PRF, o veículo, conduzido por um homem d 31 anos, de identidade não revelada, transportava 540 Kg de maconha, distribuídos em 708 tabletes, em um fundo falso na carroceria.

O condutor apresentou Certificado de registro e licenciamento de veículo (CRLV) e Certificado de registro de veículo (CRV) falsos e o veículo está com sinais identificadores adulterados.

Ele contou que recebeu o veóculo em Minas Grais e que levaria a droga para a cidade de Serrinha,onde receberia R$3 mil pelo serviço.

TEXTO DO NUCOM/PRF

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu na tarde desta quinta-feira (16), aproximadamente uma tonelada de substância com características semelhantes à maconha, embaladas em 708 tabletes, que estavam escondidos em um compartimento da carroceria do caminhão VW/8.150 E, com placas do Espírito Santo.
O flagrante ocorreu durante uma fiscalização da PRF de combate a criminalidade no KM 798 da BR 116, em Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia.
Inicialmente foi dada ordem de parada ao veículo, sendo realizado pelos agentes os procedimentos de fiscalização. Durante a entrevista, percebeu-se certo nervosismo do motorista, um homem de 30 anos.
O Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) entregue pelo condutor apresentava sinais de falsificação, sendo verificado em um primeiro momento que o padrão dos caracteres impressos no documento, era diferente do utilizado pelo órgão de trânsito. Com técnicas de identificação veicular, foram encontradas também indícios de adulterações nos elementos identificadores.
Em seguida foi realizada vistoria minuciosa no caminhão, foi quando os agentes perceberam indícios de alteração na estrutura da carroceria do veículo. Os PRFs visualizaram um compartimento oculto no assoalho da carroceria, sendo encontrado 708 tabletes de substância com odor característico à maconha, pesando aproximadamente quinhentos e quarenta quilos.
Ao ser questionado, o homem informou desconhecer às irregularidades apresentadas no veículo, bem como disse não saber que o caminhão estava carregado com entorpecente. Falou ainda que foi contratado para levar o caminhão de Salinas (MG) até o entrocamento de Serrinha (BA).

Diante dos fatos, a ocorrência foi apresentada na Delegacia da Polícia Federal em Vitória da Conquista(BA), para adoção das providências cabíveis. Ele responderá pelos crimes de tráfico de drogas, uso de documento falso e adulteração de sinal identificador de veículo automotor.

ARTIGO | Nem tudo que é legal é moral (Padre Carlos)*

Sergio Moro
Por mais que se diga que a imparcialidade da Justiça esteja presente nos últimos acontecimentos no nosso país é difícil acreditar.
O que o Brasil na verdade esta vivendo é uma desonesta instrumentalização do seu sistema judicial e político ao serviço de um determinado e concreto interesse político, visando à implementação de um projeto neoliberal fruto do mito de um Estado Mínimo.

Estes acontecimentos passam a ser colocados em pratica, quando um ativista político começa a atua disfarçado de juiz. O que vem acontecendo no Brasil, não é apenas um problema institucional de forma pontual, o que quero chamar atenção dos nossos leitores é para a verdadeira tragédia institucional que esta se formando em nosso país.

Para lembramos e entendermos todo o enredo desta tragédia grega que se abate sobre a nossas vidas, gostaria de chamar atenção para os seguintes fatos: nosso atual ministro da justiça, quando era juiz, validou ilegalmente uma escuta telefônica entre a então presidente brasileira, Dilma Roussef, e o seu antecessor, Lula da Silva.

Este mesmo magistrado decide, ilegalmente, entregar a gravação à rede de televisão Globo, que a divulga nesse mesmo dia, o juiz condena o antigo Presidente [Lula da Silva] por corrupção em atos indeterminados, o juiz prende o ex- Presidente antes de a sentença transitar em julgado, violando frontalmente a constituição brasileira. O juiz, em gozo de férias e sem jurisdição no caso, age ilegalmente para impedir que a decisão de um desembargador que decidiu pela libertação de Lula seja cumprida.

Só podemos avaliar o atual ministro de Bolsonaro quando atuava na magistratura, como um juiz indigno, é um político medíocre e uma pessoa lamentável. Como podemos acreditar em um militante do direito, que apesar do conhecimento dos atos e dos discursos governamentais que celebram golpes militares, defendem a tortura e recomendam o banimento dos adversários políticos, se calando diante tantos atos autoritários quando não defende publicamente este mesmo governo.

Diante de tantas agressões ao Estado de Direito, não entendemos o significado do silêncio daqueles que assistem a tudo isto como se nada fosse com eles.

No mundo em que vivemos hoje, é cada vez mais difícil esconder alguma coisa do grande público. A vida privada se tornou bastante pública. O texto de Lucas me vem nestes momentos: “Porque não há nada oculto que não venha a ser revelado, e nada escondido que não venha a ser conhecido e trazido à luz”.

Assim, em entrevista a Milton Neves, na rádio Bandeirantes, Bolsonaro afirmou que indicará Sérgio Moro para a próxima vaga a ser aberta no Supremo, em novembro do ano que vem. “Eu fiz um compromisso com ele [Moro], porque ele abriu mão de 22 anos de magistratura…”.

Como no Brasil tudo é coincidência, podemos afirmar que à ascensão meteórica de juízes ligados à condenação e à prisão de Lula é fruto de um governo que tem como princípios a Meritocracia.


SOBRE O AUTOR E SEU CONTEÚDO

* (Padre Carlos Roberto Pereira, de Vitória da Conquista, Bahia, escreve semanalmente para esta coluna)

Sudoeste Digital reserva este espaço para seus leitores. 
Envie sua colaboração para o E-mail: [email protected], com nome e profissão.

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do site, sendo de inteira responsabilidade de seus autores.

TRUCULÊNCIA | Ação de fiscais da Prefeitura de Conquista contra ambulante causa revolta nas redes sociais

Um vídeo que circula nas redes sociais, alcançando milhares de compartilhamentos, provocou revolta em internautas pela forma truculenta com que fiscais do Setor de Posturas da Secretaria Municipal de Serviços Públicos da Prefeitura de Conquista atacam um vendedor ambulante de frutas no “Bigode de Pedral”, área central do município.
Apesar de populares saírem em defesa do ambulante, que estava com sua esposa e um filho recém-nascido, os fiscais se valeram da presença da PM para lançar fora os produtos. Revoltado, o ambulante ainda tenta defender o seu patrimônio, mas é contido por policiais. O fato ocorreu na manhã desta quinta-feira, 16. 
Os ânimos se exaltaram e sobrou até para o prefeito Herzem Gusmão (MDB), a quem os populares creditaram o comando da ação desastrada. Uma pessoa que registrava as cenas por meio de celular lamentava os desmandos da atual administração municipal. Em comentários, as críticas foram ainda mais ácidas. 
“Tem muito fiscal que recebe propina de alguns ambulantes para fazer vista grossa, deixam correr solto até nas alamedas e nada fazem, mas quem não aceita recebe isso aí”, disse um internauta. Outro chegou a comparar a ação ao caso dos clandestinos. “Queria ver fazer isso com os vanzeiros, que agem nas barbas do prefeito e ninguém toma providência”.

Nota ao Sudoeste Digital 

A Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista, por meio da Secretaria de Serviços Públicos (Sesep), informa que todas as ações de fiscalização, intervenção e apreensão da secretaria são baseadas na Lei 695/93, o Código Municipal de Posturas, cuja finalidade é a de estabelecer normas de Polícia Administrativa de competência do Município em matéria de saúde, ordem pública, proteção do meio ambiente, regular o funcionamento dos estabelecimentos comerciais, industriais e prestadores de serviços, bem como, as relações entre poder público local e seus munícipes.


Segundo o código, ao comerciante é permitida a circulação nos bairros, sendo proibido seu traslado em áreas de grande movimentação como o centro da cidade. 


Dessa forma é proibido estacionar em vias públicas ou em qualquer outro logradouro, dificultar ou impedir o trânsito de veículo nas vias, impedir a circulação de pedestres nos passeios, ou transitar pelos passeios conduzindo os volumes.


Ainda de acordo com a Sesep, a Prefeitura permite que pessoas comercializem frutas e verduras em carrinhos sem a exigência de licença específica para essa finalidade. Foi disponibilizado desde 2017 um local apropriado para estes comerciantes, situado em frente à própria Sesep, na Central De Abastecimento de Vitória Da Conquista (Ceasa). 


Mesmo assim,  a Sesep recebe muitas denuncias de pedestres que reclamam de alguns carrinhos que têm circulado no centro, dificultando a passagem, sobretudo de pessoas com deficiência.


As operações de apreensão de mercadoria são realizadas somente após as ocorrências serem notificadas, antes disso a Sesep executa todos os procedimentos de ajustamento e conciliação, além de ações educativas. Quando ocorre alguma apreensão os fiscais recolhem a mercadoria, uma vez que existe a previsão da devolução. Caso a Mercadoria não seja devolvida, ela é destinada a instituições de caridade cadastradas. Em tempo, cumpre informar que em nenhuma hipótese os fiscais realizam o descarte dos alimentos recolhidos.


Secom, 16 de maio de 2019.

VEJA O VÍDEO

CASO “DR. ORCIONE” | Vítima que denunciou ginecologista tinha acabado de sofrer aborto; ouça depoimentos

Clínica onde pacientes relatam ter sofrido assédio (Foto: Mário Bittencourt/CORREIO)

Já são nove as queixas de assédio sexual registradas por mulheres na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) em Vitória da Conquista, Sudoeste do estado, contra o médico ginecologista e obstetra Orcione Júnior, desde que os supostos crimes vieram à tona em um perfil nas redes sociais, na sexta-feira passada.
Elas fazem parte de um grupo de 24 mulheres que buscaram apoio jurídico na Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), na segunda-feira passada, e fizeram relatos emocionados diante da delegada titular da Deam, Dercimária Cardoso Gonçalves, que está agendando os depoimentos aos poucos.
O médico, por meio do advogado Paulo de Tarso, nega as acusações e diz estar sendo vítima de calúnia e difamação. Por conta da situação, ele deixou de fazer atendimentos em sua clínica particular, no bairro Brasil (zona oeste da cidade) e nos hospitais onde trabalha.
Nessa quarta-feira (15), o CORREIO conversou com três dessas mulheres que estiveram na delegacia. Duas delas possuem mais de 30 anos e foram atendidas por Orcione Júnior em 2015, e a outra tem 19 anos e diz ter sido atendida no início deste mês. Uma das mulheres de 30 anos diz que, além de assédio, sofreu também abuso sexual.
“Fui atendida duas vezes. Na primeira, eu queria orientações porque tive uma gestação muito difícil e estava tentando engravidar  uma segunda vez e queria orientações de medicamento para preparar meu corpo.”
Ela disse que, quando entrou na sala, foi recebida na porta: “Ele me abraçou e deu um beijo no rosto próximo da boca, tocou na mão, disse que eu era muito bonita, se tinha namorado, perguntou porque estava ali, e eu disse que queria preparar o meu corpo para uma segunda gestação, então ele ironizou e falou que ‘eu não precisava preparar meu corpo, porque meu corpo era lindo’.”
Ela disse que ficou em choque e só voltou uma segunda vez em uma situação emergencial. “Existia uma suspeita de gestação. Comecei a perder sangue no trabalho e me desloquei até uma emergência de um hospital, só que não tinha obstetra, fui para outro hospital, mas não tinha comprovação de gestação, então fui ao HCC [hospital local, onde o médico atende]”.
A vítima tinha sofrido um aborto espontâneo. Mesmo assim, “ele começou a massagear meus seios, o que não era mais natural numa situação de aborto, já não fazia mais parte do protocolo. Não era uma massagem de um médico, era um toque de homem. E aí desceu por minha barriga, enquanto ele alisava todo o meu corpo, inclusive minha vagina, sem luva”.
Ainda segundo ela, o médico pediu exames, mas, desesperada, ela não voltou mais (veja depoimento abaixo).
A outra mulher com mais de 30 anos diz que, em 2015, também no HCC, buscou o médico para fazer um exame ginecológico. “Quando entrei, estava tudo normal, me troquei e me deitei na maca. Mas, enquanto ele colhia o meu material, ele começou a estimular o meu clitóris com a mão esquerda e sem luva.”
Sem reação
“No momento, eu fiquei travada, não tive reação, imaginei que fosse coisa da minha cabeça, ele não falava nada e não perguntava nada também, minhas pernas tremiam, demorou uns 4 a 5 minutos, mas para mim foi uma eternidade”, disse.
O médico, segundo a mulher, falou para levar os resultados dos exames em 30 dias, mas ela não quis voltar. “Na época, não quis comentar com ninguém porque, como disse a colega, imaginei que era só comigo, então por ser algo constrangedor e vergonhoso não quis comentar.”
Ela contou que “achava que as pessoas fossem me julgar ou dizer que dei ousadia a ele, liberdade a ele, então não comentei”. Mas há pouco mais de um ano, ela disse que chegou a fazer um breve relato num grupo de WhatsApp composto por mulheres.
“Uma mulher pediu indicação de ginecologista e alguém colocou o nome dele [do médico Orcione Júnior] e eu dei um relato rápido de que não gostei da postura dele e depois umas três ou quatro mulheres também falaram. A gente pensa que acontece com um grupo restrito, imagina que seria minoria diante de um médico, a gente tem esse receio de denunciar.”
A moça de 19 anos disse ter sido atendida no consultório do profissional. “Ele tocava meu clitóris de forma sensual, massageando, como se estivesse me estimulando para o sexo”, afirmou.
“Na hora de tirar a pressão, eu ainda deitada na maca, ele encostou o pênis dele na minha mão, senti que estava ereto e tirei, fiquei assustada e não consegui falar mais nada”, disse a jovem.

Depoimentos foram colhidos na Deam de Conquista (Foto: Mário ittencourt/CORREIO)

Busca por apoio
Os depoimentos das mulheres estão recebendo o acompanhamento da advogada Andressa Gusmão, membro da Comissão da Mulher Advogada da Subseção da OAB local. Para ela, “as pessoas estão muito revoltadas por amor ao próximo”.
“Poderia ser algo com qualquer mulher, não é um caso isolado. É um tipo de crime que, em muitas vezes, a vítima é silenciada, se acha pequena diante de um profissional reconhecido, ou por não ter provas, acha que a palavra dela não vai ter validade na palavra do médico, mas está havendo uma adesão muito grande da população”.
A advogada contou que dos relatos que ouviu deu para perceber que “isso afetou a vida de muitas delas, não conseguiram se relacionar com seus parceiros, com seus maridos, e não conseguiram seguir o ritmo normal da vida”.
“A reunião da OAB foi comovente, e a gente percebe uma identidade nos depoimentos e que elas não têm dúvida do que ocorreu, que se sentiram violadas, constrangidas, todas têm muita certeza”, completou.
A delegada Dercimária Cardoso Gonçalves informou que está agendando os depoimentos das demais mulheres que foram à OAB. As mulheres que prestaram queixa na terça-feira, segundo a delegada, disseram que o médico acariciava o clitóris das pacientes, de forma a estimular o sexo, e fazia elogios às partes íntimas.
As mulheres contaram que se sentiram incomodadas com massagens nos seios por parte do médico, durante os exames. A forma como o médico as tocava, segundo disseram, tinha conotação sexual.
“O que elas relatam são casos de assédio sexual e pode ser enquadrado até como abuso sexual, mas vamos analisar os casos para ver em que tipo de crime podemos tipificar os relatos”, disse a delegada, que preferiu não dar outros detalhes sobre os depoimentos.
A OAB informou que, além de apoio jurídico, as mulheres vão receber assistência psicológica no Centro de Referência Albertina Vasconcelos, pertencente à rede pública de saúde municipal.
De acordo com a OAB, outras mulheres, além das 24 que estiveram na reunião na segunda, entraram em contato com a Ordem para relatar terem sido assediadas e manifestar interesse em prestar queixa contra o médico na delegacia, mas não soube precisar quantas mais. Elas são de outras cidades da Bahia, Salvador e de fora do Brasil.
 

Advogada Andressa Gusmão acompanha o caso (Foto: Mário Bittencourt/CORREIO)

 Outro lado
O advogado Paulo de Tarso, que defende o médico Orcione Júnior, disse que “o que está ocorrendo é um linchamento virtual contra o médico Orcione Júnior, vítima de calúnia e difamação”.
Paulo de Tarso disse que já havia identificado a autoria da mulher que criou o perfil “diganaovca” e fez o primeiro relato contra o médico, contudo a pessoa indicada afirmou que nunca foi atendida pelo médico e que apenas compartilhou a informação recebida sobre a denúncia: “Eu nem conheço a autora da denúncia, só achei o caso absurdo”, declarou a moça.
Segundo o advogado Paulo de Tarso, o médico Orcione Júnior prefere não dar entrevista sobre o caso por enquanto, pois “está com o psicológico muito abalado”. Contudo, afirmou que nesta sexta-feira (17) será data entrevista pelo médico, que, ainda conforme o advogado, planeja deixar a Bahia, devido a repercussão do caso.
Sobre as queixas na delegacia, ele disse: “Fazer o quê? Isso começou com uma notícia falsa, mas as pessoas foram lá. Vai ver se realmente fez, se não fez, o que estou combatendo e estou indignado é que independente do resultado de um processo desse, o fato é que ele já foi condenado, já estão chamando ele até de estuprador”.
“Se as pessoas tivessem ido à delegacia, houvesse um processo, depois da condenação fizessem a divulgação, aí poderia até ser. Mas não pode condenar um cara antes para depois apurar. A Justiça vai apurar, e o médico nega que tenha assediado as mulheres”, declarou o advogado.
A OAB informou que já oficiou o Ministério Público da Bahia sobre o caso, mas o órgão prefere não se pronunciar por enquanto. Questionado se há alguma investigação contra o médico Orciole Júnior, o Cremeb informou que “não pode compartilhar informações sobre denúncias e processos que tramitam no Tribunal de Ética Médica, pois estes conteúdos estão sob sigilo processual”.

***
 

Relato de uma das mulheres de 30 anos:

“Fui atendida duas vezes, na primeira eu queria orientações porque tive uma gestação muito difícil e estava tentando engravidar por uma segunda vez e queria orientações de medicamento para preparar meu corpo.
Quando entrei na sala dele, me recebeu na porta, ele me abraçou e deu um beijo no rosto próximo da boca, tocou na mão, disse que eu era muito bonita, se tinha namorado, perguntou porque estava ali, e eu disse que queria preparar o meu corpo para uma segunda gestação, então ele ironizou e falou que ‘eu não precisava preparar meu corpo, porque meu corpo era lindo’.
Nesse momento, eu fiquei em choque, não soube como reagir. Ele pediu uns exames e não voltei lá. Na segunda vez, foi uma situação emergencial, existia uma suspeita de gestação, só que não estava comprovado.”
A mulher disse que estava com algumas semanas de gravidez, mas que ainda só tinha suspeitas por conta do atraso no ciclo mestrual:
“Comecei a perder sangue no trabalho e me desloquei até uma emergência de um hospital, só que não tinha obstetra, fui para outro hospital, mas não tinha comprovação de gestação, então fui ao HCC [hospital local], as meninas conseguiram um encache, me passaram à frente de outras pacientes.
Ele me pediu pra ir ao banheiro trocar de roupa, e, quando voltei, ele já estava perto da maca; ele meio que me ajudou a subir na maca, segurando na minha cintura. Eu já achei aquilo muito estranho, estava muito abalada, sentindo dor. Eu pensei que era por conta da minha situação em si.
Relatei o sangramento e disse que poderia ser uma gestação. Ele me fez o toque intravaginal e constatou que o útero apresentava características de aborto espontâneo.”
Massagem sem luvas
“Quando terminou, ele tirou as luvas e começou a massagear meus seios, o que não era mais natural numa situação de aborto, já não fazia mais parte do protocolo, começou a massagear, não era uma massagem de um médico, era um toque de homem.
E aí desceu por minha barriga, enquanto ele alisava todo o meu corpo, inclusive minha vagina, sem luva. Ele me elogiava e dizia que eu não ficasse preocupada, que eu tinha condições de engravidar novamente, que aquilo era natural [a mulher chora e pausa a fala nesse momento], por ser nas primeiras semanas de gestações.
Ele acariciava todo o meu corpo, dizia que era uma criança em má formação, que eu poderia ter outras gestações, pediu exames e que eu retornasse, eu não voltei. Preferi arcar com as consequências físicas para mim.
Eu saí dali muito desesperada, meu noivo na época estava do lado de fora. Eu chorava muito, e ele entendia que era por conta do aborto, mas não era só por isso. Eu estava abortando um filho que eu não tinha nem certeza que estava esperando e ao mesmo tempo tinha acabado de sofrer um abuso.
Naquele momento não tive coragem de conversar com ninguém. Eu achava que só tinha acontecido comigo, eu achava que eu estava ficando louca, que estava fantasiando coisas.
E quando vi o relato no Instagram voltei a viver tudo que tinha vivido em 2015. Era como se estivesse vivendo aquele momento. Desde então [da publicação no Instagram], não consigo me alimentar direito, estou dormindo à base de remédio.
Depois do fato, eu fiz uma ultrassonografia com outro médico, e ele me informou que estava tudo tranquilo, o útero estava limpo. E toquei minha vida, preferi bloquear aquele momento.
Foram os relatos no Instagram que me fizeram vir aqui na delegacia, a gente acha que só aconteceu com a gente. Nossa sociedade é muito baseada no status. A gente acha que a voz de um não vai ter valor nenhum diante de um médico que até então tem a sua reputação intocada.
A gente tem medo disso ter acontecido só com a gente e ninguém acreditar. Quando eu vi que outras pessoa tinham passado por aquilo, vi que não era a única e que tinham relatos mais doloridos.
Tenho uma filha de 10 anos, da primeira gestação, e é muito mais por ela que estou aqui, para que ela nunca passe a dor que passei. Eu fiquei um tempo sem ir ao ginecologista, coloquei na cabeça que não queria mais engravidar. Mas voltei para ginecologista mulher.”


Ouça os relatos das vítimas na íntegra:





CONQUISTA | Câmara comemora Dia do Assistente Social com debate sobre valorização da categoria

Imagem Câmara comemora Dia do Assistente Social com debate sobre valorização da categoria
A Câmara Municipal de Vitória da Conquista realizou na manhã desta quarta-feira, 15, uma sessão mista em homenagem ao dia do assistente social. A sessão foi proposta pela vereadora Nildma Ribeiro (PCdoB) e aprovada pelos demais parlamentares, com o objetivo de discutir políticas públicas e valorização profissional.

Nildma Ribeiro disse que é necessária a realização de ações junto a categoria, considerando as violências e violações de direitos que acometem a juventude negra, mulheres negras, população quilombolas, indígenas e comunidades periféricas. Ela afirmou que “os que deveriam garantir direitos têm sido omissos e, em casos mais extremos, têm sido os responsáveis pela violação de direitos; o conservadorismo, inclusive nas instâncias decisórias; na fragilização das legislações; restrições das políticas sociais básicas e repressão aos movimentos sociais”. Ela questionou onde estão as políticas públicas, “ou você também acha que o preto é bandido e que bandido bom é bandido morto?” Finalizou seu pronunciamento parabenizando o trabalho de todas as assistentes sociais: “parabéns por andarmos de mãos dadas”.
Cortes nas políticas públicas sociais dificultam serviço – A assistente social Lucimeire de Jesus apontou que 15 de maio deveria ser um dia de comemoração, mas que a atual conjuntura impede e transforma a data em dia de luta contra os cortes do Governo Federal nas verbas destinadas às várias políticas públicas sociais. “Deveria ser dia de comemoração, mas não é. Só temos cortes. Quando o corte acontece nas políticas públicas sociais, o serviço social é atingido porque essa população fica vulnerável e nós, como profissionais mediadores de benefícios e serviços, não conseguimos trabalhar, atender as demandas”, disse, e reclamou ainda da desvalorização profissional. “A cada dia nós temos ganhado menos. Nós somos trabalhadores e merecemos respeito”, cobrou.
Reflexão sobre a profissão – Para a assistente social Tânia Costa Silva, a data é uma oportunidade de reflexão sobre a profissão e os desafios. Ela relatou as dificuldades enfrentadas pelos profissionais que se formam no sistema EAD. Na região de Vitória da Conquista, apontou, 69% dos assistentes sociais fizeram graduação a distância ou semipresencial. Tânia explicou que o assistente social não é mais um agente apenas executivo, mas um profissional capacitado de forma teórica, técnica e política.
Racismo em nosso país tem classe e cor – Marília do Amparo Gomes, assistente social, tratou a questão do racismo e da pobreza em seu pronunciamento.  “temos que falar de racismo, cortes em políticas públicas, porque esse é o nosso trabalho”, contou. Ela ressaltou ainda que qualquer política que se queira fazer e que não passa pelo serviço social, que está lá na ponta, não vai servir, porque não vai garantir direitos. 
“Esse ano trabalhamos raça, gênero e pobreza, que se interligam com cortes de direitos”. Apresentou dados sobre o aumento da violência na juventude negra. “Mulheres com traços mais finos são sexualizadas e as com cabelos crespos, lábios mais grossos, são ridicularizadas”, lamentou. E finalizou lembrando que, por ser negra, sofre racismo em todos os lugares, repartições públicas, rua e até onde universidade que trabalha.
Trabalhar por uma melhor qualidade de vida – A assistente social Débora Santana, da Defensoria Pública do Estado da Bahia, iniciou sua fala saudando as colegas de profissão e afirmou que seu pronunciamento não teria cunho partidário. Segundo ela, sua a função e de suas colegas é trabalhar por uma melhor qualidade de vida para os mais necessitados. Também afirmou que ouve, constantemente, diversas reclamações de colegas como falta de condições de trabalho, assédio moral, interferência nas análises e nos pareceres, etc. 
“Como profissional é proibido esquecer que todos tem uma história, e nós precisamos ouvi-lo para atender a sua demanda, mas temos a obrigação de entender e perceber o que foi dito nas entrelinhas. Temos a responsabilidade de cobrar o atendimento a este cidadão”, comentou. Por fim, afirmou que é preciso olhar para os usuários por outras perspectivas e que a rede socioassistencial realmente aconteça em prol do cidadão e citou algumas colegas de profissão, como por exemplo, a vereadora Nildma Ribeiro (PCdoB).
Cotidiano desafiador – Representando a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, a coordenadora municipal da Proteção Social e Especial, Vanessa Santos, destacou que o profissional da Assistência Social tem o desafio de garantir direitos às populações vulneráveis. “O nosso desafio é conseguir direitos num mundo globalizado e totalmente desigual. Nosso cotidiano é um desafio”, concluiu Vanessa.
Durante a sessão especial foram homenageadas as Assistentes Sociais: 

PROMOÇÃO IMPERDÍVEL | Caravana Fla Conquista oferece Mengão em dose dupla no pacote completo

Resultado de imagem para paixao pelo flamengo
????ATENÇÃO PARA SUPER PROMOÇÃO 2 em 1:

????????Na compra do pacote completo para a partida do Rio de Janeiro: Flamengo X Emelec (31/07) você ganha o pacote completo para a partida em Salvador: Bahia X Flamengo (04/08).

E tem mais…

????????OITAVAS DE FINAL DA COPA LIBERTADORES 2019????????????????
DIA 30 DE JULHO NO ESTÁDIO DO MARACANÃ, NO RIO DE JANEIRO.

????????INTERESSADOS, CHAMAR NO PRIVADO OU PARA MAIS INFORMAÇÕES, LIGUE:
????????????
NEY MOTA

Resultado de imagem para Entre em Contato conosco via WhatsApp!
 Ou ligue para: 77 98822 6749 Oi

Obs:

????????Pacote Diferenciado Para Sócio Torcedor, Com Um Super Desconto e Incentivo Especial No Plano Mais Paixão!!!

????????”Viagem a partir de R$ 590,00″

????????VAGAS LIMITADAS!!!