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A população de algumas localidades mais distantes da área central de Vitória da Conquista, como os bairros Santa Marta, Pradoso e todo o conglomerado da região Lagoa das Flores, sempre foi penalizada quando se trata de transporte público.
Em um de nossos editoriais passados, alertamos para o amargo, porém necessário, “APRENDIZADO LÚDICO”, em que usuários do transporte público de Vitória da Conquista vão concluindo que passageiros e gestão pública devem priorizar o uso e políticas públicas do sistema por ônibus.
As três regiões que exemplificamos acima estão infestadas de clandestinos, algo no mínimo para se QUESTIONAR e quem deve fazer estas perguntas é a mesma população que reclama a ausência do ônibus ou a insuficiência dele.
Se há clandestinos é porque eles são usados, apoiados e acolhidos pela população. O que a população levou anos para perceber é que a suposta economia de alguns centavos ao andar de com vanzeiros as levaria a gastar em dobro ou três vezes mais quando o ônibus “morresse” por completo em suas linhas.
Fácil perceber que grande maioria daqueles que reclamam da ausência dos ônibus é formada por aqueles que foram em busca de economizar os centavos, mas que em paralelo enviavam nos ônibus seus filhos menores de 5 anos, outros filhos e parentes estudantes, portador de deficiência e idosos.
O que a população não percebia é que elas mesmas trabalharam para sacrificar um bem público que, mais adiante, iria gerar tremendos problemas em suas regiões.
A população finalmente conclui através da súbita falência da Viação Vitória. Porém foi em um doloroso e longo processo que colocava a empresa na UTI, levando primeiro a redução de frota e em seguida o abandono de algumas linhas até, finalmente, ao apagão total.
ATÉ OS VANZEIROS QUEREM OS ÔNIBUS.
Qual o aprendizado lúdico em tudo isso?
Que vanzeiros causam mais malefícios do que benefícios. Trata-se de um modelo de transporte que estimula a exclusão social.
Vanzeiros operam onde, como, quando querem e escolhem quem transportar, não bastasse deixar de socorrer a população quando ela mais precisava, com a saída da Viação Vitória.
Exemplo clássico que serve de uma verdadeira sala de aula aos passageiros com uma informação didática e lúdica: metade da cidade, infestada também de clandestinos, é servida pela Viação Cidade Verde. Então a pergunta:
Por que tão logo a Viação Vitória parou os vanzeiros não saíram das linhas que possuem ônibus da empresa Cidade Verde e não foram socorrer as linhas totalmente sem os ônibus da Viação Vitória?
Vanzeiros preferem curtas distâncias e que haja a presença dos ônibus para garantir os direitos sociais na forma de milhares de gratuidades.
Vanzeiros querem a presença dos ônibus, pois assim não precisarão trabalhar após às 19 horas, finais de semana e feriados porque o usuário terá a presença dos ônibus para acalmar a população.
O que a população precisa saber é que uma linha boa irá subsidiar as regiões mais distantes. Como haverá subsídio se até mesmo a população que reclama das regiões mais distantes anda de clandestinos?
Apenas uma reflexão para responder às milhares de reclamações que chegam a este site.
É dever das autoridades fiscalizar os clandestinos, mas sobretudo cabe a população evitar usá-los.
Como não querer tóxicos ou drogas em nosso bairro se ao mesmo tempo permitimos alguém de nossa meio família fazer uso?
Quem deixa de andar de ônibus sacrifica sua região e os direitos sociais. Como se não bastasse, quem não anda de ônibus contribuirá para a elevação da passagem justamente desse transporte que ela deseja, mas que não admite os aumentos da tarifa.
Autoridades e passageiros precisam saber o que desejam.
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Imagem: Mário Bittencourt/Correio |
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Escorpião que picou Maria Sofia, hoje com 12 dias de vida (Imagem: Mário Bittencourt/ CORREIO) |
Os responsáveis responderão na Justiça por crimes previstos na legislação ambiental. (Nucom/PRF)
Policiais da Rondesp Sudoeste receberam uma denúncia anônima dando conta de uma movimentação estranha no caminho 5 no bairro Santa Cruz, zona oeste de Conquista. Chegando ao local o elemento identificado como Vidson Santos Silva apontado como Chefe do tráfico do Bairro teria recebido a guarnição a bala.
Houve um confronto e o indivíduo levou a pior acabou tombando, o mesmo chegou a ser socorrido ao Hospital de Base porém não resistiu aos ferimentos. As informações integrais são do Blog do Léo Santos.
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Imagem: Ascom CMVC/divulgação |
Na manhã dessa quinta-feira, 13, os vereadores Valdemir Dias (PT), líder da Bancada de Oposição e relator da Comissão de Educação, e Viviane Sampaio (PT), membro da Comissão de Direitos Humanos, estiveram na Creche Municipal Recanto das Águas para averiguar as constantes denúncias de falta de alimentação escolar na unidade.
“Pudemos verificar, conversando com as pessoas, que realmente é uma coisa crônica naquele estabelecimento. Repuseram ontem, mas faltou por muito tempo”, contou o líder da Bancada de Oposição. A Prefeitura ainda não se manifestou sobre o assunto.
Viviane Sampaio destacou que as queixas quanto à falta de merenda escolar nas unidades da educação municipal tem sido recorrentes. “Tem sido uma queixa extremamente recorrente a falta de merenda tanto escolar, quanto alimentação nas creches do município e hoje nessa visita pudemos constatar que realmente é um problema que vem se arrastando por esses longos dois anos de gestão do prefeito Herzem Gusmão”, apontou ela.
Os parlamentares foram recepcionados pela diretora da creche, Cristiane Oliveira, e puderam verificar que de fato houve falta de merenda, com o desbastecimento de alguns itens por cerca de um mês. Os vereadores ouviram também que, além da queda na quantidade da merenda escolar oferecida às 110 crianças atendidas pela creche, houve também queda na qualidade. Segundo informações nem sempre há frutas para servir às crianças. “Há um cardápio a ser seguido, feito por nutricionista e a gente verificou que esse cardápio não tem sido seguido devido à falta e à variedade ser mínima. Dentro do cardápio tem lá a prescrição da fruta, mas não tem no estoque”, contou Valdemir.
Viviane chamou atenção para a baixa quantidade e a redução na qualidade da merenda, que interferem diretamente no processo dietético das crianças. “O que nos chama atenção é que mesmo após a chegada ontem de alimento para a creche, a gente observa uma quantidade reduzida, que não atende ao cardápio da creche”, disse Viviane. “As cozinheiras tem que fazer adaptações desse cardápio, muitas vezes interferindo, inclusive, no processo dietético das crianças, que estão em fase de crescimento. A variedade do cardápio tem sido reduzida, o que traz uma preocupação para além da falta de alimento: a qualidade desse alimento oferecido”, disse ela destacando a necessidade de obedecer ao cardápio pré-definido para atender às necessidades nutricionais das crianças.
Além da falta de alimentos, funcionários da creche denunciaram que chega a faltar material de limpeza, como sabão para lavar pratos. “(Tem faltado) não só alimentação, bem como material de limpeza, o que tem sido alvo de denúncias recorrentes aqui na Câmara não só na unidade do Recanto das Águas, como em toda a rede”, esclareceu Valdemir. Os vereadores foram informados que até mesmo materiais didático e de ornamentação das salas de aula chegam a ser adquiridos pelos professores. “Alguns materiais são professores que dão à creche, metem a mão no bolso para comprar materiais. É uma coisa muito grave”, alertou.
As dificuldades enfrentadas com a alimentação escolar e com material de limpeza não são as únicas. Os vereadores puderam observar problemas com a manutenção da estrutura da creche, com várias infiltrações e banheiros interditados. De acordo com a direção da creche, apenas 6 vasos estão atendendo a todas as 110 crianças da unidade. “Questões de pequenas manutenções que não estão sendo feitas. Coisas simples que uma equipe boa de manutenção da Smed poderia solucionar”, apontou Valdemir, que já esteve à frente da Secretaria Municipal de Educação.
Para Valdemir, problemas como os que foram identificados na Creche Municipal Recanto das Águas são fruto da falta de planejamento da administração municipal para adquirir os materiais necessários. “Há uma incompetência técnica do Executivo em relação à confecção de licitação. Isso é falta de planejamento, não são organizados, então acontece esse caos”, analisou ele.
Calote, subtração indevida ou mal-entendido? As perguntas que tomaram as redes sociais após vídeo mostrando homens retirando material de construção de uma obra inacabada do que seria uma creche municipal no Bairro Panorama (Alto da Colina), em Conquista, ganharam outras versões.
Enquanto os funcionários da empresa alegam que a retirada se deveu ao fato de a Prefeitura não pagar os produtos, em valores que chegam a R$30 mil, após um ano e dois meses, o município alega que houve descumprimento contratual. Veja o vídeo e a resposta da Prefeitura.
NOTA À IMPRENSA
As obras da Creche Infantil Tipo C do Bairro Panorama foram alvo de vandalismo, no dia 13/09/2018.
A Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista esclarece à comunidade que as obras referentes à Escola Infantil Tipo C, do Bairro Panorama, estavam sob a responsabilidade da Construtora BOM JARDIM, vencedora do Processo Licitatório.
Ocorre que, em razão dos atrasos e dos graves descumprimentos contratuais por parte da empresa, a Administração Municipal iniciou o Processo Administrativo Disciplinar nº 042/2018, publicado pela Portaria nº 754/2018, no qual a Comissão de Inquérito determinou “a SUSPENSÃO CAUTELAR da empresa CONSTRUTORA & SERVIÇOS BOM JARDIM LTDA – ME”, deixando, portanto, de existir qualquer vínculo contratual com a referida empresa.
Informa ainda não existir qualquer pagamento pendente de serviços realizados durante a vigência do contrato. Inclusive, mesmo que existisse recurso ainda a ser repassado referente a esta obra, o que não é o caso, a Empresa encontra-se sob mandado de bloqueio e penhora pela Justiça do Trabalho, sob o Processo nº 0000186-70.2014.505.0033.
A Secretaria Municipal de Educação adotará as medidas legais cabíveis para apurar os responsáveis por retirar materiais de construção do canteiro de obras sem autorização e condena veemente todo ato de vandalismo com o bem público.
Para dar seguimento às obras, a Prefeitura irá disparar novo processo licitatório para que outra empresa assuma a sua finalização. Até que este se efetive e seja transferida a responsabilidade da obra para a nova empresa ganhadora, somente servidores do Município de Vitória da Conquista, por meio de autorização prévia da Secretaria Municipal de Educação, podem ter acesso ao canteiro, sendo vedada a qualquer pessoa ou empresa.
SECOM, 14 de setembro de 2018
A situação da candidatura Lula é tão complexa que é difícil decidir por onde começar uma vez que decidimos falar sobre ela. Talvez um começo seja lembrar que ela não está desconectada da situação internacional. Nem nunca foi.
Assim como o golpe de 2016 não pode ser entendido fora de um contexto internacional – a luta dos Estados Unidos e das empresas petrolífera, com um único objetivo de drenar nossas riquezas assumindo o controle das nossas reservas de petróleo. O mesmo deve ser dito da situação que vivemos agora com o golpe do judiciário sobre a vontade popular, tirando do povo, o direito de escolher o seu presidente.
O perigo agora para a direita é, a meu ver, a possibilidade de Lula, Haddad, Manuela e o PT chegarem mais uma vez ao poder, via voto popular, e implantar um projeto de esquerda. O fato do PT ter chegado ao poder, via voto popular, foi o fato que marcou a década passada, a primeira década do século 21. Este partido de esquerda não só chegou ao poder, mas implantou políticas sociais que modificaram a vida de milhões de pessoas.
Acendeu-se uma nova luz vermelha. O que implicou um novo modo de combater esse novo tipo de ameaça. A lição que tiramos, no Brasil, dos anos de governo do PT é a de que a social-democracia, aquela praticada pelo PT, já é suficientemente perigosa e insuportável para a classe dominante brasileira, mesmo que esse “ensaio” de social-democracia estivesse ainda muito distante do que seria uma social- democracia de fato. A única social-democracia que a classe dominante brasileira pode suportar é aquela do PSDB, ou seja, um neo-liberalismo que tem a social-democracia apenas no nome.
Fiquemos no caso desta eleição, e do futuro governo do PT. Durante todo o seu mandato, Lula e Haddad terão que negociar os anéis para não perder os dedos. O que lhes renderão inúmeras críticas que virá dos seguimentos progressistas, seja de partidos da esquerda, seja simplesmente de cidadãos que por terem votado nos candidatos do PT esperam um governo 100% socialista. As pessoas são inocentes ao ponto de acreditarem que, após ter chegado ao poder, o PT poderá fazer o que quiser. E se não o fizer, é porque não quis. É o tal do mito voluntarista da “vontade política”.
Hoje já temos elementos suficientes para poder compreender que Lula não é nem nunca foi apenas um líder da esquerda brasileira. Enquanto tal, ele jamais teria chegado ao poder, jamais teria ganhado uma eleição presidencial. A esquerda não tem como chegar ao poder no Brasil, e mesmo que chegue, cai.
Lula chegou ao poder como um líder republicano e como tal ele governou. Ele chegou ao poder como um líder que transcendeu a esquerda e conseguiu negociar um acordo com a direita. Isso ficou já totalmente claro em sua primeira eleição – não só na famosa Carta aos Brasileiros – e foi só por isso que ele finalmente conseguiu vencê-la após três tentativas fracassadas. Foi só quando incluiu explicitamente à direita em sua candidatura que Lula pôde vencer a eleição presidencial.
Em outras palavras, ele continuou sendo um sindicalista enquanto presidente. Ele continuou sendo o representante da classe trabalhadora a negociar com os “patrões”. O fato de que ele era agora Presidente da República não o tornou um “patrão”. Ele continuou sendo Lula.
(Padre Carlos Roberto Pereira, de Vitória da Conquista, Bahia, escreve semanalmente para esta coluna)
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