Imagens: Suzy Almeida e Micael Aquillah/divulgação.

Jamile Duarte (Especial para o Sudoeste Digital)*  –  A 14ª Mostra Cinema Conquista deu início, nesse domingo, 1º de setembro, às programações de longas e curtas-metragens no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima, em Vitória da Conquista. O espaço lotou recebendo aproximadamente 410 pessoas, segundo a produção do evento.

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Com o tema “Um olhar para o novo cinema”, a abertura da Mostra contou inicialmente com saudações dos organizadores, além da exibição de abertura do curta-metragem “Não Falo Com Estranhos” de Klaus Hastenreiter e também com o longa-metragem “Inferninho” de Guto Parente e Pedro Diógenes.

O evento também teve a apresentação musical da cantora, compositora e cineasta Ava Rocha (imagem acima), filha do cineasta conquistense Glauber Rocha. A artista apresentou uma performance ao lado do músico conquistense Filipe Massumi que tocou violoncelo.

Na abertura, foi realizada uma homenagem ao cantor e compositor conquistense Edilson Dhio que faleceu há 6 dias e também, tiveram saudações feitas por Esmon Primo (coordenador geral da Mostra), Marcelo Lopes (idealizador e coordenador executivo), Luís Otávio (reitor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – Uesb), Maria Marighella (atriz, gestora cultura baiana e neta do guerrilheiro Carlos Marighella) e Adriano Gama (Secretário Municipal de Cultura).

Em sua fala, Marcelo Lopes afirmou que “o cinema brasileiro tem a capacidade de falar pra gente, de quem nós somos, que figura nós somos, o que a gente anseia […], diferente dos outros cinemas como os franceses, indianos […].” O idealizador da Mostra também relatou que é exatamente esse o papel do festival e pediu para o público convidar mais pessoas, pois é preciso mostrar a todos que o cinema é importante.

Já Maria Marighella, neta do guerrilheiro Carlos Marighella, repudiou as manifestações sobre Cultura feitas pelo atual Presidente da República, discursou sobre a ampliação dos debates e afirmou: “estar junto pensando alternativas é o primeiro passo”.

Conhecida como uma tradição na cidade ao promover a democratização do acesso ao cinema nacional, a Mostra segue todos os próximos dias até sexta-feira, 6 de setembro, com sessões disponíveis às 15h, 17h40 e 20h.

Durante o evento, serão exibidos mais de 50 filmes, entre longas e curtas-metragens, além da realização de mesas temáticas, oficinas, homenagens e discussões acerca da sétima arte.

Além da exibição de filmes no Centro de Cultura, o evento também terá a versão Cine-Tenda na quadra esportiva do bairro Urbis VI dos dias 03 a 06 de setembro e, também, a versão da Mostra Itinerante, exibindo outros filmes nos distritos Bate-Pé, Inhobim, Pradoso e São Sebastião dos dias 02 a 06 de setembro.

Confira a programação completa no site: http://mostracinemaconquista.com/creditos-2/

Não estávamos brincando de teoria conspiratória quando escrevemos, há mais de dois anos, que o novo aeroporto de Vitória da Conquista só deveria ser inaugurado em 2020 ou até em 2024.

É que, a despeito da conclusão no sítio aeroportuário, havia a premente necessidade de um viaduto sobre a BR-116 para dar mais fluidez e segurança ao trânsito.

Preferiram ignorar vidas e, numa feroz disputa sobre a paternidade da obra, tocaram a inauguração açodadamente, sob aplausos diversos, em meio a troca de acusações em palanques eleitoreiros. Eis que agora a realidade cobrou a conta, num lamentável acidente na rotatória, nesse final de semana, registrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). LEIA ABAIXO

A quem agora atribuir a culpa a esse “filho sem pai”, já que ninguém quer assumir a responsabilidade sobre a falta de viaduto. Aos governos federal e estadual, que disputam a obra; à concessionária ViaBahia, que ignorou a necessidade da passagem elevada ou ao Ministério Público Federal (MPF), a quem faltou pulso para embargar a obra até que o viaduto fosse entregue?

Muitas foram as vozes que fizeram coro ao nosso editorial, a exemplo do empresário Ivan Cordeiro, ex-secretário de Mobilidade Urbana de Conquista. Em 14 de fevereiro deste ano, quando ainda era titular da pasta municipal, Cordeiro disse em entrevista ao Bahia Notícias que havia sugerido ao governo Rui Costa a implantação do viaduto, em vez da rotatória.

LEIA ÍNTEGRA DA ENTREVISTA

O secretário de mobilidade urbana de Vitória da Conquista, no sudoeste, Ivan Cordeiro, encampa um protesto para cancelar a construção de uma rotatória, perto do novo aeroporto da cidade. Segundo Cordeiro, a obra, apesar de ter recursos federais, foi anunciada pelo governador Rui Costa, em discurso na semana passada. Para o secretário, a obra trará mais riscos para quem trafegar no local.


 “Ali tem o fluxo intenso de caminhões na BR-116. Imagine quem precisar sair ao aeroporto e ter de parar para depois entrar na via. É muito risco”, disse ao Bahia Notícias. Ivan Cordeiro afirmou que o mais acertado seria um viaduto. “Porque assim não precisaria parar. O trânsito seguiria fluindo sem interrupções para todos os veículos. O risco seria reduzido”, discorreu.  


 O secretário, que está na pasta há pouco mais de um ano, declarou que outras rotatórias da cidade também registram muitos acidentes e espera que Rui não mantenha o que chamou de “provisória” a ideia da construção da rotatória.


Logo após o acidente, Cordeiro voltou a criticar a rotatória, escrevendo sobre o assunto em suas redes sociais:

TRAGÉDIA ANUNCIADA – Grave acidente na Rotária da Aeroporto de Vitória da Conquista. Governador Rui Costa (PT) foi inconsequente e irresponsável ao não construir o viaduto no acesso ao aeroporto. Lembro que um deputado petista afirmou que a rotatória era um arranjo arquitetônico, ou seja, uma verdadeira gambiarra que agora está colocando a vida de pessoas em risco! #Rotatória #Aeroporto #RuiCosta #Inconsequente #Irresponsável #Gambiarra #ArranjoArquitetônico

NOTA DA PRF SOBRE O ACIDENTE


01/09- Domingo



Acidente tipo colisão transversal no Km 833, 0, Trevo do aeroporto, às 19h50. Um Land Rover (placa de Vitória da Coquista) cruzava a pista quando colidiu transversalmente com uma carreta (placa do Paraná) que seguia sentido Sul. Do acidente resultou uma vítima com lesões leves, condutora do automóvel L. T. R. R, 22 anos encaminhada ao Hospital Samur em Vitória da Conquista. Causa: Falta de atenção.

Sudoeste Digital (Edição) – Com faixas, cartazes, apitos e carros de som, policiais civis baianos lançam campanha que denuncia os casos recorrentes de assédio moral e sexual que ocorrem na Polícia Civil baiana, na próxima quarta-feira(4), das 9 hs às 13hs, em frente ao prédio da Polícia Civil, localizado na praça da Piedade, centro da capital baiana.

Devido ao percentual elevado de servidores que adquirem problemas psicológicos como ansiedade, depressão, síndrome de burnout* e vários casos de suicídio originados pelos constantes assédios, o Movimento Juntos Somos + Fortes composto pelo Sindpoc, Unipol, Assipoc, Sindpep e Aepeb protestam contra o quadro de adoecimemto dos investigadores, escrivães e peritos técnicos do Estado.

Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso, definido por Herbert J. Freudenberger como “(…) um estado de esgotamento físico e mental cuja causa está intimamente ligada à vida profissional”.


Segundo o Presidente do Sindpoc, Eustácio Lopes, a Polícia Civil possui uma quantidade alarmante de servidores afastados por problemas psicológicos fruto da cultura institucional do assédio. ” Por falta de informação, muitas vezes, os policiais não conseguem identificar que estão sendo vítimas de assédio.

Por isso, as entidades resolveram fazer a campanha para esclarecer, informar e estimular os servidores a fazerem suas denúncias e, de uma certa forma, também queremos tentar inibir os assediadores”, destaca o sindicalista.

O investigador e Presidente da Assipoc, Ary Alves, denuncia que o nível de assédio moral na Polícia Civil é tão elevado que chega ao ponto dos servidores sentirem medo de emitir opinião durante o horário de expediente por terem receio de serem retirados da escala extra.

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“Os investigadores e escrivães recebem menos de 30% do salário dos delegados. Assim, acabamos nos submetendo totalmente aos delegados para não perdermos a escala extra que nos ajuda na remuneração do final do mês”, aponta o servidor.

Para o investigador e representante da Unipol, Denilson Campos Neves, o problema do assédio moral e sexual é estruturante na Polícia Civil baiana, não configura-se como algo pontual, como exceção. Muito pelo contrário, apresenta-se como uma regra.

“A campanha vai denunciar e revelar as vísceras da Polícia Civil! Precisamos encontrar políticas institucionais que apresentem soluções para esse problema que vem adoecendo os policiais civis e que interfere diretamente na qualidade do serviço que é prestado à sociedade”, defende o servidor.

O Presidente do Sindicato dos Escrivães de Polícia (AEPEB-Sindicato), Luiz Carlos, afirma que o assédio foi naturalizado nas relações institucionais da Polícia Civil e denuncia os constantes desvios de função os quais os servidores são submetidos cotidianamente.

“Querem obrigar o servidor a realizar atribuições que não são da sua competência. Quando ele se recusa, é assediado e ainda tem que responder à sindicância ou Processo Administrativo. Precisamos de um ambiente de trabalho saudável onde cada um exerça as funções que lhe foram atribuídas”, argumenta o escrivão, ao ressaltar que o assédio sexual atinge tanto as mulheres como os homens na Polícia Civil.

A perita técnica e Presidente do Sindpep, Clarissa Gomes, destaca que o assédio não causa danos apenas ao servidor que está sendo assediado, gera danos à toda estrutura familiar que se envolve emocionalmente e adoece junto com o servidor.


“O Estado precisa olhar seriamente para essa questão do assédio e os prejuízos que vem causando há muito tempo”, frisa. Fonte: Ascom/Sindpoc

O apoio à dissolução do Supremo pelo presidente “quando o país está enfrentando dificuldades” foi à medida ilegal cujo apoio mais avançou, ao longo do tempo, entre os eleitores de direita. 


As dificuldades podem ser interpretadas como obstáculo para implantar o estado policial como podemos constatar em algumas medidas que esbarram no estado do direito. 


Não podemos esquecer o que disse um dos filhos do presidente e Deputado Federal “Cara se quiser fechar o STF, sabe o que fazer? Você não manda nem um jipe. Manda um soldado e um cabo. Não é querer desmerecer o soldado e o cabo, não” afirmou.

Não podemos aceitar este tipo de governo, por isto lutei contra a ditadura militar e luto até hoje. 


Sim, é por isto que dei os melhores anos da minha juventude para que minhas filhas pudessem desfrutar do direito de serem livre bem como, a capacidade de poder exercer seus direitos civis, políticos e sociais e de poder ter acesso a uma vida melhor com respeito aos direitos garantidos na Constituição Federal.

SOBRE O AUTOR E O CONTEÚDO POSTADO

* (Padre Carlos Roberto Pereira, de Vitória da Conquista, Bahia, escreve semanalmente para esta coluna)

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