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AGRO – 9º congresso da Fetag-BA reúne agricultores em Salvador

Lideranças sindicais à agricultura familiar estão reunidas no 9º Congresso Estadual de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais da Bahia. O evento, aberto nesta terça-feira (19), é realizado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura da Bahia – Fetag-BA.



O congresso, que termina amanhã, acontece no Hotel Sol Bahia Atlântico, em Patamares. O encontro, que tem como tema “Consolidando um projeto alternativo de desenvolvimento rural sustentável e solidário”, reúne representantes de 410 municípios baianos, a exemplo da assesora Sindical da Região Sudoeste, Nildma Ribeiro (foto).

O presidente da Fetag – BA, David Rodrigues falou da importância do encontro para os trabalhadores rurais. “Esse momento é de muita importância para debater o desafio que o país está passando com essa crise jamais vista de retrocesso, vamos discutir a negação de direitos, de políticas públicas”.

Para garantir o reconhecimento desta importância, os agricultores vão discutir como aprimorar a atuação do movimento sindical rural, visando a garantia de mais políticas públicas, tanto no âmbito estadual quanto federal, que possam garantir o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar no estado.

“A partir desse debate esperamos construir politicas a nível nacional para a gente poder contribuir com a discussão nacional da Contag, que vem coordenando todo esse processo no país, então vamos analisar o nível da Bahia e levar para Brasília para que a gente possa avançar um pouco mais, fortalecendo a nossa luta, e alcançando mais resultados”, concluiu David.

CHACINAS DIÁRIAS – David Salomão cobra providências contra os altos índices de violência em Vitória da Conquista

Imagem: Ag. Sudoeste Digital/18.06.18

Durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Vitória da Conquista, nessa segunda-feira (18), o vereador David Salomão (PRTB) cobrou providências contra os altos índices de violência que tem assolado o município de Vitória da Conquista.

“Alunos foram mortos na porta da escola”, disse o parlamentar lembrando do ocorrido da semana passada, que vitimou fatalmente dois adolescentes no bairro Ibirapuera.


Para David Salomão, a culpa desses índices assustadores é do Governo. “Incompetência do Governo”, analisou o vereador. “Crianças na frente da escola, quem é que vai fazer alguma coisa? São estudantes, não tem antecedentes criminais”, apontou ele. “Tem lugar seguro em Vitória da Conquista?”, questionou David.

Ele voltou a lembrar que nem mesmo os profissionais da segurança pública têm sido poupados da violência. “Polícia está morrendo, delegado está morrendo e eles não fazem nada. Cadê o secretário de Segurança Pública? Esse cara tem o quê, que ele não cai?”, questionou David Salomão, criticando a postura do Governo do Estado diante dos casos. 

Confira o pronunciamento do vereador:

RECONHECIMENTO – OAB de Vitória da Conquista lança prêmio em homenagem a Ruy Medeiros


A subseção da Ordem dos Advogados do Brasil de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, lançou a 1ª Edição do Prêmio Ruy Medeiros de Direito Público.
O prêmio é uma homenagem ao jurista Ruy Medeiros, presidente da Comissão de Direitos Humanos da subseção. As informações são do blog Rapazoi Notícias.

As inscrições estão abertas até 16 de julho de 2018. O concurso premiará artigos jurídicos sobre Direito Público, na categoria da advocacia. Podem participar advogados e advogadas de todo o estado da Bahia, inscritos na OAB-BA e que estejam adimplentes com as anuidades e em pleno exercício profissional (que não estejam suspensos ou licenciados).

Haverá premiação para os três artigos com maiores notas: 1º Lugar, 1 Ipad; 2º Lugar, 1 Notebook ; e 3º Lugar, 1 Tablet. O presidente da OAB de Vitória da Conquista, Ubirajara Ávila, afirma que Ruy “é referência de competência, honradez, conhecimento e determinação”. “Até hoje atende a todos os chamados da OAB, principalmente no combate à violação de prerrogativas dos colegas e na defesa dos direitos dos menos favorecidos.

Tenho em Ruy a figura do porto seguro da nossa profissão, ao passo que essa homenagem é justa diante da sua grandeza e da completude do seu legado. Ruy Medeiros é realmente um exemplo para jovens e experientes advogados e advogadas”, declarou. A íntegra do edital pode ser conferida aqui.

LUTO – Morre ex-prefeito de Macarani, Paulo Lacerda, aos 68 anos

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Macarani amanheceu de luto nesta terça-feira (19), após a notícia do falecimento do médico cardiologista e ex-prefeito do município, Paulo Fernandes Lacerda, 68 anos.

Paulo Lacerda estava internado em Vitória da Conquista há vários dias, com complicações na saúde, já debilitada. Nascido em Macarani, em 4 de agosto de 1949, se formou em medicina como cardiologista, mas pouco exerceu a profissão

Optou por cuidar dos negócios da família, que era a pecuária. Se especializou no melhoramento do gado nelore, criando a raça Jaita, famosa nacional e internacionalmente.

Em 1996 entrou na política e foi eleito vice-prefeito de Macarani, na chapa com Armando Porto, sendo reeleito em 2000 na mesma chapa. Entre outubro de 2002 a 31 de dezembro de 2003 exerceu a função de prefeito, substituindo o então prefeito Armando Porto, em licença médica.

Em 2004, disputou a Prefeitura de Macarani pela primeira vez e perdeu para Olisandro Nogueira Em 2008 era favorito nas pesquisa, mas desistiu na por problemas com a Justiça Eleitoral.

Paulo Lacerda ainda voltou a tentar mais uma vez a Prefeitura, em 2012, quando perdeu para o então prefeito e candidato a reeleição Antônio Carlos Macedo (Carlinhos). Não há informações sobre o local do velório e do sepultamento. Paulo Lacerda deixa dois filhos: Jaime Lacerda (Jaiminho) e Paulo Lacerda Filho (Paulinho). (Revista Geral da Bahia)

EXCLUSIVO – Pastor foragido planeja abrir igreja na região de Itapetinga com ajuda de aliados


Mesmo com a prisão preventiva decretada pela Justiça de Vitória da Conquista, nessa segunda-feira (19), o auto-proclamado pastor evangélico Edimar dos Santos Brito, 39 anos, não tem planos de se entregar. Pelo contrário.

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Edmar (à direita) é apontado como autor intelectual dos homicídios. Fábio (azul) e Adriano, teriam executado as ordens.
Foto: Arquivo

Segundo informações de fontes, ele quer se manter na atividade, abrindo uma pequena congregação na região de Itapetinga, com apoio de antigos aliados de Potiraguá e Iguaí, onde ele já congregou e tem parentes e mantém residência em seu nome.

Os fieis da região, onde Edimar tem bases e relações diretas com a comunidade, defendem o líder de todas as acusações e acreditam em sua inocência.

Edimar foi preso sob acusação de ter sido o mandante do duplo homicídio que teve como vítimas a pastora Marcilene Oliveira Sampaio, então com 38 anos, e da prima dela, Ana Cristina Santos Sampaio, 36.

Ele também foi apontado como autor intelectual da tentativa de homicídio contra o marido da pastora, Carlos Eduardo de Souza, 52. Para consumar os crimes, ele contou com ajuda do também auto-proclamado pastor evangélico Fábio de Jesus Santos, 36, apontado como participante direto nos assassinatos.

Tanto Edimar, quanto Fábio, receberam o benefício da liberdade por excesso de prazo. Apenas o vigilante ilegal, Adriano Silva dos Santos, de 38 anos, terceiro participante nos crimes, cometidos em 19 de janeiro de 2016, foi julgado e condenado a 30 anos de prisão, mas sua condenação foi anulada pelo Tribunal de Justiça da Bahia.

Nessa segunda-feira o  juiz Reno Viana, da Vara do Júri e Execuções Penais de Vitória da Conquista, decretou novamente a prisão preventiva dos três, em decisão de pronúncia que determinou que todos eles sejam julgados pelo Tribunal do Juri.
Por força da decisão desta segunda-feira, Fábio e Adriano já estão presos em Vitória da Conquista. Edimar continua foragido.

Fábio foi preso pela Rondesp horas depois de ter a prisão decretada

Imagem: Rondesp/divulgação

                                         

Disputa por fieis teria sido o principal fator, caracterizado como vingança, apurou a polícia civil à época. 

Por que foram soltos?
Tribunal de Justiça ignorou a Súmula 21

Ao ignorar a Súmula 21, do Supremo Tribunal de Justiça, que diz que “pronunciado o réu não se alega excesso de prazo”, o Tribunal de Justiça da Bahia mandou colocar em liberdade, em 20 de junho do ano passado, o autor intelectual dos crimes, Edimar da Silva Brito

A professora e pastora Marcilene Oliveira Sampaio (E) foi morta ao lado da prima.

Imagem: Reprodução/redes sociais

Um ano depois da reviravolta jurídica num dos crimes de maior repercussão na Bahia nos últimos ano, ainda provoca revolta na comunidade de Vitória da Conquista, a 509 km de Salvador, onde o episódio ocorreu. O promotor do caso, José Junseira Almeida de Oliveira, se mostra indignado com a situação.

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“O autor de dois crimes bárbaros, a peça-chave, hoje está posto em liberdade”, desabafou o promotor José Junseira

Imagem: Divulgação/arquivo

Ao ignorar a Súmula 21, do Supremo Tribunal de Justiça, que diz que “pronunciado o réu não se alega excesso de prazo”, o Tribunal de Justiça da Bahia mandou colocar em liberdade, na tarde desta terça-feira, 20, o ‘Pastor Edimar da Silva Brito’, 38 anos, acusado de ser o mentor intelectual do duplo homicídio que matou a pastora Marcilene Oliveira Sampaio, 38, e a prima dela, Ana Cristina Santos, 36, em dezembro do ano passado.
A reviravolta jurídica num dos crimes de maior repercussão na Bahia nos últimos ano, provocou revolta na comunidade de Vitória da Conquista, a 509 km de Salvador, onde o episódio ocorreu. O promotor do caso, José Junseira Almeida de Oliveira, se mostrou indignado com a situação.
“Eu estava em férias, retornei dia 19, e fui surpreendido. Fiquei indignado com a notícia de que o Edimar havia sido posto em liberdade por ordem do Tribunal de Justiça, não daqui da Vara do Júri de Vitória da Conquista. Vejam os senhores que o autor de dois crimes bárbaros, duas vítimas barbaramente violentadas, torturadas, assassinadas e o mentor do caso, autor intelectual, a peça-chave, hoje está posto em liberdade”.
Além de Edimar, outros dois foram denunciados: Fábio de Jesus Santos, 35 anos, e Adriano Silva dos Santos, 37. Adriano foi julgado e condenado a 30 anos de prisão; dois recorreram – Fábio e Edimar – por isso não foram julgados ainda. “Aí vem o Tribunal (de Justiça) e libera, revoga a prisão, dizendo que houve excesso de prazo”, continua o promotor.

“Notem que o caso aconteceu há menos de dois anos, em 19 de janeiro de 2016, a denúncia foi oferecida em 12 de fevereiro de 2016, a audiência de instrução no mês de março e em agosto do ano passado os três foram pronunciados”, enfatiza Junseira

“Nós fomos surpreendidos com essa notícia. Ou seja, Edmar não foi julgado ainda porque? Por culpa exclusiva dele, que não aceitou a pronúncia e recorreu. Se ele não tivesse recorrido, teria sido julgado. Então como alegar excesso de prazo numa demora provocada pela defesa e não pelo Poder Judiciário ou pelo Ministério Público? Isso revolta a comunidade e mais ainda o Ministério Público que é o representante, a voz da comunidade e se sente indignado com uma situação dessa”. 

JULGAMENTO À REVELIA

O promotor chega a temer pela fuga de Edimar. “Quando esse cidadão vai ser preso, vai ser julgado? Agora vai ser apreciado o recurso do Tribunal, mantida a pronúncia e ele deverá ser julgado, mas quem garante que ele será encontrado? O Edimar fugiu. Ele precisou ser perseguido pela polícia para ser preso e responder ao processo”. 

Foram sete dias de diligências contínuas, sendo que no dia da prisão, a equipe do delegado Marcus Vinícius saiu de Conquista às três da madrugada e voltou à meia-noite, após rodar 832km.

Todo esforço da polícia foi ignorado com a soltura do acusado. O promotor reclama: “E a esse que e negava a responder pelo crime que cometeu, se dá a liberdade de forma gratuita. Ele já mostrou que não tem interesse em responder pelos crimes que cometeu e em ser julgado. Se tivesse ele teria se apresentado, mas, não. Ele fugiu. Quem garante que ele não vai fugir novamente? Ele foi o mentor, por motivo fútil, torpe.”

A frieza de Edimar foi também citada pelo promotor. “Ceifa duas vidas, mostrando que não tem o menor respeito pela integridade, pela sociedade, pela vida humana e o Tribunal concede a esse cidadão. Ele pode ser julgado, inclusive, à revelia, sem a presença dele. Mas ele tem que ser preso para cumprir a pena que lhe seja imposta”, concluiu.

RELEMBRE O CASO

De acordo com a polícia, o crime teria sido motivado por vingança após as vítimas, que eram colegas do pastor suspeito, terem saído da igreja dele depois de um desentendimento para fundar uma nova e levado a maioria dos fiéis.

“O crime foi motivado por vingança, após as vítimas terem fundado outra igreja. O pastor foi o mandante e também executor”, afirmou o delegado Marcus Vinícius, titular da 10ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin/Vitória da Conquista).

Marcilene Oliveira Sampaio também era professora do curso de letras da Universidade Estadual da Bahia (Uneb). Segundo a instituição de ensino, ela também já atuou como diretora do Departamento de Ciências Humanas e Tecnológicas (DCHT) do Campus XX da Universidade, em Brumado.





O marido da professora morta, Carlos Eduardo de Souza, que, assim como a companheira, também é pastor, era outro alvo dos criminosos, mas conseguiu escapar do carro em que estava quando sequestrado pelos suspeitos depois de provocar um acidente.

A professora Marcilene Oliveira Sampaio, o marido e a prima, Ana Cristina, tinham acabado de sair da igreja, na noite de terça-feira (19), e estavam a caminho do sítio onde moram quando o carro em que estavam apresentou um defeito na estrada que liga ao município de Barra do Choça.

Carlos Eduardo disse à polícia que desceu do veículo e abriu o capô para verificar o que tinha acontecido quando foi abordado por três homens que chegaram em outro carro. Entre os suspeitos estava o pastor apontado como mandante do crime.

Segundo a polícia, a intenção dos criminosos era matar toda a família no sítio em que as vítimas residiam. A suspeita é de que Marcilene e os parentes já estavam sendo seguidos desde o momento em que deixaram a igreja.

Conforme a polícia, ao perceberem as vítimas paradas na estrada, os suspeitos decidiram agir. Carlos Eduardo foi colocado dentro carro dos suspeitos e seguiu pela estrada com um dos criminosos. O outro suspeito e o pastor ficaram ao lado da professora e da prima dela às margens da rodovia. As duas mulheres foram mortas em seguida a pedradas.

De acordo com a polícia, o marido de Marcilene, que estava no banco de passageiro sob a mira de um revólver, foi agredido várias vezes ao longo do trajeto pelo suspeito. No entanto, ao perceber que iria ser morto, Carlos se jogou na direção do veículo, que acabou colidindo em outro que trafegava pela rodovia. Carlos conseguiu abrir a porta e escapar pelo mato. Em seguida, acionou a polícia.

Um dos suspeitos, Fabio de Jesus Santos, 34 anos, foi preso por policiais militares minutos depois do acidente provocado por Carlos. Segundo a polícia, Fábio confessou participação na ação, mas disse apenas ter dirigido o carro.

Segundo a polícia, o suspeito também apontou quem seriam os demais comparsas: Adriano Silva dos Santos, de 36 anos, e o pastor de prenome Edmar. Adriano, que teria matado Marcilene e a prima dela com Edmar, foi preso na manhã desta quarta, confessou participação no crime e apontou o pastor como mandante.
Conheça o perfil de Edimar, o “canela de fogo”

Um homem de elevada periculosidade, com histórico de violência extrema e que, contra si, possui duas acusações de ser o mentor intelectual de dois homicídios que abalaram o País, está livre para voltar a delinquir. Tudo isso com o aval do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-Bahia), que lhe concedeu liberdade, contrariando até mesmo uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ). (VEJA ABAIXO)

Estamos falando do auto proclamado pastor Edimar da Silva Brito, que em companhia dos comparsas Fábio de Jesus Santos e Adriano Silva dos Santos ceifaram as vidas da pastora Marcilene Sampaio, e a prima dela, Ana Cristina Santos Sampaio, em 19 de janeiro do ano passado, em Vitória da Conquista. As duas mulheres foram emboscadas e mortas a pedradas.

Mas, qual o risco que ele pode oferecer agora?

Somente quem conhece a vida pregressa de Edimar pode responder com segurança. “Ele pode ameaçar testemunhas, intimidar familiares das vítimas, lançar seus seguidores contra a opinião pública e até tentar saber que serão os jurados, caso seja levado a julgamento. Esse que dizia ser ‘canela-de-fogo’ é muito, mas muito perigoso”, garante um ex-membro da igreja dele.

N.R.: “Canela-de-fogo”. Essa expressão quer dizer que alguém é cheio do Espírito Santo, e que os dons dele se manifesta no crente.

Pela motivação do crime, logo se entende a razão de tanto temor. O crime teria sido motivado por vingança, após a pastora ter abandonado a igreja dele, depois de um desentendimento, para fundar uma nova e levado a maioria dos fiéis. A intenção dos criminosos era matar toda a família no sítio em que as vítimas residiam.

Para arquitetar o plano diabólico, os três escolheram como “escritório” da quadrilha uma mesa de bar no bairro Guarani, na noite de terça-feira, mesmo dia do crime. Todos beberam, segundo o dono do estabelecimento. Uma cena, aparentemente normal.
Só que ele não sabia que ali estavam “evangélicos” acertando os detalhes finais de um crime brutal de repercussão nacional. Na mesa, o “pastor”, Edimar Silva Brito, então com 37 anos, o “pastor” Fábio de Jesus Santos, 34, e o amigo e vigilante ilegal, Adriano Silva dos Santos, de 36 anos.

Crime planejado após uma bebedeira entre a quadrilha, numa mesa de bar

O trio tinha a missão de “dar um susto” no casal de pastores desafetos, Carlos Eduardo de Souza, 50, e Marcilene Oliveira Sampaio Souza. Mas a vingança, originada no fato de o casal ter rompido com a igreja de Edimar, há mais de cinco anos, e constituído outra congregação, foi muito mais além, atingindo a prima de Marcilene, Ana Cristina Santos Sampaio, 36.

“Edimar disse que tinha mudado de ideia e ia matar as duas para não deixar testemunhas”, revelou Adriano, que trabalhava armado como vigilante sem ter licença para porte de arma. As duas mulheres foram emboscadas e mortas a pedradas. 

Crime foi por vingança: pastor criminoso teria “perdido” 80% dos fiéis para a igreja das vítimas

O pastor Carlos Eduardo, apesar de brutalmente espancado, conseguiu fugir. Mas, quais os outros motivos – além do rompimento e divisão da igreja – que levaram Edimar a orquestrar tamanha brutalidade? Ana Cristina, prima da pastora, era casada, mãe de dois filhos e vivia em São Paulo, vindo para a Bahia visitar familiares e participar de um casamento. Marcilene e Carlos Eduardo não tinham filhos.

Dívida

Em 2010, quando a economia de Vitória da Conquista já se destacava na Estado, com o setor de serviços em plena expansão, o pastor Edimar liderava mais de 200 fieis e via sua igreja caminhar a passos rápidos. A cada final de culto, os fieis deixavam mais de R$ 6.500 nos cofres da igreja. “Era dinheiro de oferta, dízimos e outras arrecadações. Tudo era contado com o acompanhamento do pastor”, revelou um dissidente da igreja. Três reuniões por semana, 12 cultos por mês e R$ 78.000 em caixa. A conta era simples.

Descontadas as despesas permanentes, restavam ainda R$ 72.000 para a igreja. “Os pastores Eduardo e Marcilene eram auxiliares do pastor Edimar, mas eles passaram a discordar das posturas, principalmente denúncias de adultério dele (Edimar)”, revelou um fiel, sob anonimato.

O passado adúltero de Edimar, em Itapetinga, sua cidade-natal, sempre conspirou contra ele. “Era comum flagrar o pastor Edimar com as irmãs de igreja mais jovens e até com uma pastora. Não era segredo para ninguém o envolvimento dele com as mulheres”, revela um ex-vizinho, residente no Bairro Morumbi, em Itapetinga.

As brigas entre o pastor e o casal chegaram ao limite. Em todas, o binômio “adultério-dinheiro” ditava o rumo das discussões – geralmente agressivas por parte de Edimar. Mas Edimar não prosperou somente por conta dos seus esforços. Houve um tempo de vacas magras na igreja dele. E quem foi a ‘salvação’?

O casal vítima do crime, de quem Edimar recebeu emprestado R$ 3.000, segundo conta Wagner de Oliveira, 35, ex-membro da Igreja “Profetizando Vida”, criada por Marcilene e Carlos Eduardo, após deixar a igreja de Edimar.

Calote

Só que o tempo passava e Edimar não pagava. O pastor Carlos Eduardo resolveu cobrar o dinheiro, mas não teve sucesso. Começava aí a primeira ruptura, agravada quando Edimar quebrou o para-brisa do carro de Carlos Eduardo. “Aos poucos, a máscara dele foi caindo, principalmente quando começou a mexer com mulheres casadas”, emenda Wagner. “Todo mundo foi vendo quem Edimar era de verdade”. As pessoas foram saindo [da igreja dele].

O casal resolveu abrir outra congregação e muita gente resolveu acompanhar. E a igreja foi prosperando”, declarou ao jornal “Correio”. Wagner diz acreditar que o pastor foragido premeditou o crime. “Pouco tempo atrás, Edimar sentou em um trailer e comentou ‘esse ministério dela tá pra acabar’. O pessoal achou que ele tava (sic) falando que ia falir, algo assim. Mas, talvez ele já tava premeditando o crime”, avalia.

Com o ódio incrustado no coração há cinco anos, e nesse mesmo período pregando a palavra de Deus e promovendo palestras, Edimar finalmente convenceu Fábio a se juntar ao vigilante e finalizar seu plano diabólico.

“Eu só fiquei no carro de Edimar, segurando o pastor Eduardo. Não participei das mortes”, defende-se Fábio, um declarado apaixonado por motos possantes e carros. “Edimar nos falou que só queria dar um susto”. Se dizendo arrependido, mas assumindo a cumplicidade, arrematou: “Agora é pagar as consequências”.

O vigilante Adriano, por sua vez, acompanhou Edimar com as mulheres rendidas, sob a mira de um revólver, até o matagal. “O revólver é meu. Comprei de um caminhoneiro”, assumiu. A arma só foi usada para subjugar as vítimas. Não houve disparo. Ele e o vigilante estão presos. Edimar fugiu. Só seria alcançado após um imenso esforço da equipe do delgado Marcus Vinícius.

Foram sete dias de diligências contínuas, sendo que no dia da prisão, a equipe do então coordenador da 10ª Coordenaria de Polícia do Interior,  delegado Marcus Vinicius Morais de Oliveira, saiu de Conquista às três da madrugada e voltou à meia-noite, após rodar 832 km.

O trio de criminosos foi preso, mas somente Adriano foi levado a júri e condenado a 30 anos de prisão. Fábio, que também é auto intitulado pastor, continua atrás das grades, mas Edimar – o líder da quadrilha de homicidas – goza de liberdade desde a tarde dessa terça-feira, 20. A soltura dele contraria a Súmula 21, do STJ, que diz que “pronunciado o réu não se alega excesso de prazo”.

O promotor do caso, José Junseira, parece não acreditar no “pacote de bondades” do TJ-Bahia. “Eu estava em férias, retornei dia 19, e fui surpreendido. Fiquei indignado com a notícia de que o Edimar havia sido posto em liberdade por ordem do Tribunal de Justiça, não daqui da Vara do Júri de Vitória da Conquista.”

“Vejam os senhores que o autor de dois crimes bárbaros, duas vítimas barbaramente violentadas, torturadas, assassinadas e o mentor do caso, autor intelectual, a peça-chave, hoje está posto em liberdade”.

“Notem que o caso aconteceu há menos de dois anos, em 19 de janeiro de 2016, a denúncia foi oferecida em 12 de fevereiro de 2016, a audiência de instrução no mês de março e em agosto do ano passado os três foram pronunciados”, enfatiza Junseira
“Nós fomos surpreendidos com essa notícia. Se ele não tivesse recorrido, teria sido julgado. Então como alegar excesso de prazo numa demora provocada pela defesa e não pelo Poder Judiciário ou pelo Ministério Público? Isso revolta a comunidade e mais ainda o Ministério Público que é o representante, a voz da comunidade e se sente indignado com uma situação dessa”. 
O promotor chega a temer pela fuga de Edimar. “Quando esse cidadão vai ser preso, vai ser julgado? Agora vai ser apreciado o recurso do Tribunal, mantida a pronúncia e ele deverá ser julgado, mas quem garante que ele será encontrado? O Edimar fugiu. Ele precisou ser perseguido pela polícia para ser preso e responder ao processo”. 
A diligente polícia não se desanima e já está pronta para uma nova caçada ao bandido. O TJ-Bahia deu o sinal. 

NA TRANCA – Polícia Civil de Conquista prende homem acusado de matar desafeto no Vila América

A Polícia Civil, através da Delegacia de Homicídios,  elucidou o assassinato de Márcio Santos Dias. A vítima oi morta a facadas O fato ocorreu em 2 de março deste ano, no Bairro Vila América, zona sul de Vitória da Conquista.


O autor do homicídio, segundo a polícia, foi Noélio de Oliveira, vulgo “Piu”, também morador do mesmo bairro. Ele é reincidente, tendo sido levado a júri popular, acusado de outro homicídio na cidade.

Noélio alegou que agiu em legítima defesa após supostamente a vítima ter passado a agredi-lo em decorrência de uma discussão iniciada por um motivo banal. Contudo, as investigações da DH concluíram que as agressões foram iniciadas pelo acusado e não pela vítima.

Ele foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado e foi representada à Justiça a decretação da sua prisão preventiva. (Fonte: DH/VCA).

CASO “CIDADE VERDE” – Procurador diz que interesse público deve prevalecer

Murilo Mármore, procurador Geral do município, fala sobre a sentença envolvendo a Cidade Verde: interesse público

Imagem: Anderson Oliveira/Blog do Anderson

“O interesse público vai prevalecer na decisão final”. A frase de efeito, direcionada para a importância de um transporte público de qualidade, foi proferida pelo procurador Geral de Vitória da Conquista, Murilo Mármore, em relação ao processo sofrido pela Viação Cidade Verde.

Em entrevista ao jornalista Anderson Oliveira, e reproduzida pelo Sudoeste Digital, Murilo Mármore ressalta a participação coletiva dos poderes constituídos em prol do interesse coletivo. “Aí é que está, porque o Poder Judiciário, o Ministério Público, a Prefeitura, todos estão examinando esta situação para que não haja colapso”.

“Se fosse questão de tirar (a empresa), a última sentença que o doutor Ricardo deu, condenando a Cidade Verde por uma série de aspectos, isso seria um ponto de partida para que ela não funcionasse, mas tem que ser examinado também a questão da população, como fica a população”, pontuou.

“A situação não é simples como parece, ela é complexa. A necessidade de na superveniência [ação de sobrevir, de ocorrer após um outro] de um fato desse vier acontecer, mas que haja empresa que venha participar da prestação de serviço público”.

“Então não é assim num abrir e fechar de olhos não, todo esse aspecto tem que ser examinado à luz do Direito, à luz da Justiça e à luz, sobretudo, do reconhecimento e do patrocínio do interesse público”, afirmou.

Indagado sobre seu posicionamento, Mármore explicou: “Não estou fazendo nenhuma declaração de amor, não. Estou dizendo os termos legais. A Lei prevê que isso tem, antes de tudo, que ser observado o interesse público”.

ENTENDA O CASO

O caso remete à decisão do juiz Ricardo Frederico Campos, da Vara da Fazenda Pública da Comarca de Vitória da Conquista, que proferiu sentença, condenando a Cidade Verde por indícios de irregularidades no Processo Licitatório do Transporte Coletivo Urbano.

A sentença também alcança o ex-prefeito Guilherme Menezes (PT), com ambos condenados a pagar honorários processuais total de R$ 613,5 mil. Além disso, ainda segundo a sentença judicial, o município de Vitória da Conquista deverá cancelar o contrato com a Cidade Verde e abrir outros Processo Licitatório. Cabe recurso.

CONQUISTA – Câmara realiza sessão especial sobre a atuação da Via Bahia

Imagem Câmara realiza sessão especial sobre a atuação da Via Bahia em Vitória da Conquista
A Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC) realiza nesta quarta-feira (20), uma Sessão Especial sobre a atuação da Via Bahia na região de Vitória da Conquista, a partir das 8h.


Esta será mais uma ação do Poder Legislativo Municipal para cobrar da concessionária uma atuação mais efetiva na região de Vitória da Conquista, que tem sido alvo de poucos investimentos da Via Bahia.

A Via Bahia – Desde 7 de dezembro de 2010 a Via Bahia explora a concessão do trecho da BR-116 que corta a Bahia, de Feira de Santana até a divisa do estado com Minas Gerais. A previsão do contrato é de que a concessionária administre a rodovia por 25 anos. 
Atualmente, a Via Bahia cobra taxas de pedágio que variam de R$ 2,55 a R$ 45,90, a depender do tipo de veículo que esteja trafegando na BR – 116.
Participação popular – É sempre importante destacar que as sessões e audiências públicas da Câmara são abertas à participação dos cidadãos conquistenses, que podem e devem participar das discussões, que ditam os caminhos do município. Participe! A Câmara Municipal fica na Rua Coronel Gugé, Nº 150, no Centro.
Além de ser aberta ao público a sessão será transmitida ao vivo pela Rádio Brasil FM (107,7), pela Mega Rádio e também pela Web Rádio Câmara.  (Patrocinado)

CONQUISTA – Tribunal de Contas notifica Herzem Gusmão por Concurso Público ou Contratação Temporária de Pessoal


Foi divulgado no Diário Oficial do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia (TCM-BA), edição da quarta-feira (13), uma notificação enviada pelo TCM-BA ao prefeito Herzem Gusmão Pereira.

As informações são do Blog do Anderson e confirmadas pelo Sudoeste Digital. A correspondência, também enviada a outros gestores municipais, foi “para que tomem conhecimento dos fatos contidos nos correspondentes processos, relativos a Concurso Público/Contratação Temporária , nos exercícios especificados, apresentando, no prazo máximo de 20 (vinte) dias contados da publicação deste Edital, as justificativas ou esclarecimentos devidos, com a documentação comprobatória.

Saliente-se que o referido processo encontra-se na Sede desta Corte de Contas, na DAP – Diretoria de Controle de Atos de Pessoal, situada à Av. Ulysses Guimarães, nº 630, Sussuarana (Prédio do DNOCS, 3º Andar), Salvador/BA, para consultas ou vistas nos horários de expediente do Tribunal, diretamente ou através de representante credenciado, na forma das Leis Complementares nºs. 006/91 e 14/98”. A Prefeitura de Vitória da Conquista ainda não se manifestou sobre o teor desse comunicado.