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ARROCHO SALARIAL – Profissionais em educação voltam a suspender atividades em Conquista; negociações não evoluem e greve se aproxima

Os profissionais em educação de Vitória da Conquista, a 509 km de Salvador, vão suspender as atividades pedagógicas nos três turnos, nessa quarta-feira (11). Haverá mobilização a partir das 8h30 na Câmara de Vereadores e ato público no prédio da Prefeitura.

Eles realizaram assembleia para discutir os rumos da Campanha Salarial 2018, cujas negociações com a Prefeitura permanecem sem avanço desde março deste ano.

                PATROCINADO

Promovida pelo SIMMP, sindicato da categoria, a assembleia aconteceu na manhã desta terça-feira (10), no auditório do Centro Municipal de Atenção Especializada (Cemae). É a primeira desde o dia 20 de junho, quando a categoria rejeitou os percentuais oferecidos pela Prefeitura.

Diante do impasse com o governo municipal oferecendo 2,7% de reajuste e a categoria sustentando que o percentual está abaixo do repasse do Fundeb, de 6,81%, a greve em julho é quase certa, o que irá prejudicar o ano letivo de mais de 41 mil alunos do ensino médio e crianças em creches.

A próxima rodada de negociações está agendada para terça-feira, dia 26 de junho. “É válido ressaltar que o valor está muito abaixo do repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que é de 6,81% para 2018, e que já ocorreu desde janeiro”, contestou o sindicato.

A categoria abrange cerca de 1.700 profissionais em educação que trabalham em 184 escolas municipais e 28 creches em Conquista.

GREVE À VISTA

A Campanha Salarial continuou em curso, mesmo durante o recesso dos profissionais da educação (encerrado nessa segunda-feira). O SIMMP informou que almeja a revisão dos gastos e a garantia de um reajuste maior que o apresentado. A categoria não descarta a possibilidade de deflagração da greve.

Na última reunião, dia 20 de junho, em conversa com a comissão do SIMMP, o secretário de Administração, Jonas Sala, declarou que “os tempos mudaram e as perspectivas desse ano são diferentes das que aconteceram em 2017”.

Seguindo essa linha e justificando o percentual exposto em função da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o governo municipal apresentou a proposta de reajuste de 2,7% para os profissionais da educação, baseando-se na inflação no país.

Além do reajuste, foi apresentado na mesa de negociação, o aumento de 5% no vale alimentação dos servidores municipais, sendo 12,50 reais para os trabalhadores com 40 horas de serviço e 6,25 reais para 20 horas, propondo que esse valor seja incidido somente a partir do mês de agosto.

Foi acordada, ainda, a criação de comissão para que seja discutida a questão da carreira dos profissionais da educação no que se refere à reestruturação do plano de carreira dos professores e a construção do plano de carreira dos monitores. Essa comissão tripartite será composta por representantes da categoria, governo municipal e Câmara de Vereadores.

A presidente do SIMMP, Ana Cristina Novais, afirmou que, um repasse salarial abaixo do valor que é proposto e garantido através do Fundeb é uma tentativa de quebra da tabela do profissional da educação.

“Essa recomposição de 2,7% não atende a categoria, sendo um desmonte de carreira do profissional da educação. Nós reivindicamos o repasse do Fundeb mais o ganho real, principalmente porque nossa tabela não atende mais às expectativas de formação da categoria, composta por apenas dois níveis”, enfatizou a presidente.

Durante a negociação, o SIMMP solicitou a divulgação da folha analítica da educação, a previsão de cortes de gastos, que tem a finalidade de enxugar a máquina pública, possibilitando desse modo, a valorização dos servidores municipais, e a revisão da proposta do CET dos monitores escolares.

“Esperamos que o governo repense sua forma de investimentos e de gastos, de maneira a atender a categoria e proporcionar um reajuste que contemple nossas necessidades, ou no mínimo, respeite o repasse do Fundeb”, afirmou.

Para a secretária geral, Ruth Trindade, o momento é a discussão de reajuste, mas este não é o único anseio da categoria. “Essas mesas de negociação deverão ser contínuas e permanentes, e é nessa política educacional que, ao iniciarmos as discussões dos aspectos pedagógicos, que esperamos também respostas concisas do governo. O que está sendo feito para melhorar a qualidade da educação? Não nos prenderemos a apenas uma pauta, mas discutiremos todos as reivindicações necessárias”, completou.

FEIRA DA MATA – ONG denuncia crime ambiental em nascente de afluente do São Francisco

Feira da Mata: ONG denuncia crime ambiental em nascente de afluente do São Francisco
Imagem: Blog do Latinha

Integrantes de uma ONG (organização não governamental) acusam crime ambiental em uma gruta, que também é nascente de rio em Feira da Mata, no Oeste baiano.

Segundo o presidente da ONG Prisma, José Carlos Latinha, em mais de 700 metros percorridos, foram encontrados diversos animais mortos – entre peixes, aves e cobras – na Gruta da Boca da Lapa, como o local é conhecido, no distrito de Ramalho.

Na gruta está situada a nascente do Riacho do Ramalho, um dos afluentes do Rio São Francisco. Segundo o presidente da ONG, a denúncia de crime ambiental será encaminhada ao Inema (Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da Bahia), à Comissão do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa da Bahia e à Secretaria Estadual do Meio Ambiente.

José Carlos Latinha também informou que o objetivo é transformar o local em Área de Preservação Permanente (APP) e em Parque Municipal.

A Gruta da Boca da Lapa é considerada importante reservatório de água que serve para o abastecimento humano e animal da região. A visita que constatou a degradação da gruta ocorreu no último sábado (7) e foi acompanhada pelo presidente da Câmara de Vereadores de Feira da Mata, Cristiano Ramalho, pelo ambientalista Cléber de Oliveira, pelo ex-vereador Francisco Pereira Lopes (Mera) e de vários moradores do distrito do Ramalho.

VANDALISMO – Ônibus escolar é alvo de vandalismo em Livramento: ‘rasgaram os bancos’

Livramento: Ônibus escolar é alvo de vandalismo: 'rasgaram os bancos'
Imagem: Achei Sudoeste

Um ônibus escolar da cidade de Livramento de Nossa Senhora, no sudoeste, foi depredado por estudantes. A prefeitura informou nesta terça-feira (10) que já identificou os agressores, com idades entre 16 e 18 anos, e que já acionou o Ministério Público do Estado (MP-BA) e o Conselho Tutelar local.

Os órgãos devem estabelecer a punição aos envolvidos. Conforme a prefeitura, o vandalismo “não tem uma causa” e ocorreu durante a semana passada no trajeto entre o povoado de Barrinha até a sede de Livramento, viagem que dura em média 30 minutos. “Rasgaram os bancos e danificaram o interior do carro”, lamentou o assessor da prefeitura Jânio Soares Lima.

O veículo, da frota Caminhos da Escola, é um dos nove do município destinado ao transporte de estudantes e começou a ser usado no ano passado. Devido à depredação do carro, outros alunos estão prejudicados sem poder ir às aulas. O caso foi comunicado ao MP-BA e ao Conselho Tutelar pelo controlador-geral do Município, Adailton Porto.

CONQUISTA – PRF apreende mais de 700 aparelhos eletrônicos sem nota fiscal

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 385 aparelhos celulares durante abordagem a um ônibus de turismo no KM 830 da BR 116 em Vitória da Conquista/BA, região sudoeste do estado. Entre os produtos apreendidos, que somavam 706 itens, estavam ainda 100 cabos USB, 100 fones de ouvido, 100 adaptadores de carregador, todos sem nota fiscal.

O coletivo foi abordado por volta das 11h30 dessa segunda-feira (9) e, durante a fiscalização, foi encontrada a carga de produtos eletrônicos no compartimento externo de bagagens.

Aos agentes, o motorista informou se tratar de uma encomenda e que estava transportando de São Paulo/SP tendo como destino a cidade de Feira de Santana.  A PRF encaminhou os produtos apreendidos para a Receita Federal em Vitória da Conquista.

PIRÂMIDE FINANCEIRA – Justiça decreta prisão preventiva de sócios da D9

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Os empresários Danilo Vunjão Santana Gouveia e Kelliane Alves Gouveia Santana, sócios da empresa D9, tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça. O pedido do promotor de Justiça Thomás Luz Raimundo Brito se deu em sede de recurso, após o juízo de primeiro grau haver indeferido um requerimento de prisão.

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Diante da possível prática de crimes de competência federal, o desembargador relator Carlos Alberto Santos Araújo também determinou que cópia dos autos do processo fossem remetidos à Polícia e à Receita Federal.

O acórdão da 1ª Turma da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça aponta haver indícios de que os acusados, por meio da empresa D9, aplicaram um golpe que movimentou mais de R$ 200 milhões. Segundo o documento, os acusados incentivavam as vítimas a se associarem a um clube de investidores que renderia lucros de 33% ao mês.

O acórdão também dá notícia de que, inicialmente, o lucro era, de fato, entregue: “os investidores comunicavam o sucesso do investimento a conhecidos e também investiam maiores quantias”.

A decisão registra ainda que “algumas pessoas chegaram a vender bens pessoais como carros e propriedades, transferindo suas economias à empresa, sem, contudo, obter retorno ou resgatar o que investiram”.

No requerimento, o promotor de Justiça Thomás Brito ressaltou que o líder da empresa D9 havia “zerado as contas e deixado o país”. O acórdão salienta, como determinantes da decretação da prisão preventiva, o paradeiro desconhecido dos acusados, a não colaboração deles com a investigação, a ocultação e dissimulação do patrimônio “auferido ilicitamente”, bem como a possibilidade de continuidade da atuação da empresa, que “poderia infligir mais danos à sociedade como um todo”.

ENTENDA O CASO

O empresário Danilo Vunjão Santana Gouveia, 34, deixou de instalar portões eletrônicos em um falido negócio familiar na cidade natal de Itabuna, localizada no sul da Bahia, para desfrutar o mundo.

Quando estava no Brasil, dirigia uma Ferrari pelo interior gaúcho ou descansava em sua mansão no litoral baiano. Em um final de semana, ele observava as ruas da Tailândia em cima de um elefante.
Em outro, flanava pelo Central Park, em Nova York. Havia tempo, entre uma viagem e outra de helicóptero ou de jatinho, para assistir a jogos da Premier League, o campeonato inglês de futebol.

E se hospedava com a mulher e filhos em hotéis de luxo no Oriente Médio, de onde filmava o nascer do sol. Todos esses prazeres mundanos, registrados em seu perfil pessoal no Facebook, tiveram o financiamento de milhares de pessoas de diversas nacionalidades que acreditaram na promessa de lucro fácil da D9 Clube de Empreendedores.

A empresa de fachada foi forjada por Santana para comandar um esquema de pirâmide financeira que lhe pode ter rendido até R$ 200 milhões, de acordo com investigações policiais que correm em paralelo na Bahia e no Rio Grande do Sul.

Somente na casa da sogra do acusado, policiais baianos encontraram R$ 1 milhão em espécie, durante uma operação realizada em setembro passado. A Justiça da Bahia bloqueou cerca de R$ 25 milhões em dinheiro e bens de pessoas ligadas à D9. Deste total, a metade foi encontrada somente em uma
conta bancária em nome de Danilo Santana.

O presidente da D9 foi preso por agentes da Interpol no dia 13 de fevereiro deste ano ao desembarcar no aeroporto de Dubai, cidade que frequenta há pelo menos um ano. A detenção na cidade mais rica dos Emirados Árabes Unidos foi consequência de um decreto de prisão preventiva do juiz Ricardo Andrade, da 1ª Vara Criminal de Sapiranga, cidade da região metropolitana de Porto Alegre onde tramita uma ação penal contra ele e outras 22 pessoas acusadas de participação no esquema.

COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA DE PIRÂMIDE FINANCEIRA 

As denúncias do MPs da Bahia e do Rio Grande do Sul contra Danilo Santana
concluíram que o golpe aplicado por ele e seus comparsas são típicos de uma
pirâmide financeira. As acusações são de crimes contra economia popular,
associação criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro.

Um esquema de pirâmide financeira funciona assim: sob uma falsa promessa
de altos lucros, um grupo de golpistas vende uma aplicação ou serviço a
terceiros que, por sua vez, precisam chamar outras pessoas para o negócio.
Forma-se uma estrutura piramidal, onde a base é constituída pela maioria
dos investidores.

Cada novo membro que compra um pacote de investimentos financia o
pagamento dos membros acima na cadeia. Até que, em determinado
momento, o fluxo é interrompido. Dessa forma, o dinheiro no final fica com
os membros do topo da pirâmide, enquanto a base amarga o prejuízo de
perder tudo o que investiu.
Um caso exemplar é o chamado escândalo da Telexfree,
que estourou no ano de 2013 e incluía um sistema ligado à venda
de serviços telefônicos.

Investigadores da força-tarefa criada pela Polícia  Civil baiana em Itabuna descobriram que Danilo Santana também operou no
esquema da Telexfree.
Só que ele sofisticou a fraude, afirmam as investigações policiais. Ele
apresentava a D9 como uma escola de trading esportivo, uma forma de
investimento muito comum na Inglaterra e nos Estados Unidos em que se
faz apostas contra outras pessoas com base no que acontece em um evento
esportivo, a exemplo de uma partida de futebol.

É a chamada bolsa
esportiva.
Daí a origem dos slogans da D9: “Bola na rede. Dinheiro no bolso” e “Aqui a
gente dribla a crise e vence de goleada”.
Os líderes eram subdivididos em categorias (gerente, coordenador, treinador
e capitão) em alusão a eventos esportivos, para dar a ideia de que o negócio
se tratava de um verdadeiro investimento em trading esportivo.

Eventos da
D9 contavam com participação de atletas e ex-atletas.
Havia uma outra inovação no golpe da D9: os pagamentos eram feitos em
bitcoins, uma moeda virtual cuja emissão
não é controlada pelo Banco Central.
“Só que nenhuma aposta era realmente feita e nenhum curso era ministrado.

O esquema consiste em mera especulação financeira através dos
investimentos das vítimas”, afirma o promotor de Justiça Sergio Cunha,
responsável pela denúncia contra Santana e o grupo gaúcho da D9 junto à 1ª
Vara Criminal de Sapiranga.
Em sua denúncia, Cunha identificou, como integrante do esquema, uma
empresa de informática sediada na cidade de Betim (MG), responsável pela
administração site da D9. Parte do dinheiro era desviada para a conta dessa
empresa, a mando de Danilo Santana.

DESRESPEITO AO CONSUMIDOR – MP abre inquérito contra Coelba após companhia encerrar convênio com casas lotéricas


O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) instaurou um inquérito civil para apurar a representação apresentada pelo Sindicato dos Lotéricos e Correspondentes Bancários do Estado da Bahia (Sinsloba) contra a Companhia de Eletricidade da Bahia (Coelba).

A informação acontece um dia após o Sudoeste Digital denunciar cobrança de taxa extra, que varia entre R$1 e R$2, em alguns pontos credenciados pela empresa. RELEMBRE AQUI

REPORTAGEM RELACIONADA
DENÚNCIA – Comerciantes de Vitória da Conquista cobram taxa extra para receber pagamento de conta de energia

O sindicato afirma que a companhia não possui rede de atendimento suficiente para que a população possa efetivar os pagamentos das faturas. A Coelba não se manifestou em momento algum, nem sobre a cobrança de taxa extra, nem sobre o inquérito civil do MP.

Segundo a portaria de instauração do inquérito, o sindicato argumenta que a sociedade sofreu prejuízos materiais e morais com o fim do convênio da Coelba com a Caixa Econômica Federal, que permitia o pagamento das faturas em casas lotéricas.

O MP-BA deu um prazo de 20 dias úteis para que sejam notificadas a Coelba, o Conselho de Consumidores de Energia da Coelba e a Caixa Econômica Federal. O mesmo prazo foi dado para que apresentem pronunciamento sobre o caso os seguintes órgãos: Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra), Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicação da Bahia (Agerba) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

JORNALISMO – Palestras marcam Semana de Integração do curso de Comunicação na Uesb | Sudoeste Digital

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Imagem: Ilustrativa
O curso de Comunicação Social, campus de Vitória da Conquista, e o Centro Acadêmico (CA) da graduação realizam uma série de ações para recepcionar os novos alunos. As atividades começam nesta terça-feira (10) e e estendem até a próxima sexta-feira (13).

Mesas-redondas e minicursos sobre Fotojornalismo, Diagramação e Redes Sociais integram a programação. O evento marca também o lançamento e exibição do documentário “20 anos do Curso de Comunicação/Jornalismo – formação e profissionalização no interior da Bahia”. 
O filme apresenta parte da história da graduação e sua influência no desenvolvimento da Comunicação e do Jornalismo em Vitória da Conquista. Além disso, destaca a importância do curso para os professores e estudantes e o impacto na profissionalização da área de Comunicação.
Na oportunidade, será lançada ainda a Revista Engrenagem, uma produção especial que também marca os 20 anos do curso e traz matérias sobre a gastronomia de Vitória da Conquista. A programação completa pode ser conferida aqui.
Para mais informações, entre em com o Colegiado do curso por meio do telefone (77) 3425-9365.

ASSUSTADOR – “Vulto” visto em estrada de Malhada; geólogo garante que é redemoinho de vento

            
Um vídeo registrado na vicinal Pindorama Fundão, no município de Malhada, no Sudoeste da Bahia,
está deixando muito gente curiosa e dividindo opinião entre os internautas. O vídeo, supostamente
gravado por alguém que seguia atrás do ônibus escolar, mostra a imagem de algo semelhante a
uma pessoa saindo de dentro do mato e posteriormente desaparecendo na frente do ônibus.

O
vídeo foi encaminhado ao geólogo Mário Alcântara. Ao ver as imagens ele afirmou
ao site
Folha do Vale que o suposto fantasma na verdade é um ‘redemoinho de vento’.

Assista:

          

O geólogo explica que o redemoinho surgiu antes da cerca, mas devido o vácuo do ônibus finaliza na frente do veículo, dando a impressão que seja uma pessoa correndo. Para ele, a incidência de luz sobre uma superfície refletora pode causar ilusões de ótica.

Isso ocorre devido ao fenômeno da pareidolia, ou seja, um fenômeno psicológico capaz de ligar acontecimentos aleatórios a uma referência qualquer. É comum ver imagens que parecem ter significado em nuvens, montanhas, solos rochosos, florestas, líquidos, janelas embaçadas e outros tantos objetos e lugares. (Por: Redação www.folhadoavel.net

SAÚDE PÚBLICA – MPF aciona 63 cidades baianas com menos de 50% das crianças vacinadas contra a poliomielite

O Ministério Público Federal (MPF) acionou 63 cidades da Bahia que têm menos de 50% das crianças protegidas contra a poliomielite (paralisia infantil) para que adotem as medidas necessárias para garantir o aumento da imunização. Vitória da Conquista está entre os notificados.

Ao todo, 312 cidades brasileiras começaram a ser notificadas na sexta-feira (6), mas a informação foi divulgada nessa segunda-feira (9). As informações são do Correio 24 Horas.
A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que a cobertura contra a poliomielite seja de 95%. A doença é considerada erradicada no país, mas, de acordo com o MPF, a deficiência na cobertura vacinal dos municípios impõe risco de reintrodução da patologia no país. O último caso de pólio no Brasil foi registrado em 1990.
Em ofício, a procuradora Deborah Duprat recomenda que os municípios adotem uma série de providências para imunizar mais crianças contra a doença. Dentre elas, a ampliação do horário de funcionamento das salas de vacina, a aplicação de mais de uma vacina por vez quando necessário e a busca ativa das crianças com vacinas atrasadas por agentes de saúde. 
Em entrevista por E-mail, a procuradora explicou que, desde que está à frente da procuradoria, em maio de 2016, nenhum tipo de autuação por problemas na cobertura vacinal aconteceu no Brasil. “E acho muito difícil que tenha ocorrido antes, até porque o programa de vacinação do Brasil era reconhecidamente exitoso, com a erradicação de várias doenças”, pontuou. 
Prazo
Agora, os municípios têm até 10 dias úteis (ou dia 20 deste mês) para responder ao ofício. Se não houver retorno dentro desse período, o ofício será reiterado, como uma advertência. “A existência ou não de crime dependerá de cada caso, ou seja, da conduta concreta praticada”, disse a procuradora. 
As prefeituras também devem assegurar que o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) seja implantado, além do treinamento dos servidores responsáveis pela utilização do sistema. 
Problemas no sistema
A cidade que tem a menor cobertura vacinal contra a poliomielite, Ribeira do Pombal (0,5%), de acordo com o Ministério da Saúde, não deve estender os horários nas salas de imunização. 
A coordenadora de vigilância epidemiológica do município, Ana Verena Andrade, explica que os dados estão errados. Ela confirmou que recebeu o ofício do MPF e adiantou que as informações foram corrigidas no sistema do Ministério da Saúde.
Ela diz que ainda não pode precisar o percentual da cobertura vacinal na cidade, mas garante que é superior a 92%. Portanto, não seria necessário adotar as recomendações do MPF, a exemplo dos horários ampliados. “Porque a gente tem certeza de que a nossa população foi vacinada. Hoje (nessa segunda) fizemos uma reunião com os agentes para reforçar essa questão e já nos dá uma tranquilidade mesmo, porque a nossa população está coberta”, explicou. 
Mesmo assim, Ana Verena adianta que a prefeitura pretende fazer uma busca ativa ao longo de uma semana, no fim do mês, para imunizar eventuais crianças que não tenham sido vacinadas anteriormente. 
A secretária de Saúde de Ribeira do Pombal, Lakcelma Costa, afirmou que a incongruência dos dados se dá por conta da alteração realizada no sistema do Ministério da Saúde. “O sistema foi mudado. Quando o programa foi alterado, ele não migrava dados do sistema antigo para o novo. O prefeito foi à Brasília para verificar a questão e viram que foi um problema no sistema, que já foi corrigido”, sustentou a secretária. 
Falhas
Assim como a de Ribeira do Pombal, a prefeitura de Tucano também alega falhas no sistema de dados para justificar sua posição na tabela de cobertura vacinal contra poliomielite do Ministério da Saúde. A coordenadora de atenção básica do município, Josélia Moura, classificou o valor como “absurdo”. “Em dezembro de 2017, nós atingimos 92% de cobertura do calendário nacional das vacinas. Podemos comprovar com a carteira de vacinação das crianças. Não tem como em 2018 a gente cair para 13%”, sustentou.
A coordenadora ainda denunciou que a cidade recebe poucas vacinas contra poliomielite do Ministério da Saúde. “O fornecimento tem sido realizado em porções pequenas. Vem cerca de cinco frascos, o que significa umas 25 doses por mês. No entanto, mesmo com esse número pequeno, nós fechamos o ano passado com cobertura de 92%. Então a problemática que temos é o pouco fornecimento associado a esse problema no sistema”, disse.
O município deve continuar com suas ações cotidianas e apenas deverá atender as recomendações do MPF se for ordenado, de acordo com Josélia. “A nossa realidade não é cobertura vacinal de 13%. Se for uma ordenação, iremos realizar. Mas se for apenas uma sugestão, iremos continuar com nossas políticas. Não fomos acionados pelo MPF”, destacou. 
Tucano possui 17 unidades de saúde e conta com ações itinerantes de vacinação. “O enfermeiro vai até as comunidades mais distantes para vacinar a população. Promover ações para estender o horário pode não ser suficiente para essas comunidades, que são rurais. Muitas vezes, as pessoas não têm condições financeiras para deslocamento até a unidade de saúde. Nós vamos nos reportar à Sesab (Secretaria Estadual da Saúde), a orientação que ela der, nós iremos acatar”, ponderou.
Dados equivocados
A prefeitura de Vitória da Conquista também alegou que os dados fornecidos pelo Ministério da Saúde estão equivocados. Em nota enviada à imprensa, a Secretaria de Saúde do município alegou que os dados “não refletem a realidade”. “Os números mostram que a nossa cobertura está em 96,15% para os menores de um ano de idade na zona urbana, número bem superior ao divulgado”, afirmou a coordenadora de imunização, Ana Maria Ferraz. 
A secretaria afirmou, também, que entrou em contato com o Ministério da Saúde para apurar a fonte dos dados e corrigir as informações.  “A vacina contra a poliomielite é oferecida permanentemente em todas as Unidades de Saúde do município, fazendo parte da rotina dos programas de imunizações (Calendário Nacional de Vacinação)”, disse. 
Resistência da população
Ao contrário dos outros municípios, a prefeitura de Ilhéus admitiu um baixo número na cobertura da poliomielite. De acordo com a secretária de Saúde, Elizângela Oliveira, diversos fatores fazem com que haja uma diminuição na vacinação na cidade. Dentre eles, estão uma maior resistência dos pais para realizar a vacinação nos filhos, a demora na reposição das doses das vacinas e um problema interno de transferir os dados para o sistema. 
De acordo com Elizângela, o município irá realizar uma série de ações para melhorar a cobertura vacinal, como reunião através da Secretaria de Educação com os pais de alunos, explicando a importância da vacina para as crianças, além de ações nas maternidades, escolas públicas e particulares e palestras nas unidades de saúde. A cidade ainda irá garantir doses suficientes para que o atendimento seja contínuo nas unidades de saúde. 
Dever dos municípios
O Ministério da Saúde afirmou que é dever dos estados e municípios preencher o sistema de forma correta “para que a pasta tenha a real situação das coberturas das vacinas ofertadas no Calendário Nacional de Vacinação”. De acordo com a pasta, em caso de divergência entre os dados, os gestores locais devem informar ao Ministério para que a correção seja realizada. 
O Ministério ainda ressaltou que alguns estados e municípios possuem sistemas próprios e que é dever deles realizarem a migração dos dados para a plataforma federal. “É importante ressaltar que cabe aos municípios e aos estados avisar ao Ministério da Saúde, caso ocorra algum problema de compatibilidade dos sistemas do município com o Ministério da Saúde”, diz a nota. Uma Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite irá ocorrer entre 6 a 31 de agosto de 2018.
Solicitação de resposta
Ciente dos argumentos das secretarias municipais – de que os dados do Ministério da Saúde estariam equivocados –, a Sesab já encaminhou, na semana passada, um documento ao órgão federal, solicitando que o sistema de informações seja atualizado com o máximo de brevidade.
 
“Isso não tem acontecido. Tem havido um atraso e o sistema tem que estar implantado em todas as salas de vacina. O estado comprou computadores para 100% das salas de vacina, então, realmente, pode acontecer de o município estar realmente vacinando e não refletir no sistema de informação”, afirmou o coordenador de imunização do estado, Ramon Saavedra. No entanto, ele garante que não houve falta de vacinas em nenhum momento do ano passado. Isso porque as doses são enviadas pelo Ministério da Saúde à Sesab que, por sua vez, encaminha às prefeituras.
 
“Pode ter acontecido algum desabastecimento, mas isso não é falta. A vacina que teve a maior situação de desabastecimento foi a pólio oral, que é a da gotinha. Mas a dose que conta para a contagem da cobertura vacinal é a pólio inativada, que é a terceira dose. Ou seja, uma possível falta, que não houve, da vacina oral, não iria refletir no cálculo da cobertura vacinal”, diz.
 
De acordo com ele, entre janeiro e abril de 2018, a Sesab registrou 11 suspeitas de casos de paralisa flácida aguda (causada pela poliomielite) em menores de 14 anos. Nenhuma suspeita, contudo, foi confirmada. No ano passado, durante todo o ano, foram 26 suspeitas – nenhum resultado positivo.
 
Plano de ação 
A presidente do Conselho Municipal de Secretários Municipais de Saúde do Estado (Cosems), Stela Souza, contou que a entidade já entrou em contato com as 63 prefeituras e pediu que respondessem, em um formulário, quais foram as dificuldades que encontraram para alcançar a meta de imunização. A partir desses resultados, a entidade deve apresentar um relatório à Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) em uma reunião prevista para quarta-feira (11). 
“Vários estão falando que, na base municipal, eles alcançaram a meta. Então, precisamos do relatório deles primeiro. O importante é que, em paralelo a isso, estamos criando um plano de ação emergencial e vamos discutir com o estado como contornar essa situação”, explica Stela. 
De acordo com ela, as ações incluem monitorar as salas de vacina dessas cidades, em parceria com a Sesab, além de acompanhar a regularidade dos imunobiológicos. “Um exemplo é que temos várias campanhas de Dia D, mas, no Dia D, a gente não consegue fazer o dia todo porque não tem vacina suficiente. Esse é um problema que já foi identificado em reuniões do conselho”. Segundo ela, a partir desses levantamentos, também poderá ser dada uma resposta ao MPF. 
A Sesab informou que, além da Campanha Nacional de Vacinação, está elaborando um plano de ação para melhoria das coberturas vacinais no estado. “As campanhas de vacinação em massa são realizadas desde de 1980, sendo que o último caso de poliomielite na Bahia foi em 1988 e, no Brasil, foi em 1989. A recomendação é atualizar as cadernetas de vacinação das crianças, tendo em vista que a vacina está disponível na rotina dos serviços de saúde”, informam. 
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Baixa cobertura pode trazer doença de volta ao país
Erradicada desde 1990, a poliomielite poderá retornar ao país, caso a baixa cobertura vacinal continue ocorrendo. O infectologista Adriano Oliveira explica que a poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença viral de transmissão fácil. O contágio pode ser realizado através de secreções orais e respiratórias, além das fezes. “Caso a vacinação continue baixa, as doenças podem retornar, muitas vezes trazidas por imigrantes. A vacina é essencial para a criança e a falta dela é de negligência”, explicou.
O infectologista explicou que a vacina é tomada nos primeiros meses de vida e deve ser reforçada posteriormente. “A vacina é fornecida a crianças pequenas, entre 2, 4 e 6 meses. O reforço é dado com 15 meses e depois é feito anualmente, até a criança completar 6 anos”. 
A transmissão pode ser fecal-oral, ou seja, as fezes podem contaminar alimentos, água e pode ser levada diretamente à boca. Gotículas de saliva também realizam a transmissão pelo ar. 
“É uma doença predominantemente intestinal. O vírus se instala em mucosas e poucas pessoas adoecem. Apenas 1% das pessoas que adquirem a doença desenvolvem a paralisia, que atinge os membros inferiores. Há a perda da força muscular e reflexos, mantendo sensibilidade e dor”, especificou.
A poliomielite costuma atingir crianças com menos de quatro anos – mas pode ser observada também em adultos – e não tem cura.

EDITORIAL – Quem irá resgatar os nossos meninos das “cavernas”?

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Enquanto o mundo inteiro assiste ao bem sucedido resgate dos 12
meninos das cavernas na Tailândia – concluído nesta terça-feira (10), do lado de cá, em Vitória da Conquista,
todos os dias outros tantos não encontram apoio para sair das “cavernas”
abertas pelo submundo das drogas e muitos acabam morrendo. 


Obviamente que são situações distintas, ma a licença editorial nos permite a tal tempestiva e pertinente comparação. Aqui, a conta não para de crescer Somente este ano já foram 113.

É certo que existem ações pontuais em meio à escuridão. E
nesse quesito, não importa de onde partam, mas como se propõe a fazer para
acender a luz e prover cilindros de oxigênio. Fazer rebrotar a vida, mergulhar nas águas turvas e resgatar vidas.

Programas sociais, como o Proerd da PM ou o PELC, coordenado
pela vereadora Nildma Ribeiro, em áreas consideradas de risco, como atividades
de capoeira, karatê, futebol formam a “corda guia” lançada por voluntários. 
Fazem a parte deles, mas ainda há muito que se fazer e todos nós somos chamados
à responsabilidade. Responsabilidade que não pode faltar quando se vira as costas para o nacionalmente reconhecido “Conquista Criança”, infelizmente relegado ao esquecimento. 
Assim como os meninos da Tailândia, os nossos meninos foram ofuscados
pelo glamour da aventura, pela efervescência pueril, mas não conseguiram voltar
sozinhos. Ficaram isolados. Basta uma mão amiga, ou várias mãos voluntárias
como as que nos emocionaram no diíficl e, graças a Deus, exitoso resgate.
Cruzar os braços e achar que nada temos a ver, é como
abandonar à sorte centenas de outros meninos à escuridão das cavernas e às
águas turvas de um destino incerto.