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APAGÃO NO TRANSPORTE PÚBLICO – Por mais quanto tempo?

Há pouco completam 20 dias
que metade da cidade não tem transporte público. Frota da Viação Vitória interditada por gravíssimas falhas mecânicas que colocam em risco a vida de usuários e demais pessoas. Basta. Os e
mpresários do setor querem
garantias
.

A realidade é uma só: empresas é que não faltam por
todo o País O que talvez não se previa é que todos elas iriam fazer análises e
pedir condições mínimas para vir operar em Vitória da Conquista.
Transporte público é uma
atividade que exige elevadas somas. Somas milionárias. Não é como abrir e fechar
uma loja, tomando como exemplo.
Mais que isto. O transporte
público é caixa de ressonância,
repercute rápido, a sociedade e a economia
local sentem 
imediatamente os devastadores efeitos da ausência dos ônibus.
Que o leitor entenda.
Imaginemos uma empresa
deslocando 90 ônibus de alguma localidade do Brasil rumo a Vitória da Conquista. 
Trata-se de uma operação
hercúlea, operação de guerra, exigindo centenas de pessoas, recursos e
logística.
Para motivar as empresas  a tal façanha, elas se perguntarão:
A – VALE A PENA?
B – TEREI SEGURANÇA JURÍDICA?
C – TEREI SEGURANÇA ECONÔMICA
?
D – POR QUANTO TEMPO IREI
OPERAR?
E – QUAL É A TARIFA PRATICADA
POR LÁ?
G – COM QUEM IREI COMPETIR ?
(Clandestinos)
F – COM QUAL EMPRESA IREI DIVIDIR
O MERCADO? (Neste caso, com a Viação Cidade Verde).
Para todas estas perguntas as
respostas dependerão, basicamente, dessas
ações e variáveis:
1 – Aumento imediato de
tarifa, já que ela está congelada há 18 meses;
2 – Exclusão imediata dos clandestinos (Mai de 600 entre vans e carros de passeio);
3 – Tempo maior do contrato
emergencial para justificar a gigantesca operação.
E é aí que residem os desafios
e o calvário que o governo municipal
enfrentará, porque são variáveis que por si só o prefeito Herzem Gusmão não pode garantir. Depende de legislação, opinião pública e da embaraçosa política.
Enquanto isso, a empresa que
decidir vir terá que pavimentar terreno antes da sua chegada a Vitória da
Conquista: contratar mais de 500
funcionários, treiná-los de modo que estejam aptos a servir a população.
Especialistas em Direito garantem que os
empresários do setor, por experiência, evitarão absorver os servidores da
Viação Vitória e, de igual modo, as instalações ou a garagem para evitar um
efeito jurídico denominado de SUCESSÃO EMPRESARIAL, 

Tipo, os feitos das
heranças malditas das dívidas milionárias da Viação Vitória, o que contaminaria a
nova empresa. Foi tornado público que a Viação Cidade Verde deu esta prova de cautela e experiência. Mesmo chegando com novo Contrato de Concessão, a empresa Cidade Verde preferiu
construir uma nova garagem. 

Segundo se
sabe, ainda assim essa empresa 
enfrentou nos primeiros anos dezenas de
processos que visavam transferir dividas da
Viação Serrana para a Cidade
Verde.
Nas rodas de conversas,
muitos se aventuram em fazer prognósticos tentando encontrar respostas para a
melhor viabilidade. Uma breve enquete e é quase unanimidade que a Cidade Verde ainda é a
melhor opção para o governo municipal restabelecer o transporte público da
metade da cidade desassistida. 

Diagnósticos apontam que a Viação Cidade Verde
é a solução mais inteligente para urgência que o caso requer. Todas as
variáveis colocam a empresa na dianteira, seja por diversos pontos de vista:
A – Poder econômico para
investir as elevadas somas;
B – Já é
reconhecida e testada pela população;
D – Por estar na cidade, teria como diminuir os impactos dos custos dessa gigantesca
operação que incidiria sobre a tarifa sustentada pela população. Algo distante de
se garantir e operacionalizar com empresas vindo de fora.
Enquanto isso, o governo
municipal já não possui tempo hábil para testar outras empresas para que estas
devolvam a paz tão esperada no transporte público. De igual modo, o governo
municipal não pode falhar novamente com este serviço essencial Se optar por empresas distantes, suas chances de falhar
são elevadas.
Escolhas urgentes em que população avaliará a quantas andam o governo  que decretou estado de
emergência do transporte público.

ARTIGO – QUEM OLHA PARA OS PROFESSORES?

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Jeremias Macário* (Especial para o Sudoeste Digital) – Não dá para esquecer a primeira professora. Quando ainda menino e já labutava na roça com meus pais, lá pelos idos dos anos 50, Nina foi a minha primeira professora leiga, mas o que mais me marcou na vida foi sua penosa pobreza como agregada-escrava de um grande latifundiário.

Aprendi com ela a escrever meu nome e a ler alguma coisa soletrando as palavras. Coube a esta personagem real privilegiar um dos capítulos do meu livro “Andanças” que ora, sem patrocínio, luta para ser lançado.

Os tempos se passaram e tive outros notáveis mestres até início da década de 70 quando ainda estes profissionais do ensino eram valorizados e respeitados por pais e toda sociedade. Os alunos aprendiam a lição e eram ávidos por estudar.

Havia normas nas escolas que eram obedecidas, mas os travessos, como eu, recebiam castigos na frente dos outros colegas. A questão dos métodos é discutível, mas isso é outro assunto. 

Regime disciplinar certo ou errado, a verdade é que até a década de 70, mais ou menos isso, o professor ainda era olhado com carinho, e sua pessoa era reverenciada por onde passava como autoridade intelectual da comunidade, no mesmo nível do juiz, do padre e do prefeito. O mestre, como era chamado, se sentia realizado, reconhecido e contente como o que fazia, distribuir seus conhecimentos para os outros.

Estourou a ditadura militar de 1964 e, em pouco tempo, o educador passou a ser olhado como um inimigo subversivo que poderia provocar uma rebelião entre os estudantes. Sua missão de ensinar começou a ser mutilada e vigiada dia e noite. O saber virou um perigo comunista e muitos foram torturados nos porões do regime. Outros foram banidos e exilados.

Apesar das condições adversas, a profissão de professor ainda continuava sendo digna, mas o cenário do estudo e da educação foi se deteriorando. Piorou ainda mais a partir do processo de redemocratização do país em fins dos anos 80, quando por lógica deveria ter melhorado, mas não, atingiu seu pico de degradação e humilhação nos dias de hoje, repudiado e visto como um “zé ninguém qualquer”, sem importância.

Até anos atrás imaginava que professor não ficava desempregado e teria mercado garantido porque sempre ia ter gente para aprender e mais escolas seriam abertas. Ledo engano, meu amigo, o que se vê hoje em nossa pátria é de cortar o coração e dói muito, basta ser humano e um pouco sensível.

Não é somente a questão do desemprego que faz derramar lágrimas dos olhos dos professores, mas também as agressões violentas dos alunos, e os assédios morais de chefes e pais que aniquilam de vez a autoestima daqueles que continuam, a duras penas, nas degradantes salas de aulas.

Quase ninguém olha para eles, mas tenho ouvido muitos lamentos e choros de professores desiludidos com a profissão, inclusive vivendo em estado de depressão e ansiedade. Em seus cantos isolados, como se fossem renegados criminosos, muitos passam necessidades e até fome. Para sobreviver, recorrem à ajuda de parentes e perambulam pelas cidades atrás de um bico. Sujeitam-se até a trabalhos domésticos ou a vender bugigangas nas ruas.

Aos que ainda permanecem atuando, o poder público não os valoriza e nega qualquer pedido de aumento, alegando limite fiscal quando, no entanto, contempla outras categorias, as quais, o chefe do executivo considera serem mais fundamentais em termos socioeconômico e político. Afinal de contas, a educação nunca foi prioridade dos governantes.

Vivemos, infelizmente, numa sociedade fútil consumista e sem instrução que pouco liga pra greve de professores. Os chefes dos executivos que deviam dar bom exemplo, também não. Como não tem de imediato o mesmo impacto de uma paralisação de caminhoneiros, bancários e até mesmo de garis (sem desprestigiar a classe), deixam a coisa rolar por tempo indeterminado. Preferem manter as escolas fechadas, sem educação. Em suas contas retrógradas significa menos gastos.

Outros coitados, sem opção, se submetem à escravidão das escolas privadas do ensino básico e médio que pagam apenas 500 reais por mês pelos seus serviços. Os alunos mimados os tratam com grosserias numa relação de serviçais escravos entre a Senzala e a Casa Grande dos senhores de engenhos. Os donos humilham, exigem trabalho árduo, muita obediência e dedicação. Afinal, tem outros lá fora na fila de espera.

Quem olha para os professores? Diante das conquistas destroçadas e a fúria destruidora da categoria, como numa terra arrasada, nem eles mesmos recomendam aos jovens que sigam a carreira. De acordo com a pesquisa “Profissão Docente”, do Todos pela Educação e do Itaú Social, realizada pelo Ibope Inteligência, metade deles não aconselha que seus alunos se graduem na área. 

Não são poucos os professores que testemunham os riscos que sofrem dentro das escolas, principalmente estaduais, onde alunos se drogam nos pátios, sem contar os baixos salários e as precárias condições de trabalho. Muitos escolheram a profissão por falta de opção. O emprego certo virou lenda. No estudo, que entrevistou mais de dois mil professores, 33% estão insatisfeitos com a atividade docente.

Milhões empunham as bandeiras de seus times, brigam e até se matam. Outros milhões invadem as ruas nos carnavais, no Dia do Samba, nas paradas Gays e nas marchas evangélicas, mas se incomodam e alegam o tal “direito de ir e vir” quando uma centena de professores faz manifestação exigindo o pouco que merecem. Deveríamos nos envergonhar disso.

Resultado de imagem para jeremias macarioEntão, quem vai olhar para os professores? Os próximos candidatos que continuam fazendo parte das bancadas da bala, da Bíblia, dos “centrões” evangélicos e a rural? Dá para confiar nos eleitores e nas eleições que nunca resolveram nada? Olhem para eles! Milhares não têm mais lágrimas para derramar, mas ainda continuam lutando, esperando que alguém os olhe e estenda sua mão.

*Jeremias Macário é jornalista e escritor

POLÍTICA – Guilherme Menezes e vereadores manifestam apoio a Solla e Galo


O ex-prefeito de Vitória da Conquista, Guilherme Menezes, referendou o seu apoio aos deputados estadual Marcelino Galo e federal Jorge Solla, para as eleições 2018. Os vereadores conquistenses Márcia Viviane e Valdemir Dias, também oficializaram apoio aos parlamentares. Todos são do PT.

O evento ocorreu durante reunião política nesta quinta-feira (2), no auditório da Faculdade Uninassau, centro da cidade. Menezes enalteceu a dupla de deputados, enfatizando que “Solla é um homem que trabalha por Conquista, desde a década de 80”.

Sobre a relação amistosa, o ex-prefeito recordou que, quando assumiu a Prefeitura, convidou Solla.

“Ele aceitou deixar a Universidade Federal da Bahia e ser secretário de saúde da Prefeitura de Conquista, ajudando demais quando tivemos a gestão plena. E hoje, como deputado federal, destinou importantes emendas ao Hospital Esaú Matos e tantos outros segmentos. E Marcelino Galo, já votei nele, é um homem de palavra, dos movimentos sociais”, emendou. (Com informações e imagem do Blog do Rodrigo Ferraz)

GREVE – Professores de Conquista mantêm paralisação; categoria marca presença em sessão especial

Os profissionais da educação da rede municipal de ensino de Vitória da Conquista, a 509 km de Salvador, vão marcar presença na sessão da Câmara de Vereadores, nessa sexta-feira (3), a partir das 8h30, para acompanhar a proposta de sessão especial da categoria. VÍDEORREPORTAGEM

Em greve há 13 dias corridos, os professores e monitores promoveram um debate com a professora da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Arlete Ramos, sobre os desafios da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Acompanhe a reportagem de Carol Ferraz.

          

CONQUISTA – Sindacs aceita proposta da Prefeitura e encerra campanha salarial 2018

Imagem: Ag. Sudoeste Digital

O Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e de Combate a Endemias (Sindacs) aceitou a proposta da Prefeitura, que ofereceu 2,76% de reajuste salarial e 5% no tíquete alimentação, que deverá ser pago a partir deste mês, retroativo a maio. O comunicado foi feito em assembleia, nesta quinta-feira (2). A reportagem é de Carol Ferraz.

           

NOTÍCIAS DO MANDATO – Nildma Ribeiro leva a voz do Sudoeste à Oficina Estadual de Formação e Capacitação para Acesso à Terra e Políticas de Permanência no Campo

A vereadora Nildma Ribeiro (PC do B) participa da Oficina Estadual de Formação e Capacitação para Acesso à Terra e Políticas de Permanência no Campo. O evento, aberto nesta quinta-feira (2), se estende até amanhã, no Centro de Treinamento da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), em Salvador,

O Encontro trata sobre as políticas públicas de permanência no campo, criação de assentamentos e áreas de crédito fundiário, tais como moradia, estrada, água, energia, créditos iniciais e financiamentos, entre outros.

A oficina conta com a presença da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Coordenação de Desenvolvimento Agrário (CDA) e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

EDITORIAL – Calote no transporte público

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Funcionários da Viação Vitória emprestaram dinheiro à própria empresa confiando no AVALISTA.

E agora? A DÍVIDA É MILIONÁRIA. Leia o nosso editorial e entenda como se deu esse calote.

O que acontece quando o DEVEDOR e AVALISTA se “desentendem” na presença dos CREDORES (funcionários) se vendo entre tapas e graves acusações?

No afã dos fatos e versões temos de um lado a empresa (devedora) que diz:

“Devo, não nego, mas só posso pagar R$500,00”

Enquanto do outro, o AVALISTA tentando sair “à francesa”, se esgueirando e distraindo os 517 sofridos e credores funcionários, dizendo-se igualmente traído, levando-os de um lado a outro, por dias a fio com vãs e teatrais promessas.

Sutilmente o avalista, em vão, vem tentando transferir sua única e exclusiva responsabilidade sindical, de guardião dos direitos dos trabalhadores. Ora Álvaro Souza, do Sindicato dos Rodoviários (Sintravc), atribui a culpa ao prefeito Herzem Gusmão (MDB), ora ao Legislativo e até ao finado e seu antecessor Carlos Fernandes (imagem ao lado). Talvez porque mortos não possam se defender.



ENTENDA O CALOTE 
Desonestidade intelectual

Restrito aos limites internos dos muros da Viação Vitória tudo se desenvolvia silencioso e aparentemente sob controle, em especial quando avalizado pelo Sindicado dos Rodoviários. Até que o trágico extravasou, fazendo Vitória da Conquista conhecer, estarrecida, a tragédia SOCIAL E ECONÔMICA das centenas de famílias e funcionários que, acuados, passam dificuldades até para se alimentar e pagar despesas triviais.

Segundo o réu confesso e avalista Alvaro Souza, há muito a Viação Vitória vinha submetendo seus funcionários a trabalho escravo, ferindo a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), de capa a capa.

Enganados com a falsa sensação de que tudo estava sob o controle, os funcionários da Viação Vitória  não se deram conta do trágico que estava por vir. As aparências que o presidente do sindicato fazia questão de passar, fosse de sua influência no gabinete do prefeito e até de alguns parlamentares do Legislativo, vitimizou os funcionários.

A imagem que Álvaro passava de bom moço sugeria confiança incondicional, semelhante ao desastre que foi o consórcio “morte súbita”, de um médico baiano e do odiado público, Jair Lagoa.

Semelhantes mecanismos estiveram em ação reproduzindo os efeitos “entorpecentes de massa”. Neste caso, os funcionários. Sofismas matemáticos foram criados de modo que fizessem os funcionários baixassem a guarda, deixando de reivindicar seus direitos e que esses não se acumulassem: fossem férias, 1/3 de férias, horas extras, INSS.

Ao ponto de administrarem como se fosse medicamentos em doses progressivas de dias, semanas e meses de atrasos dos salários.

Ente atos públicos na forma elogiar a Viação Vitória (embora Alvaro diga que a empresa desde 2011 já aprontava), ele não se economizou em validar a empresa. Até círculos e sessões de orações dentro da empresa o presidente Álvaro se dava em corrente com o diretor Cláudio Andrade (imagens abaixo).


                     Como haveria cobradores e motoristas 
                     imaginar o trágico que viria?

Álvaro Souza foi capaz de construir e estimular o sofisma matemático que desse a falsa sensação de que os funcionários da Viação Vitória obtinham salários maiores que os rigorosamente e comprovadamente pagos em dia pela Viação Cidade Verde.

Como no conto da famosa anedota:

O sujeito vende um carro ao amigo, bem mais caro que valor de mercado. Mas sujeito não paga o veículo. Dá calote. O que vendeu conta vantagem: – “ELE PODE NÃO TER PAGO O CARRO, MAS EU ENFIEI A FACA NELE”, gaba-se o enganado. 

Assim tem sido o engodo a que muitos funcionários na Viação Vitória, “enfeitiçados”, ainda se gabam. A lamentável situação se tornou alvo até mesmo do anedotário local.

CHARGES TOMAM CONTA DA INTERNET

Restou apurado com fontes fidedignas que a Viação Vitória deve em média para cada motorista cerca de R$6 mil, e para cada cobrador, R$3 mil, fora os direitos acima relacionados. 


A empresa fez uma proposta de pagar para cada um deles R$500 por semana. Pasmem! 

Por que o presidente do sindicato não denunciou tudo isto há muito tempo? Quantas vezes Álvaro foi à Câmara dos Vereadores fazer essas denúncias?

Sem contar que a Viação Vitória deve mais de R$ 1 milhão ao próprio sindicato e Álvaro represou estas infrações.

Avalista ou não?

Álvaro fechou os olhos para todas as probabilidades do calote. E continua impondo aos funcionários uma espécie de “cegueira cognitiva”. E a manipulação continua.

ARTIGO – Vale a pena ser professor (a)? (Padre Carlos Roberto Pereira)*

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O desenvolvimento de um município só pode ser medido se levarmos em conta vários fatores, como o serviço de saúde, suas estradas, o investimento privado e público, qualidade de vida, a cultura ou a educação. E é na educação que reside o maior desafio de qualquer estado democrático.

A qualificação dos cidadãos é o que garante que teremos futuro e que este estará entregue a gente capaz de assumir o que a cidade exige.

Durante duas décadas, Vitória da Conquista recebeu uma atenção dos seus gestores, capaz de dar respostas aos jovens que querem prosseguir seus estudos. Transformamos esta cidade num polo de educação e prestação de serviço,alavancando assim, o desenvolvimento regional no sudoeste baiano e no norte de Minas Gerais.

Estes investimentos públicos e privados, só foram possível, porque a iniciativa privada entendia, que os gestores do município manteriam os investimentos nos seguimentos necessário para Conquista continuar na rota do desenvolvimento.

O que define um gestor público, é como ele enxerga uma crise, enquanto alguns só conseguem vê o caos outros acreditam ser uma oportunidade de desenvolvimento. O mais importante neste momento, é fazer com que o Governo Municipal dê sinais claros que a aposta na educação vai continuar e que, acima de tudo, a valorização de quem torna o ensino possível é fundamental. Falo naturalmente dos professores. Uma classe, tradicionalmente unida entre si, apesar da diversidade de pensamentos tem assegurado a formação de milhares e milhares de alunos. É na escola que diariamente confiamos os nossos filhos.

Independentemente da forma como vão terminar as negociações entre o poder público e o sindicato, temos que ter consciência de que o município não necessita de populismos, nem de colocar a sociedade contra a classe docente, como se todos os males viessem daqueles que formam, e bem, os nossos jovens. Não necessitamos de um Prefeito que junte, no mesmo pensamento, educação e finanças. Infelizes ou ponderadas, a decisão de fechar qualquer diálogo com o sindicato e mandar um projeto de lei, sem discutir com a classe, não trouxeram paz e inflamaram ainda mais a opinião pública.

JUSTIÇA – Cadeia “5 estrelas” ou direitos fundamentais?

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Vitor Guglinski* – Como tem sido normal ocorrer ultimamente, o discurso da vingança e do ódio tem tomado conta dos debates envolvendo o Projeto de Lei nº 2230/2011, de autoria do deputado Domingos Dutra, que cria o chamado Estatuto Penitenciário Nacional.

Como dito, a proposta soa como desafiadora àqueles que veem no preso nada mais do que uma “coisa” que merece apodrecer nas masmorras nacionais. Melhor ainda se a pena for aplicada com requintes de crueldade, da forma mais sofrida possível.

Pois bem, um dos objetivos da pena privativa de liberdade é retribuir à sociedade o mal praticado (caráter retributivo da pena).

Quanto a esse aspecto retributivo, do ponto de vista pedagógico, como se retribui um mal?

Penso, salvo melhor juízo, que seja praticando um bem. Está correto?

Sendo assim, como desenvolver no detento a ideia de prática do bem, se o ambiente penitenciário oferece a ele justamente o contrário? Isto é, nossas penitenciárias não informam ao preso outra coisa que não a mensagem de que a sociedade está pouco se lixando pra sua recuperação. A partir do momento em que a pessoa comete um crime, na visão de nossa sociedade vingativa automaticamente se torna um pária; um ser indesejado, que deve ser eliminado do convívio social, como se aqueles que desejam seu sofrimento jamais tivessem cometido algum pecado. Santa hipocrisia!

Prisão serve para que, momentaneamente, o criminoso seja afastado do convívio social, já que demonstrou, no momento em que delinquiu, um desafino com as regras do contrato social. Em momento algum nossa Constituição ou a legislação criminal postulam, afirmam ou sugerem que o preso mereça tratamento semelhante ao dado a um animal selvagem.

Consoante o senso comum, sustenta-se que não se deve dar ao preso a chance de se recuperar enquanto pessoa. E isso vem de uma sociedade que pensa (com alto teor de equívoco) que não é crime baixar músicas, filmes e livros na internet e comprar mídias e outros produtos pirateados; que é tolerável enganar a Receita Federal no momento de declarar o imposto de renda ou dar aquele “migué” no Leão no momento de passar as compras feitas no exterior sem declarar e pagar o imposto devido; que não é antiético furar filas; que é da maior esperteza receber o troco a maior e ficar calado…

Então, tendo em vista que a sociedade brasileira sustenta tal mentalidade, é até coerente desejar que o preso sofra o máximo possível na cadeia. Isso se afina com a mentalidade de que “pequenos deslizes” são toleráveis e socialmente adequados. Nessa ordem de ideias, não se deve ficar espantado com o mal desejado ao criminoso.

Contudo, que a sociedade brasileira tenha pelo menos um pouco de sensatez, e deixe de sonhar em um dia ser Suécia, Áustria, Dinamarca etc., pois lá – no mundo civilizado – o preso tem tudo isso que aqueles que são contrários à nobre proposta do deputado Domingos Dutra tacham de “mordomias” ou “cinco estrelas”.

Banho quente, aparelhos para exercícios físicos, produtos de higiene pessoal, preservativos etc. São, antes, expressão de direitos arrolados na Constituição da República – Carta que não faz qualquer ressalva sobre quais são os destinatários dos direitos fundamentais por ela consagrados.

Advogado. Pós-graduado com especialização em Direito do Consumidor. Membro do Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor (BRASILCON). Ex-assessor jurídico da 2ª Vara Cível de Juiz de Fora (MG). Autor colaborador da obra Código de Defesa do Consumidor: Doutrina e Jurisprudência para Utilização Profissional (Coleção Uso Profissional – Editora Juspodivn). Coautor da obra internacional Temas Actuales de Derecho del Consumidor (editora Normas Jurídicas – Peru). Coautor da obra Dano Temporal: O Tempo como Valor Jurídico (editora Empório do Direito). Colaborador da Rádio Justiça do STF. Colaborador de diversos periódicos jurídicos.

DESEMPREGO – Fábrica de calçados demite 210 dos 300 funcionário em Itapetinga


No final da tarde desta quarta-feira (1), a redação do Sudoeste Hoje foi informada, por fonte fidedigna, que a indústria de Calçados Renata Mello deu aviso prévio a cerca de 210 funcionários da sua fábrica em Itapetinga e 30 da filial de Iguaí, alegando dificuldades de mercado e a crise econômica.

Se as demissões forem mesmo consumadas, a política de geração de empregos do Governo do Estado, através da Secretaria do Desenvolvimento Econômica, será colocada em cheque, derrubando por terra as promessas do governador Rui Costa de reerguer a economia do Médio Sudoeste, ainda abalada pelas mais de 18 mil demissões da Azaléia, que devastou a região.

O blog foi informado ainda que a Vulcabras/Azaleia demitiu cerca de 100 colaboradores, nos meses de junho e julho, outro fator preocupante para a economia de Itapetinga e região. O Editor o Sudoeste Hoje entrou em contato com o prefeito Rodrigo Hagge (MDB), que deverá entrar em contato com a direção da Renata Melo, visando reverter as demissões. A fábrica da Renata Mello em Itapetinga conta hoje com cerca de 300 funcionários. (Davi Ferraz)