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FLASHES | O resumo dos principais assuntos em Vitória da Conquista

MONITORAMENTO | A zona oeste ganhou um moderno sistema de monitoramento por câmeras. A iniciativa, já em operação, é resultado de uma parceria entre a 78ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) e uma empresa privada do município.

A implantação do sistema tem como objetivo diminuir os índices de criminalidade naquela área de Vitória da Conquista, contando com o apoio da tecnologia, que já se mostrou eficaz no setor de trânsito da cidade.

Imagem relacionadaPOLICLÍNICA | O governador Rui Costa (PT) ironizou o ato de inauguração do novo aeroporto de Conquista, na última terça-feira (23), do qual participou o presidente Jair Bolsonaro.

Rui Costa entrega a policlínica regional de saúde do município nesta quinta-feira (1º). “Sem lista de presença, sem credenciais e sem tapume, vamos inaugurar a policlínica. Quem quiser ir não precisa botar nome na lista. Não vai ter tapume ou cerca”, declarou Rui.

SEM AULA | “Educação não é gasto, é investimento!”. A frase, escrita a tinta numa cartolina branca,exibida por um estudante da Escola Municipal José Rodrigues do Prado, no distrito de Pradoso, resumia o protesto de milhares de crianças que estão sem aula há quase um mês, por falta de transporte escolar.


Ao lado da criança, outros estudantes, acompanhados das mães, exigiam respostas da gestão municipal, em frente ao prédio da Prefeitura. Além da do Pradoso, mais de 100 escolas municipais da zona rural de Vitória da Conquista estão sem aula.

FEIRA DE SAÚDE | Consultas médicas em diversas especialidades, exames de mamografia, ultrassonografia, raio x, além de aferição de pressão e medição de glicemia; emissão de RG, CPF e outros documentos estão à disposição dos moradores de Vitória da Conquista, até a sexta-feira (2).

É a Feira Cidadã, evento promovido pela Secretaria de Saúde (Sesab) em parceria com as Voluntárias Sociais da Bahia (VSBA). Em Conquista, a Feira – que deve atender 15 mil pessoas – acontece no Centro Integrado de Educação Navarro de Brito, no bairro Brasil.

EDUCAÇÃO | Sem aulas há quase um mês, crianças protestam na Prefeitura de Conquista

Imagens: Ag. Sudoeste Digital/31.7.2019

“Educação não é gasto, é investimento!”. A frase, escrita a tinta numa cartolina branca,exibida por um estudante da Escola Municipal José Rodrigues do Prado, no distrito de Pradoso, resumia o protesto de milhares de crianças que estão sem aula há quase um mês, nas escolas da zona rural de Vitória da Conquista, por falta de transporte escolar.

Ao lado da criança do cartaz, outros estudantes, acompanhados das mães, exigiam respostas da gestão municipal, em frente ao prédio da Prefeitura, na manhã desta quarta-feira, 31.

Abrigada sob uma árvore para fugir do calor, a dona de casa Eliane dos Santos Teixeira, mãe de uma criança especial, não escondia a sua indignação com a suspensão das aulas há mais de 22 dias. Ela disse que, a princípio, o protesto surtiu efeito.

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A exemplo dos dias anteriores neste mês, mais uma vez os estudantes encontraram a escola fechada na manhã nessa quarta-feira (31). O motivo, mais uma vez, foi a falta de transporte escolar para professores e estudantes. A reportagem tenta contato com a Secretaria de Educação.

Além da do Pradoso, mais de 100 escolas municipais da zona rural de Vitória da Conquista estão há mais de 20 dias sem aula

Segundos mães e pais dos alunos, a Secretaria Municipal de Educação havia estimulado como prazo para o retorno do recesso esta quarta. No entanto, apenas os estudantes que moram mais próximos foram a escola porque a situação do transporte escolar para os professores e alunos que moram mais distante ainda não foi regularizado.

Esta já é a segunda vez que o retorno das aulas foi adiado. As escolas da zona urbana iniciaram o segundo semestre letivo no dia 9 de julho, mas devido a problemas com a licitação do transporte escolar, a Secretária de Educação informou que as escolas da zona rural só retornariam no  22 de julho. Mais uma vez, não conseguiram cumprir o prazo determinado e foi adiado novamente.

Renata Rodrigues, mãe de aluno, contou que já entrou várias vezes em contato com a Secretaria de Educação, e a única resposta que obtém da gestão é: Estamos nos empenhando para resolver o problema. “Disseram que estão se empenhando, mas os alunos já estão há 3 semanas sem aula. O prazo era essa quarta-feira, está no portal da transparência”

Shirley Viana, que tem dois filhos matriculados na escola de Pradoso, lamentou o descaso do governo municipal com a educação da zona rural. “Em tempos que esperamos mudança na política, o atual governo enfraquece e deixa muito a desejar na zona rural”, frisou.

TREMEDAL DA FOME | Políticos coagem moradores e usam mídia para esconder miséria na zona rural


Imediatamente após o premiado jornalista João Pedro Pitombo, da Folha de São Paulo, percorrer estradas de chão e e deparar com a miséria em seu estado mais bruto, no povoado de Tapiaconga, zona rural de Tremedal, sudoeste da Bahia, políticos locais e seus asseclas se apressaram em esconder a triste realidade exibida nas páginas do jornal. (LEIA AQUI)

Na velocidade da luz, os lambe-botas dos políticos bateram às portas das pessoas entrevistadas – e que declararam estar vivendo na mais extrema pobreza, passando necessidade – para mudar a versão e, assim, fugir de eventuais desgastes e, quem sabe, minimizar os efeitos de uma eventual fiscalização federal sobre a aplicação de verbas públicas para a saúde e a educação no município.

Não bastasse orientar as pessoas humildes a contar uma história diferente da exibida pela reportagem, ainda se prestaram a expor famílias em vídeos orientados e procurar suporte em veículos de mídia para tentar dar credibilidade a uma situação que é exposta há anos numa das regiões mais pobres do Brasil.

Tentativas em vão. Imagens que valem mil palavras mostram panelas e pratos vazios, pessoas esquálidas e ambiente insalubre.

Pobres pessoas que, com vergonha de buscar ajuda, saciam a fome e a sede com mamão verde e água salobra, que possui gosto desagradável, e também a que possui um certo sabor de sal.

Tremedal, que por décadas ficou conhecido mais pelo sobrenome de uma família política dominante, volta às manchetes nacionais para mostrar um Brasil que passa fome, que vive em lamentável descaso.

Mais do que isso, desnuda um quadro de subserviência a que famílias são forçadas para agradar o fulanos de gabinete em troca de míseras cestas básicas.

Como explicar a situação da mão de família, que mora em uma casa de adobe e cozinha em fogão a lenha, onde a única refeição do dia era: arroz e feijão?

Na sua geladeira, que também não funciona, há apenas três tomates parcialmente podres, meia abóbora e um pote de maionese. Agora eles correm para levar alimentos, mas somente depois de serem desmascarados. Abutres é o que são.

Fingem esquecer que a desnutrição se reflete no corpo magro e na baixa estatura dos filhos desas famílias.

No ano passado, um deles chegou a desmaiar na escola por falta de comida. O que eles temem? Que CGU (Controladoria-Geral da União), MPF  (Ministério Público Federal) e Polícia Federal cobrem onde foi parar o dinheiro da merenda escolar?

A Folha visitou quatro das famílias mais pobres dos povoados mais isolados de um dos municípios de menor índice de desenvolvimento humano do país —em relação ao IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), Tremedal ocupa o 5.408º lugar dentre os 5.570 municípios brasileiros.

Não é um quadro atual, o que evidencia ainda mais o descaso longevo com essa região árida e abandonada. Em dezembro de 2012 o jornalista Mário Bittencourt escrevia que “(…) o que move a economia local são as 2.998 famílias beneficiárias do Bolsa Família, cerca de 3.000 aposentados, comerciantes e funcionários da prefeitura (…). (RELEMBRE).

Em vez de tentar mudar os rumos da reportagem da Folha, que fez o caminho inverso da mídia comprada, e ousou cruzar a linha que divide o lauto banquete da miséria, os coronéis e seus adeptos deveriam repensar seu atos e, em vez de desviar recurso para o mais carentes, promover políticas públicas de inclusão social, levando água a quem tem sede e pão a quem tem fome. Sem nada pedir em troca.

Celino Souza, jornalista.

GREVE | Funcionários dos Correios começam greve nesta quarta

Correios; greve
Em meio a expectativas de privatização por parte do governo federal, os funcionários dos Correios anunciaram uma greve a partir da noite desta quarta-feira, 31.

A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) teve uma reunião com a diretoria da empresa na manhã da última terça-feira, 30, mas o encontro terminou sem acordos.

A Fentect enviou ao novo presidente dos Correios, Floriano Peixoto, que assumiu a companhia no dia 21 de junho, um ofício informando que a paralisação por tempo indeterminado se dará por “reivindicações não atendidas pela empresa à mesa de negociação” e por falta de “reajuste salarial e contra a retirada de direitos históricos da categoria”.

Durante o dia, representantes dos funcionários irão ao Tribunal Superior do Trabalho, que tenta mediar as conversas e impedir a greve. Serão discutidos temas caros aos funcionários, como o “baixo reajuste salarial” e a retirada dos pais como dependentes no plano de saúde dos empregados.

A empresa também quer debater a taxa de coparticipação dos funcionários nos convênios médicos, que hoje está na casa dos 30%. Os correios carregam uma conta de 6 bilhões de reais com planos de saúde e previdência dos funcionários.

O secretário de imprensa da Fentect, Fischer Moreira, afirma que apesar da data marcada para a greve, os funcionários ainda estão disponíveis para negociar. “Entendemos o momento da empresa, mas é necessário também ver o lado do trabalhador”, afirma. A estatal já foi apontada pelo presidente Jair Bolsonaro como uma das prioridades de privatização de seu governo.

A equipe econômica enxerga nos Correios uma companhia inchada e ineficiente, com brechas demais para desvios e um histórico de corrupção.

Os Correios passaram por quatro anos seguidos de prejuízo de 2013 a 2016. As perdas acumuladas que ainda não foram pagas chegam a 2,5 bilhões de reais. Nos últimos dois anos, a empresa voltou ao azul, mas com margem de lucro apertada e grande necessidade de investimento.

A privatização é um assunto que não está resolvido nem mesmo no próprio governo. O secretário de Desestatização e Desinvestimentos do Ministério da Economia, Salim Mattar, é um dos defensores da venda, mas o ministro Marcos Pontes, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, já deu declarações defendendo maior reflexão sobre o tema.

O general Juarez Cunha, que ocupava a presidência da estatal antes de Floriano Peixoto, foi demitido por Bolsonaro, que não gostou de sua postura durante uma audiência pública no Congresso sobre a privatização da estatal.

“Não necessariamente a privatização vai trazer preços mais acessíveis, inclusive para regiões periféricas, e a precarização de serviços vai ser ampliada.

A gente sabe que existe esse fantasma da privatização e combate essa perspectiva”, disse Fischer Moreira. Os Correios afirmaram que “continuam em negociação com representações dos empregados”, com mediação do TST, e que “não é oportuno tratar de greve neste momento”. | Exame

TORNOZELEIRA | SEAP e TJBA implantam monitoração eletrônica em Conquista

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SUDOESTE DIGITAL (CONTEÚDO PRÓPRIO) – Nesta quarta-feira, 31, Vitória da Conquista se tornará a segunda cidade do interior da Bahia a ter monitoração eletrônica para presos em regime semiaberto. A primeira foi Juazeiro, no Norte do Estado, no último dia 9.

A cerimônia de apresentação do sistema de monitoração no município acontece às 14 horas, no Salão do Júri do Fórum João Mangabeira, por meio do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJBA), Corregedoria Geral de Justiça (CGJ) e Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap).

Em Juazeiro, 52 detentos do regime semiaberto domiciliar, que já possuem carta de emprego e autorização judicial da Vara da Execução Penal da Comarca de Juazeiro, receberam a tornozeleira eletrônica. Em Conquista os equipamentos serão aplicados em 35 detentos que moram e trabalham na cidade.

ECONOMIA


O uso das tornozeleiras, além de gerar economia para o estado e contribuir com a redução da superlotação nos presídios, ajuda no restabelecimento dos vínculos familiares e no processo de ressocialização do detento. Durante o dia, o monitorado pode trabalhar e a noite, nos finais de semana e feriados, pode ficar em sua residência, em vez de retornar para o Conjunto Penal.

A tornozeleira envia as informações do usuário para Central de Monitoramento, que acompanha todos os deslocamentos. O custo mensal de uma tornozeleira eletrônica para o estado da Bahia está em torno de R$ 165, enquanto a média do preso é de R$ 3 mil.

O projeto conta com a parceria da Secretaria da Segurança Pública da Bahia, através da Polícia Militar e da Polícia Civil, do Ministério Público do Estado da Bahia, Defensoria Pública do Estado da Bahia, Ordem dos Advogados do Brasil, seção Bahia.

A tecnologia já é usada há dois em Salvador e Região Metropolitana. Até o final do ano, a expectativa é que 1.200 equipamentos estejam em uso no estado, auxiliando na redução da superlotação dos presídios.

VIRALIZOU | Sucesso dos anos 80, ‘Boate Azul’ viraliza no WhatsApp e agita karaokês

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A música ‘Boate Azul’, sucesso sertanejo dos anos 80, se tornou viral em 2019 devido a uma versão ‘alternativa’ que virou até meme. Em todo o país, a música, em especial na versão cantada pelo artista “Cachorrão do Brega”, faz a alegria dos bares, festas e karaokês dos finais de semana.

“Essa (música) é uma das mais pedidas na noite, tanto para os participantes que vão cantar no karaokê, quanto nos intervalos de um cantor para o outro, quando o DJ coloca músicas enquanto o outro artista espera a sua vez. É só ela começar, que a galera vai à loucura e canta em coro”, comenta o dono de um espaço multi-eventos na zona oeste da cidade.
“Boate Azul sempre foi um sucesso entre os clientes, mas ultimamente os pedidos pela música tem se intensificado. Principalmente quando é a versão que rola nos grupos de WhatsApp. As pessoas brincam e se divertem muito”, destacou.
Curiosamente, durante a pane que afetou o envio e recebimento de áudios, imagens e vídeos no aplicativo de mensagens Whatsapp, no início deste mês, usuários compartilharam em massa o “único áudio que está baixando no celular de todo mundo hoje”. Ao dar play no áudio, a já famosa versão do Cachorrão do Brega começava a tocar.
História da música
Boate Azul foi escrita pelo compositor Benedito Seviero. Originalmente, a música foi gravada pela dupla Joaquim e Manuel, mas inúmeros artistas famosos já interpretaram a obra musical, entre eles Bruno e Marrone, Gusttavo Lima, Milionário e José Rico, Leonardo, Eduardo Costa, Reginaldo Rossi e, mais recentemente, Cachorrão do Brega.
A letra da canção trata sobre um homem que, ‘doente de amor’, tenta esquecer os problemas amorosos em festas, mas acaba exagerando na bebida, deixado sozinho na boate e sem nem ao menos lembrar do nome de uma dama que viu durante a noite.
Nas redes sociais, a versão rendeu diversos memes, com vídeos, paródias e montagens sendo compartilhadas no Facebook, Twitter e no Youtube. Alguns usuários destacam que a versão brega da música é, ao mesmo tempo, “engraçada e divertida”.
Cachorrão do Brega viraliza
Responsável pela nova onda de sucesso da música Boate Azul, o artista Márcio Show, também conhecido como Cachorrão do Brega, se tornou um sucesso instantâneo na internet. Sua página pessoal no Instagram pulou de 5 mil seguidores em junho, para 62,3 mil somente em um mês. No Youtube, o vídeo com a versão do artista de Boate Azul já tem, até o momento, 15,5 milhões de visualizações.
O sucesso nas redes sociais já refletiu inclusive na sua vida profissional. Conforme postagens no seu Instagram, a lista de shows para todo o mês de maio e junho foram preenchidas, chegando a fazer até 27 shows somente no mês de junho.

QUAL A SUA OPINIÃO? | Todo maior de 16 anos será doador de órgãos

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Um projeto em tramitação no Senado pode aumentar o volume de transplantes de tecidos, órgãos e partes do corpo humano no Brasil.
#PraCegoVer Fundo cinza claro e ilustração de duas mãos formando um coração e no meio delas um coração vermelho. Texto na imagem: 
Todo maior de 16 anos será doador de órgãos a não ser que se manifeste em contrário. De acordo com o projeto, que também torna mais rigorosas as leis contra tráfico de órgãos.

É o que espera o senador Major Olimpio (PSL-SP). Ele propôs revisar a legislação que regulamenta a doação pós-morte (Lei 9.434, de 1997) e quer enquadrar os crimes ligados à remoção ilegal de órgãos na Lei de Crimes Hediondos (Lei 8.072, de 1990).

O projeto de Major Olimpio (PL 3.176/2019) coloca a doação de órgãos e tecidos como sendo de consentimento presumido. Ou seja, caso a pessoa maior de 16 anos não se manifeste contrária à doação, ela é considerada doadora até que se prove o contrário.

Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) realiza reunião deliberativa com 33 itens. Entre eles, a PEC 1/2019, que trata do voto aberto na eleição das mesas do Congresso Nacional.   À bancada, em pronunciamento, senador Major Olimpio (PSL-SP).  Foto: Pedro França/Agência SenadoA retirada do material em menores de 16 e pessoas com deficiência mental sem discernimento depende de autorização do parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o quarto grau, inclusive.

Até agora, essa autorização para retirada em judicialmente incapazes deveria vir expressamente do pai e da mãe ou dos representantes legais.

O projeto de Major Olimpio (acima) prevê que o Sistema Nacional de Transplante (SNT) seja informado sobre a vontade das pessoas que deixam a opção expressamente registrada no documento de identidade (RG). Além disso, o SNT deve ser consultado sobre uma possível manifestação contrária da pessoa pela doação antes da retirada do órgão.

Essa manifestação da não-vontade, ou seja, contrária à doação, pode ser feita a qualquer momento e em qualquer documento oficial de identificação, com a previsão de comunicação imediata do órgão responsável para o Sistema Nacional de Transplantes.

No caso de dois ou mais documentos legalmente válidos com opções diferentes quanto à condição de doador ou não, prevalecerá aquele cuja a manifestação for a mais recente.

Mudanças

O PL 3.176/2019 torna a lei de doação de órgãos mais flexível em relação à veiculação de anúncio ou apelo público por doação a uma pessoa determinada ou para arrecadação de fundos para o financiamento de transplante ou enxerto em benefício de particulares. O senador se coloca favorável às campanhas dizendo que “quando praticadas dentro dos limites legais, poderão salvar vidas de milhares de brasileiros”.

Ao justificar o projeto, o parlamentar diz acreditar que essas medidas devem contribuir para o aumento nos índices de doadores potenciais e efetivos.

“Isso pode refletir positivamente no número de transplantes de órgãos — o que, consequentemente, representa a sobrevida de milhares de pessoas que atualmente estão em filas de espera por um transplante”.

Se por um lado o texto de Major Olimpio facilita as campanhas por doação de órgãos, por outro, ele endurece as penas para os crimes relativos à remoção ilegal, e os coloca no grupo de crimes hediondos, contra os quais a punição é maior.

“A proposta não só aumenta o apenamento dos crimes já existentes relacionados a órgãos de pessoas, mas também os coloca no rol de crimes hediondos, tendo em vista o caráter repugnante da prática de infrações penais envolvendo vidas e órgãos humanos”, explica Major Olimpio.

A pena para quem remove tecidos, órgãos ou partes do corpo passa dos dois a seis anos de reclusão previstos na Lei 9.434, de 1997, para de três a oito anos. Se o crime é cometido mediante recompensa ou motivo torpe, a reclusão mínima sobe de três para quatro anos, e a máxima vai de oito para dez anos.

Há previsão de aumento de pena especialmente se a vítima for pessoa ainda viva. Se o crime resulta em morte a pena mínima vai de oito para 12 anos e a máxima de 20 para 30 anos.

Se o crime resultar em incapacidade para o trabalho; enfermidade incurável; perda ou inutilização de membro, sentido ou função; deformidade permanente; ou aborto a pena de reclusão mínima sobe de quatro para seis anos, e a máxima, antes de 12 anos, sobe para 14 anos.

Se a retirada do órgão, tecido ou parte levar à incapacidade das ocupações habituais; a perigo de vida; a debilidade permanente de membro, sentido ou função ou aceleração de parto, a pena mínima sobe de três para quatro anos e a máxima permanece em dez anos.

O tráfico do material tem a pena de reclusão aumentada de três para cinco anos (mínima) e vai até dez anos (máxima). Os supostos médicos que realizam o transplante ou enxerto podem ter sentença de três a oito anos, ou seja, mais que a de um a seis anos prevista na atual lei de doação de órgãos.

Em todos os casos, há valores em dia-multa, muitos deles também aumentados pelo projeto apresentado pelo senador Major Olimpio.

A proposta aguarda relator na Comissão de Constituição em Justiça (CCJ), que deverá votá-la em caráter terminativo. Ou seja, se aprovada sem recurso para votação no Plenário ou em outras comissões, ela seguirá para a Câmara dos Deputados. || Agência Senado

ARTIGO | OS DESESPERADOS ARDIS DE SÉRGIO MORO (João Batista de Castro Júnior)*

OS DESESPERADOS ARDIS DE SÉRGIO MORO
O Supremo Tribunal Federal firmou a compreensão de que, mesmo sendo expressamente vedado o anonimato pela Constituição, “nada impede a deflagração da persecução penal pela chamada ‘denúncia anônima’, desde que esta seja seguida de diligências realizadas para averiguar os fatos nela noticiados” (HC 86.082, rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22.08.2008). 

A partir daí, vários outros julgados sob relatoria de diferentes Ministros reafirmaram essa orientação. Em um caso específico de sentença proferida pelo então juiz federal Sérgio Moro em julho de 2014, que condenou Lilian de Oliveira Lisboa a 26 anos e 8 meses de prisão, o STF, tendo como relator o Min. Dias Toffoli (RHC 132115 / PR, j. 06/02/2018 , Segunda Turma), rejeitou o argumento de invalidade da denúncia anônima que deflagrara a investigação, mesmo tendo se esforçado muito o advogado Rodrigo Castor, o enigmático “Doutor Castor”, contra o qual Gilmar Mendes bradou numa sessão da Corte por ser irmão de um procurador da República da Lava Jato e contabilizar suspeitosos êxitos nas delações.
Pelo que se vê dessa linha de orientação jurisprudencial, uma prova, por ter origem ilícita, não impede por si só apuração preliminar, se ela depois se articular a outros elementos colhidos na investigação, sobretudo quando estão em jogo princípios constitucionais que precisam ser protegidos, a fim de que não mais ocorra tragédia similar à de um Moro digno de respeito, o jurista e político italiano de centro-esquerda Aldo Moro, várias vezes primeiro-ministro do seu país, que, sequestrado pelas Brigadas Vermelhas, terminou assassinado depois de 55 dias de cativeiro, em certa medida porque a polícia exagerou no escrúpulo em retardar a invasão da casa onde ele se encontrava, por não dispor de ordem judicial.  
Sendo assim, nessa fisionomia da teoria jurídica sobre o tema, tudo mais então que consta da operação sobre os hackers deve ser secundarizado, pois é Sérgio Moro que deve ser investigado por seus tenebrosos desatinos de juiz parcial a serviço de uma corrente político-partidária, diante de tantas atestações da integridade dos diálogos pela Folha de São Paulo, Revista Veja, BuzzFeed Brasil e El País, entre outros. Isso se estende a seu sidekick do MPF, Dallagnol, um procurador sem qualquer prurido ético e preocupado não somente com o fortalecimento do Ministério Público para além das balizas constitucionais, mas também com encher mais e mais as próprias burras de dinheiro à medida que inflava alvos e acusações, habilitando-se com isso para aquelas soporíferas palestras mais condizentes com uma cultura de almanaque e de 1 centímetro de profundidade.
Nada mais acertado agora que a devolução do dinheiro angariado por essa arapuca ímproba armada por ele no exercício do cargo seja buscada em ação popular, que pode ser impetrada em qualquer lugar do País, segundo o Superior Tribunal de Justiça, inclusive com pedido de indenização por dano moral coletivo, já que, na condição de ajudante de ordens de Moro, foi cúmplice em produzir volumoso estrago nas contas da imagem institucional do oneroso aparelho de justiça custeado com dinheiro do contribuinte.
Se já se tinha reserva contra certa ala majoritária do saber jurídico,  por fazer  “turvas as águas claras para parecerem profundas” e pelo papel de esbirros desempenhado por alguns dos seus nomes mais famosos em favor de estamentos ideológicos historicamente dominantes, agora até a ideia de boa preparação acadêmica está arranhada, pois as gafes de Moro são vergonhosas, a exemplo do anedótico mau uso da norma culta, que paradoxalmente sempre serviu à elite a que ele pertence como seletiva aduana no exercício do preconceito social, inclusive em relação a Lula.  
Hoje ele está seguro apenas pelo socorro dado pelo capitão-presidente, que viu nisso a oportunidade de emascular sua espetaculosa grandeza midiática, mas, tal como Hitler que usou os famosos paraquedistas para livrar Mussolini do cativeiro, se sente agora por isso desobrigado de qualquer outra paga. Apesar da conveniente omissão quanto às irregularidades do seu chefe, como a escandalosa nomeação do filho para a embaixada brasileira nos Estados Unidos, e de citações bíblicas para tentar forçar o encaixe no “terrivelmente evangélico”, Moro pode então dar adeus à cadeira no STF, de onde poderia continuar sua sombria atuação sem ser incomodado pela espada de uma demissão sumária.
Não são tão preocupantes os ataques que ele vive ensaiando contra Glenn Greenwald, que está blindado pela reputação de premiado jornalista, até porque, pressionado pela imprensa a respeitar a Constituição, o então ultrapoderoso juiz federal teve que voltar atrás na investida contra o blogueiro Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, sem falar que, no frigir dos ovos, jamais os EUA irão admitir que um nativo seu seja injustamente perseguido por um governo que lhe rende intensa vassalagem. Constrangedor mesmo é saber que o ministério da justiça no Brasil está à deriva com um piloto inábil, sem o estoque moral de um dos seus antecessores no cargo, Márcio Thomaz Bastos, que não hesitou em se opor à expulsão do jornalista americano Larry Rohter num momento de ira do então presidente.
Essa baixa enfibratura de Moro, quanto mais é revelada, só faz aumentar a indignação no relembrar o interrogatório de Lula. Afinal, como admitir que um homem de sua volumosa dimensão histórica pudesse ser interrogado por um pigmeu ético e intelectual? Por tudo que possa estar por trás dessa sinistra arquitetura política e jurídica, convém torcer para que uma das belas canções de Beto Guedes não tenha sido dotada de intuição profética para com o drama do ex-presidente aprisionado num calabouço: “Quem souber dizer a exata explicação/ Me diz como pode acontecer/ Um simples canalha mata um rei/ Em menos de um segundo”.
Vitória da Conquista, 28 de julho de 2019. 

N.R.: Postado originalmente em Probus

* João Batista de Castro Júnior é  juiz federal e professor do Curso de Direito da Universidade do Estado da Bahia, campus Brumado. 

RETROCESSO | TJ-BA decide pela desativação de 16 comarcas no interior

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Por 43 votos a 11, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) decidiu pela desativação de 16 comarcas judiciais.

A maioria dos desembargadores seguiu o voto do relator, que pediu a desativação das unidades de Antas, Cipó, Governador Mangabeira, Ibirataia, Igaporã, Itabela, Itajubá, Itaúna, Laje, Maragogipe, Pindobaçu, Presidente Jânio Quadros, Sapeaçu, Tanhaçu e Taperoá. A comarca de São Félix também será desativada, mas apenas após a promoção e remoção dos magistrados titulares.

Durante a discussão, o desembargador Sergio Cafezeiro apresentou seu voto-vista questionando os critérios adotados para sugerir a desativação das comarcas (veja aqui).

Roberto Frank disse que o voto do relator Abelardo da Matta é sobre novos processos que entraram, mas que quase todas as comarcas são superávitarias. Porém o presidente do TJ-BA, Gesivaldo Britto, alegou que a proposta não levou em conta o superávit das comarcas, e sim critérios técnicos definidos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Aberlado da Matta defendeu que seu voto não tinha “nenhuma vírgula da opinião dele”, e que o critério de arrecadação não condiz com “a realidade de hoje e de amanhã”. Segundo ele, com os cartórios extrajudiciais privatizados, a arrecadação cai em 50%.

O relator citou ainda a decisão do conselheiro Valtércio Ronaldo de Oliveira, que avaliou o pedido de providência de um advogado baiano para que as comarcas não fossem desativadas. “A partir dos estudos realizados pelo tribunal, as 19 comarcas estão abaixo do número paradigma indicativo, portanto sujeitas a desativação”, diz um trecho da decisão.

“Os tribunais devem adotar providências necessárias para extinção, transformação ou transferência de unidades judiciárias e/ou comarcas com distribuição processual inferior a 50% da média de casos novos por magistrado do respectivo magistrado no último triênio”, adiciona Valtércio, defendendo que se trata de um critério objetivo referente aos processos novos.

O desembargador Eserval Rocha apontou que o projeto apresentado pela gestão de Britto é diferente do que ele mesmo apresentou quando foi presidente do TJ-BA, e que “não é agregação, somente desativação”. Já Lourival Trindade comparou a desativação de uma comarca com o fechamento de um hospital: “não se mensura o acesso à Justiça por gasto, assim como não se mensura gasto com educação e saúde”. Lourival disse ainda que os critérios do CNJ são “questionáveis”, já que muitas comarcas têm baixa movimentação porque não tem juiz no local e as pessoas ficam desestimuladas a buscarem o Judiciário.

Já a decana Silvia Zarif disse que a medida “incomoda e machuca”, mas que as comarcas citadas no projeto “nem deveriam ter existido”. Para ela, os servidores deveriam agradecer por não terem o salário atrasado, porque “o estado está crítico”.

A desembargadora Joanice Guimarães segue o mesmo entendimento. Ao fazer um “desabafo” sobre a discussão no plenário, ela pontua que o CNJ já analisou e apontou a necessidade da desativação, portanto, a decisão seria apenas uma mudança na “perspectiva do atendimento”.

“O que a gente está lamentando?”, indaga. “Foi feito um procedimento para instalação de 157 Cejusc’s, nós já estamos em 130 e pouco, ainda tem condição de encampar essas novas comarcas, não vejo nada demais nem nenhum motivo pra esse saudosismo, pra essa coisa parecendo que o judiciário era muito bom, que nós temos um judiciário efetivo, as comarcas estão ótimas… Por que a gente fica se iludindo?”, acrescenta.

 Por fim, Gesivaldo determinou que, no caso das comarcas desativadas, sejam criados Centros de Conciliação Extrajudicial nas cidades. o desembargador Salomão Resedá chegou a sugerir que fossem criadas varas itinerantes, como existe na Justiça do Trabalho.

CONQUISTA | Secretaria de Saúde e Esaú Matos realizam mais uma edição da campanha Agosto Dourado

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Durante todo o mês de agosto, a Vigilância Nutricional da Secretaria Municipal de Saúde e o Banco de Leite do Esaú Matos vão realizar em Vitória da Conquista a campanha Agosto Dourado.

A mobilização, que acontece em todo o país, pretende dialogar e incentivar a amamentação exclusiva com leite materno durante os primeiros meses de vida da criança.

Este ano o tema da campanha é “Empoderar mães e pais, favorecer a amamentação hoje e para o futuro!”. As atividades já começam no dia 1° de agosto, no Hospital Esaú Matos, com a realização do “Melodias Douradas”, na ala materno infantil da unidade, com entrega de convites para oficina de amamentação paterna para os acompanhantes das mães internas.Já nesta sexta-feira(2), acontece uma blitz informativa com adesivaço no centro da cidade.

Os pais, que também são alvo principal desta edição da campanha, vão fazer parte de uma oficina de amamentação paterna. Com o lema “Um papo de homem pra homem”, o encontro acontecerá na sexta-feira (09) com um café da manhã no Banco de Leite do Esaú Matos.

Outro aspecto importante da campanha será o cadastramento de novas doadoras para o Banco de Leite, que acontecerá durante os encontros de mães e gestantes com a presença da médica pediatra Dra. Aline Andrade.

No dia 8 de agosto, o encontro será nas unidades de saúde Urbis V, pela manhã, e Urbis VI, pela tarde, e no dia 13 no Pradoso. O encontro também acontecerá no dia 14, à tarde, no Conveima e no dia 22, à tarde, na Igreja São Mateus no bairro Miro Cairo.

O grande dia da campanha acontecerá no sábado, 24, com a realização de um Mamaço, a partir das 14h, no estacionamento do Shopping Boulevard.

Mamaço é o nome de um evento mundial, no qual as mães com seus bebês se reúnem para amamentar, enquanto compartilham e se entrosam com as outras pessoas presentes. 

O Agosto dourado ainda vai contar com a apresentação do teatro Lambe Lambe para mães e acompanhantes internadas do Hospital Esaú Matos, no dia 22 à tarde e, no dia 29, uma apresentação do Coral do Instituto Cathalá no Auditório e, à tarde, o Chá Dourado com as mães, encerrando a programação. | Secom/PMVC