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CONQUISTA | Protestos pela educação tomam as ruas centrais do município

Estudantes, professores e sindicalistas de Vitória da Conquista lotaram as ruas centrais da cidade no segundo dia de protestos unificados pelo país contra os cortes anunciados pelo governo federal.
A concentração aconteceu nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira, 30, na praça Joaquim Correia, proximidades da Prefeitura.

Os manifestantes exibiam faixas, cartazes e se revezam em discursos num carro de som. Os primeiros atos ocorreram em 15 de maio, quando ao menos 222 cidades dos 26 estados e do Distrito Federal tiveram protestos em favor da educação. Vitória da Conquista também esteve presente no  primeiro ato.

Depois de atos na Joaquim Coreia, os manifestantes seguiram pelo centro, entoando palavras de ordem e distribuindo panfletos. Nos cartazes e faixas, frases como “Sem investimento não haverá conhecimento” e “A educação resiste” se destacavam.

Em nota à imprensa, Sérgio Barroso, diretor de Comunicação da Associação dos Docentes da Uesb (Adusb), entidade em greve desde o dia 9 de abril, se manifestou sobre o movimento. “Estamos na rua para denunciar que os cortes na educação também acontecem na Bahia. Rui Costa critica a postura do governo federal, mas faz o mesmo tipo de política por aqui. Nos últimos dois anos R$ 110 milhões deixaram de chegar nas Universidades Estaduais, prejudicando o funcionamento e o serviço que prestamos à população”.

Segundo ele, esse evento nessa quinta-feira “é também uma preparação para a Greve Geral, convocada feita pelas centrais sindicais, para o dia 14 de junho. O objetivo da paralisação é de barrar a Reforma da Previdência (PEC 06/2019), que tramita da Câmara dos Deputados”. De acordo com os sindicatos, a reforma aumentará a idade mínima e o tempo de contribuição, com redução do valor dos benefícios, o que dificultará o acesso à aposentadoria no Brasil.

Entenda os cortes na educação

Em decreto de março que bloqueou R$ 29 bilhões do Orçamento 2019, o governo federal contingenciou R$ 5,1 bilhões da educação


Dos R$ 5,8 bilhões cortados, R$ 1,704 bilhão recai sobre o ensino superior federal


Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado


Os cortes e a suspensão motivaram os protestos de 15 de maio


Após os atos, o governo disse que liberaria mais recursos para a educação, mas manteve o corte anunciado em março


Nesta quinta, o Conselho Nacional dos Direitos Humanos recomendou que o governo reveja os bloqueios

PF EM AÇÃO | PF deflagra operação contra desvios de verbas públicas em Vitória da Conquista e Itambé

PF deflagra operação contra desvios de verbas públicas em Vitória da Conquista e Itambé
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (30) a Operação Pedra Afiada, que visa combater crimes de desvio de recursos públicos do Ministério da Integração Nacional na cidade de Itambé (BA).

Cerca de vinte e cinco Policiais Federais e quatro auditores da Controladoria Geral da União cumprem onze mandados de busca e apreensão, dez mandados de medidas cautelares diversas da prisão e doze mandados de intimação nos municípios baianos de Itambé e Vitória da Conquista.

A operação decorre de uma investigação iniciada em 2017 sobre as atividades de uma empresa da região que, em conluio com o Poder Público munícipe, venceu obras de calçamento da cidade, desviando esses recursos públicos obtidos, sem concluir as obras contratadas ou executando-as parcialmente.

Ao longo das investigações, foi apurado que essa empresa servia apenas de “fachada” e que, na verdade, não havia concorrência nenhuma na licitação. Entre os anos de 2014 e 2015, a organização criminosa obteve contratos públicos, dos quais R$1.270.411,42 teriam sido desviados ou utilizados de forma indevida.

O nome da operação, Pedra Afiada é uma dupla referência ao material utilizado para as obras – paralelepípedo – e representa também o significado de Itambé na língua Tupi.

Os envolvidos responderão pelos crimes de organização criminosa, desvio de recursos públicos e fraude à licitação.

HOMENAGEM | Projeto Quintas de Maio será tema de audiência Pública

A Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC) realizará nessa quinta-feira, 30, às 19h, uma audiência pública em homenagem ao projeto Quintas de Maio, idealizado pelo cantor e produtor cultural Vadinho Barreto. A audiência foi solicitada pelo vereador Jorge Bezerra (SD).

O projeto Quintas de Maio  vem revelando novos artistas em Vitória da Conquista e região. Os encontros celebram a música e incentivam novos talentos.

Inicialmente, o projeto acontecia no foyer do Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima. Depois, foi para o Teatro Municipal Carlos Jehovah. Atualmente, acontece na AABB e na Praça Nove de Novembro.
Imagem Projeto Quintas de Maio será tema de audiência Pública

MOBILIDADE | Após reivindicação da comunidade, prefeitura inicia pavimentação em avenida do Vila América


A prefeitura de Vitória da Conquista iniciou na manhã desta terça-feira(28), a drenagem e a pavimentação da Avenida Juscelino Kubitschek, no bairro Vila América. A obra utiliza recursos do PAC I e II. Esta é uma antiga revindicação da comunidade local.
As informações e imagens são do Blog do Sena.


 
De acordo com o líder comunitário Moisés da Silva Santos (Dida), a próxima via do bairro que dever ser pavimentada é a Francisco Sabino. No entanto, outras 10 ruas também precisam receber asfalto. “A prefeitura pediu de dois a três meses para realizar o completo do bairro”, contou Dida.

NOTÍCIAS DO MANDATO | Emenda da vereadora Nildma Ribeiro garante manutenção de escola no assentamento Lagoa Nova

Os moradores do assentamento de Lagoa Nova, zona rural de Vitória da Conquista, agradeceram a vereadora Nildma Ribeiro (PCdoB) pela emenda parlamentar que garantiu R$80 mil para ampliação e manutenção da escola na comunidade.

             

Com isso as crianças permanecerão mais próximas de suas casas, sem a necessidade de longos deslocamentos para o distrito de Iguá, caso a unidade escolar seja fechada, como defende a Prefeitura de Conquista.

A representante da comunidade, Nilzani Bispo Mendes, destacou a importância dos recursos. Presente na audiência pública, nesta terça-feira, 28, ela lamentou a notícia de que a Prefeitura pretende fechar escolas na zona rural.

“É com muita indignação”, disse ela. “A nossa escola é a nossa história, não somente um patrimônio. São histórias de vida”, apontou ela. “O Governo está aí só para desfazer tudo que foi feito”, disse Zane sobre o modelo de gestão adotado por Herzem Gusmão e o secretário de educação Esmeraldino Correia. “Se o filho dele fosse tratado da forma como os nossos filhos estão sendo tratados, com desrespeito, será que ele gostaria?”, questionou ela.

A vereadora Nildma Ribeiro também repudiou a decisão da Prefeitura. “É uma falta de respeito”, afirmou. Ela defendeu a população do campo. “Vocês não estão pedindo favor e sim garantia de direito, é lei”, detalhou.

A parlamentar afirmou que se entristece com a posição de colegas que defendem o fechamento de escolas e alegam que as estradas rurais estão em bom estado. Nildma ressaltou que o campo deve ser respeitado e “não vai se calar”. Ela também citou o secretário de Educação, Esmeraldino Correia, que não compareceu à audiência, e voltou a pedir respeito. “Nós queremos mais educação no campo”, falou.

CRIME NA PREFEITURA | Ex-gestor e atual prefeito de Caetité são denunciados pelo MPF por associação criminosa

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O Ministério Público Federal (MPF) em Guanambi moveu ação penal denunciando por fraude em licitação e associação criminosa o ex-prefeito de Caetité José Barreira de Alencar Filho e o atual prefeito, Aldo Ricardo Cardoso Gondim, então secretário de Administração à época dos fatos.

Ex-gestor e atual prefeito de Caetité são denunciados pelo MPF por associação criminosa

Também foram denunciados os empresários Josmar Fernandes dos Santos e Júlio César Cotrim e os então agentes públicos, Arnaldo Azevedo Silva, Gláucia Maria Rodrigues de Oliveira e Rubiamara Gomes de Souza, sendo esta, os empresários, o ex-gestor e o atual prefeito, os principais autores dos crimes. Respondem, ainda, os agentes públicos à época: Eugênio Soares da Silva, por fraude em licitações, e Thaís Rodrigues da Cunha e Nilo Joaquim Azevedo – que ocupava o cargo de Secretário de Serviços Públicos – por associação criminosa.

A partir de investigações desenvolvidas em conjunto por Ministério Público, Polícia Federal e Controladoria-Geral da União (CGU), foi apurado que entre 2009 e 2016, em Caetité, durante os oito anos de mandato de José Alencar Filho como prefeito, 28 licitações foram fraudadas. Todos os processos licitatórios têm como vencedoras empresas de fachada ocultamente controladas por Josmar dos Santos (Fernandes Projetos e Construções e JK Tech Construções). O valor dos contratos firmados ilegalmente é de R$ 14.303.415,15 – a JK Tech recebeu R$ 8.909.967,42 e a Fernandes, R$ 5.393.447,73.
A ação do MPF, contudo, se resume à responsabilização dos acionados pela fraude de cinco licitações realizadas nos anos de 2011 e 2012 envolvendo recursos do Fundo de Manutenção Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Os demais casos estão sob a atuação do MP do Estado da Bahia, por não envolverem recursos federais.
Licitações fraudadas – O MPF apurou diversas irregularidades nos processos licitatórios: ajuste prévio entre o empresário e a administração, restrição de competitividade, ausência de publicidade das licitações, recebimento de propostas com formatação idêntica, representantes de empresas ausentes mas que “assinaram” os documentos, empresas que vencem a licitação sem atender aos critérios do edital e até a cobrança abusiva de R$100 como taxa para obter o edital. De acordo com a ação, as provas evidenciam o direcionamento dos resultados: empresas de Josmar, sozinhas ou com empresas de Júlio, foram convidadas pela prefeitura em nada menos do que 14 convites, sendo as empresas de Josmar as ganhadoras em todos.
Empresa de fachada – Os sócios que figuram no contrato social da JK Tech – vencedora de quatro das cinco licitações – eram um recreador contratado pela prefeitura e um agricultor familiar, ambos com vencimentos que não superam um salário mínimo. Além dos sócios usados como laranjas, no endereço da JK Tech constante em seu contrato social existia, na verdade, um centro espírita. As investigações apuraram que as empresas não possuem mão de obra capacitada nem infraestrutura para realizar os serviços descritos nos contratos sociais e solicitados nos editais das licitações. Por exemplo, a JK Tech, embora afirme que presta serviços de locação de máquinas pesadas e automóveis, apenas possuía uma motocicleta Honda/NXR 125, ano 2013.
Associação criminosa – De acordo com a ação, o ex-prefeito José Barreira direcionou os resultados das licitações, assegurando o favorecimento de Josmar. As licitações fraudulentas foram conduzidas em conluio com servidores da prefeitura que na época atuaram como membros das comissões de licitação, destacando-se Rubiamara, que conduziu dez dos 28 processos licitatórios fraudados. O atual prefeito de Caetité, Aldo, solicitou, enquanto secretário municipal, a realização de diversas licitações, principalmente convites, estipulando unilateral e arbitrariamente um preço inicial sem pesquisa. Nilo de Azevedo, à época também secretário da prefeitura, deflagrou licitações sem pesquisa prévia de preços ou com pesquisas fraudulentas. As empresas controladas por Júlio César Cotrim (Construjam Construções, Cobrasiel e Euplan) integraram parte das licitações apenas para compor o processo fraudado e favorecer Josmar.
Pelas ações criminosas repetidas em diversas licitações, em articulação coordenada entre o prefeito, empresários, secretários e integrantes das comissões de licitação, o MPF concluiu que a conduta de parte dos envolvidos se enquadra no crime de associação criminosa.
Reincidentes – Não é a primeira vez que Josmar e Júlio são condenados. Na Operação Burla, em 2016, ambos foram presos. Atualmente, diversas ações penais e de improbidade tramitam na Justiça Federal em Guanambi. Josmar já tem condenações que somam mais de nove anos de prisão. Júlio, por sua vez, coleciona sentenças que totalizam mais de dezessete anos.
O MPF requer, além da condenação dos acusados por fraude em licitações (art. 90 da Lei 8.666/93) e associação criminosa (art. 288 do Código Penal), a fixação de multa indenizatória de no mínimo, R$1 milhão, para reparação moral coletiva.
E agora? O MPF aguarda que a Justiça Federal analise a denúncia, com base no artigo 41 do Código de Processo Penal, e decida pelo seu recebimento para que seja instaurada a respectiva ação penal. Instaurada a ação, os denunciados passarão a ser réus e caberá ao juiz designado dar seguimento ao processo, o que pode resultar na condenação e na aplicação de penas aos denunciados.
Número para consulta processual na Justiça Federal: 336-39.2019.4.01.3309 – Guanambi
Assessoria de ComunicaçãoMinistério Público Federal na Bahia

OPERAÇÃO CRONOS II | Polícia Civil de Itapetinga realiza prisão de homicida e traficante

A Polícia Civil de Itapetinga, por meio da 21a Coorpin, participa, nesta terça-feira (28), da Operação Cronos II, que cumpre, no estado, vários mandados de prisão contra autores de  homicídio e feminicídio.

A operação é coordenada pelo Conselho Nacional de Chefes de Polícia Civil (CONCPC).

O monitoramento da operação é realizado direto do Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em Brasília (DF).

O balanço parcial aponta que mais de 300 prisões já foram cumpridas pelas Polícias Civis dos Estados.

Em Itapetinga foi preso GEAN MOREIRA ARAÚJO, vulgo PEIXE, por força de mandado de prisão preventiva pela práticas dos crimes de posse de arma e de drogas. PEIXE, é investigado por tráfico de drogas e participação em homicídio na cidade.

Na cidade de Maiquinique, um adolescente infrator foi apreendido durante a Operação CRONOS II pela prática de ato infracional análogo ao crime de roubo.

Na 21a Coorpin foram mobilizadas três equipes coordenadas pelos Delegados Dr Roberto Júnior e Dr Irineu Andrade.

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CONQUISTA | Vereadores e comunidade debatem fechamento de escolas na zona rural

Imagem Fechamento de escolas na zona rural é tema de Audiência da Casa do Povo

Fechamento das escolas da zona rural foi o tema da audiência pública realizada na manhã dessa terça-feira, 27, na Casa do Povo. A audiência proposta pelo vereador Valdemir Dias (PT) contou com a presença da presidente sindicato dos  professores, SIMMP, Ana cristina Novaes;  do presidente do sindicato dos trabalhadores rurais Daniela Ferreira; Ildeon Ferreira Pinto, presidente da associação dos pequenos produtores de Campo Formoso; e a representante do conselho pedagógico do SIMMP,  Ana Cláudia.

       


Professores sendo sabatinados – Ana Cláudia, do Conselho pedagógico do Simmp, iniciou sua fala lamentando a situação das escolas da zona rural:  “Sinto uma tristeza profunda e uma vergonha imensa do governo por estarmos aqui discutindo esse assunto”. 


Ela lembrou que a constituição Federal assegura que a educação é direito de todos, bem como o acesso e a permanência na escola. Ana Cláudia relatou todas as Leis Federal e Estadual que assegura o direito a educação e cobrou do governo municipal o cumprimento das mesmas. Ela contou ainda que o sindicato tem feito visitas as escolas da zona rural e foi detectado que  salas de aula com 30 alunos do primeiro ao sexto ano, “que qualidade estamos dando a esses alunos? indagou. 

“O governo não está oferecendo transporte aos professores e será que vai garantir para os alunos?”. Ela questionou ainda sobre os alunos de Campo Formoso que foram matriculados na cidade de Belo Campo: “O prefeito de lá assegurou transporte a esses alunos. “Os alunos vão pra lá e perdemos recursos”, contou. 
Por fim ela questionou o porque do secretário de educação esta fazendo visitas as escolas e sabatinando professores: “Nosso secretário de educação esta indo nas escolas sabatinar os professores para que atinjam 7 metas até o fim do mandato. Vamos convidar eles para vir na Câmara ser sabatinado para saber quais as leis eles não estão cumprindo”, concluiu.
Desrespeito à zona rural – Ildeon Pinto, representante da comunidade de Campo Formoso, disse que o secretário municipal de Educação, Coronel Esmeraldino Correia, tem desrespeitado a zona rural ao fechar escolas sem consultar as comunidades. 
“Ele falou que passa por cima da zona rural, mas ele leva as crianças para o Iguá”, denunciou. “Como é que vão acabar com a escola de Campo Formoso? Nós precisamos lutar, não vamos parar por aqui”, disse Ildeon, que anunciou que a comunidade fará uma manifestação na porta da Prefeitura Municipal. “Vamos fazer um protesto na porta da Prefeitura, pra ver se Herzem Gusmão recebe nós, porque ele não recebe ninguém”, finalizou.
Educação não é gasto, é investimento – A presidente do SIMMP, Ana Cristina relembrou sua infância e contou que foi alfabetizada em uma escola na zona rural. “Se naquela época tivesse um governo que fechasse a escola talvez não tivesse aqui hoje”, contou. Contou que tomou conhecimento do fechamento das escolas no ano passado e daí já começou a luta. 
“Nós escrevemos um texto para o conselho, formamos uma comissão no dia 2 de outubro do ano passado e essa comissão nunca se reuniu”, lamentou completando que “se não formos pra embate, não vamos conseguir”. 
Ana Cristina disse ainda que o maior erro do governo é pensar a educação como gasto e não como investimento, “gasto é contratar assessorias”. Lamentou a falta de um representante da secretaria de educação para debater o fechamento das escolas. “Fizemos um parecer contra o fechamento dessas escolas. No conselho municipal somos minoria, mas somos a voz do povo”, finalizou.
Não comparecimento de representantes da PMVC – Daniela Ferreira, representante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, afirmou que é uma decepção o não comparecimento de alguns vereadores e de um representante da Secretaria de Educação. “Quando é atrás dos votos sabe correr atrás da gente”, reclamou. 
A sindicalista frisou que “o governo público quer sacrificar os nossos alunos” para manter as contas da Prefeitura. “Nós não temos culpa porque nós pagamos os nossos impostos”, declarou. 
Ela avalia que o fechamento das escolas força os alunos a uma situação muito desfavorável, pois têm que acordar mais cedo, enfrentar distâncias e a situação precária das estradas rurais. Ferreira cobrou uma posição da Prefeitura: “Está na hora de [o prefeito] sair da zona de conforto e ir conhecer a zona rural”. Ela ainda disparou: “Dizem que querem fazer a mudança que o povo quer. Mas essa mudança a gente não quer”.


GALERIA DE IMAGENS (AG. SUDOESTE DIGITAL)



DERROTA NA JUSTIÇA | Justiça de Conquista nega liminar a vanzeiros


Os vanzeiros que realizam transporte clandestino de passageiros em Vitória da Conquista tiveram mais uma derrota na Justiça. Após a decisão que derrubava a liminar que impedia o município de apreender os veículos do transporte irregular (LEIA AQUI), o Juiz Wander Cleuber Oliveira Lopes negou o habeas corpus com pedido liminar impetrado pela associação dos vanzeiros.
A solicitação era que a Polícia Civil deixasse de “registrar qualquer ocorrência delituosa em razão de transporte irregular de passageiros”. Na prática, seria impedir que fossem conduzidos os proprietários de vans flagrados em ato de contravenção penal. As informações são do Blitz Conquista.

Na decisão, o juiz esclarece que “apesar de a legislação não regulamentar o serviço em comento, não há autorização da Administração Pública para que particulares desempenhem o transporte coletivo, condição necessária para a prestação do serviço público”.

Wander Cleuber destaca que  o “transporte coletivo de pessoas, este é considerado serviço público, que somente deve ser prestado pela Administração Pública ou por terceiros que sejam por ela devidamente autorizados”.

A derrota dos vanzeiros também pode ser considerada um contratempo para o executivo municipal, que aparentava  escorar-se nas ações judiciais que pudessem ‘beneficiar’ a atividade clandestina para não realização da fiscalização eficaz do transporte irregular de passageiros.

Com as decisões recentes, a Prefeitura tem todo poder e obrigação de apreender veículos em situação de transporte clandestino e solicitar da autoridade policial a condução dos motoristas em flagrante contravenção penal.

“O art. 47 da Lei de Contravenções Penais prevê que exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar que a exerce, sem preencher as condições a que por lei está subordinado o seu exercício sujeita-se a pena de prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis. Trata-se de infração de mera conduta, não exigindo a ocorrência de dano efetivo para a sua consumação”.

PROCESSO: 0003771-61.2019.8.05.0274 
AUTOR(es):
ASSOCIACAO DO TRANSPORTE ALTERNATIVO DE VITORIA DA CONQUISTA ATRAVIC 

RÉU(s):
10 COORPIN COORDENADOR DR CLEBER ROCHA ANDRADE 

DECISÃO
Vistos etc. 

Trata-se de pedido de habeas corpus preventivo impetrado pela ASSOCIACAO DO
TRANSPORTE ALTERNATIVO DE VITORIA DA CONQUISTA ATRAVIC, por meio de seu procurador
constituído, em favor dos motoristas de transporte alternativo da cidade de Vitória da Conquista,
alegando, em síntese, que a impetrante é formada pela reunião de aproximadamente 50 (cinquenta)
associados, que atuam no transporte privado de passageiros, por meio da lotação de vans, buscando
atender ao serviço de transporte para a população carente, especialmente nos bairros periféricos da
cidade. 



Afirma que os associados estão sendo conduzidos à Delegacia de Polícia, pelas autoridades
policiais subordinadas à 10ª COORPIN, sendo-lhes atribuída a prática da contravenção penal do art. 47
do Decreto-Lei 3.688/41. 



Requer, liminarmente e no mérito, seja a autoridade coatora compelida a se abster de
registrar qualquer ocorrência delituosa em razão de transporte irregular de passageiros, em especial a
conduta prevista no art. 47 do Decreto-Lei nº 3.688/41, no tocante aos pacientes do presente writ, sob
pena de prisão por desobediência, com a consequente expedição de ofício ao Batalhão de Polícia Militar
e ciência à Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana. 



O presente writ fora inicialmente distribuído para a 2ª Vara Criminal desta comarca, que
declinou da competência para os Juizados Especiais Criminais. Então, distribuído para a 2ª Vara dos
Juizados Especiais da comarca de Vitória da Conquista, nesta fora suscitado o conflito negativo de
jurisdição e encaminhados os autos para o Tribunal de Justiça. 



Considerando se tratar de habeas corpus com pedido liminar, o relator, em interpretação
extensiva ao que prevê o art. 240 do RITJBA, determinou que este Juízo suscitante do conflito
resolvesse, em caráter provisório, as medidas urgentes.
É o breve relatório.



Adianto que indefiro o pedido liminar, por não vislumbrar o invocado constrangimento
ilegal.
No caso dos autos, o impetrante alega que os pacientes, condutores de veículos que
atuam no transporte privado de passageiros por meio da lotação de vans, estariam sendo conduzidos
ilegalmente à delegacia sob a alegação de estarem realizando transporte irregular de passageiros,
conduta prevista no art. 47 do Decreto-Lei 3.688/41. 



Junta boletim de ocorrência que comprova uma
das conduções.
A petição inicial não nega a conduta dos pacientes de realizar transporte remunerado de
passageiros sem autorização correspondente.
O boletim de ocorrência anexo à inicial guarda correlação com os fatos apresentados,
demonstrando satisfatoriamente a autoria e materialidade da infração imputada ao autor da conduta
nele descrita pela autoridade policial. 



O art. 47 da Lei de Contravenções Penais prevê que exercer profissão ou atividade
econômica ou anunciar que a exerce, sem preencher as condições a que por lei está subordinado o seu
exercício sujeita-se a pena de prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de quinhentos mil
réis a cinco contos de réis. 



Trata-se de infração de mera conduta, não exigindo a ocorrência de dano
efetivo para a sua consumação.
No tocante ao transporte coletivo de pessoas, este é considerado serviço público, que
somente deve ser prestado pela Administração Pública ou por terceiros que sejam por ela devidamente
autorizados. 



Assim, quando não executado diretamente pelo Poder Público, a execução do serviço de
transporte coletivo, de qualquer modalidade, deverá ser precedido de autorização.
Neste passo, embora a legislação municipal preveja a possibilidade de execução do
transporte de passageiros por terceiros, não traz regulamentação acerca do transporte coletivo de
pessoas por meio de vans realizados por particulares. 



Deste modo, apesar de a legislação não
regulamentar o serviço em comento, não há autorização da Administração Pública para que particulares
desempenhem o transporte coletivo, condição necessária para a prestação do serviço público. 



Assim, verificado pela autoridade policial o transporte coletivo irregular de passageiros,
vez que ausente autorização para a sua execução, a condução dos autores da conduta supostamente
delituosa à delegacia para a consequente lavratura do Termo Circunstanciado de Ocorrência não
configura, a priori, violência ou coação na liberdade de locomoção dos pacientes. 



Salienta-se que, o bem jurídico protegido pela norma em comento é a incolumidade
pública, notadamente em relação à segurança na rede viária e à mobilidade urbana. 



Por esse motivo, a
existência ou não de constrangimento ilegal exige, ao menos na grande maioria das vezes, uma análise
mais aprofundada dos elementos de convicção constantes dos autos para se verificar a existência de
constrangimento ilegal, exame reservado ao julgamento definitivo do presente habeas corpus. 



Assim, não identifico, de plano, o manifesto constrangimento ilegal.
Ante o exposto, INDEFIRO a liminar. 



Intime-se. 


Vitória da Conquista, 23 de maio de 2019

WANDER CLEUBER OLIVEIRA LOPES 
Juiz de Direito 1º Substituto

Leia a decisão na íntegra (clique aqui)