OPINIÃO | O que se passa na cabeça desse gestor ou dos mentores de seu governo quando não dialoga com o governo da Bahia?

Joilson Bergher – A Prefeitura de Vitoria da Conquista não quer que o governo do Estado da Bahia ajude essa cidade? Faço a pergunta a essa cidade a partir de um diálogo com alguns colegas integrantes de uma área técnica da saúde, em que atuo, por entender e perceber que no início do avanço do pico da CV -19-20, o seu prefeito se mantém distante das ações do governo da Bahia nessa cidade.

Se eu avaliar por exemplo, o prefeito de Salvador é do DEM, esse rapaz foi sabido, colou no governador que é do Partido dos Trabalhadores, para finalmente numa parceria um e outro dotarem a Capital Salvador de uma estrutura hospitalar a fim de conter o avanço do filamento do vírus, tentando evitar um caos, a morte de pessoas na Bahia, já em número de 18.

O que se passa na cabeça desse gestor ou dos mentores de seu governo quando não dialoga com o governo da Bahia a ponto de autorizar o funcionamento do comércio da cidade sendo prontamente rechaçado literalmente por toda a cidade, inclusive pelo Secretário de saúde do Estado, voltando atrás dessa medida temerária.

Outro exemplo: o governo da Bahia certamente de posse dos dados que dizem do avanço da CV 19-20 na cidade, o Estado acabou de contratar uma rede privada de saúde, HCC, Hospital das Clinicas de Vitória da Conquista, para junto a redeSUS existentes na cidade ajude na recuperação de possíveis infectados. 

Na outra ponta, ouvia uma entrevista do deputado federal Waldenor Pereira junto com o deputado estadual José Raimundo Fontes, ambos do PT destinaram 1.480.000, 00, para a prefeitura usar nas ações de combate ao CV 19-20., em Vitória da Conquista.

A meu juízo o governo da Bahia tem se movimentado para evitar o caos que poderá ser gerado pelo filamento do vírus, inclusive em Vitoria da conquista, dotando a rede pública e privada de estruturas para atendimento público.

E a prefeitura, com o seu prefeito apenas batendo boca com uma banda da imprensa, criando ilações políticas com o Conselho Municipal de Saúde que prontamente lhe respondeu a altura. O Senhor prefeito trouxe um montão de assessoria para essa cidade, que de concreto nada somou, nada somou. 

Será que essas assessorias e os cargos comissionados não contribuíram melhor se pelo menos 50 porcento dos pró-labores que são pagos a elas fossem destinados ao miseré que grassa os arredores de Vitória da Conquista, para adquirir cestas básica, material de higiene, roupa?

Já que a prefeitura a meu juízo não pretende colar no governo da Bahia como o fez o prefeito de Salvador, ele o prefeito de Vitória da Conquista que se diz bom na caneta azul, poderia autorizar o corte de seus subsídios em 50 por cento, e também de seus secretários para ajudar os deserdados do estado que não compõem qualquer programa do governo federal.

Ok, ok, até há algumas iniciativas de particulares na ajudas dos abandonados pelo Estado…mas nos parece a prefeitura ter entrado no rol de municípios no rol com Calamidade pública, uma excepcionalidade prevista no ordenamento jurídico brasileiro, onde boa parte dos dinheiros teriam que em tese ser utilizados nessa pandemia dos tempos atuais.

Quem sabe com esse decreto, o da calamidade pública ou rumores da suspensão de contrato de trabalhos 1.800 de trabalhadores da secretaria de educação do município sobrem algumas cestas básicas para quem precisa nessa economia de guerra? Mas será que o prefeito de Vitoria da Conquista e seus milhares de secretários estão alheios ao comando dessa cidade?

* Joilson Bergher,  trabalhador de quarentena, professor e pesquisador independente do Negro no Brasil. 

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