NOTÍCIAS DA UPB | Prefeitos criticam subfinanciamento da saúde e apontam desafios da assistência no Norte e Nordeste

O presidente da UPB, prefeito Quinho de Belo Campo, foi debatedor da “mesa satélite de Regulação e transporte Sanitário”, durante o 9° Congresso de Secretarias Municipais de Saúde das Regiões Norte e Nordeste.

O desafio da assistência e o subfinanciamento da saúde foram discutidos pelos participantes do evento, com a mesa que trouxe exemplos práticos das dificuldades enfrentadas pelos municípios, as disparidades regionais e peculiaridades que afetam a qualidade do atendimento.

Na ocasião o presidente Quinho se solidarizou com os prefeitos dos municípios ribeirinhos e de difícil acesso e desabafou dizendo que não há bom pagador sem dinheiro. “Fazer saúde é muito caro. Precisamos de políticas públicas que levem em consideração as peculiaridades para tratar os desiguais com desigualdades”. Segundo o gestor, o problema do Norte e Nordeste com saúde é histórico. Ele também criticou dizendo que “não se pode aceitar uma tabela SUS desatualizada há 20 anos”.

O líder municipalista também propôs um novo modelo de financiamento. “Precisamos rever muitas coisas e para isso precisamos de unidade. Estar de mãos dadas para sensibilizar o Congresso e a União. Não adianta só escuta, precisamos resolver”.

O prefeito de Santarém, Nélio Aguiar, que também é presidente da Federação das Associações de Municípios do Paraná (FAMEP) criticou a criação de um programa para transporte de pacientes com base no financiamento de emendas parlamentares. Segundo ele, a proposta esbarra na dificuldade de custeio para manter o serviço funcionando e pagar pessoal. Nélio defende o repasse fundo a fundo para atender melhor às demandas logísticas do transporte de pacientes. “Não dá para encarar o desafio da saúde com esse modelo. Pode transferir as responsabilidades para nós, mas transfira também o dinheiro”, afirma.

Como exemplo da disparidade no financiamento da saúde, Nélio Aguiar trouxe um dado de 2022, quando Santarém que tem 356 mil recebeu entre recursos do MAC e PAB R$93 milhões, já para a educação foi repassado pela União R$330 milhões, três vezes mais.


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