NA TRANCA | Vereador é preso por descumprir ordem judicial na Bahia

Um vereador de Campo Formoso, no centro-norte da Bahia, teve um mandado de prisão cumprido nesta segunda-feira (20) por violar o recolhimento domiciliar aos finais de semana, descumprindo medidas cautelares que lhe haviam sido impostas pela Justiça.

O político, de 64 anos, responde a um processo pela prática de estelionato, corrupção ativa, tráfico de influência e organização criminosa. A ação penal é resultado da investigação realizada na ‘Operação Captiosus’, da Polícia Civil, que, em 2019, desarticulou um esquema de venda de carteiras de habilitação naquela região.

Esquema fraudulento

Na época da operação, a Secretaria de Segurança Pública comunicou que o esquema desarticulado era conduzido no município de Senhor do Bonfim e adjacências. Vinte mandados de busca e apreensão mais 11 de prisão foram cumpridos.

O diretor do Departamento de Polícia do Interior (Depin), delegado Flávio Góis, informou que o esquema fraudulento vinha sendo investigado pela 19ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Senhor do Bonfim) e tinha a participação de três servidores do Ciretran da região, que cobravam propina para aprovar candidatos, inclusive analfabetos, sem os exames exigidos para a emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Foram presos Arlivan Carvalho Gonçalves, vereador de Campo Formoso e dono de autoescola, Rute Maia Batista, mulher de Arlivan e também dona de autoescola, os servidores Manoel Regivaldo Vitor Damasceno, João Bosco Soares Guimarães e Carlos Alberto Menezes Andrade.

Outras três proprietárias de centros de Formação de Condutores (CFCs), identificadas como Maria Angélica Rodrigues, Antônia Maria de Carvalho Conceição, a Toinha, e Marley Pollyanna Carvalho Feliz, além dos instrutores de direção Emerson Pinheiro Sena Gomes, Reinivan Silva Alves e José Sergio Aleixo da Silva, também tiveram os mandados de prisão cumpridos.

Durante as buscas em diversos imóveis relacionados ao envolvidos no crime, os policiais apreenderam documentos que comprovam a fraude. João Bosco Soares Guimarães e Atailton Alves da Silva também acabaram autuados em flagrante, depois que a polícia encontrou uma arma de fogo e combustível armazenados ilegalmente em suas casas, respectivamente.


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