Um caos. Assim foi o primeiro dia após a alteração do tráfego nas principais avenidas do bairro Alto Maron, um dos mais populosos de Conquista. A despeito de estar diretamente ligado ao centro da cidade, o bairro não tem sido levado a sério quando a questão é mobilidade urbana. Além da falta de atenção nas avenidas Bruno Bacelar, São Geraldo e Eduardo Daltro, agora é a vez dos cruzamento das Avenidas João Pessoa e Presidente Vargas (estrada da Barra).
Sob o pretexto de “desatar o nó participativo”, numa alsuiva crítica à gestão anterior, a atual gestão fez mudanças no trajeto das vias. “Não poderia ter sido pior. Fizeram uma confusão dos diabos aqui e o resultado é congestionamentos e irritação, além da perda de tempo”, bradou o motorista Valdemir Riachão.
O próprio secretário de Infraestrutura Urbana, José Antônio Vieira de Jesus, se posicionou contra a mudança, sugerida pelo prefeito Herzem Gusmão (PMDB). Depois de ter sido vendido, o secretário tenta agora defender a ideia.
Em entrevista ao Band Revista, Zé Antônio disse que isso se trata de um projeto ainda em construção. “Não é um projeto para ser julgado”, disse ele possivelmente em contra-ataque às críticas.
Com as mudanças, quem se desloca pela na Avenida João Pessoa, sentido bairro-Cruzeiro, pode subir direto a João Pessoa ou passar pela Avenida Presidente Vargas. Já o motorista que vier do bairro Candeias pela Rua 10 de Novembro, sentido bairro-Cruzeiro, pode seguir direto pela rua e subir a João Pessoa.
Já os veículos que passam pela Rua Odilon Correia podem continuar seguindo sentido Centro ou bairro Cruzeiro – neste caso, a direita não será mais livre. “Só queria saber quem foi o sabido que fez tamanha burrada. Foi mexer no que estava funcionando bem e agora nos deixa amarrados, presos no congestionamento”, lamentou Edvaldo Oliveira de Almeida.
Em nota, a Prefeitura tenta justificar a alteração. “Os motoristas devem respeitar a sinalização semafórica. O reordenamento do tráfego nas avenidas atende a uma demanda antiga da comunidade e pretende dar maior fluidez ao trânsito da região”.
Durante o período de adaptação, os agentes de trânsito vão atuar no local, orientando os motoristas e pedestres.
Colaborou: Anderson Oliveira