A Polícia Federal deflagrou a Operação Mustache com o objetivo de desarticular uma associação criminosa constituída para a prática habitual e periódica de caça de onças pintadas.
Policiais federais cumpriram 8 mandados de condução coercitiva e 10 mandados de busca e apreensão. Durante a consecução da deflagração, foram realizadas três prisões em flagrante delito pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e pela guarda de animal silvestre sem autorização legal. Também foi descoberta uma grande estrutura de rinha de galo no endereço de um dos investigados, com troféus para os apostadores campeões, livros sobre rinhas de galo e mais de 100 galos de briga confinados.
No decorrer das investigações, foram colhidas informações de que o grupo investigado poderia ter matado centenas de onças, em sua maior parte onças pintadas, cuja espécie consta na lista oficial de animais ameaçados de extinção.
As diligências promovidas trouxeram, ainda, fortes indícios de que alguns membros da associação criminosa praticam a caça ilegal de onças pintadas há mais de duas décadas. As caçadas – que ocorriam quase que semanalmente – eram realizadas de forma planejada, com uso de instrumentos próprios para atrair as onças, bem como com a utilização de cães de caça para auxiliar na captura do animal silvestre.
As investigações ainda devem continuar, a fim de que sejam apurados todos os fatos relacionados à associação criminosa sob investigação.
Nome da operação
Constatou-se que os investigados muitas vezes se referiam às onças como “bicho de bigode”, razão pela qual a operação foi batizada de Operação Mustache (bigode em inglês).
Comunicação Social da Polícia Federal