Após ser acionada na manhã desta segunda-feira (19), o Grupo de Apoio ao Meio Ambiente (Gama), que integra a Guarda Civil Municipal (GCM), resgatou uma jiboia no povoado Chácaras do Fazendeiro, região de Capinal. O animal estava em uma das residências da localidade, e foi encaminhado ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), responsável por acolher, tratar e soltar os animais apreendidos. A região vem passando por constantes desmatamentos da vegetação nativa, o que pode ocasionar a migração de animais silvestres.
O comandante da Guarda, capitão Cristóvão Lemos, explicou que desde que foi criado, no final do mês de agosto, o Gama já efetuou o resgate de dezenas de animais silvestres e também de animais domésticos vítimas de maus-tratos. “Esse trabalho ajuda a desafogar o trabalho do Corpo de Bombeiros que atua no atendimento às ocorrências com animais de grande porte e que precisam de um resgate mais complexo”, disse.
Lemos ressaltou ainda que o Grupo de Apoio ao Meio Ambiente também realiza ações educativas como palestras e orientações à comunidade, além de visitas guiadas a algumas áreas de preservação do município, entre elas, a Serra do Periperi e a Reserva do Poço Escuro. “Atendemos escolas, universidades e o público em geral”, explicou.
Para denúncia de maus-tratos contra animais domésticos ou resgate de animais silvestres, a população pode acionar o Gama por meio do telefone 153 e também através do número (77) 98856-4638.
Soltura de animais
Após passar exames que constataram as boas condições físicas, a jiboia apreendida pelo Gama foi encaminhada para uma área cadastrada no Cetas e distante de residências na tarde de hoje, onde foi feita a soltura. O veterinário e coordenador do Centro, Aderbal Azevedo, lembrou que na última semana também foram soltos uma cobra da espécie boipeba, três saruês e mais de 190 aves apreendidas nos municípios de Itambé e Guanambi. Na tarde de hoje foram soltos um cágado, duas jiboias e um sagui.
Ainda segundo Aderbal, a média de entrada mensal de animais silvestres no Cetas, de janeiro a novembro deste ano, foi 222, e de soltura, 139. “O Cetas acolhe os animais, presta dos devidos cuidados e depois eles são soltos em áreas de preservação, para que possam retornar ao habitat natural”, explicou.