A equipe do Sudoeste Digital acompanhou uma reunião do Fórum de Mulheres de Vitória da Conquista, esta semana, onde foi discutida a organização da 3ª Marcha de Mulheres, que será realizada dia 8 de março, quando se celebra o Dia Internacional da Mulher.
A marcha sairá às 8h30 da Praça Barão do Rio Branco, centro da cidade, e percorrerá as principais ruas do centro comercial, levando o tema ‘Pela vida das Mulheres, em defesa das liberdades democráticas e contra a reforma da previdência’.
A organização prevê a participação de mais de 50 entidades ligadas ao assunto em destaque.
Presente ao evento, a integrante do Fórum de Mulheres, vereadora e feminista Nildma Ribeiro, do PCdoB, reafirmou a participação das entidades na Marcha de Mulheres e enfatizou o tema deste ano, que será “Pela Vida das Mulheres, em Defesa das Liberdades Democráticas e contra a Reforma da Previdência’”.
DEFESA DO TRABALHADOR
Uma das mais ferrenhas críticas da Reforma da Previdência, Nildma tem se destacado pela defesa dos trabalhadores. Em discursos no Plenário da Câmara Municipal, ela classifica a reforma como “Pacote da Maldade”.
Nildma voltou a falar sobre a reforma da previdência, proposta pelo governo federal, e que ela chama de ‘pacote de maldades’: “Essa reforma previdenciária só prejudica os trabalhadores rurais e as mulheres”.
Na última sessão da Câmara, dia 27, ela lembrou que nos últimos dias 4 e 5, a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura se reuniu com a bancada de parlamentares que defende o trabalhador rural e apresentou 12 propostas de emendas sobre a reforma previdenciária.
Na sessão anterior Nildma também fez coro em defesa da classe trabalhadora. “O governo propõe a redução de 100% para 60% o valor da aposentadoria por invalidez, coloca ainda uma proposta que destrói a aposentadoria especial dos trabalhadores das áreas insalubres com fixação de idade mínima”.
Ainda indignada com as propostas apresentadas, a vereadora continuou relatando pontos que aparecem na proposta: “A pensão por morte é destruída, com redução de 100% para 50%, e acaba a reversão das cotas, acaba o Benefício de Prestação Continuada (BPC) da Lei Orgânica da Assistência Social (BPC da LOAS), que será substituído por uma renda miserável de R$ 500,00 e R$ 750,00″.
Tem ainda o abono salarial de um salário mínimo que será pago apenas para quem ganha um salário mínimo (e não até dois salários mínimos, como atualmente).
Nildma ainda falou sobre os servidores público que têm direito à aposentadoria integral e poderão exercer o direito somente aos 65 anos de idade, e os professores e professoras aos 60 anos de idade.
“A Previdência Social será extinta para os novos trabalhadores, que serão vinculados a uma previdência privada. Ela ainda virá acompanhada da ‘carteira de trabalho verde e amarela’, sem CLT, sem os direitos dos acordos coletivos e sem previdência pública”, lamentou.
A fixação da aposentadoria aos 65 anos para homens e 62 para mulheres também foi citada pela vereadora, além de acabar com a regra 85/95 para segurados do INSS e servidores públicos, que terão outra regra de 105 pontos para homens e mulheres.
Por fim, ela lembrou que a proposta ainda propõe aposentadoria integral apenas com 40 anos de contribuição e a aposentadoria dos pobres que aumenta de 15 para 20 anos de contribuição. “Essa proposta de reforma praticamente acaba com a aposentadoria dos trabalhadores rurais”, finalizou.
