Na sessão ordinária virtual realizada na manhã desta sexta-feira, 28, o vereador Coriolano Moraes (PT) destacou o Projeto de Lei 63/2020, de sua autoria, que dispõe sobre o direito da gestante cega ao atendimento pré-natal humanizado, por meio do acesso às imagens de ultrassom do feto em 3 D (três dimensões).
Segundo o vereador, o Projeto de Lei permite que a futura mamãe possa tocar um molde do bebê. “O momento que uma mulher descobre que está grávida é uma emoção que marca para o resto da vida. Com o advento e sofisticação da ultrassom, a mulher pode ‘conhecer’ o seu bebê nas diversas etapas da gravidez, seja na tela do computador, seja na perpetuação das imagens por meios tecnológicos ou impressos”, disse.
O Professor Cori lembrou, ainda, que a evolução do feto no ventre materno pode ser acompanhada de perto pela mãe e pelo pai. “Esse direito, contudo, nunca chegou à mulher cega, que dependia do médico ou do técnico para descrever em palavras como eram as feições do bebê, tamanho, sexo, etc”, explicou.
O vereador destacou o avanço da tecnologia que torna esse momento tão especial na vida da mulher, agora acessível também às mulheres cegas”. Lembrou que o Instituto Nacional de Tecnologia do Rio de Janeiro, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, desenvolveu programa em computador que, por meio de cálculos matemáticos, gera a imagem do bebé até chegar a um modelo virtual em 3 D, impresso com as dimensões reais do feto”.
Reforçou que essa tecnologia permite que a gestante cega possa usufruir de uma emoção singular com as imagens de ultrassom do feto em 3 D. “É dever do poder público maximizar esforços para garantir o direito integral da saúde da mulher gestante, particularmente àquela que possui deficiência visual”, concluiu.
*Fotografia de arquivo. As sessões estão acontecendo remotamente.