MÁFIA DAS VANS | Prisão de “contador” do tráfico revela o perigoso esquema criminoso por trás do transporte clandestino em Conquista


“Gilmar”. Este é o primeiro nome de um perigoso bandido que, em nome do tráfico de drogas e de milicianos, fazia a cobrança de propinas a vanzeiros para que eles pudesem circular livremente pelas rotas dominadas pelos chefes de facções em Vitória da Conquista.
A revelação veio com a prisão dele, por volta das 21 horas dessa quarta-feira (16), por meio da Rondesp, após denúncias de alguns vanzeiros, que se sentiam ameaçados. Os representantes dos vanzeiros ainda não se manifestaram sobre o assunto.

De acordo com o registro da prisão, quando os policiais se aproximaram do elemento, ele tentou fugir, carregando consigo uma bolsa. Não teve êxito. Alcançado e rendido pelos rondespianos, “Gilmar” – cuja identidade está sendo mantida em sigilo pela polícia, entregou a bolsa, que continha diversas cédulas de R$100,00 e R$50,00, totalizando cerca de R$4 mil.

Ao ter o nome consultado no CNJ ( Conselho Nacional de Justiça), a polícia constatou que ele mandado de prisão em aberto. Ele teria dito que o valor era proveniente das cobranças aos vanzeiros. Era revelado, assim, a ponta do “iceberg” por trás do esquema criminoso que alimenta os comércio de transporte clandestino em Conquista e que já havia sido relevado em reportagens do Sudoeste Digital.

INVESTIGAÇÃO JORNALÍSTICA | Tráfico domina Miro Cairo e controla vans e venda de gás de cozinha

Ainda segundo a polícia, além de cobrar propina dos vanzeiros, Gilmar também é apontado como um dos suspeitos de ter ateado fogo em um ônibus da Viação Cidade Verde, dia 10 de novembro do ano passado, no conjunto Santa Mônica, próximo à fábrica de calçados Dass.


INVESTIGAÇÃO (PARTE 1) | Tráfico ordenou ataque a ônibus em retaliação às apreensões de vans


COMPARTILHAR