MÁFIA DAS VANS | Prefeitura admite comércio ilegal e desativa pontos de embarque e desembarque

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As denúncias de compra e venda de pontos ilegais, além de comercialização de linhas no transporte clandestino, denunciada há meses pelo Sudoeste Digital/TV Conquista, foi finalmente admitido pela Prefeitura de Vitória da Conquista.
Segundo o Conselho de Segurança (Conseg) e um relatório técnico encomendado pela Prefeitura, existem mais de 600 clandestinos em atividade na cidade, entre vans e carros de passeio.

Ainda conforme apurado, existe a participação de agentes públicos em transações ilícitas, porém nada foi apurado até o momento. Fontes garantem que a “diária” ou “pedágio” para que as vans utilizem os pontos centrais varia entre R$30,00 e R$50,00. Todas as denúncias estão sendo investigadas, o que não descarta eventual quebra de siligo telemático (telefônico) e/ou fiscal dos acusados.

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Como resposta, o prefeito Herzem Gusmão (MDB) determinou a desativação de todos os pontos de embarque e desembarque,inclusive os que ficam em locais estratégicos, com elevado fluxo de passageiros, como nas proximidades do terminal de ônibus da Avenida Lauro de Freitas e Viaduto “Bigode de Pedral”, na Avenida Régis Pacheco.

“A Prefeitura foi informada que os pontos são negociados por aquele que se acham donos. A operação visa desarticular o sistema ilegal das vans clandestinas do transporte urbano em Conquista”.
      
“Os atuais pontos existentes, inclusive o do viaduto da avenida Regis Pacheco [Bigode de Pedral], serão desativados. A nenhuma van será permitido o estacionamento em qualquer ponto no Centro da Cidade”, declarou o prefeito, em nota ao Blog da Resenha Geral.

“A Prefeitura foi informada que os pontos são negociados por aquele que se acham donos. A operação visa desarticular o sistema ilegal das vans clandestinas do transporte urbano em Conquista”, emendou.

A medida, determinada a ser cumprida imediatamente por agentes de fiscalização da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (SEMOB), abrange todos os pontos e faz parte de uma ofensiva contra o transporte clandestino. De acordo com a Prefeitura, as apreensões desses veículos acata uma recomendação da promotora de Justiça, Lucimeire Carvalho.

Nos últimos anos os clandestinos têm se apropriado do transporte púbico, de seus passageiros, dos pontos de embarques e desembarques construídos pelo concessionário (Empresa de ônibus) e causando danos aos cofres públicos ao não depositar o Imposto Sobre Serviço (ISS), estimado em mais de R$1 milhão por mês.

Como se não bastasse, se apropriam do espaço público, das calçadas e fachadas dos imóveis para suas operações e, assim, fazer dinheiro nos espaços alheios. A cidade fica na condição de refém, assaltada em seus espaços – a bem do enriquecimento ilícito, em todos os sentidos – pela clandestinidade.


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