LÚCIO REAGE | Colbert, Herzem e Rodrigo querem controlar o MDB. Será?

Carta vazada expõe insatisfações com comando do MDB na Bahia; autoria é incerta
SUDOESTE DIGITAL –  O ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima, em represália, deve romper o silêncio e abrir a “caixa-preta” contra prefeito que supostamente teriam participado da elaboração de uma carta expressando insatisfações com a Executiva Estadual do MDB. Segundo fontes próximas a Lúcio, na “metralhadora giratória” do irmão de Geddel, munição pesada, inclusive contra o prefeito de Conquista, Herzem Gusmão (MDB).

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O documento, que começou a circular em sites de notícias, e destinado ao presidente nacional da sigla, o deputado federal Baleia Rossi (SP), supostamente contém a assinatura dos prefeitos de Feira de Santana, Colbert Martins, de Itapetinga, Rodrigo Hagge, e Vitória da Conquista, Herzem Gusmão.

A assessoria de Rossi, no entanto, negou o recebimento do documento. No início da tarde desta quarta-feira (20), o Bahia Notícias confirmou a veracidade da carta com uma fonte ligada aos políticos, mas apurou que o conteúdo não foi aprovado por todos. O MDB de Conquista teria incluído as assinaturas de Martins e Hagge. A fonte acrescentou ainda que a carta não será enviada a Baleia Rossi.

Por outro lado, os três estariam de acordo com o pleito para que a Executiva Nacional intermedeie as discussões para que prefeitos do MDB tenham mais espaço nas discussões partidárias. A carta veiculada vai mais longe e pede que Baleia Rossi faça interlocução de uma reformulação na Executiva Estadual “de modo que ela possa adquirir a representatividade política de que carece a histórica agremiação política”.

“A Executiva Estadual, com todo respeito aos seus integrantes, está longe de representar o conjunto do que restou do MDB. Importante realçar que nenhum prefeito do Estado da Bahia é ouvido para tomada de decisões, inclusive, os prefeitos de Feira de Santana, Vitória da Conquista e Itapetinga dentre outros”, diz o segundo item do texto.

Ao pontuar que o MDB da Bahia pode ser uma das direções “que mais sofreu em decorrência da crise que atingiu as mais destacadas das nossas lideranças” e que, pela primeira vez, não há representantes da Bahia na bancada federal da legenda, o documento explicita o pedido para que a reformulação da Executiva Estadual incorpore “lideranças importantes do partido que nela não se sentem representadas”.

A crise não detalhada são os escândalos de corrupção que envolvem  ex-grandes caciques da sigla, como o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima. Os irmãos baianos são alvos no processo que investiga o bunker de R$ 51 milhões, encontrado em um apartamento na Graça, em 2018. Com os desdobramentos dos processos, ambos deixaram o partido e Geddel cumpre prisão em Salvador.


ENTENDA O CASO – Colbert Martins (Feira de Santana), Herzem Gusmão (Vitória da Conquista) e Rodrigo Hagge (Itapetinga), os três prefeitos do MDB de municípios mais expressivos na Bahia, mandaram carta ao presidente nacional do partido, Baleia Rossi, pedindo ajuda para melhorar representatividade na Bahia.
Dizem que o partido já teve 23 deputados federais na Bahia, hoje nenhum. E só tem um estadual. ‘O que lhe resta de patrimônio ainda é um razoável número de prefeitos e vereadores’, diz um trecho.
O ato foi entendido como uma tentativa de deixar no passado a era dos irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima. Mas integrantes do partido acham difícil. E citam um fato e uma queixa que pesam contra:
1 – Ainda hoje, quando aparecem ruídos baianos, a direção nacional liga para Lúcio.
2 – Em 2018 o partido teve candidato ao governo João Santana, mas Colbert ficou com Zé Ronaldo, do DEM. | Bahia Notícias, com informações da Coluna de Levi Vasconcelos/A Tarde

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