No fim do mês de setembro a onda de cancelamentos de corridas realizadas por motoristas da Uber e 99 começou em praticamente todos os estados brasileiros. E como previsto os órgãos de proteção ao consumidor, os Procons, receberam uma série de reclamações. Em Vitória da Conquista, até o momento, não houve qualquer manifestação do Procon.
Por outro lado, em novembro o Procon do Rio de Janeiro, por exemplo, notificou as empresas após queixas de usuários em relação ao cancelamento de corridas recorrentes. Agora, a autarquia anunciou a multa aos apps, sendo cerca de R$ 3 milhões para a 99 e cerca de R$ 5 milhões para a Uber – totalizando R$ 8 milhões.
O Procon-RJ recebeu queixas de usuários dos apps principalmente em relação ao tempo usual de espera, que antes era cinco a dez minutos e estava “se multiplicando e chegando a até uma hora por conta dos recorrentes cancelamentos de corridas pelos motoristas”. Também houve episódios de oito cancelamentos em um único pedido, segundo a entidade municipal.
Além disso, o órgão relatou casos em que o motorista, mesmo após aceitar a corrida, mudava a rota ou avisava ao cliente que não ia realizar a viagem, obrigando o usuário “a cancelar e arcar com taxa imposta pelos aplicativos para estes casos ou ainda o valor integral do trajeto não percorrido”.
Segundo a autarquia municipal, os motoristas alegaram que o principal motivo dos cancelamentos é o aumento do preço do combustível. Entra na lista o fato de que “não vale a pena fazer uma corrida de 10 a 12 minutos, média de 5 km, por R$ 6,50”.