JANEIRO NEGRO – Crise na educação marca primeiro mês da gestão HG. Servidores e aliados criticam “Pacote de medidas”

Fotos: Blog do Anderson

O primeiro mês do ano foi de protestos em Vitória da Conquista. Além das manifestações através das redes sociais, motoristas lotados na Secretaria Municipal de Educação também lançaram seus repúdios. Eles protestaram contra o não pagamento de suas horas extras referentes a dezembro do ano passado.

Além disso, o contracheque disponibilizado nessa terça-feira (31) veio sem o crédito em torno de R$ 400, referente a Condição Especial de Trabalho (CET) dos profissionais que atuam na zona rural do município.

Eles saem para o trabalho pela manhã e só retornam à noite. “As horas extras prometeram pagar até o dia dez de fevereiro, mas agora não poderemos fazer mais de duas por dia”, afirmou um internauta ao Blog do Anderson. Segundo o Blog, a fonte preferiu não se identificar com receio de represálias.

Conforme informou o secretário municipal de Administração Paulo Williams Rocha da Silva em entrevista ao Band Revista, o seu colega, Marcelo de Melo Silva, titular da Secretaria da Educação, tem recorrido ao prefeito Herzem Gusmão Pereira em busca de uma solução.

A presidente do Sindicato Municipal dos Professores, Arlete Dória, informou que, caso a folha suplementar, prometida até o dia 06, não for concretizada, os monitores prometem paralisar as atividades. “Esperamos que o Governo faça o necessário para devolver o valor de imediato, para que não seja causado nenhum prejuízo para os monitores”, disse a sindicalista ao Blog do Rodrigo Ferraz.

O pacote de medidas lançado pelo prefeito Herzem Gusmão em seu primeiro mês de governo também desagradou aliados. Sob a alegação de conter gastos com as contas públicas, Herzem retirou horas extras e gratificações aos servidores. Segundo servidores, em alguns casos  os contracheques tiveram uma queda de até 80% em relação ao mês anterior.

Um dos insatisfeitos com o pacote é o presidente da Câmara Municipal de Vitória da Conquista, Hermínio Oliveira Neto (PPS), para quem a ação foi prematura. “Eu observei que foi uma decisão prematura. O prefeito já tomou conhecimento, está sabendo do que aconteceu, a administração fez isso aí, sem dúvidas, evidentemente, que eu ainda não conversei, (mas ele) deverá revogar isso aí”, afirmou o vereador (foto).

Afirmando estar em defesa dos trabalhadores, foi mais além: “Sempre em defesa do trabalhador. Preservar o trabalhador. O trabalhador é a base de tudo. É a base da máquina, então a gente tem que procurar valorizar o trabalhador. Aqui na Câmara vai ser assim também”, complementou, em entrevista ao Blog do Anderson. 


Em discurso na abertura da Jornada Pedagógica 2017, na manhã desta quarta-feira, 1º, o prefeito Herzem Gusmão, falou pela primeira vez sobre os cortes nos contracheques dos servidores, principalmente nas gratificações. O prefeito pediu ‘paciência’ aos servidores, informando que pretende realizar “uma gratificação linear, sem favorecer ninguém a mais”.

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