ITAPETINGA – TJ anuncia quatro novos juízes. Município tem 40 mil processos parados no sudoeste da Bahia


Itapetinga está sem juiz titular desde julho do ano passado

Um grupo de advogados tem se reunido frequentemente para discutir o problema.

Foto: Reprodução


O SUDOESTE DIGITAL FOI O PRIMEIRO A DENUNCIAR A SITUAÇÃO. VEJA AQUI

TJ-BA diz que editais estão previstos para promoção de magistrados.

O Tribunal de Justiça da Bahia anunciou quatro juízes titulares para a Comarca de Itapetinga, a 560 km de Salvador. Os novos titulares, que ainda serão nomeados, são oriundos das comarcas de Poções, Tremedal, Barra da Estiva e Iguaí.
Eles terão a missão de fazer andar cerca de 40 mil processos que estão parados na Justiça de Itapetinga desde que a Comarca ficou sem juiz titular, em julho de 2016. A situação é parecida na cidade de Itambé, cidade localizada também no sudoeste do estado, que está sem juiz titular há cerca de dois anos. O problema preocupa moradores e advogados das duas cidades.
O assessor da presidência do Tribunal de Justiça explicou que foi aberto um edital, com prazo para maio, a fim de promover de cerca de 70 juízes para comarcas de todo o estado, entre elas de Itapetinga. Ainda não há previsão de chegada de juízes titulares em Itambé, porque depende da realização de outro edital. Não foi informado o número de processos parados em Itambé.
Para a população não ficar ainda mais prejudicada, juízes de cidades como Jequié, Ibicuí, Itarantim e até mesmo Salvador precisam ir a Itapetinga durante alguns dias da semana, mas ainda assim, muitos processos ficam parados.

A dona de casa Edilene Ferreira está há 13 anos com um processo parado na Justiça de Itapetinga.
Ela moveu uma ação contra o município depois de um acidente com a filha dentro de uma escola, mas a causa não foi julgada.  “Há 13 anos, aguardo o resultado desse processo da minha filha que perdeu a visão na escola e, até o momento, nada foi feito”, reclama.

A situação é acompanhada pela Ordem dos Advogados no município. Um grupo de advogados tem se reunido frequentemente para discutir o problema. “Estávamos com quatro juízes até julho do ano passado, perdemos todos os magistrados por promoção e ficamos com todo o acervo parado”, diz o presidente da OAB na cidade, Fabrício Moreira.

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