ITAPETINGA | Queijo produzido na Uesb vai participar de concurso mundial

Qualidade nutricional, maciez e sabor. Essas são características do queijo Campo Maior, produto autoral desenvolvido no Laboratório de Processamento de Leite e Derivados da Uesb, campus de Itapetinga. O novo queijo é elaborado a partir de leite de búfala e extrato de alcachofra, como coagulante vegetal.

O produto foi desenvolvido pelas doutorandas do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência de Alimentos, Rebeca Rodrigues Vieira Onelli e Josane Cardim de Jesus, em parceria com a Fazenda Cabana da Ponte, de Itororó. Rebeca explica que o queijo é feito por um processo de produção semelhante ao processamento do queijo Minas. “Porém, a salga é feita diretamente no leite e ele passa por uma maturação de cerca de 30 dias. Esse passo a passo confere a ele formação da casca, que faz com que o queijo retenha a umidade no miolo e a manutenção da maciez”, detalha.

O queijo Campo Maior vai participar do 2º Concurso Mundial de Queijo e Produtos Lácteos, que acontece em São Paulo, no dia 16 de setembro. Ele vai concorrer com mais de 1200 queijos de todo o mundo, na categoria Inovação. Os queijos serão avaliados por jurados, brasileiros e estrangeiros, especialistas na análise sensorial e comportamental dos produtos.

A pesquisadora Rebeca Rodrigues e a orientadora Sibelli Passini celebram a participação no Concurso Mundial de Queijo

Para Rebeca, a participação no evento é um reconhecimento para o trabalho feito em uma universidade pública. ” É uma forma de dar visibilidade a todo trabalho que se desenvolve na Uesb.  É a valorização da ciência na universidade pública. Dá mais motivação para continuar nessa área, trabalhando com isso”, comemora.

Além disso, o produto autoral pode ser uma alternativa para produção de queijos finos na região Sudoeste da Bahia, fomentando a economia local. “É uma oportunidade para queijos finos de valor agregado tanto pelo leite de búfala quanto pelo extrato vegetal. É um nicho de mercado promissor. Tanto que o laticínio da fazenda parceira no projeto está interessado na produção de forma comercial”, avalia a professora Sibelli Passini Barbosa Ferrão, orientadora da pesquisa e também coordenadora do Laboratório da Uesb.


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