A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira, 16, a Operação Solana, que visa coibir os crimes de contrabando de cigarros e de lavagem de dinheiro praticados por uma organização criminosa instalado no Sul da Bahia. Cerca de 150 policiais federais cumprem 11 mandados de prisão preventiva e 32 mandados de busca e apreensão nas cidades de Itapetinga, Ilhéus, Itabuna, Ubaitaba, Jequié, e Teixeira de Freitas, todas na Bahia.
As investigações duraram cerca de um ano e tiveram início a partir de prisões em flagrante de integrantes do grupo investigado, que efetuavam o transporte de cigarros contrabandeados do Paraguai em veículos de passeio. A partir dessas prisões, com o aprofundamento dos trabalhos investigativos, foram identificados os principais integrantes do grupo, que utilizavam inclusive carretas para contrabandear os cigarros.
Também foi identificada uma grande quantidade de receptadores, que adquiriam as mercadorias dos transportes e realizavam a venda no comércio local.
No transcorrer das investigações foram feitas diversas apreensões, totalizando mais de 1 milhão de maços de cigarros apreendidos, das mais variadas marcas. Segundo dados do IDESF (Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras), o cigarro representa quase 70% do contrabando que entra no Brasil, e somente com esse produto deixam de ser arrecadados cerca de R$ 4,5 bilhões em impostos. O Contrabando entra no país principalmente pela região de Foz do Iguaçu e distribuído para todos os estados.
O nome da operação é referência à família Solanaceae, à qual pertence o tabaco.
Os investigados responderão pelos crimes previstos nos artigos 334 do Código Penal (Contrabando), 2º da Lei n. 12.850/13 (Organização Criminosa) e 1º da Lei n. 9.613/98 (Lavagem de Dinheiro).