INVESTIGAÇÃO – “Val cara de lata” integrava facção que agia dentro e fora dos presídios; vítima era envolvida com tráfico de drogas e homicídios

Jussara Novaes (Sudoeste Digital) – Envolta em mistérios a morte de Arisvaldo da Silva Santos, 49 anos, o ‘Val cara de lata”, abatido a tiros por dois homens, numa churrascaria, na noite desta terça-feira (3), próximo à estação rodoviária de Vitória da Conquista, pode estar relacionada a desacordo comercial, já que ele tinha um supermercado e também atuava no ramo de compra e venda de veículos.

A disputa por pontos de drogas, porém é a evidência mais forte, pois ele era membro de uma facção criminosa que agia dentro e fora dos presídios de Conquista. Val, que estava em liberdade condicional desde meados do ano passado, estava sentado à mesa quando a dupla, usando capacete, deflagrou vários tiros em sua direção. Ele morreu na hora.

Existe, ainda, outras duas hipóteses: a de crime de vingança por homicídios cometidos por ele há vários anos, a mando de um empresário do ramo de veículos, que também acabou morto ou “quebrança” (traição) com fornecedores de mercadorias. Para policiais consultados pela reportagem, qualquer que seja a motivação é certo que há relação com tráfico.

Para se chegar a essa suposição, a reportagem consultou seus arquivos e extraiu uma ocorrência de 19 de abril de 2017, quando da deflagração da “Operação Tiradentes”. Naquela data, a Polícia Civil, através da Departamento de Tóxicos e Entorpecentes, apreendeu drogas e armas de fogo e prendeu traficantes e outros criminosos em Vitória da Conquista.

RELEMBRE

A operação contou com o efetivo de 6 delegados e 30 investigadores das respectivas unidades, os quais efetuaram, o cumprimento de mandados de prisão e buscas representados pela referida delegacia e expedidos pela justiça. “Val cara de lata” foi um dos presos.

As buscas realizadas pelos investigadores ocorreram  em algumas celas do Conjunto Penal e em diversos bairros de Vitória da Conquista,  resultando, ao final da operação, na  apreensão de 2 armas de fogo, sendo um revólver 357, de calibre restrito, e 1 revólver calibre 38, além de várias munições de diversos calibres,  uma grande quantidade de drogas,  distribuída em dezenas de tabletes de maconha e cocaína , sacos com cocaína pura em pó,  embalagens e insumos para o tráfico,  balanças de precisão e dinheiro do tráfico , além de celulares e um veículo usado no tráfico.

Durante a operação da Polícia Civil  foram presos 7 homens e 3 mulheres.

Os presos na operação por mandado de prisão foram  indiciados no inquérito  policial  instaurado na delegacia como incursos nos crimes de associação criminosa armada, associação para o tráfico e tráfico de drogas, e os presos em flagrante foram indiciados pelos mesmos crimes , além da posse ilegal de armas de fogo e munições de uso restrito. Os acusados são suspeitos de integrar uma “facção criminosa “. 

Além de “Val cara de lata”, durante a operação da Polícia Civil  foram presos Moabe Souza Guerra, Keila de Brito Oliveira, Emilene Ferreira dos Santos, Andreza de Jesus Santos, Josafá Santos Paes, vulgo Bodinho,  Antonilton de Jesus Martinez,  vulgo Nenzão, Mateus Souza Coelho , vulgo Dedê, Edivan de Jesus Silva e Paulo José dos Santos Pereira , vulgo TG.

Os presos na operação por mandado de prisão foram  indiciados no inquérito  policial  instaurado na DTE como incursos nos crimes de associação criminosa armada, associação para o tráfico e tráfico de drogas, e os presos em flagrante foram indiciados pelos mesmos crimes, além da posse ilegal de armas de fogo e munições de uso restrito. Os acusados são suspeitos de integrar uma “facção criminosa ” envolvida com o tráfico,  roubo e a prática de homicídios em Vitória da Conquista . O mandado de prisão de Paulo TG foi cumprido pela Polícia Civil em Serrinha , onde o preso estava custodiado.


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