INVESTIGAÇÃO | PF vai ouvir subsecretária de Saúde de Conquista para apurar suposto desvio de mais de R$1 milhão

SUDOESTE DIGITAL (Da redação) – A Delegacia da Polícia Federal recebeu, nessa segunda-feira, 21, novas denúncias de desvio de dinheiro público supostamente praticado pelo ex-prefeito de Ituaçu, Adalberto Luz (PP) e suas ex-secretárias de Educação, Érica Luz e de Saúde e atual subsecretária de Saúde de Vitória da Conquista, Kalilly Lemos Santos da Rocha. Os valores superam mais de R$1 milhão, conforme as denúncias, protocoladas pelo atual prefeito de Ituaçu, Phellipe Brito (PSD), à esquerda na imagem.

De acordo com as denúncias, os recursos que teriam sido desviados por Luz, Érica e Kalily são oriundos, respectivamente, do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), em reformas que, segundo ele, não aconteceram e da área da Saúde. 

“Eu tenho certeza e confiança na Polícia Federal e sei, breve vai tomar as medidas o desvio de dinheiro, (com) os desmandos na gestão passada, seja ressarcido aos cofres públicos”, destacou Brito. A reportagem do Sudoeste Digital tenta contato com os citados. Esta matéria será atualizada caso nos retornem. 

Anteriormente, neste mês, o prefeito já havia protocolado pedido de investigação, também pela Polícia Federal, para que fosse apurado desvio de dinheiro público relacionado ao enfrentamento da Covid-19 em Ituaçu. “Um verdadeiro descaso de mais de meio milhão de reais”, declarou, è época, em redes sociais.

RELEMBRE – Em um vídeo, após protocolar a denúncia na Delegacia da Polícia Federal, Brito acusa, ainda, a então secretária de Saúde na gestão passada e atual subsecretária de saúde de Vitória da Conquista, Kalilly Lemos Santos da Rocha. A exemplo da visita anterior à Delegacia da PF, o prefeito esteve com o vereador José Paixão (PSB), à direita nas imagens. Veja abaixo.

“Um verdadeiro desmando na gestão passada em Ituaçu. Foram mais de meio milhão em máscaras em notas fiscais. Para vocês terem ideia, estou há seis meses de mandato e não compramos nem 10 mil máscaras”, pontuou.

Classificando o ato como “verdadeiro absurdo com o dinheiro federal”, o atual gestor cita uma suposta malversação de verbas públicas com a aquisição de um aparelho de monitoramento. “Superfaturado, com valor de três vezes de preço de mercado, sem selo da Anvisa, sem número de série, sem nenhuma regulamentação”, sustentou. 

O mais grave é que, ainda segundo a denúncia, o aparelho é usado, mas teria sido comprado como se novo fosse. Em relação aos testes de Covid-19, a gestão anterior é acusada de ter adquirido “mais de sete mil”, embora não fosse realizado mais do que 500 testes no município. 


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