Farmácia costuma ser sinônimo de cuidado com a saúde, mas o Fantástico descobriu que, em alguns casos, também pode ser outra coisa: uma armadilha. O repórter Giovani Grizotti investigou a “empurroterapia”.
Você vai à farmácia e não quer comprar nenhuma vitamina, mas o balconista tenta te convencer. Ou você está na farmácia porque o médico receitou um remédio de marca, o chamado “medicamento de referência”. Você não quer levar o genérico, mas o vendedor insiste no genérico. Qual pode ser o motivo?
Um balconista, que aceitou gravar sem mostrar o rosto, explica: “O balconista que entra há pouco tempo em farmácia a primeira coisa que ele aprende: ‘Tu ganha comissão se tu vender esse produto’”.
Já o cliente, que geralmente já está sofrendo com alguma dor, acaba sendo vítima também da ganância, vítima da “empurroterapia”.
O que é a “empurroterapia”?
O balconista empurra determinados remédios, determinadas vitaminas, insiste para o cliente comprar produtos mesmo não sendo necessários naquele momento, ou não tendo prescrição médica. O objetivo: ganhar dinheiro, já que o funcionário da farmácia que pratica a “empurroterapia” se beneficia de uma comissão em cima das vendas, um valor fixo, ou uma porcentagem sobre o valor de um produto vendido. E quem paga? Segundo a apuração do Fantástico, laboratórios farmacêuticos. |com informações do Fantástico.