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Uma paralisação de advertência, seguida de greve por tempo indeterminado, irá afetar os serviços de transporte público da Viação Vitória caso a empresa não efetua o pagamento dos salários e ticket alimentação dos rodoviários no prazo de 24 horas. É o que promete o sindicato da categoria.
O comunicado foi emitido na tarde desta quarta-feira (13) pelo Sindicato dos Rodoviários de Vitória da Conquista (Sintravc) diante da quebra de acordo da empresa firmado no final de maio com o Ministério Público do Trabalho (MPT).
O prazo dado pelo sindicato vence nessa sexta-feira (15), mas até o momento a a empresa não se manifestou. Já o prazo acordado com o MPT venceu há mais de uma semana, porém somente agora é que foi apresentado indicativo de paralisação e provável greve.
FROTA MÍNIMA
Conforme prevê a legislação, caso ocorra a paralisação a empresa deve manter 30% da frota em circulação para atender os 40 mil usuários que diariamente utilizam os ônibus da Vitória.
Entre o rodoviários da empresa a greve é tida como certa, pois nem mesmo a mediação do MPT, por meio da procuradora Manuella Gedeon, fez com que a direção da Vitória honrasse os compromissos com os seus funcionários. (LEIA ABAIXO)
ENTENDA O CASO
Em reunião na sede do MPT, que contou com a presença do Sindicato dos Rodoviários e Prefeitura de Conquista, no final de maio, a empresa se comprometeu, em ata, a honrar o pagamento de 40% do adiantamento salarial nessa quarta-feira (5). Sequer deu satisfação aos funcionários.
O percentual, referente a maio, deveria ter sido quitado no último dia 20 do mês passado. Até então, nada feito. O mesmo aconteceu nessa quinta-feira (7), quando, também em acordo no MPT, deveria ter sido efetuado o pagamento do ticket alimentação de maio, igualmente em atraso.
Ficou acordado que o restante dos 60% do salário referente a maio deveria ser pago também nessa quinta, considerando ser este o 5º dia útil subsequente ao mês do salário vencido. A empresa nem pagou, nem se manifestou sobre a quebra de acordo.
No acordo, a procuradora deixou claro que, em caso de descumprimento do acordo por parte da empresa, esta teria que pagar a título de multa uma cesta básica, no valor de R$120,00, a cada um dos trabalhadores prejudicados por item descumprido.
Em contrapartida, o sindicato dos rodoviários se comprometeu a não deflagrar e/ou apoiar paralisações ou greve em caso de a empresa cumprir com o que ficou acordado. Por enquanto não há novo indicativo de greve.
Em nota assinada pelo presidente do Sindicato dos Rodoviários, Álvaro Souza, e enviada ao Sudoeste Digital na última quinta-feira, a entidade, que também participou da reunião no MPT, em 28 de maio, reconhece que a empresa quebrou o acordo e recomenda aos rodoviários que procurem o Sindicato para reclamar os direitos.