GERAL | Zé Trovão se entrega à PF após quase 2 meses foragido

Após quase dois meses foragido no exterior, o bolsonarista Marcos Antonio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, se entregou hoje à Polícia Federal em Joinville, Santa Catarina, informou a PF, em nota no início desta tarde. Zé Trovão se apresenta como um dos líderes dos caminhoneiros no Brasil, mas outros líderes não o reconhecem como tal.

De acordo com os advogados, a apresentação foi espontânea. “Na qualidade de advogados do Sr. Marcos Antonio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, informamos que na data de hoje promovemos sua apresentação espontânea ao Excelentíssimo Senhor Doutor Delegado Chefe da Polícia Federal em Joinville – Santa Catarina, cidade de seu domicílio”, diz a nota divulgada pela defesa.

Zé Trovão foi alvo de ordem de prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, decretada no início de setembro, por participar da organização de atos com pautas antidemocráticas para o feriado de 7 de setembro.

Em seu canal do Telegram, o bolsonarista disse que se entregou “pelo Brasil” à PF.

“Neste dia 26 de outubro de 2021 eu me entreguei, me apresentei à Justiça brasileira porque como diz o nosso hino ‘verás que um filho teu não foge à luta’, eu jamais iria abandonar o povo brasileiro. Quando eu saí do Brasil, eu saí para continuar falando, e motivando cada um dos senhores brasileiros de bem a lutar por uma nação justa, digna e plena. Nós sabemos que viver não é fácil. Viver não é fácil. O mundo é cheio de obstáculos, mas existem coisas que podem ser melhores. E é por isso que eu luto. […] Não sei quanto tempo eu vou passar no cárcere, mas saibam que tudo isso é pelo Brasil, é por cada ser humano e cidadão de bem”, diz o caminhoneiro no comunicado.

A prisão de Zé Trovão foi decretada no dia 3 de setembro pelo ministro Alexandre de Moraes, a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República). Deputados bolsonaristas, como Carla Zambelli (PSL-SP), entraram com pedido de habeas corpus ao caminhoneiro, mas o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou.


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