Caso aconteceu em bar da Mooca, zona leste de SP. Há indícios de abuso sexual. Dono do local afirmou que o primo e gerente do estabelecimento, Willy Gorayeb Liger, confessou o assassinato, sugeriu que sumiria com o corpo da vítima, Débora Soriano de Melo, e pediu que não o denunciasse à polícia. Ele pode estar em Ubaitaba, Sul da Bahia, em casa de parentes.
Débora deixa os pais, dois filhos e amigos. Ela estava solteira e era militante feminista. A jovem integrava e apoiava movimentos sociais ligados à luta das mulheres em São Paulo, como a UJS (União da Juventude Socialista) e a UBM (União Brasileira de Mulheres). Nascida em Cáceres, no Mato Grosso, ela morava no bairro de Vila Nova Curuçá, na zona leste da capital paulista. A jovem estudou Processos Gerenciais na Faculdade Carlos Drummond de Andrade.
Débora Soriano era militante feminista – Foto: Reprodução/Facebook |
Segundo a Polícia Civil, Delano informou que, por volta das 7h30 daquele dia, uma quarta-feira, recebeu uma ligação de Willy afirmando que ia ao bar com duas garotas. Duas horas depois, o dono do bar foi ao local para retirar engradados de cerveja do dia anterior. Quando chegou lá, viu Willy, Débora, uma outra moça e outros dois homens. Todos estavam sentados e Willy ainda o ajudou a colocar os engradados no carro.
Ainda segundo Delano, Willy afirmou “de forma calma”, que não adiantava mais, que a garota já estava morta. Ele explicou que golpeou a jovem na cabeça com um taco de beisebol e pediu para o primo não abrir o bar durante o dia, afirmando que tinha o interesse de sumir com o corpo da vítima.
Apavorado, Delano foi para sua casa e conversou com sua esposa. Enquanto estava lá, recebeu vários telefonemas de Willy, que lhe pedia para não abrir o bar e nem relatar o caso à polícia. Por volta das 14h, o dono do bar ligou para outro primo, que é policial civil. Ele foi até a casa de Delano. Lá, eles decidiram que deveriam acionar um advogado e ir até a delegacia. O BO foi registrado no 18º DP às 17h23.
Débora estava sem calcinha e com a saia levantada na altura do quadril. Vestia sutiã e estava com a blusa levantada acima do peito. Com fortes indícios de que, além de assassinada, Débora foi vítima de violência sexual, foram solicitados exames sexológico, toxicológico e subunguial.
Na cozinha do bar, apoiado na grelha da churrasqueira, havia um bastão preto. A suspeita é de que ele tenha agredido a moça com esse bastão. Escondido embaixo do balcão, atrás de caixas de cerveja, estavam os documentos de Débora, dentro de uma mochila.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, Willy já era procurado pela polícia. Ele tinha um mandado de prisão em aberto, porque respondia pelos crimes de estupro e de roubo. Além de procurar Willy, a polícia quer ouvir os dois rapazes e a outra garota que estavam no bar na manhã daquele dia. Willy está foragido. Segundo uma fonte, ele foi visto em Ubaitaba, Sul da Bahia.