Irregularidades foram identificadas em municípios do oeste do estado. Promotor diz que cadastrados irregularmente serão acionados na Justiça
Um pente-fino no programa Bolsa Família revelou que empresários de várias cidades da região oeste da Bahia estavam recebendo o benefício. No município de São Desidério, por exemplo, dos 422 empresários que foram identificados no último levantamento do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), pelos menos 50 estão na lista de beneficiários.
A situação se repete em vários municípios da região. Em Cotegipe, dos 110 empresários registrados, 40 recebiam o Bolsa Família. Já emAngical, o número de donos de negócios que recebiam o benefício era maior que o número de empresas. Segundo dados do IBGE, o município tem 60 empresas e 77 empresários estavam recebendo o dinheiro.
A situação se repete em vários municípios da região. Em Cotegipe, dos 110 empresários registrados, 40 recebiam o Bolsa Família. Já emAngical, o número de donos de negócios que recebiam o benefício era maior que o número de empresas. Segundo dados do IBGE, o município tem 60 empresas e 77 empresários estavam recebendo o dinheiro.
As informações foram identificadas após pente-fino proposto pelo Governo Federal, que quer identificar pessoas que recebem o benefício sem necessidade. Maritânca Carvalho, coordenadora do Bolsa Família em São Desidério, explica como as irregularidades foram descobertas. “Fizemos as visitas domiciliares e, de acordo à orientação do Ministério Público, a gente conseguiu detectar o que era real e o que não era”, diz.
Paulo Roberto Sampaio, promotor do Ministério Público, detalha as incoerências que foram encontradas entre os beneficiários. “Existem algumas inconsistências. Por exemplo, informações de que esses beneficiários teriam falecido. Informações de que esses beneficiários fossem empresários, servidores públicos ou doadores de campanha, características que são em tese incompatíveis com a percepção do benefício do Bolsa Família”, detalha.
Caso sejam comprovadas irregularidades no cadastro, o promotor explica que os beneficiários terão que prestar contas à Justiça. “Se houver comprovação de fraude, essas pessoas vão ser responsabilizadas criminalmente”, conta.
Fonte: G1.COM