EXCLUSIVO | Fonte ligada a fotógrafo assassinado em Conquista descarta latrocínio; motivação seria outra

SUDOESTE DIGITAL (Da redação) – A morte do fotógrafo Mateus de Oliveira França, de 32 anos, num estúdio fotográfico, na Rua Sinhazinha Santos, centro de Vitória da Conquista, na tarde dessa quinta-feira, 1º, continua cercada de mistérios, mas uma nova evidência promete ampliar o leque de investigação da polícia.

Uma fonte ouvida pelo Núcleo de Jornalismo Investigativo (NJI) do Sudoeste Digital sustenta, sob sigilo, que a vítima foi morta por vingança e, para sustentar a versão, garante que o assassino tinha como alvo Mateus, tanto que perguntou pelo mesmo antes de atirar três vezes em sua direção. 

Além de imagens de câmeras, a polícia judiciária tem a seu favor mensagens telefônicas e telemáticas para chegar ao assassino e elucidar o caso. “O que motivaria um suposto ladrão a entrar num estúdio fotográfico para roubar somente celular?”, indaga, afirmando que o objeto levado continha assuntos que interessavam ao suposto mandante.

“Pelo fato do ladrão ter roubado celular não se caracteriza latrocínio (roubo seguido de morte ou vice-versa), mas interesse em alguma prova incriminatória”, garante. Familiares, que se manifestaram sob anonimato, disseram que Mateus não tinha inimigos, mas que atualmente figurava como autor de ação na Justiça.

Para tentar entender a dinâmica da versão sustentada pela fonte, o NJI foi a campo e descobriu, inicialmente, que a única ligação da vítima com problemas de natureza judicial é uma demanda na Justiça do Trabalho, através da 2ª Vara do Trabalho de Vitória da Conquista, com uma empresa onde trabalhou e foi dispensado. 

O processo da ação trabalhista,  que transcorre em Rito Sumaríssimo (ou seja, processo rápido e eficaz para as ações trabalhistas cujo valor não exceda 40 salários mínimos), foi dado início em 2020 e não corre em segredo de Justiça. 

Sem nenhum acordo até então, a última tramitação do processo foi em 23 de março, há 11 dias, quando a parte citada com ré foi intimada para tomar ciência do despacho proferido nos autos (documentos que compõem o processo).

Por enquanto a polícia não se manifestou sobre o assunto, nem tão pouco se pronunciou sobre eventual relação nesse caso ou outros em andamento. Por não ter sido oficialmente citada, nem evidências de ligação com o caso, a reportagem se reserva ao direito de não detalhar dados da empresa, nem sobre o processo em tramitação.


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