EXCLUSIVO | Bompreço se posiciona oficialmente sobre o caso dos “cães dopados”

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Imagem: Arquivo/divulgação

O Hiper Bompreço se posicionou oficialmente a respeito de denúncias envolvendo funcionários de uma empresa terceirizada que, supostamente, teriam dopado cães de rua sob alegação de que os animais estavam atacando clientes no estacionamento interno do estabelecimento em Vitória da Conquista. LEIA O QUE FOI PUBLICADO EM SUDOESTE DIGITAL.


O fato, que teria ocorrido no último dia 15 deste mês, foi presenciado por um casal que saía do Hiper. Logo o episódio foi parar nas redes sociais e as ONGs de proteção animal se manifestaram, emitindo notas de repúdio e até sugerindo boicote e protestos em frente à empresa.

Os vereadores Sidney Oliveira e David Salomão, também se pronunciaram e fizeram coro aos ativistas, prometendo acionar as autoridades para apurar as denúncias.

Na tarde desta quarta-feira, 16, a executiva do grupo Bompreço para relacionamento com a imprensa, Kátia Silva, emitiu nota ao Sudoeste Digital, esclarecendo o assunto. Imediatamente após a postagem nas redes sociais do site, centenas de internautas se posicionaram, afirmando não acreditar no posicionamento da empresa e creditando culpa à direção do estabelecimento.

LEIA A SEGUIR:

Posicionamento ao Sudoeste Digital – Hiper Bompreço

O Hiper Bompreço esclarece que o fornecedor contratado para transportar e capturar os cachorros para entidades de proteção animal não teve uma atitude idônea ao não seguir os procedimentos e políticas estabelecidas em contrato. Desta forma, a companhia ressalta que o contrato foi prontamente cancelado e que todas as providências cabíveis estão sendo tomadas com relação ao tema. A empresa esclarece, ainda, que nenhum cachorro foi capturado e que já está em contato com as ONGs citadas anteriormente para esclarecimento da situação. A companhia está à disposição para colaborar com os grupos de prevenção e órgãos competentes da cidade em ações ligadas à Proteção Animal em Vitória da Conquista.


No início da noite a Prefeitura de Conquista também se manifestou. Em nota encaminhada à imprensa, exime-se da responsabilidade sobre a apreensão dos animais em situação de rua. veja nota abaixo, na íntegra.


NOTA À IMPRENSA


Prefeitura não é responsável pela apreensão de animais de rua


A apreensão de animais nas ruas da cidade é definida pelo o Artigo 232, da Portaria de Consolidação 05/2017 do Ministério da Saúde, que prevê “ações e serviços públicos de saúde voltados para a vigilância, a prevenção e o controle de zoonoses e de acidentes causados por animais peçonhentos e venenosos, de relevância para a saúde pública”.


Além disso, o Manual de Vigilância, Prevenção e Controle de Zoonoses, publicado pelo Ministério da Saúde,  prevê que o setor de Controle de Zoonoses “só deve apreender ou capturar animais que, de fato, ofereçam risco iminente de transmissão de zoonose de relevância para a saúde pública, de importância no contexto epidemiológico do território de atuação”. 


Ou seja, animais infectados por doenças transmissíveis, como a leishmaniose e a raiva. A Secretaria Municipal de Saúde informa que, de acordo com dados da Vigilância em Saúde, não há nenhum caso de raiva canina ou felina notificado nos últimos anos em Vitória da Conquista.


A Prefeitura de Vitória da Conquista criou o Serviço de Controle de Zoonoses que mantém convênio com clínica veterinária. Já foram castrados 560 animais como forma de controle do aumento do número de animais nas ruas da cidade. É, ainda, parceira da AMA, Associação Amiga dos Animais, uma ONG que abriga cães e gatos, e os entrega para adoção.


No momento, a AMA está lotada.


A implantação do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) é uma das prioridades desta Administração, mas irá obedecer as diretrizes nacionais no cuidados com os animais. O município já possui um terreno destinado para a construção do Centro, dentro das especificações técnicas requeridas, além da planta baixa da construção.

A questão ocorrida em um hipermercado em Vitória da Conquista é fato que se dá em estabelecimento privado, e a Prefeitura informa que não tem autoridade para atuar nesses locais.

Vale ressaltar que qualquer caso de maus-tratos a animais deve ser  notificado à polícia.


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