ESTELIONATO – OAB se manifesta sobre o caso do bacharel em direito acusado de estelionato

Continua preso, à disposição da Justiça de Guanambi, o bacharel em direito Renato de Souza Marques (foto). Ele foi preso pela Polícia Civil da cidade, em cumprimento a um mandado de prisão expedido pela juíza Adriana Silveira Bastos, por crime de estelionato. Segundo a denúncia acatada pela Justiça, o preso é um dos envolvidos no caso “Informática Vitória”.

Em nota pública a Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil de Guanambi se manifesta sobre o fato de, a princípio, Renato ter sido apresentado como advogado, quando na verdade é bacharel em direito, ou seja, só é reconhecido como advogado quando  passa na prova da OAB e recebe a carteira profissional da ordem.

A presidente da Subseção da OAB, Maria Luiza Guimarães, diz que “diante do fato que vem sendo amplamente noticiado na imprensa baiana desde o final da tarde de ontem (17), cujas matérias informam, em suas manchetes, que a Polícia Civil de Guanambi teria efetuado a prisão de um “advogado acusado de estelionato”, vem a público esclarecer que o Renato de Souza Marques, pessoa apontada como suposto estelionatário, não é advogado”.

Continua a nota, enfatizando que “não possuindo inscrição profissional na OAB da Bahia ou em qualquer seccional do país, não pertencendo, portanto, aos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil. Em tempo, registre-se que está sendo apurada a origem da referida informação inverídica para, sendo o caso, serem tomadas por esta instituição as medidas legais cabíveis”.

ENTENDA O CASO

Renato e um grupo de pessoas são apontados como responsáveis por um site na internet que simulava a venda de produtos eletrônicos, só que nunca entregavam os produtos adquiridos pelos clientes. A polícia civil não iformou o número de pessoas lesadas, nem o montante envolvido nas transações. As apurações continuam. O bacharel em direito, nem o seu defensor, preferiram não se manifestar, por enquanto.

O site anunciava alguns produtos no mercado via net e recebia o pagamento antecipado via depósitos bancários de clientes de todo o território Nacional, porém, o grupo não efetuava a entrega das mercadorias.

A autoridade policial iniciou as investigações há mais de dois anos em Vitória da Conquista, cidade que de acordo com dados cadastrais registrados na Receita Federal funcionava a sede da empresa.

O site Farol da Cidade apurou que uma das contas utilizadas pela quadrilha para os depósitos foi aberta no Banco Itaú de Guanambi em nome de Renato, mas logo que começou a surgir as reclamações contra a empresa o banco teria bloqueado a conta.

Atualmente Renato de Souza Marques trabalhava na Empresa Platinun Auto uma revendedora de Automóveis situada no centro da Cidade.

 As primeiras denúncias contra esse tipo de golpe surgiram em 2010, ano que se instaurou um inquérito Policial e consequentemente foram expedidas pela Justiça alguns mandados de Prisão e centenas de cartas precatórias foram enviadas para outras comarcas do território Nacional.


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