ESPORTE | MP cita ex-atleta do Conquista em suposto esquema de apostas de jogadores do Sergipe

Os baianos Erick Bahia (acima) e Matheus Morais foram citados em um suposto esquema de apostas envolvendo jogos do Sergipe, clube pelo qual atuam, na temporada. Em 2014 Erick atuou pelo Vitória da Conquista, sendo desvinculado posteriormente.

Em ofício enviado pela Federação Sergipana de Futebol (FSF), obtido pelo site ge.globo, ao Ministério Público Estadual, os nomes dos atletas constam ao lado de outros quatro: o goleiro Igor Rayan, o zagueiro Júlio Pit e os laterais Júlio Lima e Paulo Fernando.

O MPE investiga o caso por meio do Controle Externo da Atividade Polícial. Além disso, a Polícia Civil abriu um inquérito por meio do Departamento de Crimes contra o Patrimônio (Depatri).

A descoberta do esquema teria sido feita pelo volante Brendon, que obteve uma confissão do atacante Erick Bahia. O baiano mostrou arrependimento.

Em conversas do atacante com outros jogadores, aparecem tratativas sobre os pagamentos dos jogos manipulados. O documento aponta ainda que o presidente do clube, Ernan Sena, analisou os possíveis lances em que os jogadores “fogem à normalidade das suas atuações”.

Ao Bahia Notícias, o atacante Erick Bahia afirmou que ficou sabendo do envolvimento de seu nome na manhã dessa quarta-feira (27). “Repassei para o meu advogado e estou à disposição para esclarecer qualquer dúvida às autoridades. Não tenho conhecimento ainda das alegações que foram impostas ao meu nome. Por isso, não tenho o que falar no momento”, destacou.

Os posicionamentos de Júlio Lima, Igor Rayan e Matheus Morais, segundo o ge.globo, são semelhantes. Os outros dois atletas ainda não se posicionaram sobre o tema.

O esquema funcionava a partir da quantidade de escanteios por partida. Os próprios atletas e terceiros apostavam no número e, dentro de campo, eles garantiam que essa conta fechasse para obter o dinheiro.

O Sergipe participou de três competições nesta temporada: Campeonato Sergipano, Copa do Brasil e Série D do Campeonato Brasileiro. Ainda não dá para saber o tamanho do lucro que os atletas teriam conseguido com o esquema.

Caso a prática seja confirmada, os suspeitos poderão ser indiciados por estelionato e associação criminosa. As investigações ainda estão em fase inicial, e a polícia apura se há novos envolvidos na prática dentro do clube.

Alguns jogadores já foram ouvidos pela Polícia Civil de Sergipe, segundo a delegada Viviane Pessoa, diretora do Depatri. Outros terão de ser ouvidos nos estados que moram.

Apesar de ter nascido na Bahia, Erick atuou por apenas dois clubes no estado, em 2014: Vitória da Conquista e Juazeiro. Já Matheus fez sua carreira praticamente toda no interior baiano. Atuou no Jacuipense de 2014 a 2018 e de 2019 a 2020, e chegou a fazer quatro jogos pelo Atlético de Alagoinhas. | com informações do BN.


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