ENTREVISTA – Sheila Andrade apresenta metas para geração de emprego e renda

Sheila Andrade (D) colocou a candidatura à aprovação da comunidade, defendendo a bandeira do emprego e renda

A pré-candidatura da empresária Sheila Andrade à uma das cadeiras na Assembléia Legislativa da Bahia, já está nas ruas e nas rodas de conversas pela cidade. 

Aproveitando o momento, Sheila, que é presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Vitória da Conquista, tem caminhado em busca de novos apoios, conversando com lideranças e apresentando seus projetos à comunidade, com foco na bandeira da geração do emprego e renda.

Em entrevista ao Sudoeste Digital, ela fala da decisão em sair candidata a deputada estadual, como se deu a opção pela sigla partidária, da caminhada ao lado da mãe, a vice-prefeita de Conquista e secretária de Desenvolvimento Social, irma Lemos e das dificuldades em convencer o eleitorado em meio a tantos nomes postulando um espaço no cenário político. 

SD – Sheila, como foi construída essa candidatura inédita em sua carreira profissional, uma vez que, sem essa pretensão até então, o seu único referencial político era o de acompanhar a sua mãe, então vereadora e agora vice-prefeita, irma Lemos?

Sheila – As pessoas sempre me perguntavam se eu iria me enveredar por essa área, a área política, por conta da minha mãe. Ela já está há vinte anos na política, com três mandatos como vereadora e, atualmente, é vice-prefeita, mas na verdade eu não havia pensando nisso (ingressar na política). Sou empresária, da iniciativa privada e, me surgiu um convite. Fiquei analisando e aceitei. As pessoas se queixam tanto das coisas que não estão certas, cruzam os braços e só ficam falando. Na verdade o que a população precisa fazer é mudar, mudar a atuação. Se a política não está boa, se os políticos que estão lá não nos representam, vamos colocar o nosso nome e procurar mudar a forma de se fazer política, porque não é a política que é ruim, mas sim algumas pessoas que estão lá que não nos representam. Então, dessa forma, eu aceitei esse desafio de colocar o nome. 

SD – Algum projeto específico para por em prática?


Sheila – Se o nosso projeto der certo, se for da vontade de Deus, eleita, vamos trabalhar pela geração de emprego e renda. Acho que é dessa forma que a gente consegue transformar uma comunidade, transformar uma cidade. Nas cidades onde as pessoas que têm emprego, uma boa renda, elas não passam necessidade em nada. Sabemos que educação, saúde, segurança são algumas das principais necessidades da população e quando você tem a sua renda, o seu emprego você passa a depender menos do governo. 


SD – E de que forma você pretende usar a experiência como gestora empresarial e membro atuante do Movimento das Donas de Casa de Conquista (MDC)? 

Sheila – No MDC nós ensinamos uma profissão e quando você faz isso, ensina à pessoa a pescar o próprio peixe, sem precisar fornecer cesta básica a ninguém. Ensinamos a ela como produzir riqueza e renda. Dessa forma, que a gente consegue mudar toda a sociedade.

SD – O que foi mais difícil: decidir pela candidatura ou a escolha do partido político

Sheila – Acredito que a escolha como candidata, com certeza (risos). Permitir, aceitar colocar o meu nome como candidata foi a escolha mais difícil da minha vida, Com certeza foi essa.

SD – Sobre os partidos políticos, você transitou entre vários até chegar ao DEM. Como se chegou a essa definição de que o partido seria o melhor para você representar a população de Vitória da Conquista?

Sheila – Quando recebi o convite eu estava filiada ao PTB. Tivemos várias conversas com alguns outros partidos, conversamos bastante e decidi ir para o MDB. Com o esvaziamento do MDB verificamos que ficaria impossível uma eleição nesse partido sem ter outros candidatos, daí surgiu um convite do deputado Artur Maia para irmos ao DEM. Ele me levou à ACM Neto e, em conversa, surgiram duas propostas: ou DEM ou PHS, mas o próprio ACM Neto disse que me queria no DEM. Na verdade eu retornei, porque no passado fui filiada ao PFL.  

SD – A sua mãe tem uma peculiar desenvoltura e livre trânsito na política, principalmente com o eleitorado do interior de Vitória da Conquista. Você tem seguido esses passos e já tem propostas para esta parte do município?

Sheila – Certamente. Quando falamos em emprego e renda, não nos restringimos apenas à zona urbana, mas também na zona rural. Temos uma grande variedade de indústrias e empresas que podem ser levadas à zona rural e, assim, criarmos emprego para as pessoas. Também podemos criar projetos para manter o homem do campo em sua região, que ele consiga ali produzir.

SD – De que forma pretende atuar nesse sentido

Sheila – Tivemos no passado, por exemplo, salvo engano na gestão do governador Paulo Souto, grandes investimentos na zona rural. Assim daremos condições ao homem do campo de prover a sua própria criação e sobreviver realmente da terra. Isso é muito importante, porque quando o homem do campo migra para a cidade e não encontra emprego, criam-se favelas. Então temos que dar condições para que o homem do campo permaneça em sua comunidade, de forma digna para que ele consiga sobreviver. É uma bandeira defendida por nós.

SD – Todos os dias surgem nomes e pré-candidatos a deputado estadual aqui na cidade. No caso do seu grupo político, a sua candidatura vai até o fim ou dependerá de quem estiver melhor colocado em pesquisas internas?

Sheila – Até brinquei que a cada dia surgem mais nomes, mas a democracia é isso. Todas as pessoas que se sintam à vontade para apresentar o nome tem que fazer isso, mas acredito que temos que sentar à mesa – quem for do mesmo grupo, para verificar qual o melhor nome. estou trabalhando para que o meu seja o melhor.









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