ENEM 2021 | Tema da redação é “insivibilidade e registro civil”

O tema da redação da edição de 2021 do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2021 é “Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil”. A informação foi divulgada pelo Ministério da Educação em sua conta no Twitter.

O tema é o mesmo tanto para o Enem impresso quanto para o digital e, em ambas modalidades, o texto deverá ser feito a mão. Por isso, é obrigatório levar caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente.

Professores comentam tema: “uma excelente discussão”

Professores acreditam que o tema da edição de 2021 é de extrema importância e atende aos padrões da prova, mesmo após grande polêmica em relação à interferência do governo Bolsonaro no exame.

De acordo com o professor Thiago Braga, autor de Língua Portuguesa do Sistema de Ensino pH, os alunos não terão problemas com o tema e já devem estar preparados para discutir assuntos como esse. “É um tema bastante importante dentro do padrão do Enem, um tema considerado tranquilo para os alunos”, afirma.

“É uma importante discussão já que muitas pessoas não conseguem ter registro civil ainda, a gente fala de analfabetismo digital, de desemprego, só que algumas pessoas não conseguem ter acesso aos seus direitos mais básicos porque não são reconhecidas pelo Estado. Uma excelente discussão para toda a juventude do Brasil”, diz.

Segundo o professor Sérgio Paganim, diretor pedagógico do Curso Anglo, a primeira questão importante para se abordar é o registro civil. “Acho que tem uma dimensão aqui muito importante sobre os registros dos fatos da vida civil e dos indivíduos como nascimento, casamento, divórcio e a morte”, explica.

“Trata-se de um ato jurídico e, portanto, seria importante ligar esse registro civil à concepção de que vivemos em uma sociedade baseada no Estado democrático fundado no direito. Então, é uma peça jurídica que coloca os indivíduos juridicamente assentados na sociedade”, diz.

Pagamin também concorda com Braga que é possível trabalhar com a problematização do tema. “A gente pode pensar, por exemplo, na marginalização socioeconômica de parte da população que descrê da importância do registro. Podemos citar a força que o Estado tem que ter para promover o registro”, explica.

 


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