Toda a frota de ônibus urbano de Feira de Santana retornou às garagens das empresas. São 115 ônibus da empresa Rosa e 110 da São João.
Sobre essa situação em relação ao transporte público conquistense, duas disparidades nos chamam à atenção para o que sempre apontamos ao longo dos anos, neste site.
Primeiro, enquanto a mesma Viação Rosa atende ao chamado e recolhe seus ônibus em Feira de Santana, por entender que está perdendo receita para os clandestinos, em Vitória da Conquista sequer move uma palha a despeito de enfrentarmos o mesmo problema.
O motivo é óbvio: a empresa Rosa, mesma empresa que opera em Feira de Santana, não se incomoda com os clandestinos de Vitória da Conquista porque, com passageiro ou não, ela recebe mais de R$2 milhões por mês dos cofres públicos municipais.
Outro fato curioso, ainda comparando nossa cidade com Feira de Santana, é o modo como os sindicatos dos rodoviários lidam com os clandestinos, essa tragédia no transporte público. Em Vitória da Conquista, estranhamente o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Álvaro Souza, parece não se preocupar com a categoria que ele representa.
Fala abertamente saindo em defesa dos clandestinos, que ele prefere chamar de “alternativo” (veja vídeo acima ou clique AQUI). Álvaro, ao passo de agir em prol de sua categoria (exemplo de Feira de Santana), prefere se esconder da dura realidade culpando as empresas que geram cerca de oito empregos por ônibus.
Também parece não aprender com a realidade das 517 famílias que ficaram sem empregos com a falência da Viação Vitória e por último, outros 320 na Viação Cidade Verde.
Como explicar o modo como esse sindicalista age aqui em Vitória da Conquista? Quem sabe o número de diretores que abandaram o sindicato possa explicar, bem como a expressiva desfiliação de rodoviários em varias empresas de ônibus dentro e fora de Vitória da Conquista. Mistérios que certamente o tempo e a austera Justiça haverá de revelar.
