EDITORIAL – Quem irá resgatar os nossos meninos das “cavernas”?

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Enquanto o mundo inteiro assiste ao bem sucedido resgate dos 12
meninos das cavernas na Tailândia – concluído nesta terça-feira (10), do lado de cá, em Vitória da Conquista,
todos os dias outros tantos não encontram apoio para sair das “cavernas”
abertas pelo submundo das drogas e muitos acabam morrendo. 


Obviamente que são situações distintas, ma a licença editorial nos permite a tal tempestiva e pertinente comparação. Aqui, a conta não para de crescer Somente este ano já foram 113.

É certo que existem ações pontuais em meio à escuridão. E
nesse quesito, não importa de onde partam, mas como se propõe a fazer para
acender a luz e prover cilindros de oxigênio. Fazer rebrotar a vida, mergulhar nas águas turvas e resgatar vidas.

Programas sociais, como o Proerd da PM ou o PELC, coordenado
pela vereadora Nildma Ribeiro, em áreas consideradas de risco, como atividades
de capoeira, karatê, futebol formam a “corda guia” lançada por voluntários. 
Fazem a parte deles, mas ainda há muito que se fazer e todos nós somos chamados
à responsabilidade. Responsabilidade que não pode faltar quando se vira as costas para o nacionalmente reconhecido “Conquista Criança”, infelizmente relegado ao esquecimento. 
Assim como os meninos da Tailândia, os nossos meninos foram ofuscados
pelo glamour da aventura, pela efervescência pueril, mas não conseguiram voltar
sozinhos. Ficaram isolados. Basta uma mão amiga, ou várias mãos voluntárias
como as que nos emocionaram no diíficl e, graças a Deus, exitoso resgate.
Cruzar os braços e achar que nada temos a ver, é como
abandonar à sorte centenas de outros meninos à escuridão das cavernas e às
águas turvas de um destino incerto.

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