EDITORIAL – Monopólio no transporte público

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Com a saída da Viação Vitória, que prestava um desserviço à população e, como se não bastasse deu o calote no município. Explorou a concessão por 5 anos dos 10 anos do contrato sem pagar um único centavo da famosa e famigerada outorga e jamais a empresa investiu nos itens conforme prometido no edital.

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SIGNIFICADO DE MONOPÓLIO

Para coroar o calote, provocou a maior falência social e econômica de mais de 500 funcionários. 517 para ser exato.

O que causa estranheza – que circula nas redes sociais e até nos lábios do presidente do Sintravc, sindicato dos rodoviários, Álvaro Souza – um certo discurso desesperado. Diz ele “que o governo municipal falhou em abrir o emergencial e delega-lo à Viação Cidade Verde”, que ao contrário de todas as empresas que já passaram por Vitória da Conquista, vem cumprindo com o contrato.

Investe na prestação de serviço ao usuário e não deixa nenhum compromisso pendente, seja com impostos, funcionários ou fornecedores. Conquista é testemunha disso.

O que estaria por trás deste discurso de MONOPÓLIO?

Para explicar, precisamos retroceder no tempo.

Houve uma época que só operava uma empresa de ônibus nesta cidade. Um clamor e uma crença foi implantada de que para melhorar tinha que “quebrar o monopólio”. Assim foi “feito” e mais de uma empresa passou a operar em Vitória da Conquista. 

O QUE ACONTECEU DESDE ENTÃO, com a existência de duas empresas ?

Nenhuma empresa desde então conseguiu se estabelecer em Vitória da Conquista ou realizar os propósitos prometidos com a tal “QUEBRA DO MONOPÓLIO”.

Por fim, chegamos a ter o “monopólio disfarçado”, ou seja; Viação Serrana e Viação Vitória da mesma família Mansur.

O que mudou ? NADA! Só calote e péssimos serviços.

Agora parece que o emergencial “outorgado a Viaçao Cidade Verde” está incomodando alguns.

MAS A QUEM ESTARIA INCOMODANDO ?

Aos passageiros?

Certamente que não. Os passageiros querem saber é de ônibus e que estes cumpram horários.

Aos entendidos em conceito de MONOPÓLIO e que se aventuram a falar dele como se dominasse o tema, algumas perguntas:

Quantas outros serviços essenciais existem na cidade, tais como:

1 – empresas de coleta de lixo?
2 – empresas de saneamento e esgoto?
3 – empresas de energia elétrica?

Se a resposta for somente uma,  não seria MONOPÓLIO?

Quando você pensa em fazer uma pesquisa na web (internet), em qual plataforma você pensa pesquisas? GOOGLE.

Google chegou ao ponto de se tornar VERBO:

I Google,
You Google.

Se você pensa em assistir um filme locado ou por assinatura, você pensa em NETFLIX.

Apenas alguns exemplos do moderno conceito do MONOPÓLIO BOM.

Bom por que? Porque essas empresas encontraram meios de atender os seus clientes.

Aos entendidos em explicar MONOPÓLIO, especificamente no transporte público, fica a dica:

O MONOPÓLIO É DO MUNICÍPIO! Ele detém o serviço, ele é o dono desse serviço essencial municipal. Cabe ao município delega-lo.

Outra dica aos entendidos em monopólio em transporte público:

Para ter duas ou mais empresas ônibus quanto você imagina que custa ou deixaria de custar ter duas ou mais CADEIA DE CUSTOS, redundadas ou multiplicadas por duas ou três empresas?

Imaginemos duas empresas de ônibus:

A. Duas garagens;
B. Duas equipes de oficina
C – Duas estruturas administrativo/contábil.

Apenas alguns exemplos. São muitos que poderiam ser relacionados. Itens geradores de elevados custos multiplicados por suas garagens.

Quem vai pagar está conta para ter a “suposta quebra do monopólio”?

A tarifa de ônibus.
O passageiro.

Simples assim.

Moral da história:

A – Vale a pena discutir MONOPÓLIO no transporte público?
B –  A quem beneficia esse discurso de quebra do monopólio?

Os tempos mudaram, os conceitos se reinventaram, mas ainda há aquelas pessoas presas ao obsoleto passado. Onde está a discussão do interesse daqueles que precisam do transporte público?

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