EDITORIAL – Garoto “prodígio” ou “Menino da Porteira”?

O transporte público e seus porões aos poucos vão se revelando em Vitória da Conquista, a propalada capital do Sudoeste Baiano. Não bastassem os já existentes, outro personagem surge na cidade de “Gotham”. Não é nenhum mascarado como na ficcional cidade do Batman, mas entra em cena um garoto prodígio. SERÁ?

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Esdras Tenório (imagem acima). Intitulando-se presidente da Juventude Socialista Brasileira (JSB), o rapaz emerge “dominando” temas complexos que desafiam técnicos e gestores públicos que, em seu vasto currículos estão:

A – Mobilidade urbana;
B – Lei de concessão pública;
C – Conceito de monopólio em transporte público;
D – Tributarista com foco no Imposto sobre serviços – ISS e
E – Modicidade tarifária em transporte público, que também não poderia ficar de fora do portfólio do jovem.

“Autoridade multidisciplinar” 

Espécie de eminência parda, ele vem questionando e criticando até mesmo o prefeito Herzem Gusmão (MDB) e, de gorjeta, desafia o Legislativo.

Quando pensamos que o transporte público de Vitória da Conquista irá avançar, eis que surge algumas piadas que se somam a outras que pensamos ter vencido.


Exemplo de um mero sindicalista que também presumia possuir super poderes para direcionar o futuro do transporte público de Vitória da Conquista. Ou seria de Gotham City, nascida do seu imaginário infantil?

Esdras domina tudo isso e quem sabe algo mais? Ou colocaram palavras em sua boca? Garoto de recados? Será?

Para não sermos levianos e severos, a ponto de cometermos bullying, façamos algumas reflexões e que elas nos surjam como guia e não produzir juízo de valor.

Teriam os movimentos de Esdras alguma afinidade com a Viação Vitória ? Ou com alguém ainda ligada aos interesses dela ?

Teriam os movimentos de Esdras alguma finalidade política ligadas também à Viação Vitória  ?
A serviço de quem? Ou de quais?

Ao que tudo indica, do povo e para o povo que usa e depende do transporte púbico certamente é que não é, na soma de tudo que se constata.  Esdras sequer deu conta do jogo e de que nada do que defende vá de encontro à expectativa dos estudantes que ele representa.

E aqui fica uma dica à comunidade estudantil que sempre foi referência nesta cidade, de onde surgiram expoentes da política e do universo empresarial.  Meditem, processem e concluam: O QUE TEM VERDADEIRAMENTE DE INTERESSE PÚBLICO EM TUDO ISTO?

Por que será que este Esdras não falou nada sobre a criação de uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) no transporte público desde janeiro do ano passado?

Motivos haviam, porque se há algo que incomoda estudantes é aumento de tarifa. Em janeiro de 2017 o prefeito deu 18% de aumento. Onde estava Esdras? Ou a JSB?

Porque Esdras não apareceu quando a Viação Vitória descumpriu o  TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o (MPT) Ministério Público do Trabalho? RELEMBRE AQUI

Onde estava este menino quando a Viação Vitória atrasava 3 meses de salários dos mesmos  funcionários que movimentavam os ônibus que garantem a meia passagem estudantil?

Teria Esdras estatura e biografia acadêmica para questionar tudo isto? Seria Esdras um estereótipo ou modelo a ser seguido? LEIA MAIS AQUI 


Ou essas perguntas não cabem a Esdras e sim a outrem? Políticos de bastidores? Caberiam a quem ou quais pessoas então? 

Teria alguém conduzido ou tentando conduzi-lo nesta dança de salão política?
Que o leitor  reflita a respeito. Vamos, juntos, voltar na linha do tempo e fazer outros questionamentos para testar se Esdras é legítimo.

Onde estava o garoto quando o PT praticava descaradamente monopólio com a Viação Serrana e com a Viação Vitória?  Por que somente agora o tema “monopólio” vem incomodando e, diga-se de passagem, a alguns?

Até bem pouco tempo duas empresas de ônibus operavam como irmãs siamesas. Não era monopólio? Faz quatro anos apenas. Esdras já tinha saído da puberdade.

Estranho o garotinho prodígio agora se agigantar, como em passo de mágica, se apresentando como “paladino da moralidade”, gravitando em seu personagem de conhecedor de concessão pública e a conceitos contábeis em processo licitatório.

Seria ele o “Menino da Porteira de Gotham?”
Quem poderia estar jogando a moeda?

Algum político ou conhecido contador ou contabilista grande mentor dessa trama? Ou ainda de algum sindicato, que também tem se revelado demasiadamente incomodado com a saída da Viação Vitória.

Esse, sim, é até é compreensível diante do que observamos nos portões da garagem da “amada” Viação Vitória. Com base nas denúncias feitas pelo diretor daquela mesma empresa é de se compreender a agonia do sindicalista com a anunciada morte da Viação Vitória. Centenas de funcionários passaram a compreender, desde aquela manhã de sábado, o terrível luto experimentado pelo sindicalista. RELEMBRE AQUI



Resultado de imagem para jbsMas as dúvidas insistem em permanecer. Quais serão (ou será) os cavaleiros que atiram as moedas para o “Menino da Porteira”?

Da fazenda JBS dos Irmãos Grimm ou do Grêmio estudantil JSB?

“… e ele saia gritando …” e quer gritar na Câmara Municipal. (Parafraseando a música de Sérgio Reis)


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Os fatos nos deixam perplexos de como um bem alienável, como é o transporte público, vem sendo tratado. Fica cada vez mais evidente que existe um grupinho que não quer admitir mudanças.

Estes levantes nas mídias sociais, sessão pública, CEI, teriam conexão com a “mamãe” Viação Vitória que se foi, deixando um verdadeiro “berçário” de chorões que reclamam o fim das mamadeira?

Tudo história e fábulas dos Irmãos Grimm, mas que o jornalismo investigativo não deixará de acompanhar.

N.R.: Irmãos Grimm (imagem ao lado) são dois irmãos alemães que entraram para a história como folcloristas e também por suas coletâneas de contos infantis.


Jussara Novaes, jornalista, editora de conteúdo MTb 3575BR


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